A Jovem Do Ar escrita por Cakeyloser


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

To demorando, né? Eu sei, Desculpa! Mais um capítulo pra vocês ai.
Nova fic que eu escrevo com uma amiga: http://fanfiction.com.br/historia/487910/Reckless/
Entrem lá



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/465608/chapter/15

Estou nervosa, porque pela primeira vez em semanas vou visitar minha mãe e meu irmão, rever meu lar, de onde fui forçada a sair.

Sei que eles não se lembram de mim, mas não me importo, só quero revê-los.

Estamos na estrada de terra que nos leva de volta à cidade. Meu pai está dirigindo a camionete em silêncio. Está de noite agora, meu pai achou melhor que fossemos de noite para não chamarmos atenções indesejáveis.

Quando chegamos a pequena casa onde eu morava está completamente iluminada. Há carro estão estacionados em sua frente.

– Quem está lá? - Pergunto, quebrando o silêncio.

– Não sei, não reconheço o carro.

Meu nervosismo já grande, só aumenta a cada passo que dou. Depois dessas semanas, não sei oque esperar.

Passo o braço em torno do braço de meu pai e ele me da um sorriso.

– Trouxe alguma arma? - Balanço a cabeça. A pergunta não me surpreende, mas me assusta, achei que não tivesse que usá-la hoje.

Chegando a casa, ele abre a porta o mais lentamente possível. Entrando, eu encontro a mesma cena de alguns dias atrás. Minha casa está revirada novamente, mas dessa vez à sangue.

Balanço o braço de meu pai e ele se esgueira para perto de mim.

– Você consegue mover sua arma acima de nós? - Balanço a cabeça novamente. Retiro a pistola da cós de minha calça e a levanto acima de nossa cabeças, assim como ele pediu. - Ótimo, vamos por este corredor. - Ele sussurra. - Tente fazer o mínimo de barulho.

Isso seria o mais difícil agora. Há cacos de vidro espalhados no chão, móveis quebrados, entulhos em todo canto. Cada cômodo está revirado. Nas paredes, há marcas de mão, há sangue.

Procuramos na cozinha, nos quartos, nos banheiros, em tudo, mas nem sinal deles.

– Onde eles estão?! - Pergunta meu pai aflito.

– Tem um lugar que não procuramos ainda, pai. - Lembro-me agora que temos um tipo de esconderijo, onde meu pai construiu para mim e Zender quando éramos menores. Faz tempo que não volto lá.

Me direciono até o jardim, onde está o esconderijo. Todo mundo tem uma casa na árvore, mas eu queria algo diferente, eu queria algo escondido, fundo.

O jardim era o lugar perfeito para tal. Com as árvores e as plantas que minha mãe adorava cultivar. A visto a porta que da ao esconderijo e está escancarada. Corro em sua direção e estou prestes a por meu pé na escada quando uma mão me puxa e sou arremessa para longe. Caio com um baque que estala em meus ouvidos e causa uma dor terrível em minhas costas. A mão me pega novamente, mas dessa vez pelo pescoço e me levanta só chão me prensando na parede. Minha visão está embaçada, mas consigo ver quem me prende, não o conheço, mas sei que é um guarda d'A Origem. Chuto sua virilha e ele me solta rugindo de dor e raiva, abaixo a arma para minha mão e aponto para ele. Minhas mãos tremem diante do homem que aponto a arma. Seu rosto tem um sorriso malicioso, mas não abaixo a arma de onde aponto.

– Você não vai atirar em mim. - Ele debocha.

– Não duvide de meu potencial para essas coisas. - Respondo cuspindo as palavras. Ele ri novamente e agora levanta as mãos no ar ainda debochando. - Você pediu. - Atiro em sua mão e enquanto ele grita de dor eu rio. Mesmo com a mão praticamente vomitando sangue, ele se volta com a mão em meu pescoço me manchando com seu sangue. Pontos pretos invadem minha visão cada vez que o ar acaba em meus pulmões, eles ardem a cada tentativa de respirar falha. Estou quase desmaiando quando vejo a arma caída no gramado atrás dele. Uso o que eu tenho de energia para manipulá-la. Eu poderia parar o tempo, mas estou fraca demais para tal uso e a única coisa que consigo fazer é manipular a pistola que meu pai me dera. Tento não chamar sua atenção e a levanto apontando para suas costas, ele nem a percebe.

– Quais são suas últimas palavras? - Ele pergunta com aquele sorriso que me da nojo.

– Vá para o inferno! - E faço com que a arma dispare. Ele desprende a mão de meu pescoço e cai sem vida no chão. Fico aliviada pelo ar que retorna a mim. Sinto seu sangue quente pingando em mim. Caio no chão com a tontura e me desespero. Lágrimas caiem de meus olhos, estou chorando desesperadamente. Nunca matei ninguém, mas agora não é hora de sentir culpa.

Levanto-me do chão e procuro por meu pai, o acho lutando com outro guarda e ele não está nada bem. O guarda o chuta nas pernas e ele cai no chão, meu pai agarra seu pé e puxa o derrubando também. Meu pai se levanta rapidamente e procura por sua arma, enquanto o guarda geme de dor no chão, e acha sua arma e atira no guarda sem hesitar um segundo. Instantes depois uma poça de sangue está em sua volta. Ele me acha e vem em minha direção, quanto mais perto mais seus olhos se abrem.

– Ah meu Deus! Annie você está sagrando! - Ele está desesperado.

– Calma, pai. O sangue não é meu. - Quando digo isso, ele fica aliviado rapidamente.

– Temos que procurar sua mãe e Zender, rápido! - Ele segue em direção ao esconderijo e some lá dentro, o sigo sem hesitação.

Dentro do esconderijo, está escuro, é apenas iluminado com algumas velas perante o caminho. Tenho um mal pressentimento que me arrepia os pelos da nuca, mas continuo meu caminho sem falar nada.

Encontro minha mãe e Zender pressos no fundo da sala. Zender está desacordado e inteiramente machucado, cordas grossas o prendem a uma cadeira e uma fita atravessa sua boca, meu pai corre para soltá-lo. Minha mãe chora lágrimas de sangue, aquelas que se misturaram com o de seus machucados no rosto, assim como Zender, cordas grossas a perdem em uma cadeira e uma fita atravessa sua boca, corro para ajudá-la.

Tiro com cuidado a fita de sua boca e ele fala algo que explica a sensação ruim que tive quando entrei aqui.

– Saiam daqui! É uma armadilha dele!

– Dele quem? - Pergunto. Mas minha pergunta é imediatamente respondida por quem eu menos esperava.

– Minha! E parece que funcionou certinho, não? Pensei que seria difícil, mas me enganei. - Ele começa a rir e minha raiva aumente, assim como meu nojo.

Froamming

– Lewis, então era verdade, você não está morto mesmo. Isso é bom, porque agora eu posso matá-lo. - Diz meu pai indo em sua direção. Mas antes que meu pai possa atacá-lo, Froamming retira uma arma de seu casaco e apontou para meu pai. Foi algo de segundos. Meu pai parou imediatamente.

– Achou que seria algo fácil? - Ele ri de novo. - Não sou alvo fácil, por isso ainda estou vivo. - Meu pai bufa.

– Solte eles. - Digo pela primeira vez. Ele olha para mim e aumenta o sorriso no rosto.

– Annabel, a última vez em que te vi foi quando era uma bebê.

– Não vim aqui para perguntar a última vez em que me viu e sim para salvar meu irmão e minha mãe das suas garras! - Cuspo as palavras de minha boca.

– Desculpe minha querida, temo que não será algo tão fácil assim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em alguns dias



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Jovem Do Ar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.