A escultura de Falcon. escrita por Janice Nagell


Capítulo 4
Capítulo 4.


Notas iniciais do capítulo

Gostaria que ouvissem enquanto leem:
http://www.youtube.com/watch?v=YMudA5GW7Ww

Captem a essência, e boa leitura.



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CAPÍTULO QUATRO

"Eu disse: ‘Subirei á palmeira e colherei seus frutos!’ E teus seios serão como cachos de uva e o perfume da tua boca, como o das maçãs.

Teu paladar será como vinho excelente..."

[Cântico dos Cânticos de Salomão]

Beijei-o mais centenas de vezes, e larguei o corpo desnudo na cama da alcova. Fui encostar meu peito na varanda; Aí vinha o arrebol e as aves escalando a abóbada do mundo na quietude matutina. A aragem deitando-se ia pelas vargas, abrindo rosas e camélias. Raiou no quarto uma centelha, indo do firmamento em que começa até cintilar no ser que dormia.

O rouxinol, pássaro artista, cantou em seus tons puros ao pé do leito onde Legolas repousava: Uma mão caída dos lençóis, outra ia á testa febril, em que ao redor os cabelos doirados vinham aprumar-se numa aura; Contemplei também as curvas do corpo feito entalhes na neve. Era belíssimo! Teria sido o engate nupcial perfeito, se eu não o houvesse tomado na ignorância. Na infâmia dum abuso.

Agora ele bem poderia implorar minha estadia, enquanto que com o olhar adorável m’o derretia inteiro. Contudo, o rouxinol —esta ave que acorda aos amantes— não o levantara da cama. Ali inda ele estava, as faces rubras como só se languescem após uma noite de gozos. Tudo uma forja. Uma sedutora forja.

Que sou eu senão um profanador? Um homem fraco, em cujo coração cheio de negrume e amores houve coragem para reclamar deste ser a fremosa castidade.

Prostrei-m’o ali, tomando as tristes mãos pálidas e as beijando apavorado. Não acordava.

Dei-lhe tanto do sonífero p’ra agora converter-se em cicuta. Não acordava. Era vão todo este meu debater.

Tratei de vesti-lo propriamente no roupão acetinado. Acalmei-m’o pois não era a morte, mas um doce delíquio. —Deixei-o.

Já Falcon todo se desconfiava do elfo que não havia levantado.

—Onde está minha criança? Tu a viste, Passolargo? Se é que dorme não creio, pois ele desperta na gorjeia da andorinha.

O velho entrou no quarto, para vê-lo recluso na cama.

—Anjo, acorde —sussurrou, lho acariciando a fronte dormente — Fui tão rude contigo que nem p’ra acordar estás disposto?

Silêncio.

—Anjo? — Repetiu Falcon, começando a preocupar-se.

Sacudiu Legolas entre os braços e não se fez nenhum ruído. Ao que Falcon tentava reanimá-lo, tremi rogando em pensamento para que no corpo adormecido o pintor não apurasse meu perfume.

—Não dorme, — observou o mestre — está desmaiado!

Aproximou seus rostos, sentiu fôlego: — É vida ainda! — olhou-me. — Que estás fazendo aí, acaso te firmaste ao chão? Vá buscar-me uns remédios! —guinchou, pasmo demais p’ra cortesia.

Quando voltei com os unguentos, o mestre chorava abraçado ao corpo lívido. Dentre os suspiros que ele dava, discerni:

—Minh’alma adorada, foi por aquelas mágoas que quiseste enviar-se logo á sepultura? Volta á mim, deste remédio invoco a cura! — O homem cria que era um tentar de suicídio; Segurou as mãos imóveis e lhes beijou um tanto as costas.

Lho passei o remédio, ele derramou sobre a boca do serafim. Em tempo escasso, as pálpebras se avivaram e Legolas mirou o pesaroso senhor que acercava no leito.

—Falcon, és tu? — perguntou em toadas dengosas.

—Sim, sim! Teu servo quem fala.

Arqueou as asas brancas nas alturas revolvendo-se em seu ninho de seda, convidava num abraço o velho para deitar.

—Vai m’o beijar? — seduziu o pintor, com rosto feiticeiro. —Como o fazia no princípio?

Uma luz resoluta surdiu em Falcon, liberou ele um suspiro do passado: —Eu era belo, não era?

—Não havia mancebo de mais distinta casta.— respondeu o elfo, lho oferecendo um espelho, em que, por sinistra magia, nele o pintor viu restituída a flor da juventude.

—Ah, meus sessenta anos lá vão! É o espectro do homem o que vejo agora!

De novo veio Legolas dissuadi-lo nos ouvidos enquanto o gênio segurava o crânio entre as palmas.

—Pouco me importa, o que eu vejo é o que eu desejo. E meu anseio não é vão se me está ao alcance da mão.

—Teu desejo? ­— duvidou Falcon.

A loura criatura deu um ridente trino.

—Meu desejo? És aclamado tão perspicaz em tua filosofia e não compreende o que te bate á porta. Eu t’o direi do meu desejo. Era de ser as páginas que tu margeias, os livros que escancaras, descendo as unhas. O pincel que com os dedos ávidos apertas, o compasso que tu desempenhas. As telas em que te afundas, a arte em que te esmeras. As páginas que tu amassas e rasga, com vontade; Com anelo. Mas torno a dizer: Será possível o que percebo? Que amas mais a minha idealização do que a mim mesmo? —Desvairando ele se ria, partido entre o desamparo e a vaidade. Por último lançou um bramido doentio: —Porém te perdôo, Falcon, te perdôo! Dê-me um beijo, um último! Antes que eu faleça nesse ardor que m’o consome os pulsos! Há quanto tempo eles já não tremem? Vede, estáticos e frios.

Observei aqueles dois, algo muito incomum de se apreender. Um espírito de beleza jovem e outro ressequido, juntos fatalmente sob um jugo; Qual a rosa que cresce aos pés do salgueiro antigo. Era Falcon um homem incrivelmente iluminado. Tinha ali Legolas lho oferecendo o coração numa bandeja, que convicto, não serviria á mais ninguém. Ele o amava como um filho á um pai, em contraste com o desejo que por seu senhor mantém a messalina.

O pintor puxou para si os ombros do elfo, apertando as bocas num estalido. De tanto brilho estavam os olhos do anjo revestidos, volvendo á vida novamente, refrigerados e cativos. Abraçou Falcon ao peito sem que os lábios apartassem, o compreendendo entre os marmóreos braços e pernas.

Não invejava o gênio por sua genialidade, nem por sua distinção. Mas porque ele tinha Legolas, e isso m’o bastava para ferver as têmporas de ambição.

Lancei os olhos mais uma vez sobre o arquétipo dourado que fremia sob o signo da insaciabilidade. Quantas delícias não prometia, aquele corpo no qual a lascívia e a inocência se confundem; Sorrindo ia eloquente nos braços do gênio, gemendo e sorrindo o submisso! Enquanto Falcon seguro entre suas coxas lho destroçava as vestes e a timidez. Legolas, um atraente oximoro: Tanto tempo embalado por sonhos puritanos, entendia ao fim, segredos quais a pele de virgem não esconde. Que há na carne uma flamante tendência a gozar.

Recolhi-me do quarto dos íntimos, contudo da galeria pude ouvir gritos desbotando, líricos, orgásmicos, que a porta abafava sem valer-se. Pungiram-me desejos doidos, um maníaco querer que m’o reverberavam as pálpebras, incólume o calor sensual desatinava os pulsos transmutando meu sangue em lava corrente. Oh, anjo! Ardência de minha mocidade! Com imagens de entregas obscenas semeias-me a débil imaginação; Crio asas, e ao céu me alço aflante corroendo em explosão! Morro, em meu seio onde nasce a vontade e já soçobra; Morro, nos círculos lúgubres de minha aérea manobra. Morro, feito um pássaro.

“Serafim, na pureza de teus gestos não há perfídia mais vil,

Eis-me aqui tão desgraçado,

Por quê tua face galharda m’o sorriu?

Por quê cá existo, p’ra debater-me ás custas dum vulto pueril?

São severos teus artífices e já m’o tens arrebatado

Pelo donaire de teu perfil.

Convulsionando, cativarei num último rito d’esperança

Teu riso celeste, tuas tranças louras perfumadas,

Servirão-me no jazigo de lembrança.

Quando encerrar de mia vida a alvorada.

De dia, quando a luz em teu painel rosicler se manifesta,

Sois das criações a mais célica seresta.

Na noite és a estrela máxima! Enleada nas nuvens tua forma garrida.

Virgem, vossa beleza a Lua vexa,

Que hoje ela se pôs mais abatida.

Tua voz argentina era o chamado do mar,

Valsavas sonhando numa escada astral,

Um pé no mundo, outro nos céus, com os anjos a cantar.

Eram as liras celestes no ouvido dum mortal!

Fui um tolo, ninfa d’alma condoreira,

Seguindo tuas sensuais curvas saltitantes,

De fronteira á fronteira.

Se rias de mim, cigana e longeva — Expirou-me a quietude.

Palpita célere m’a virtude que em lodo afunda, e já com bruma dulce tu me iludes.

Vejo escorrer neste pálido rosto desdêmona garoa,

Pelas noites que avancei louvando á toa,

Teu semblante numa trova d’alaúde.

Fazias mais amena do meu viver a lida,

Era refrigério a um passado de ventura esquecida.

Senti, a falta dos pulsos, o sufocar do peito.

Era vida?

No leito em que mirro, entre um odioso amor dividido.

Falecia —Por ti!

No dilúculo de minha juventude, rematado por libido,

Sonhei na morte a vossa imagem: Sorri.”

Estava resoluto, por uma loucura que m’o cingia o espírito. Eu teria Legolas. A noite seria o meu palco da tragédia.

Saiu Falcon da alcova, antes pois, o vulto luzente do anjo o abraçou sussurrando nos ouvidos. Como de praxe, nos trancamos os dois em seu museu¹; O rosto do mestre era uma angusta saciedade, queria ele dizer coisas, contudo estas lhe saíam pelos lábios feito soluços. Até que atalhou: —Sabe, Passolargo, Estel, se posso te chamar. Nesse estorvo da existência, um homem tem de escolher entre a plenitude e a vulgaridade. Há tanto que me enculco nessas formas frias da ciência, descubro agora que o salário do gênio é a solitude. Vivemos numa ciranda de asperezas e delícias, sufocando ‘té o final.

—É cômico, não? Legolas ensinou-me nesta tarde uma nova faculdade, e no entanto, nada disse. O corpo tem a mais persuasiva linguagem. —Disse Falcon, provavelmente devaneava sobre as curvas do elfo danando-se na ardência.

Mais grave o firmamento se fechara, aos poucos mergulhando no retiro crepuscular. Que coragem dera-me a escuridão! Infundi-me qual sombra na noite, sorrateiro e letal —Não era humano, mas a personificação dum desejo errante.

No mesmo quarto de outrora, ei-lo na varanda em formas semi-nuas. Como nunca, Legolas era cingido do vero aspecto estatuário, a centelha lunar lho nutria a pele com aquela cor deslumbrante do marfim. Aspirei em seu pescoço: o aroma da luxúria inda pairava sobre ele como narcótico bafejo. Quando virou-se para mim, morreu no quarto um grito estrangulado —Dopei-o.

Corri pelas escadas, fugitivo transcendi os portões de ferro da velha casa. Sigiloso em minha infâmia, roubei de Falcon a amada escultura. Sob um céu que se alterava rechaçando-me com raios, parti pela floresta. Velei a face de Legolas com uma grinalda, até a natureza espantou-se pela vertigem que causava aquela beleza.

E corri á toda brida, o anjo desfalecido em meu colo. Beijei-o para deitá-lo sobre a pedra lisa; Lindo, lindo! Ele dormia. De mim seguiu-se o mais cruel ato, todavia, a consumação do desespero.

Restringi meu corpo ao dele, lho colhendo as pernas. Como eu, tinha ele símil falo; Sempre me fora uma incógnita o sexo dos anjos. Contudo, encontrei do seu corpo a flor recôndita, e dela fiz minha morada. Adentrei-o, apertando em sufoco.

Louco ele riu-se embriagado, parecia ver tudo por ótica disforme: —Ai Falcon, tu de novo. —Olhava-m’o nos olhos, mas neles enxergava o reflexo de outrem.

Cerceado por suas pernas, infundi-me em Legolas. Convulsionávamos unívocos, dois rios concorrendo pra mesma completude. Perfurava-lho a carne loucamente, feito aríete em porcelana. Gemeu ele na cópula sedenta: —Ai, Falcon! É mais fundo que te quero!

Não era meu nome, contudo era suficiente. Já não importava quaisquer circunstâncias se pudesse a vontade saciar somente.

Em prazerosa teia, levou as mãos trépidas sobre os seios, sentindo-os duros e opados. Á cada toque meu naquela tez alvíssima, brotava um vagido, um som — Era como tocar novo instrumento, a citara dos altos querubins. No ápice, chorou clamando, num furor d’alma que abarcava-o ‘té os céus. Gracejava de si mesmo. Sério, e devasso.

A semente, feito nácar, se lho escorreu entre as pernas lúridas, dando seus últimos embates. Em pequenas mortes o anjo fraquejava. Era um deus ufano; Aquelas deidades que corrompem-se, como uma estrela de brilho urente e curto, sucumbindo no próprio fulgor que desempenha.

Desaguei, o marcando neste pequeno canto de eternidade. E naquela boca contudo tão fugaz, depus um beijo.

Assisti ao seu cândido sono sobre a lájea. A aurora não demorou-se, surgindo nos fiordes tão bela e loura como o meu amado. Ele pois, dentre a neblina que pairava baixa na relva, despertou.

Assustado, Legolas envolvia nos braços a nudez trêmula. Um pejo acertara-lhe as faces violentamente.

—Onde estou? Minhas vestes, minhas vestes!

Aproximei-m’o dele. O serafim impressionado, ergueu os braços pálidos á fronte como se para afastar um assombro. Com efeito, eu era um fantasma.

—Dizei-m’o! Que terrível comédia é esta? Nada me vem á mente, seja do presente, ou do passado, senão que estou nu e tremo. Afasta-te!

Sua rosto ebúrneo era lavado de tétricos cristais, despencando-lhe das pálpebras fossem fios de cera derretida. Era sempre encantador aquele pranto.

—Anjo, não te escarneças de mim! Não olhe-m’o com estes olhos de fogo, amuados de nódoa, capazes de ferir mais do que as lanças dum exército em linha combatente!

—Conheço teu rosto, embora teu nome não m’o lembre qual. Se não queres meu desprezo, dê-me motivos para tal!

—Ah, tudo inicia com a sombra dum homem. Um miserável homem! Que tocava a vida como o vento toca o pó. E o seu passado era livro de páginas rotas que trazia ele ao peito, ocultado por uma máscara gélida e boêmia. Contudo viu, qual num deslumbramento o anjo madrigal, surdindo dentre as várzeas da terra. Tão formoso, feito rola primorosa. Nunca vira este homem gentileza e graça similares, que os outros amores que tivera pareceram-lhe gralhas vulgares.

Derreti-me por seus joelhos, ele agarrando-se ás vestes brancas com temor.

—Porém aquela visão de luz vivia sob mão dum gênio que a deixava suspirar pelos cantos, indeciso entre a ciência o amor sublime da criatura. Porquanto, o homem miserável creu que podia reclamá-la p’ra si, roubando-a do mestre. Mas agora, os mesmos olhos do anjo miram-no duramente, são os olhos dos deuses, acima de sua cabeça vexada, enquanto ele pensa fatalmente ter errado. Ele pede clemência.

—Eu amo á Falcon! E ele á mim! — Legolas proferiu fervoroso. —Estás louco e fala feito romântico. P’ra onde me levaste? Se foi pra longe dele, sabei que é como sonegar-m’o a vida!

—Sê complacente!

—Ah, complacente! E foste tu complacente quando afanaste de Falcon o único conforto ao coração?

­—Era a minha a vida ou a dele! Eu amei-te. Se ele lho amasse, não o teria rejeitado as tantas vezes que contei.

—Ele recusava os afetos para não persuadir-m’o a retornar o amor, evitando que depois do fim de sua vida mortal, eu morresse pelo ressaibo do luto. Era um sentir puro! Tão diferente deste que exibes, egoísta e leviano! Adeus!

—Legolas, meu serafim! Olhai-me!

Segurei-lhe enquanto ele deslizava sobre a pedra. Quando tentou erguer-se em pé, apertou o baixo ventre com dorido rosto, as pernas de repente lho falharam ao que não sustentassem o peso em si.

—Ai de mim! Sinto uma chaga dentre as pernas, impedindo que me vá! Quê fizeste aí, seu biltre?

Fitas escarlatas cortaram as coxas pálidas, uma poça sangrenta emaçou-se dentre os pés pra causar-lho terrível espanto.

Senti pena do coitado, apertava as mãos ao ventre chorando infortúnio.

—Maldição, praga e pesadelo! Me abusaste! —ganiu. —Agora o lembro. Passolargo é o nome que profanou-me eternamente! Ao fundir teu corpo ao meu, contaminastes com tua sujeira á mim também. Ah, sou um miserável como vós! Não poderei viver sob essa podridão! Antes a morte. Sorri-me ela nesta hora!

Olhou-m’o não mais, e correu como um cervo cocho, correu entranhando-se na mórbida floresta. Rompendo as chagas do abuso, acelerava; Atrás de seus passos um rio de sangue.

Sem que lho pudesse acudir o desespero, Legolas rematou-se á barra da montanha, lúgubres pináculos e folhagens se avultavam, e abaixo quebravam aos joelhos do penhasco, os dentes alvos e mordazes d’oceano.

A brisa salsa deu-lhe um último beijo de adeus, e ele precipitou-se.

Chorei pois era um fado maldito aquele meu. Um fado maldito que em minha fronte o destino implica, e não importa á quem eu deixe ou ame, as lágrimas sempre são as mesmas.

Nas rochas, entregue ás impetuosas ondas. Jazia em centenas de pedaços —quebrada, pelo mar incutida, e por ele velada. Pra sempre, a escultura de Falcon.

FINIS.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler esta história!
Adoraria vossas opiniões, críticas, tudo me é bem vindo. O que poderia ter ficado melhor, ou se posso lho fornecer algum esclarecimento sobre a obra. Troquemos nossas idéias :)
Nada faria-me mais feliz.



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