A ascensão da número 3 escrita por P3RC4B3TH


Capítulo 3
Capitulo 3




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Aos poucos fui retomando os sentidos. Comecei sentindo os membros inferiores e aos poucos os membros superiores. Notei que estava deitada com a cara contra o cascalhos e embaixo de uma moita. Como diabos fui parar ali? Ai me lembrei de ter fugido de casa, vindo para Washington, dormido em um hotel de segunda, ter meus sonhos invadidos por Setrakus e quando saia assustada do hotel, ter dado de cara com uma frota de Mogadorianos.

Sai de baixo da moita me arrastando, terminando de rasgar minhas roupas que ja não estavam lá essas coisas. Minha camiseta estava toda rasgada na frente e minha calça jeans ja tinha virado um shorts. Em pé, comecei a procurar minhas coisas, achei minha mochila (com a minha arca dentro) a alguns metro de distância, infelizmente ela estava toda rasgada, e metade da minha arca estava aparecendo. Peguei-a, retirei minha arca de dentro, e a outra unica muda de roupa que eu tinha. Entrei novamente no hotelzinho de meia boca, e fui para o banheiro. Tomei um banho horrível, a pressão da água era péssima, e a água em si era meio marrom. Mas pelo menos consegui dar uma limpada na sujeira em si. Coloquei a minha ultima muda de roupa, amarrei meu cabelo ainda pingando. Voltei para meu quarto, arranquei o lençol da cama, e fiz uma bolsa com ele. Coloquei minha arca dentro e amarrei nas minhas costas.

Lá fora ainda dava pra ver o ponto onde eu eliminei os Mogadorianos. Estavam com manchas pretas no chão. Achei duas armas Mogadorianas largadas no chão, e as guardei na minha mochila improvisada. Por um milagre eles tinham vindo até mim em uma Hammer, e não em uma nave. Uma vez que fomos pra casa do campo de Robert, ele me ensinou a dirigir. E foi extremamente util. Sendo que eu ainda não tenho 16 anos, eu ainda não tinha carteira. Abri a porta do carro, dei uma olhada em tudo, procurando por alguma coisa que pudesse pular em mim a qualquer momento. Olhei até em baixo do chassi do carro, e achei um negocio com uma luz vermelha piscando. Acredito que era um rastreador. Arranquei-o do carro e taquei o mais longe que consegui.

Entrei no lado do motorista, coloquei minha arca e as duas armas no banco do passageiro. Peguei a minha carteira de motorista falsificada e a minha identidade, e coloquei no porta luvas. Liguei a Hammer, e entrei na rodovia.

Viajei cerca de 350 km sem parar. E só tive que parar porque a gasolina estava quase no fim. Dei mais uma procurada no carro, achei um maço de dinheiro humano. Desci do veiculo, e coloquei o negocio da bomba de gasolina no carro. Deixei abastecendo e entrei na loja de conveniência. Andei pelos corredores, e peguei uns pacotes de salgadinhos, umas garrafinhas de refrigerante, de energético e de gatorade. No caixa, passei a mão em umas balas, e em umas barras de chocolate.

O garoto de trás do balcão devia ter uns 3 anos a mais que eu. Mas mesmo assim me olhava torto, e me direcionou um sorriso. Retribui-o e paguei por tudo, deixando uma gorjetinha de 30 dólares. Voltei para o carro, coloquei a negocio de abastecer de volta na bomba, e entrei. Voltei para a estrada e dirigi mais alguns quilômetros. Eu não queria parar tão cedo, mas eu estava cansada demais. Precisava comer, e descansar. Não queria admitir, mas a pequena luta com aquela frota de Mogs, exauriu minhas forças. Dirigi por mais uns 30 quilômetros, e procurei algum lugar que eu podia esconder esse grande elefante amarelo berrante, que os americanos tinham por "sonho de consumo". Achei um barracão velho, caindo aos pedaços. Dirigi até la, estacionando o carro bem no meio do barracão. Achei que seria muito mais confortável dormir dentro do carro, então liguei a luz interna, peguei um pacote de Doritos, uma garrafa de coca cola, e comecei a comer. Eu acho que engoli o salgadinho, e não cheguei a mastigar. Meu estômago estava tão retraído de fome, que quando o primeiro Doritos encostou na minha língua, ele simplesmente rugiu, e eu comecei a engolir tudo. A coca cola também não se safou, foi tomada em um gole só.

Inclinei o banco, tirei minha jaqueta e usei-a como cobertor. E por um lado foi bom fechar os olhos. Esvaziar a mente, relaxar todas as ligações nervosas. Mas por um lado, sempre que eu dormia, meus sonhos se tornavam pesadelos. E só pra variar, nessa noite, não foi diferente.


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