As duas conseguiram escapar bem a tempo. A Sra. Frufru estranhou, mas logo já entendeu.

– Meninas? Cadê vocês? Ah, estão brincando de esconde-esconde? Tá bom, daqui a pouco eu volto.

– Achou elas?

– Estão brincando de pique-esconde.

– Ah, tá. Esses jovens...

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Carmem e Cascuda estavam pobres, sem ter o que comer, beber, sem poder tomar banho...

Como elas acham que isso é por uma boa causa? Será que elas já sabem o que dizer quando chegarem em Casa?

– Carmem, Carmem, Carmem... você está aí, faminta, e com saudade dos pais... então fugiu pra quê?

– Foi no desespero.

– Mas você devia ter pensado antes. Não devemos fazer nada se não tivermos certeza do que estamos fazendo.

– Eu sei, eu... ah, desculpa, Cascuda. Eu não queria te pôr em encrenca.

– Já pôs né?

– Então você não aceita meu pedido de perdão?

– Aceito, Carmem. Podemos ser amigas?

– Sim. Agora acho que podemos ir para casa, né?

– Também acho. Daqui a pouco nossos pais vão perceber.