A ascensão da número 3 escrita por P3RC4B3TH


Capítulo 1
Capítulo 1




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Eu me lembro muito pouco da minha terra natal. Eu tinha cerca de 3 anos quando os Mogadorianos invadiram o nosso planeta e a guerra começou. Lembro apenas de pequenas coisas de lá, como a grama verde da campina e da floresta que rodeavam minha casa.

Quando a guerra começou, 9 poderosas foram colocadas e enviadas ao planeta Terra. Para crescerem, treinarem e terminarem a guerra contra os Mogadorianos, para assim poderem voltar para Lorien e reconstruir o planeta. Mas logo depois veio mais uma nave, uma criança e um guardião, e milhares de chimaeras. Essas crianças receberam numeros (1 a 9) e eram os Gardes, seus protetores, lorienos mais velhos, eram chamados de Cêpans. A maioria morreu protegendo seus Gardes, mas mesmo assim alguns Gardes morreram. A Numero 1, o Numero 2 e eu, a Numero 3. Separados só poderiamos morrer em ordem, mas juntos, somos mais fortes, mas podemos morrer em qualquer ordem..

Quando chegamos a Terra, depois de dois anos no espaço, eu já tinha 5 anos. Fomos recepcionados por um grupo de humanos que nos ajudaram. Logo, cada numero com um Cêpan foram para algum canto do mundo. Ao mesmo tempo os Mogadorianos também já estavam na Terra, e estavam loucos a nossa procura. Eu e a minha Cêpan, Rosmerta, fomos para o Canadá. Fomos para Montreal, vendemos algumas joias preciosas da minha arca e compramos uma casa. Rosmerta fez um centro de treinamento no subsolo, com 15 quartos, caso achássemos mais Gardes e Cêpans. Logo depois de um ano estava tudo pronto. Eu ainda tinha 6 anos, e meus legados ainda iam tardar a aparecerem. Então para não ficarmos muito tempo em um só lugar, eu e minha cêpan nos mudamos para Quebec, onde ficamos pouco tempo, e assim iamos, de cidade em cidade para não ficarmos muito em algum lugar e os Mogadorianos nos encontrassem facil demais. Até que, nos fixamos na cidade de St. Catharines, uma pacata cidade da provincia de Ontario. Depois de quase um ano paradas lá, com eu frequentando a escola Goode, Rosmerta conheceu um cara no seu serviço. Ela trabalhava meio turno, enquanto eu estava na escola, numa lanchonete como garçonete, e no outro meio tempo, ficava em uma sala, com várias maquinas verificando se não encontrava nenhum outro Garde ou resquícios de nossa posição na internet, assim como ficava de olho em atividades que suspeitava serem de Mogadorianos.

Esse cara, um tal de Robert, até que não era mau sujeito. Ele e Rosmerta começaram a namorar, o primeiro relacionamento dela desde de que estávamos na Terra. Diz a lenda que nós, Lorienos, só nos apaixonamos de verdade uma vez na vida. E acho que Robert foi a paixão verdadeira de Rosmerta. Depois de quase 3 anos de namoro, - e em todo esse tempo não havia me aparecido nenhum legado!!- Robert pediu Rosmerta em casamento e ela aceitou. Desde que chegamos a Terra, minha Cêpan contava coisas sobre Lorien para mim, e os possíveis legados que eu poderia desenvolver. E me ensinava lutas marciais – não, não são lutas de marte dããã – e eu acabei aprendendo Karatê, judô, Jiu-Jitsu, Kung Fu e até um pouco de Boxe.

Quando finalmente Robert e Rosmerta se casaram, nos mudamos para Chicago, para uma simples casa em uma rua não muito movimentada, e olha que isso é milagre aqui em Chicago. Quando eu tinha 13 anos, meu primeiro legado se desenvolveu e foi poder voar. Logo, Rosmerta teve que contar tudo para Robert, sobre nossa origem e tudo isso. E mesmo assim ele continuou conosco. Até me ajudou a lutar e minha cêpan me ajudava a controlar o meu primeiro legado. Uns meses depois eu ganhei mais um legado, poder ficar invisível! E era incrível, mas foi realmente difícil controla-lo. Era muito mais difícil que poder voar, precisava de muito mais concentração pra me manter invisível. Não deu nem uma semana depois que consegui esse mais novo – e incrível! - legado, senti a minha canela, próxima ao tornozelo queimar. A número 1 estava morta. Foi assassinada pelos Mogs. Rosmerta intensificou os treinos, sabendo que só tinha mais um numero antes de eu ser a próxima. Com os treinos reforçados, meu terceiro e quarto legado apareceram quase juntos. O terceiro legado foi a transmutação, eu poderia me tornar oque quisesse, parecido com o que as chimaera faziam. E o quarto Legado foi a cura. Eu poderia curar qualquer coisa. Mas não sabia se estendia-se a morte.

Comecei a ficar enjoada de ficar em casa só treinando. Não podia mais ir a escola, nem mesmo sair na rua. Era só treino, treino e treino. Eu estava ficando muito irritada com aquilo, mas ao mesmo tempo eu sabia que era perigoso, e eu precisava estar pronta para o que der e vier. Então, certa noite eu sai escondida de casa, fui passear no shopping e fazer um lanche. Durante o meu pequeno passeio no shopping, meu tornozelo começou a queimar de novo. Era uma dor estonteante. Cai no chão e comecei a gritar. Muitas pessoas que estavam próximas a mim, pararam e tentaram me ajudar. E assim como a dor veio, ela parou. O numero 2 estava morto. Eu era a próxima.

Me sentindo totalmente sem chão, neguei que precisava de um médico, e afirmei que só tinha sido uma cólica forte demais. Vi no rosto das pessoas que elas não acreditaram, mas sai correndo mesmo assim. Cheguei em casa chorando. Corri para o quarto da minha cêpan e desatei a chorar.

– O Numero 2 está morto. Tenho uma nova cicatriz.

Eu estava chorando muito, e Rosmerta veio e me abraçou. Disse-me para ficar calma, que eu estava muito bem treinada. E só consegui dormir com ela ao meu lado. Depois de mais uns dois meses, de treino intenso, meu ódio pelos Mogadorianos só tinha aumentado.

“Quem eles acham que são? Quem os deu direito para dizimar uma raça inteira? E porque eles continuaram nos caçando? Eu vou me vingar.”

Esse era o único pensamento que me fazia ficar forte nos treinos: “Eu vou me vingar.”. E assim continuamos, consegui mais um legado, produzir fogo. E comecei a treina-lo com Rosmerta. Ja conseguia controlar todos os legados quando Rosmerta fez um jantar e contou para mim e para Robert que ela estava grávida. Claro que ficamos felizes, principalmente Robert. Mas eu sabia oque tinha que fazer. Na mesma noite arrumei as malas, e me preparei para fugir. Não podia estragar a felicidade e a vida dos dois. Eu sabia que se estivessem perto de mim eles estavam condenados a morte, e a criança que nem foi concebida também. Escrevi uma carta para Rosmerta e Robert, que tinham se tornado mais que meus guardiões, eram como pais para mim, e deixando a carta em cima da minha cama, peguei minha Arca e fugi.


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