Refúgio escrita por Diana


Capítulo 3
3


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!
Então, venho aqui trazendo mais um capítulo. Nesse capítulo, teremos um orange (cenas de sexo entre duas mulheres - não gosta, não leia.). Bom, só posso dizer que tentei fazer essa cena. Tentei. Porque, como estava explicando para minha beta, é o tipo de escrita que pode ficar mecânica, sabem? Espero que gostem e saibam que me empenhei para sair um capítulo no mínimo decente para vocês, kkkk

De praxe, capítulo betado pela senhorita With. Obrigada!

Boa leitura!



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III

“Porque você não pode ficar

Aqui um minuto?

Fique aqui um minuto

Fique comigo”

(Promises, The Cranberries)

Clarisse acordou assustada, sentindo o peso de dois lábios em cima dos seus. Era Annabeth. A principio, ela queria afastar a loira de si, fazê-la voltar a seu juízo, mas algo a deteve. Se foi o perfume de Annabeth ou o gosto da boca da loira, Clarisse não soube dizer.

Tudo que a morena sentia era suas mãos ainda presas à cintura de Annabeth e os lábios da loira incinerando o pouco de bom senso que ainda restava à filha de Ares. Annabeth abriu um pouco sua boca, dando espaço para Clarisse invadi-la com a língua.

O beijo era necessitado. Faminto. Desesperado. Clarisse mordiscou o lábio inferior de Annabeth, arrancando um gemido da loira, enquanto suas mãos passeavam pelos fios loiros.

As garotas trocaram beijos por incontáveis minutos. Suas mãos pareciam incapazes de serem domadas e acariciavam não só a carne, como também pareciam acariciar as almas das heroínas já cansadas da guerra.

Agora, para Clarisse, não havia Cronos, não havia guerra, não havia resistência. Annabeth era tudo que ela podia sentir. Impacientemente, a morena rolou na cama, trazendo a loira consigo.

Num piscar de olhos, Annabeth se viu por baixo do corpo robusto de Clarisse enquanto a morena atacava seu pescoço com beijos e mordidas suaves. A loira estava por demais perdida nas sensações que os lábios e o corpo de Clarisse sobre o seu lhe ofereciam para se perguntar o que estavam fazendo.

Clarisse se aninhou mais ao corpo da loira, descansando suas pernas entre o calor gostoso das pernas de Annabeth. A loira deixou escapar um gemido quando acolheu mais Clarisse entre si. Suas curvas abraçando os músculos bem definidos da filha de Ares.

Um desejo enorme de provar novamente os lábios de Annabeth correu por Clarisse como fogo. A morena abandonou o pescoço de Annabeth e se voltou para seus lábios. Sentindo a urgência crescer à medida que suas línguas se acariciavam, a morena forçou mais seu corpo contra o delgado de Annabeth. A loira arfou. Dor.

– Desculpe-me. – Clarisse voltou a si. Annabeth ainda não estava totalmente recuperada. Num pulo, a filha de Ares saiu de cima da loira e sentou-se na beirada da cama, tentado se acalmar.

– Clarisse? – Annabeth a chamou. Seu próprio corpo parecia querer explodir de desejo. A loira se assustou quando Clarisse se afastou.

– Sinto muito, Annabeth. Eu não devia... – A morena se embolava com as palavras. – Eu... Sinto muito... Nós.. Você deveria descansar, vou ver como estão as coisas lá fora.

A morena disse tudo de uma vez, e tão rápido, que Annabeth mal conseguiu entender.

– Clarisse, por favor... – A morena parecia envergonhada. – Clarisse, olhe para mim. – A filha de Ares fez conforme o pedido. – Eu quero...

Havia desejo nos olhos de Annabeth. Talvez algo mais, mas Clarisse não soube identificar. Ela não podia culpar a loira. Ela não poderia se culpar por querer algo a mais daquela noite. As circunstâncias exigiam isso delas: A necessidade de não se ver sozinhas ante o mundo e a destruição. A necessidade de tentar amar. Clarisse não precisava de mais.

Em um gesto ágil, ela puxou Annabeth para si e a beijou novamente, dessa vez tomando cuidado para não machucá-la. Cuidadosamente, ela voltou a se deitar sobre a loira. Sentindo a necessidade urgir por mais contato, Annabeth enlaça os quadris de Clarisse com as pernas e retira a camiseta já velha e desbotada que a outra usava.

Ao sentir Annabeth buscá-la, o pouco de controle que Clarisse tinha se esvai. A morena sabia que não conseguiria parar agora. O gosto dos lábios de Annabeth era por demais doce para ser ignorado e o corpo da loira parecia ter sido feito para se aconchegar ao seu.

Clarisse traça com os lábios um caminho da boca até a orelha da loira. Ela sussurra seu desejo e a loira estremece e cora. Com uma suavidade que Clarisse desconhecia em si, ela retira a blusa e o sutiã da loira. Seus olhos se prendem à bela visão e parecem se nublar mais.

Annabeth sente um choque gostoso percorrer seu corpo ao ver seus seios serem acariciados pelas mãos e lábios da filha de Ares. Ela jamais imaginou que Clarisse poderia ser tão... Suave? A morena parecia conhecer todo seu corpo e atear fogo ao seu desejo.

– Clarisse.... – Annabeth sussurrou, rouca. Seu corpo experimentando sensações que ela nunca tinha imaginado antes.

Ao perceber o tom de voz da loira, Clarisse a encara. Ela podia ver o desejo estampado lá apesar da vermelhidão do rosto de Annabeth. A filha de Ares imaginava o quanto seu rosto estaria queimando também.

Num pedido mudo, ela se dirige para o jeans rasgado que a loira usava. Clarisse desabotoou a calça, oferecendo beijos rápidos à pele recém descoberta. A morena beijou tudo que encontrou pela frente: Cintura, coxa, panturrilha e, por fim, pés.

Ao terminar de desnudar a filha de Atena, Clarisse se sentou à beirada da cama. Ela queria gravar aquela imagem, levá-la para sempre. Ela sabia que essa seria sua melhor recordação da guerra.

Annabeth sentiu o frio finalmente bater em seu corpo. Ela não entendeu o porque de Clarisse ter parado de repente. A loira já ia questionar a outra quando Clarisse voltou a se deitar por cima dela.

Seus olhos se conectaram. Os castanhos escuros de Clarisse, mais escuro ainda por conta de sua excitação, com os cinzentos e cálidos de Annabeth. A loira avançou, não suportando mais a espera, e tomou os lábios da filha de Ares.

Clarisse não se surpreendeu com a atitude de Annabeth, afinal, a outra era filha de uma divindade da guerra também. A morena sorriu entre o beijo e, como recompensa, ganhou uma mordida suave nos lábios.

Annabeth se livrou dos lábios de Clarisse e levou os seus próprios lábios ao pescoço da outra, mordendo-a. A morena gemeu e Annabeth só teve tempo de voltar sua boca à orelha de Clarisse.

– Eu quero você. – A loira disse num tom furioso e autoritário. – Eu preciso... Te sentir.

Normalmente, Clarisse odiava receber ordens, mas aquela era uma que ela não poderia negar e nem se importaria em obedecer. A morena atacou os lábios de Annabeth enquanto voltava a deitá-la e cobri-la com seu corpo.

Deixou uma mão vagar pelo corpo de Annabeth enquanto a outra prendia os pulsos da loira acima da cabeça. Annabeth a encarou furiosa e Clarisse só pôde sorrir. Ela podia sentir o corpo da loira estremecer.

Clarisse deixou sua mão livre acariciar a virilha de Annabeth. A loira arfou e seu corpo deu sinais de que buscava um contato mais íntimo. A morena então se dirigiu para o sexo da outra. Ela também estava cansada de joguinhos.

O corpo de Annabeth arqueou na direção da mão de Clarisse. A loira soltou um gemido alto enquanto seus olhos se fechavam involuntariamente. Ela sentiu os dedos de Clarisse se afundarem dentro dela.

– Você está tão molhada, Chase. – Clarisse disse em seu ouvido, mordendo-o logo em seguida. A voz da filha de Ares estava carregada de rouquidão e desejo.

Annabeth corou ao entender tais palavras, mas não ligou. Pelo contrário. Ela se remexia cada vez mais, ajudando Clarisse a lhe ceder mais prazer. A loira conseguiu libertar uma de suas mãos e levá-la às costas da outra.

Clarisse gritou no mesmo instante em que sentiu suas costas fincadas pelas unhas da loira. Ela deixou seus olhos encontrarem-se com os de Annabeth. A loira voltou a conectar suas bocas. A morena sentia que Annabeth estava cada vez mais próxima.

– Clarisse, por favor... – A loira suplicou.

A filha de Ares voltou sua atenção aos lábios de Annabeth. Ela apertou a mão de Annabeth que ainda estava em seu poder e as entrelaçou, enquanto seus dedos continuavam a arrancar gemidos abafados da loira.

Annabeth não conseguiria se segurar mais. Ela sentiu uma corrente lhe percorrer de cima abaixo e seu baixo ventre explodir. Clarisse viu a loira se arquear mais em seu momento de prazer máximo, prendendo seus dedos no interior aveludado. A morena gritou junto ao sentir os dedos da loira se fecharem com força em suas costas.

Clarisse se deixou cair por cima da loira. O suor e o cheiro do corpo de Annabeth agindo como um sonífero. Ela podia ouvir as batidas aceleradas do coração da filha de Atena.

Clarisse removeu seus dedos de dentro de Annabeth, sentindo o interior da loira protestar um pouco. A morena apenas sorriu e abraçou a Annabeth, apertando-a, tentando ouvir mais a canção descompassada que saía do peito da loira.

Ainda envolta numa nuvem de desejo, Annabeth levou um tempo para tomar consciência do corpo de Clarisse deitado em cima do seu. Carinhosamente e protetoramente, ela envolveu a filha de Ares com os braços e beijou-lhe o topo da cabeça.

E, assim, confusas e inebriadas pelos momentos que tinham acabado de dividir, as garotas se entregaram ao sono mais tranquilo que tiveram desde que aquela maldita guerra começou.


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Notas finais do capítulo

E então? Bora comentar? Ainda mais nesse capítulo Gostaria de saber a impressão de vocês.
Beijos e até!