Demacia's Wings escrita por Jhulliaty


Capítulo 10
Capítulo 9- Minha Arqui-Amiga


Notas iniciais do capítulo

Eles dançaram no baile
De forma casual
" Me deixe mostrar o futuro "
O sangue vibrou, congelou e lhe matou
Aos poucos a luta soou
" Mostrem o que vocês vieram fazer aqui"
E o chão foi pintado de vermelho



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A música soava alta enquanto Quinn adentrava o palácio naquela tarde.

Valor estava com a garganta costurada, ele não aceitou ficar parado quando ela foi avisar que continuaria com a luta. Ele era assim mesmo.

A mesma roupa de couro, o mesmo diadema, as mesmas lâminas, com a diferença que a roupa ainda estava banhada em sangue, Quinn fizera questão de não lavar.

Seria em algumas horas, somente ela. Era para ser uma final com mais pessoas, era para Quinn ter adversários, mas eles quebraram as regras, roubaram, e o Príncipe Jarvan os matou.

Pelos Deuses, por Galio, ele os matou a sangue frio, sem se importar. E quanto aquela mulher que a menina quase matou em sua luta, ela foi notificada que não havia sido morta, Quinn nunca respirou tão fundo quanto daquela vez.

O tapete vermelho do centro do palácio, a multidão para assistir o último confronto sangrento, Jarvan em seu trono junto de Garen e mais outros cavaleiros da guarda.

Conforme Quinn entrava naquele vasto palácio, Valor se mostrava mais, mostrava que sobrevivera e que continuaria vivo por muito mais tempo, já a própria garota abaixava sua cabeça, seu olhar estava maligno como se seu coração mostrasse que algo de ruim estava por acontecer.

Não havia espera, revolta, remorso por ter que ver outras lutas.

Ela se posicionou no canto direito do salão e esperou.

Garen foi o primeiro a aparecer e ficou no meio do salão.

–- As regras mudaram um pouco – Anunciava olhando para a plateia – O objetivo agora é derrubar sua adversária em vez de derrota-la.

A arquibancada protestou.

–- Como assim não vai matar?

–- O que vocês têm na cabeça?

–- Até a morte!

–- Calem-se! – Garen se pronunciou, de imediato se calaram – Que entre a competidora.

Uma pessoa entrou, totalmente coberta com um manto negro, cobria cabeça e rosto com um capuz, peito, perna e até mesmo os pés, somente dava para ver seu queixo, uma pele branca meio pálida se mostrava ali.

Um pequeno barulho foi ouvido, logo ele ficou mais intenso, ao olhar para o outro lado, em direção a parede, um painel foi aberto, estava lotado de armas, espadas, adagas, arco e flechas, bestas, correntes, tudo o que se possa imaginar.

–- Escolham suas armas

De imediato com o grito de Garen, Valor se dirigiu até o painel e pegou uma besta, dourada, decorada, firme. Aquela pessoa se dirigiu lentamente e mal levantou a cabeça quando pegou um florete, prata e dourado, dava para notar ligeiramente um desenho de pétala no cabo, se dirigiu novamente ao seu lugar e segurou a arma com graça.

Graça. A graça de um nobre.

Quinn se posicionou, pronta, pronta para morrer ou matar. Ou algo nesse meio termo.

–- Prontas? – Garen gritou. O Rei se sentou na cadeira que até agora estava vazia, logo em seguida o Príncipe veio atrás.

–- Tire o manto – Alguém na plateia gritou.

–- É, tire o manto! Queremos ver quem vai ser a competidora.

Quinn segurou com mais força a besta.

–- Tire o manto, por favor – Falou baixo, mas foi o suficiente para a pessoa também ouvir, Valor deu um grasnado como se também pedisse aquilo.

E então, silêncio.

O silêncio atingiu, e a única coisa que dava para ouvir era as batidas rápidas do coração de Quinn, a respiração forte e o bater de asas de Valor.

Cabelos curtos escuros, na altura do queixo, uma franja rosa, olhos azuis brilhantes, uma blusa grudada branca com ombreiras douradas, uma parte da armadura, calça leg preta esverdeada, e uma capa pela metade rosa.

Rosa. Azul. Preto. Nobreza.

Era Fiora. Fiora Laurent, a primogênita da Casa Laurent, uma guerreira que luta pela honra... De sua casa.

Logo a arquibancada foi à loucura, gritos e berros, tanto a favor quanto contra Fiora.

Quinn permanecia atônita, sem saber como reagir. Sua amiga, sua amiga de tantos anos estava ali, lutando com ela.

Garen olhou para ambos, Valor não poderia saber de Fiora, ele não reagia a sua presença.

Mas Quinn sim.

E quando o General deu o sinal, Quinn não se moveu.

~.~

Dizem que se você for realmente amigo de uma pessoa e ela for embora, nada mudará entre vocês, continuarão a ser amigos, e quando se encontrarem, nada terá mudado, vocês irão se abraçar, se tratar como se nunca tivessem se separado.

Dizem que se você lutar por algo, você consegue essa coisa que tanto busca.

Quando Fiora avançou querendo acertar o peito de Quinn, a garota não se moveu, Fiora ensinou seu irmão e ela a lutar, não podia matar sua amiga.

Valor picou a parte de trás do pescoço de Fiora antes dela alcançar o peito de sua inimiga.

A ave gritou, implorando.

Acorde! – Ela implorava – Ou vamos morrer ­– Parecia implorar, Quinn não duvidava.

A boca de Fiora, antes séria, mostrava agora um leve, quase invisível sorriso.

Quinn se posicionou e sua oponente fez o mesmo.

Arqui-amiga –- A boca de Quinn fez menção a essa palavra, o sorriso de Fiora aumentou, pareceu entender.

O primeiro movimento veio do outro lado, o lado da Casa Laurent, ela avançou colocando sua espada à sua frente, quando alcançou a roupa de Quinn, o movimento foi rápido cortando uma parte do tecido e se chocando com o metal. A garota pulou no peito de Fiora e se afastou, usando a mulher como impulso, Valor picou o rosto da oponente e grasnou, Quinn atirou e Fiora defendeu parte com a espada, parte com o próprio braço.

Sangue vermelho começava a pintar o chão da arena, sangue de ambas.

Valor abaixou a altura, e em um movimento, ele avançava em Fiora, o objetivo era cegar a oponente, o que não deu certo, Fiora colocou o florete na frente de seu rosto bloqueando a passagem da ave, que logo subiu novamente, Quinn já atirava novamente e a mulher fazia o possível para se esquivar e chegar mais perto de sua adversária, então avançou novamente, grudando e dando vários ataques, antes que Quinn pudesse fugir ela foi para trás da garota, que se jogou para o lado, evitando um possível ataque em seu peito, que atingiu seu braço que não segurava a besta. Quinn jogou o braço para o lado a tempo de acertar Fiora que voltava a sua posição à frente da inimiga, o tiro pegou em sua perna direita.

Ambas recuaram.

A plateia gritava, estava fervorosa, estava tendo o que queria: Sangue. E eles clamavam por mais, não satisfeitos com o que estavam vendo, afinal, queriam ver dois membros poderosos brigando, mesmo um tendo vindo de algo como eles.

Sangue pingava por onde as duas andavam, elas giravam se entreolhando, não atacavam, não demonstravam nada além de concentração, estavam analisando uma a outra, onde atacar, como ferir, como não matar, como derrotar.

Ambas atacaram ao mesmo tempo.

Fiora tentou acertar o estomago da garota, que girou e atirou querendo acertar na cabeça, Fiora se abaixou e mirou no braço de Quinn, que pulou e teve sua cintura cortada, de cima atirou na mão da mulher, que foi um passo à frente e teve suas costas arranhada, Quinn caiu em cima de Fiora, que logo trocou as posições e imobilizou a garota no chão.

Quinn havia perdido.

Mas a mão da besta estava livre.

Seria morte dupla.

Garen não gritou o termino da luta.

Ambas se soltaram e pularam para distante uma da outra.

Sangue, sempre sangue, entretanto nenhum gemido ou reclamação de dor, elas deixavam o sangue escorrer, adrenalina corria em suas veias, elas não se importavam com o líquido vermelho espeço.

Quinn avançou, indo em direção a mulher, mirou enquanto corria, Fiora colocou o florete na frente, Quinn atirou novamente, Fiora girou e mirou no pescoço da garota, que girou e atirou mais uma vez, o Florete bloqueou, Valor desceu dos céus e tentou picar a mão que segurava o florete de Fiora, ela se jogou no chão ficando de joelhos e enroscou a perna na de Quinn, que caiu, a ave tentou cegar a mulher, um risco de sangue escorria agora de Valor pela defesa de Fiora.

Quinn e Fiora se levantaram, já atirando e defendendo, já atacando com o florete e se esquivando.

Quinn então avançou, se abaixando do golpe de Fiora quando ficou perto o suficiente e pulou para trás usando o peito de Fiora como alavanca, Fiora tentou segurar o pé da garota, sem sucesso, entretanto isso atrapalhou o processo, entretanto enquanto no ar, Quinn atirava, sua mira trêmula, errando o alvo, fazendo vários riscos de sangue no rosto de sua oponente.

E a garota caiu no chão molhado em sangue.

Fiora se jogou no chão tentando furar o peito de Quinn, que girou para o lado e mirou na cabeça de Fiora.

A batalha parou.

Garen gritou o fim, sem ter realmente um fim.

Ambas não se levantaram do chão, exaustas, cansadas, pálidas, sem sangue.

A plateia ainda gritava conforme as duas respiravam pesadamente e Valor descia dos céus.

Quinn havia ganhado, pois poderia atirar na cabeça de Fiora e matá-la no último instante.

–- Minha Arqui-amiga. – As palavras não eram mais que um sussurro na boca de Fiora, até mesmo Quinn não ouviu conforme o corpo ficava pesado demais para até mesmo segurar a lâmina.

Os enfermeiros chegaram correndo, colocando primeiro Fiora na maca, quando Quinn estava sendo pega com cuidado para ser transportada para o hospital, ela se permitiu se render ao cansaço.

Talvez, tenha sido somente imaginação da falta se sangue ou do cansaço por não ter praticamente dormido por dois dias, ou três, mas Quinn pode ter certeza de ter ouvido Fiora falar.

–- “Minha Arqui-Amiga”... Gostei desse novo título.


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Notas finais do capítulo

Demorei.
Voltei
Eu sempre prometo que não vou sumir e sumo.
Não prometo mais nada :v
Espero somente que gostem do capítulo
Me digam o que acharam da luta, primeira vez que faço uma luta tão.... Assim XD
Espero que gostem
Kissus