– O jantar estava ótimo.

– Estava mesmo.

– Eu posso usar o banheiro, Sra. Frufru?

– É claro, Cascuda.

Cascuda vai ao banheiro e Carmem fica entre as mães e os pais.

– Carmem, você e minha filha estão amigas?

– Sim. Nunca imaginei que uma pessoa pobre podia ser tão legal. Nem sei o porquê da minha arrogância e implicância com ela.

– É isso mesmo, filha! Eu te amo muito!

– Obrigada, mamy.

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– Mônica, você viu a Cascuda?

– Não! Achei que ela estivesse com você.

– Não está.

– Oi, fófis. Ué, cadê a Carmem? – Denise pergunta.

– Achei que ela estivesse com você.

– E eu o mesmo.

– Gente. Isso tá muito estranho...

– O que foi, Marina?

– Ninguém acha a Cascuda. Ninguém acha a Carmem. Não é pura coincidência justo as duas terem sumido?

– Vou na casa da Carmem. É o único lugar que eu ainda não vi.

– Todas nós vamos com você.

– Ei! Eu sou macho!

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– Carmem, vamos ver as estrelas aqui do lado de fora?

– Pra quê?

– Você vai ver. Vem comigo!

– Tá.

Chegando na porta de entrada, elas sentaram e ficaram de frente para o portão principal, olhando as estrelas.

– Nossa, bem que você disse. Achei que olhar as estrelas era só coisa de pobre.

– Meninas! É a Carmem e a Cascuda!

– Hein? Ah, oi meninas.

– Cascão! Desculpa por não te avisar, acabaram os créditos do meu celular.

– E o que está acontecendo?

DEPOIS DE EXPLICAREM...

– Quer dizer que vocês agora são amigas?

– Sim.

– Que bom. Agora precisamos ir porque está tarde.

– Tchau!

As meninas foram embora e Carmem disse a Cascuda:

– Olha, você é pobre mas é legal.

– Eu também acho.

– Hein?

– Eu sou pobre e você é rica de dinheiro, mas eu sou rica e você é pobre de inteligência.

– Isso foi uma indireta?

Cascuda finge que para pra pensar. – Pior que foi!

– Há há há há há há... – As duas riem juntas.