Show me Love Peetniss escrita por Dal


Capítulo 29
Torturas


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora... Obrigada pelos comentários! Postando um capítulo novinho em folha considerando a sugestão da leitora CarolinaMellark.

Boa leitura!!!!



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Estou aqui em entre quadro paredes brancas, respirando fundo e tentando manter a calma, meu coração sofre ao vê-lo assim, Peeta ficou inconsciente por muito tempo e a pedido do Doutor Bonnes ele foi encaminhado para o CMD12(Centro médico do destrito12) agora ele está aqui todo entubado com uma expressão de dor e posso sentir que ele sofre, lembrar que foi Snow que fez isso com ele me enche de fúria a frustração é gigantesca, meu marido sofre até hoje com a tortura ao qual foi imposta por culpa minha. Se não fosse meu desafio a Capital hoje em dia Peeta estaria bem, talvez eu não estivesse aqui, mas ele estaria e ele é a escolha certa. Nesse momento vendo-o assim tão frágil nessa cama de hospital, me pergunto por que demorei tanto em notar como eu o amo se desde sempre estive disposta a dar minha vida por ele, quando me voluntariei para os jogos senti que morreria, quando ouvi o nome de Peeta ser pronunciado por Effie senti meu coração se comprimir e ao apertar a mão dele em cima daquele palanque eu soube que deveria protegê-lo. Mas não poderia me permitir me aproximar dele, tanto porque logo estaríamos sendo mandados para a morte como pelo sentimento diferenciado que eu sentia por Gale, como puder pensar que o amava? Eu cheguei a escolhê-lo antes da segunda arena. E hoje olhando Peeta eu me punho por ter demorado a perceber o que todos já sabiam que eu o amava. Ele me deu o bem mais precioso que um ser humano pode ter, ele me deu seu amor incondicional. Peeta me deu Smilax que é esse amor transformado em ser vivo. Eu o amo! O amo e não posso imaginar como seria minha vida sem ele agora! Ele é o meu motivo de vida, ele é o pai da minha filha, ele é tudo e mais um pouco para mim! Peeta é meu marido, meu amante, meu amigo e meu amor! Não posso e não vou deixa-lo, ele não pode me deixar eu vou lutar por ele e sei que ele mesmo inconsciente está lutando por mim e por nossa filha.

– Katniss? – Pergunta uma voz firme.

– Johanna... – Digo.

– Oh amiga, Katniss você sempre foi forte, não fique assim! – Ele diz e me abraça.

– Eu sei Johanna, mas não consigo! Ver o Peeta nesse estado me traz um desespero com o qual não sei lidar! –Disparo tudo.

– Eu sei Katniss! Mas esse padeiro aí é forte! Eu o via sendo torturado todo dia e quando chegava a minha vez ou a vez de Annie ele se oferecia em nosso lugar! Eu devo tanto a ele... Ele se tornou meu herói Katniss e você minha heroína! – Ela diz e sorri.

O espanto me atinge ao processar suas palavras, Peeta não só foi torturado como se oferecia para ser novamente torturado para livrar Annie e Johanna. Isso me causa uma angustia extrema, Peeta sofria por todos e por mim principalmente. Então me vem uma dúvida que me faz ficar receosa, mas tenho que ter essa resposta.

– Johanna... Eu nunca perguntei a Peeta, mas sei que você pode me responder. – Ela assente – Como vocês eram torturados, digo você, Peeta e Annie? – Pergunto.

– Ah Katniss... São recordações torturantes, mas sei que precisa saber. – Ela respira fundo e parece se recordar – Annie era levada para dentro de um quarto preto, onde tinha um holofote que ficava focado nela, e dentro dessa sala ecoavam vozes, gritos desesperados, sobretudo a voz de Finnick. Annie já era bem pancadinha e posso dizer que a tortura dela era “leve”, pois a minha e de Peeta eram bem piores.

– E como você sabe como ela foi torturada? – Pergunto.

– Katniss eles nos faziam olhar vídeos que rolavam ao vivo, era traumático ser torturado, mas ver os outros sem torturados não era melhor, era inescrupuloso, era doentio. – Ela diz e sinto seus nervos contraírem.

– Johanna se não quiser falar eu vou entender. – Digo e ela nega com a cabeça.

– Não Katniss! – Ela exclama – Eu preciso contar. Minha tortura era pior do que a de Annie, eles me colocavam no mesmo quarto preto, com o mesmo maldito holofote onde me amarravam e me batiam até ter todo o meu corpo machucado e dolorido, eles tiravam minha roupa e me molhavam com água gelada! Água gelada em um corpo todo machucado! O pior dia pra mim foi quando rasparam a minha cabeça, eu chorava com aqueles monstros cortando meu cabelo sem nenhum cuidado, nesse dia Peeta tentou intervir socando os guardas e afagando meu choro, enquanto Annie gritava desesperada. Mas ele foi punido bateram tanto nele que ele ficou inconsciente por muitas horas, mas foi reanimado por um médico maldito de Snow. – Ela termina e vejo lágrimas em seus olhos.

– Oh Johanna... – Choro junto com ela, é torturante saber o que eles passaram por minha causa.

– Katniss agora vou contar como o padeiro foi torturado... Tem certeza que quer mesmo saber? – Ela me olha ainda com o rosto em lágrimas – Eu assinto e ela prosseguiu.

– O Peeta era um hóspede especial, para ele era servido a melhor comida, o que não era grande coisa, ele era bem tratado, até que um dia tudo mudou...

– O dia da gravação... Em que eu disse que estava ao lado dos revolucionários... – Uma lágrima escorre por minha face.

– Sim Katniss, Peeta tentou convencer a todos que você não sabia da revolução e que eles tinham te sequestrado. Quando seu vídeo apareceu no ar Peeta foi torturado e chegou a ficar inconsciente tantas vezes que pensei que ele não sobreviveria, ele era colocado no mesmo quarto maldito onde era torturado com imagens suas, muitas vezes suas e do Gale – Ela engole em seco – Katniss ele aguentava tudo calado e depois passou a ser drogado, mas não era igual às drogas infetadas em mim ou na Annie, era veneno de teleguiada. Até que um dia ele passou a te odiar quando eram postos os seus vídeos ele mesmo quebrava as câmeras e as telas, ele mesmo se torturava por amar tanto alguém que não o amava. Ele era amarrado e puxavam seus membros, os urros de dor de Peeta causavam o desespero de Annie e minha raiva por ter aceitado que ele fosse torturado em meu lugar.

Ela termina e estamos abraçadas em meio a lágrimas e Gale entra nos vê logo nota que há algo e nos envolve em seus braços, meu coração se comprimiu ao lembrar os abraços de Peeta. Levanto e vou até perto de sua cama. Deposito um leve beijo em seus lábios onde noto uma frieza que me atinge. Acaricio sua face, como ele é lindo com seus cabelos cor de sol e seus olhos tão azuis, olhos que não posso ver agora, pois estão fechados.

– Senhora Mellark? – Uma voz me chama.

– Sim Doutor. – Respondo.

– Precisamos remanejar o Senhor Mellark para a Capital. O distrito ainda não dispõe de tudo que é preciso em sua recuperação. – Ele explica.

– Peeta novamente na Capital? – Sinto uma lágrima escorre e o desespero me atingir ao lembrar as palavras de Johanna.


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Notas finais do capítulo

Comentem! Se quiserem podem recomendar... Rsrsrs... Até o próximo... bjussss!