Demacia's Wings escrita por Jhulliaty


Capítulo 8
Capítulo 7 - Você sempre esteve aqui


Notas iniciais do capítulo

" Você não pode fazer nada por ele?! "
" Faremos o possível... "
" Façam mais do que o possível! "



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Quando a correria para pegar o homem que havia fugido se acalmou, arrancaram de Quinn até a última informação que ela sabia sobre ele.
O que, claro, não era muito.

Piltover, negado, Cailtyn, a xerife da cidade não tinha registros de nenhuma pessoa que morasse lá e que tenha viajado para Demacia na última semana.

E sua aparência e modo que se vestia não batiam com nenhum outro lugar.

No final, o caso fora abandonado, afinal, foi só uma pequena confusão de festa, não?

O sino tocava meia noite, anunciando o final de tudo.
Também anunciando o começo da competição para entrar no exército de Demacia.

Ela tinha uma hora para se trocar, e assim o fez.

Vestiu seu equipamento, reforçando um pouco a parte do peito e colocando seu diadema novamente, entretanto esse feito de prata e por baixo dele, uma máscara de couro , no final, algum tiro ou uma lâmina perdida talvez, ele iria parar aquilo sem matar a garota.

Em seu ombro havia uma águia, a cabeça de uma, talhada em prata e dourado.

O resto de sua roupa era feita em couro e sua saia era de penas de águia, marrons e belas.

Em Valor, ela colocou um peitoral feito de prata, tal peitoral cobria uma parte das asas também, entretanto não atrapalhava o movimento.

O símbolo de Demacia, o símbolo de uma nação, de seu símbolo, esse era seu último detalhe, preso em sua roupa como um broche, como uma proteção para a barriga, o quão sério seria a luta? Não se sabe.

Ajustou sua besta, pegou suas flechas.

Estava pronta, precisava estar pronta, seu sonho, o sonho de seu irmão, o sonho de Valor.

– Você vai com essa arma? – Um desconhecido, ou quase isso.... Não, o Príncipe Jarvan lhe dirigiu a palavra, perguntando sobre sua besta.

No desespero, Quinn fez uma referência. – Príncipe Jarvan... – Olhou para sua besta – Não.... Não pode arma de tiro? Digo, é arma branca.

– Seria injusto não? Para você – Ele deu algo como um... Sorriso? Anormal... – Temos espadas ali, pegue o que precisar, e quer uma dica? Esconda alguma. Se apresse, você é a mais atrasada.

Quando o Príncipe estava saindo, Quinn deu outra reverência.

Por quê? Por que ele a ajudou?

Não existia motivo... Mas isso não importava, não naquele instante que estava atrasada.

Olhou para o painel com armas a sua frente, espadas grandes, facas militares, armas... estranhas?

Mas uma lhe chamou a atenção.

Era uma espada média, algo como uma adaga, feita de prata, isso era obvio.

Com o símbolo de Demacia, um círculo dourado com a lâmina puxando para fazer as asas... pegou as duas que havia naquele lugar, colocou a faca de seu irmão na bota e correu para o salão de guerra.

~.~.~.~.~~.~.~.~.~.~.~~.~.~.~.~.~~.

– Que a luta comece! –

Um homem forte, com ombros largos e alguns cabelos brancos estava no suposto ringue segurando duas espadas, junto com uma mulher que segurava de forma habilidosa uma espada larga.

A luta se estendeu dai, e foi rápida.

O homem deu o primeiro movimento, tentando acertar a mulher com suas armas, mas ela desviou com uma graça até estranha, passou por baixo das pernas dele e fez um corte na parte de baixo do homem.

Aquilo aparentemente doeu, muito. Mas ele não se acanhou, se virou e cortou o ombro dela, descendo e cortando uma parte do peito.

Já brava, ela cortou a garganta do homem, não totalmente, somente para sangrar.

E um outro homem interferiu. Garen.

– Chega! A vencedora! – Ela colocou a espada no chão para apoiar seu corpo, a roupa notavelmente era feita de pano...

Depois disso, o tempo passou lentamente.
Quinn se sentou perto de outras pessoas, na verdade de centenas de outras pessoas.

Aquilo era realmente competitivo, muito, somente no mercado havia tanta gente unida, entretanto....

Nesse salão, todos eram inimigos, todos queriam te matar ou... te machucar no mínimo.

Mas falando do salão. Seria perfeito para Valor.

O lugar era bem alto, com pilastras nas pontas que seguravam o lugar, algo como.... Deuses? Ou melhor, os reis e as rainhas de Demacia.

Era todo circular, a pista era lisa, era fácil escorregar ali de forma que escapar de ataques não seria complicado.

A arquibancada, era notável que ficava no alto do lugar, era por toda a pista, de forma circular que nem o próprio lugar, e isso era assustador, pois alguém podia tramar algo para você.

Quinn seria uma das últimas, culpa do atraso na verdade, e isso lhe dava tempo de ver seus adversários, o rosto, e o possível sangue que derramaram... entrar no exército de Demacia nunca era fácil, e as pessoas treinavam literalmente uma vida para isso.

A maioria, homens adultos, alguns poucos velhos, a maioria também usava roupas de couro, pano e poucos de metal. Será que teria exagerado?

Mais e mais lutas se seguiram, até que uma sombra foi vista por Quinn.
Aquela sombra.... Sombra? De uma mulher.

Fiora.

Era Fiora, impossível não ser.

A perna de Quinn cogitou a se levantar, a se mover.

Mas Fiora parou atrás de uma das pilastras, olhou para o combate sangrento e para a arquibancada logo em seguida.

Olhos azuis, azuis como o céu e a pureza dos mares, aqueles olhos se cruzaram com os de Quinn, Fiora estava mesmo olhando para Quinn, ela havia reconhecido a amiga? Talvez, bem provável.

Mas se reconheceu, não se importou.

Fiora, ela havia sumido nos últimos anos, depois de tudo o que aconteceu com Caleb.

Ela realmente sumiu, simplesmente isso.

E agora, estivera lá ela, bela como sempre, de franja como sempre, mas com uma expressão fria que nunca estivera antes.

Fiora...

– Número 57, se apresente no centro coliseu.

Número 57...

Quinn deu um pulo da arquibancada, tendo Valor voando em direção a ela logo em seguida.

Já no centro, ela ajustou as ombreiras.

– Número 57 se apresentando. Quinn, nascida na parte agrária de Demacia. – Quinn estendeu seu braço esquerdo, local que Valor pousou logo em seguida. – E esse é Valor.

Ela foi para o centro do salão e fez um leve aceno, um cumprimento.

– Número 43, se apresentando. Robert, nascido no centro de Demacia. – Ele não fez o cumprimento com o rosto.

43 são 14 pessoas antes de Quinn...

Ele havia tirado de campo, 14 pessoas, e a garota não havia se dado conta disso.

Então um homem musculoso demais para ser quase real, deu um passo à frente, entrando no meio dos combatentes.

Garen, o Poder de Demacia.

– Todos prontos – Quinn tirou as lâminas e ficou na posição que o irmão lhe ensinou.

As asas de Demacia, ela mostraria o que era ter asas.

Meio curvada, com as espadas ao lado do corpo.
O homem usava uma grande espada, maior quase do que ele, como carregava aquilo?!

– Lutem! – Ambos partiram para cima um do outro.

O homem ergueu a espada e tentou cortar a garota ao meio, vindo da esquerda para a direita, mas como foi muito alto, ela se abaixou, Valor no ar se aproximou do rosto do homem tentando o distrair com unhadas na região do rosto.

E funcionou.

Quinn saiu de baixo da espada do homem e correu na direção das costas dele, enfiou a espada nas costas dele.

Ou não.

Bem na hora o homem se virou para a direita, levando a espada com ele.

E começou a correr.

Corria em círculos, tão rápido que a garota quase o perdia de vista.

Valor e ela ficaram parados, tentando ver.

E então o homem atacou, por trás.

Quinn se jogou para o lado, saindo somente com um risco de sangue no braço, Valor levantou voou.

Robert não deu trégua, a garota mal havia se reposicionado e ele já saiu tentando corta-la ao meio.

– De olho nele! – Quinn gritou enquanto corria, tentando sair dos diversos golpes, as vezes abaixando, a maioria dos passos tendendo a cair.

Valor se movimentou em cima, gritando, mas não atacou o homem.

Quinn parou, e se abaixou, e como ele continuou, quase tropeçou nela.

Pelos deuses.

Ela pulou em cima do homem.

– Pegue-o! – Quinn gritou enquanto o homem se jogava para trás tentando tirar a menina de cima dele.

Valor desceu com rapidez de enfiou as unhas em torno dos olhos do homem.

Tempo suficiente para Quinn fazer um leve corte na garganta dele.

E se jogar para trás, caindo de bunda, ofegante.

O homem se contorceu e deixou a espada cair.

Ela havia ganhado.

Parem! – Garen gritou do fundo e se aproximou do centro. – Número 58, comparecer ao centro.

Sem descanso?

Ok...

– Número 58 se apresentando – Ele somente se levantou do acento – Eu me nego a lutar.

Garen fez um aceno com a cabeça, o homem que ela tinha lutado era retirado por algumas pessoas que pareciam enfermeiros.

– Número 59, comparecer ao centro. – Outro homem se levantou, mal dava para ver seu rosto.

– Número 59 se apresentando, me nego a lutar.

Outro aceno de cabeça de Garen.

Eles estavam desistindo porque viram Quinn lutar...

Eles desistiram porque viram Quinn e Valor lutar.

Valor desceu dos céus e a garota estendeu o braço.

Foi sorte então ela pegar um dos últimos números, já que o sistema era quem aguentasse e tirasse mais gente de campo que venceria.

– Número 60 se apresente.

E foi assim.

Um por um desistindo.

Um por um falando que se negava a lutar com a garota.

Medrosos ou não, para ela, aquilo era um alívio.

– Número 72, se apresente.

Uma mulher se levantou sem falar nada.

Garen repetiu a fala.

– Número 72, se apresente!

A mulher somente desceu as escadas e se concentrou no centro do lugar.

Sombria.

Ela dava medo.

Quinn quase se encolheu.

Valor grasnou, como se falasse que estava tudo bem.

Sim, estava tudo bem.

Ela iria ganhar, definitivamente!

A mulher retirou dois floretes, nem sem mesmo retirar a capa que cobria seu rosto e costas.

Fiora? Talvez... Fosse ela, mas como? Se ela supostamente já estava no exército.

– Todos prontos! – Garen anunciou.

Quinn mal teve tempo de sair de seus pensamentos e se posicionar.

O chão parecia mole e flácido.

As espadas pareciam pesadas demais para ela.

O que... Era aquilo?

A mulher fez o primeiro movimento, mas a garota se jogou no chão.

Havia rasgado um pedaço do couro do peito.

Afiada lâmina.

Valor ao alto grasnou, volte de suas memórias, não é ela.

Ele falava...

Quinn se jogou para o lado tempo o suficiente para desviar do outro ataque.

Outro ataque dos floretes, a garota cruzou as adagas, a mulher sorriu.

Ela forçou ainda mais os floretes, um estalo foi ouvido. Não da lâmina do florete, mas das adagas de Quinn.

– Número 72 se apresentando – Ela falou baixo, mas parecia gritar, todos pararam de falar e até mesmo de respirar para ouvir – Meu nome é Crystalia, vinda de Bilgewater.

Não era Fiora...

Quinn também abriu um sorriso.

– Número 57 se apresentando – Ela forçou ainda mais as adagas e deu uma leve batida no chão, Valor se moveu acima – Quinn, nascida na parte rural de Demacia.

Valor voou por trás e enfiou as unhas na parte traseira da mulher, que desviou alguns milésimos de segundos depois. O capuz rasgou e caiu.

Ruiva, olhos castanhos, branca com sardas.

Sem tempo para apreciar a beleza.

Quinn correu em direção a mulher que desviou de um, dois, três golpes seguidos.

A garota deu um pulo para trás, respirando, Crystalia sorria.

– Olhos no céu – Quinn falou sem maior entonação, Valor voou mais alto.

Elas começaram a andar em círculos, ambas em posição de defesa.

Valor desceu lentamente, e quando estava quase alcançando o ombro de Quinn...

Ela correu em direção a mulher, que se abaixou e rasgou as duas pernas da garota antes de ir para trás dela e a ameaçar furar suas costas.

– Se renda – Ela falou baixo.

– Nunca. – Quinn retrucou.

– Então mor- – Valor com o bico furou a parte de trás do pescoço de Crystalia.

Quinn se virou e colocou uma das adagas no pescoço da mulher, e outra quase furando seu peito.

Os olhos de Quinn falavam tudo.

Se renda.

E os olhos da mulher retrucavam.

Nunca.

A garota não queria fazer aquilo, mas...

Crystalia se moveu jogando Valor para longe ao girar a adaga e acertar a cabeça do pássaro, Quinn furou o peito da mulher.

Parem! – Os olhos de Quinn ainda estavam assassinos quando ela jogou as adagas no chão e saiu correndo para ver como Valor estava.

Crystalia caiu no chão, sangue escorrendo de seu peito.

Médicos correram em direção a ela.

Mas o Mundo parou de repente.

Nada importava.

Valor não acordava.

Valor....

O Mundo parou quando o grito de Quinn atingiu o lugar todo.

Ele havia sofrido um corte na região da cabeça.

Ninguém mais quis lutar com Quinn.

No total de 100 participantes, ela foi a vencedora.

Outras seções ocorreram. Mas nada importava.

Ela teria três dias para descansar e então, retornar para o campo de batalha para finalmente entrar ou não no Exército.

Fiora não apareceu mais.

Valor foi levado ao hospital.

Quinn se recusou a ser tratada até que Valor estivesse acordado.


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Notas finais do capítulo

Eu não posso dizer um desculpa.
Pq ele não surgirá efeito em nenhum leitor que me acompanhou tanto, me insistiu tanto e somente agora que estou postando o que escrevo.
Somente tenho que agradecer.
Obg por tudo o que vcs tem feito.
Tentarei, por algum limite de Mundo, não ficar tanto tempo sem postar novamente.
Não peço perdão, mas peço clemencia.
Até alguma hora, e fiquem com esse sentimento em seus corações.
Muito obg, de verdade.
Kissus~~