A Jovem Do Ar escrita por Cakeyloser


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gente, peço desculpas por estar demorando para postar os capítulos... Minhas aulas começaram e estudo em tempo integral! Urgh!! Vou tentar postar uma vez por semana. Comentem, recomendem, favoritem e acompanhem isso ajuda muuuito! Espero que gostem! No último capítulo : "– Sente-se. - Disse meu pai a ela, e esta o fez. Meu pai ficou de pé no canto da sala. - Annie essa é Aria, sua irmã."



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Assim que meu pai apresentou Aria para mim, ele nos deixou sozinhas para que ela me explicasse o que estava acontecendo.

Aria era filha de uma outra relação, da qual meu pai tivera antes de conhecer minha mãe. Nunca que meu pai a havia abandonado. Ela tinha 9 anos quando descobriu ser uma Meta, esse é o nome que eles dão para alguém como nós. Meu pai ajudou no que pôde para protegê-la, mas não deu certo. Sua mãe acabou morrendo com um tiro no peito quando estava ajudando ela fugir. Aria gritou de raiva e tristeza, foi quando parou tudo ao seu redor.

Ela correu em direção a sua mãe. Estava deitada no chão duro, sua camiseta branca havia virado vermelha por conta do sangramento, seus cabelos caiam em seu rosto graciosamente, como se ela mesma havia os deixado arrumados em perfeito estado. Ela respirava com dificuldade, seu peito subia e descia fracamente. Aria agarrou sua mão e com a outra acariciava seu rosto, ficava mais fraca a cada segundo por conta do tempo que estava segurando. Sua mãe a disse:

— Aria, olhe nos meus olhos. - Esta o fez com as lágrimas deixando tudo turvo. - Pelo amor de Deus garota! Pare de chorar. - Ela abriu um sorriso. Sua voz saia rouca e toda vez que se esforçava para falar, tossia sangue. Aria fez o que ela mandou e segurou as lágrimas limpando as restantes. - Olhe para lá. - Pediu. Ela estava apontando para o céu estrelado. - Vou estar ali daqui à pouco. Peço que toda vez que ver a mais brilhante, se lembre de mim. Promete? - Sua mãe fazia cada vez mais força para suportar a dor que sentia... Dos dois jeitos. Sua mão tremia, e ela suava e seu corpo perdia sua cor natural mais rápido, ficando um pálido papel. - Ego tamen non obliviscar tui *. - Assim que Aria escutou essa pequena frase começou a chorar novamente. Era uma frase que a família de sua mãe falava quando o parente ou a pessoa amada estava a beira de sua morte.

— Et matrem* - Lágrimas agora caiam do rosto de sua mãe enquanto o brilho se esvaia dele, assim como sua vida. Aria beijou seu rosto e se afastou liberando o tempo ao seu curso natural.

Após anos, ela se refugiava dos caçadores e morava nas ruas, até encontrar meu pai novamente. Ele contou seu plano a ela e a trouxe escondida para dentro da sede d'A Origem. Desde então, Aria mora no subsolo da sede.

Quando ela acaba de contar, dou um grande suspiro.

— Então, você é minha irmã por parte de pai e também é uma Meta. Por que Zender também não é? - Pergunto. Nunca me passou pela cabeça o do porque Zender não era um de nós.

— Pelo o que parece, os poderes pulam de geração em geração. Eu nasci Meta, Pula Zender e você nasce Meta... Acreditamos que seja assim que funciona. - Ela dá de ombros.

— O que aconteceu quando você encontrou o nosso pai? - Falar "nosso pai" para alguém que há algumas horas eu não conhecia era estranho, mas tinha que me acostumar, pois agora, ela era parte da minha família.

— Ele disse que era perigoso eu ficar perto de vocês, porque atrairia A Ordem. Ele não quis isso, para o bem de vocês e o meu. Zender era apenas um recém nascido, ele se importava muito com ele e sua mãe. É claro que eu fiquei com raiva dele por muito tempo, mas quando minha mãe morreu, comecei a vê-lo com outros olhos, agora o admiro por querer o bem de vocês.

Nesse momento ele entra.

— Sinto interromper, mas terá de ir para cela agora. - Diz ele olhando para mim. - Tenho que te levar.

— Okay, mas antes, como estão Zender e mamãe? Faz tempo que não os vejo, quero saber. - Ele abre um sorriso meio torto.

— Eles estão bem, poderá vê-los em breve, eu prometo. - Aceno com a cabeça e ele me algema novamente. Despeço-me de Aria e ele me leva em direção a cela.

No corredor passo por um monte de guardas carrancudos e fortemente armados. Quando os olhos, fazem cara de nojo, como se eu fosse uma criatura nojenta ou perigosa, talvez o último. Balanço a cabeça tentando tirar a ideia de minha mente. Chegamos na porta da sala.

Por fora ela tem um vidro enorme e tão escuro que não consigo ver o que há dentro dele. A porta é imensa, toda de ferro cinza e uma grande tranca. Meu pai pega a chave em seu bolso e me retira das algemas, em seguida ele abre a porta.

— Voltarei para te buscar. Boa sorte! - Ele pisca para mim e se retira trancando a enorme porta.

Dentro da cela há dois beliches, uma pia no meio e um espelho com a metade quebrada. Ele é todo branco e o enorme vidro é falso. As pessoas de fora não conseguem ver o que está acontecendo aqui dentro, mas nós conseguimos ver o lado de fora. Há câmeras no recinto.

Megan está deitada na cama de baixo de um dos beliches, dormindo. Luca está sentado no chão arranhando a parede com um pedaço de pedra que deve ter pego do lado de fora. Me sento ao seu lado.

— O que ele queria? - Pergunta Luca sem tirar os olhos dos rabisco que está fazendo.

— Ele contou o plano de vocês e apresentou minha irmã, da qual eu nunca vi na vida e nem sabia que existia.

— Irmã? - Ele para de rabiscar e olha para mim. Sua aparência está péssima. Olhos fundos e vermelhos com olheiras abaixo, rugas de cansaço na testa e estava pálido.

— Te conto depois, você devia descansar. Está horrível! - Ele ri.

— Obrigado pela parte que me toca. Você também não está com a melhor das aparências. - Dou um soco em seu braço fazendo com que ele ria mais ainda. Mas era verdade, não estava com a melhor da aparências. Meu cabelo estava desgrenhado, meus olhos estavam fundos e vermelhos com olheiras abaixo. De certa forma, nós estávamos iguais.

— Então vamos os dois descansar. Amanhã o dia vai ser longo e não acho que sejam coisas boas. Ele assente e me dá um beijo na bochecha.

— Boa noite, Annie. - Apagam-se as luzes.

— Boa noite Luca. - Meus olhos pesam e não luto contra.

 

                                            '<>'

 

No dia seguinte acordo com pancadas na porta. Luca e Megan já estão de pé.

— O que está acontecendo? - Pergunto=, mas antes que alguém consiga responder, a porta se abre com violência e dela sai três pessoas que não conheço.

Dois deles estão vestido de cinza com grandes armas em suas mãos e óculos escuros. Uma está diferente. Ele está vestido com um elegante terno preto com uma gravata vermelho vinho e usa óculos escuros assim como os dois guardas em seu lado. Ele é alto e careca e isso é tudo que eu consigo descrever. Ele examina o quarto e para os olhos em mim.

— Você. - Ele aponta. - Venha comigo.

— O que quer comigo?

— Venha, Agora!

— Não, até não falar o que quer. - Digo o encarando.

— Se não posso levá-la no jeito bom, irei pelo pior! Meyer, Johnson, levem-na. - Os dois guardas vieram em minha direção e cada um me pegou por um braço. Me esforcei para me soltar, mas eles eram fortes demais. Luca e Megan tentaram me soltar, porém sem sucesso.

Fui arrastada para uma sala onde havia enormes aparelhos elétricos e monitores. No meio havia uma mesa igual a da outra sala onde meu pai havia me levado ontem.

— Sente-se. - Disse o homem de terno. Me sento enquanto os dois guardas ficam parados um em cada canto da sala. - Vou pedir para que faça coisas e você fará, se não haverá consequências graves.

Engulo em seco. Tenho o pressentimento que essa será uma longa manhã.


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Notas finais do capítulo

*Tradução:
— Eu nunca vou te esquecer.
— Eu também, mãe.
Comentem por favor! Espero que tenham gostado! Capítulo novo em alguns dias



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