Era uma vez no Oeste escrita por nina


Capítulo 6
Água


Notas iniciais do capítulo

Oi geeente
Primeiramente um obrigada a mmoura que favoritou a fic!!
E um obrigada duplo a Laah Vida por favoritar e deixar uma incríveeel recomendação na fic =) Ameeei Laah e obrigada mais um vez por acompanhar minhas histórias, eu adoro tudo isso e é por vcss que eu continuo escrevendo mesmo com meus dias tão corridos! Esse capítulo é dedicado e inteirinho para você...
E por fim mas não menos importante, amanhã teremos outro cap...recomendação é sinônimo de post duplo!
Desculpem a demora, eu tentei fazer de tudo para postar mais cedo, mas não deu mesmo, essa vida de cursinho acabou com minha vida social!! então a partir de agora eu vou postar apenas aos fds
é isso... espero que gostem do capítulo e boa leitura



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Eu não tomava café. Nunca. E a única coisa que se tinha para beber naquele maldito acampamento era café. Dava para começar um dia melhor?

– Tem certeza de que não quer um pouco? – Sr. Nagy ofereceu uma caneca de metal fumegante.

– Não, obrigada. – eu recusei depressa. Eu nunca ia beber aquela bebida do demônio. Afastando-me o do cheiro eu fui ser útil em outro lugar.

Eu estava ajudando Mason a desmontar a nossa barraca. Ele estava sendo muito simpático comigo, mesmo quando eu estava mal humorada por conta das dores nas costas nessa manhã.

– Você vai ficar atrás novamente, John? – ele perguntou.

– Tiro Certeiro não disse mais nada, então acho que sim. – eu não sabia o que era pior, ir à frente e quase ser esmagadas pelos enormes bois ou ir atrás comendo poeira. Eu decidi que onde Tiro Certeiro não estivesse era melhor.

– Estou indo encher os galões de água. Você vem comigo. – Tiro Certeiro apontou para mim quando apareceu ali com sua capacidade de comando e voz grossa.

Mesmo tendo passado boa parte da noite fazendo vigia ele ainda parecia completamente disposto e bonito. Rose, esse sol já está começando a te afetar.

– Aonde vamos? – perguntei quando vi que ele estava indo em direção aos cavalos, que para a minha surpresa já estavam selados.

– Existe um poço. – então ele apontou para um dos cânions. – Ali existe uma caverna, e há um poço com água limpa lá.

– Você poderia ir sozinho, são apenas dois galões afinal de contas. – tentei protestar, mas subi no cavalo quando vi seu olhar exasperado.

– Quanto tempo ainda resta para chegarmos a Guadalupe? – eu nunca tinha ido até essa cidade, mas sabia que era uma das mais movimentadas na região.

– Em três dias devemos chegar. – Nossos cavalos já entravam por entre as paredes de terra e rocha vermelhas.

– O que vamos fazer em Guadalupe?

– O gado vai ficar lá. E de lá vou levar alguns cavalos para Santa Helena. – então ele me olhou curioso. – Agora você quer conversar comigo?

– Eu não tenho opção. – bufei.

– O que eu fiz para você me odiar tanto? Se for por manda-lo para a cozinha peço perdão. – ele perguntou divertido. Como sempre.

– Eu só não gosto de você, isso é tudo. – ele riu. Eu o odiava ainda mais quando ele não levava o que eu falava a sério.

– Eu já ouvi isso antes, há poucos dias atrás.

– Talvez devesse dar mais atenção a isso então, as pessoas não falam a toa.

– É ali. – ele apontou para uma enorme fresta que saia da montanha vermelha, morrendo o assunto.

Nós amarramos os cavalos em uma pequena árvore suja pela poeira, pegamos os galões e passamos pela fresta.

Eu achei que ali fosse ser escuro, mas sobre o teto havia diversas fissuras que deixavam a luz do intenso sol entrar e também havia muitos buracos de coruja, que deveriam estar dormindo em uma hora dessas. Era um pouco apertado, na verdade, e só se passava uma pessoa de cada vez pelos corredores estreitos e deformados.

– Não tinha outro lugar melhor para buscar água? – depois de uns dez minutos de caminhada, chegamos a um bolsão que tinha um poço brotando uma água limpa e fresca.

– Estamos no meio de um deserto, achar água já não é fácil.

Eu resmunguei imitando seu sotaque ridículo.

– Eu sei do que você precisa para curar todo esse mal humor. – ele disse arqueando a sobrancelha.

– De onde você disse que era mesmo? Eu não gostaria de ir para lá, seu sotaque é ridículo. – eu me sentia sufocada ali por um motivo desconhecido.

– Eu não disse por que você não perguntou antes.

Eu peguei o galão da sua mão e me abaixei para encher. Quanto mais rápido fizéssemos o trabalho, mais rápido voltaríamos.

Eu o mergulhei e deixei a água fresca entrar. Minha vontade mesmo era a de me jogar ali dentro e tomar o banho que eu estava tão necessitada.

Quando o galão já estava cheio pela metade eu senti passos e então tudo aconteceu muito rápido. Eu senti meu chapéu ser puxado da minha cabeça e deixar meu cabelo cair solto pelo meu ombro, minha expressão deveria ser de puro horror.

– Que surpresa vê-la aqui senhorita Mazur. – Tiro Certeiro tinha um sorriso suave e divertido. – É um prazer ter você aqui.

– Você sabia. – eu larguei o galão e apontei o dedo no seu peito. – Você sabia não é?

– Ajudaria se você não rebolasse tanto enquanto anda. – eu soquei seu peito, mas pareceu nem fazer efeito nenhum nele. Com raiva eu o soquei novamente.

– Desde quando você sabe? – perguntei furiosa.

– Desde o dia em que deixamos El Passo.

– O que? Você estava brincando comigo esse tempo todo. – ele deu de ombros. –Eu te odeio, eu te odeio tanto que eu usaria seu nome completo se eu soubesse. – isso o fez rir ainda mais. Eu ia ataca-lo mais uma vez, mas ele segurou meus pulsos.

– Eu disse desde o começo que esse não era um lugar para você. Mas eu já vi que você é teimosa demais para ouvir.

– Porque você não me disse se sabia desde o começo? Ou me impediu de ver? – minha raiva só estava aumentando. Maldito mulherengo arrogante, ele passou os últimos dois dias apenas zoando com a minha cara.

– Eu queria ver o quão longe você ia.

– E como você descobriu afinal? – ele riu.

– Seu cavalo. É o cavalo premiado que eu vendi ao seu pai. – eu olhei chocada. – Eu disse que eu vendia os cavalos para o seu pai, você não deu ouvidos.

– Idiota. – eu tentei me soltar do seu aperto. Suas mãos causavam uma corrente e um calor incômodo no meu corpo.

– Você é diferente de tudo o que eu já vi Rose. Mais as melhores éguas são as teimosas e difíceis de domar.

– Você está me comparando a uma égua? – como ele ousa?

– Você está no Texas agora, se acostume. – ele ironizou.

– Seus homens devem ser uns idiotas para não terem me descoberto ainda.

– Eles são, mas cowboys costumam ser distraídos. Apesar de que eles estranharam o fato de você não saber montar um cavalo, qualquer homem no Texas que tenha a sua idade saberia. Foi por isso que eu coloquei a na parte de trás.

– Sim, e me fez comer poeira o dia inteiro. – ele sorriu torto e com ar de arrogância.

– Se conforta você, eu também comi poeira o dia inteiro ao seu lado.

– Isso me faz sentir um pouco melhor, mas não o suficiente. Agora, se importa de me soltar?– eu tentei puxar minhas mãos novamente, mas ele só apertou ainda mais.

– Vamos fazer um novo acordo. – ele tinha seu sorriso arrogante que eu odiava.

– Eu não vou fazer acordo nenhum com você. – tentei me soltar de novo, mas não fiz nenhum movimento.

– Assim que chegarmos a Guadalupe você vai ser escoltada de volta para El Passo e parar com essa loucura, você já teve a sua aventura, mas agora chega. – eu ri sem humor.

– Você não manda em mim camarada, eu não vou voltar.

– Você vai sim e não me chame de camarada. – ele disse com determinação.

– Olha aqui cowboy sem nome. – eu me aproximei do seu rosto ficando nas pontas dos pés, tão perto que eu podia sentir sua respiração quente bater no meu rosto. – Eu não me colocaria no meu caminho se fosse você.

– O que você vai fazer? – ele também se aproximou mais, me olhando nos olhos. Nós nos encarávamos como os homens faziam antes de um duelo.

– Vou para Santa Helena camarada, quer queira quer não.

– Rose, você não sobrevive um dia sem mim nesse deserto.

– Você acha que você é o único cavalheiro aqui. Tenho certeza de que se eu voltar para o acampamento como mulher, vários dos seus vaqueiros estariam mais do que dispostos a me levar, nem que fosse por alguns favores. – eu provoquei.

Seu aperto subiu pelo meu braço, me puxando até meu peito estivesse colado com o seu. Seus olhos tinham algo intenso, então eu desviei o olhar.

– Você é uma cobra teimosa. – resmungou, ele apertou meu corpo sobre o seu de forma brusca, mas então soltou uma maldição e me soltou. Ele passou por mim e foi encher os galões esquecidos.

– Eu disse que eu vou chegar a Santa Helena.

– O que uma garota como você quer em Santa Helena? – ele já estava no segundo galão quando perguntou.

– Eu preciso encontrar alguém.

– Quem?

– Isso não é negócio seu. – ele se levantou do chão, já com os galões completamente cheios.

– Eu vou fazer você falar Rose, eu sempre faço. – ele piscou enquanto passava por mim com os dois galões. Seus músculos marcavam sua camisa fina e eu pisquei várias vezes para me lembrar de que eu deveria segui-lo.

– E a propósito. – ele se virou. – Você pode tirar essas calças folgadas, eu vou explicar para os outros. – então ele sorriu. – E acredito que você também pode tirar essas amarras do peito, elas devem estar incomodando. – abusado.

– Eu odeio você Sr. Sem nome. – eu gemi me arrastado atrás.


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Notas finais do capítulo

Surpresas por ele já saber?? Tava meio na cara né?? Bom, isso muda tudo...alguma sugestão do que vai acontecer?
Beijos e até amanhã =)



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