Não é mais Um Romance Literário escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 48
Capítulo 48




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O lugar estava muito iluminado. Demorou até que eu pudesse acomodar meus olhos com a forte luz.

-Bom dia. Dormiu bem? –Era Edward. Ele estava diante de um espelho ajeitando sua gravata. Usava um terno azul marinho e ajeitava a gravata preta. Eu não conseguia olhar para mais nada. Edward olhou-me pelo espelho, deu seu meio sorriso. Certamente eu estava babando.

-Bom dia. –Disse lentamente. Eu estava agindo como se tivesse atraso mental. Edward riu. –Que horas são? –Perguntei vendo-o se aproximar.

-Dez em ponto.

-Nossa! Tão tarde! –Murmurei jogando-me na cama. Edward sentou-se ao meu lado, suas mãos acariciando minha franja.

-Não acho. Você dormiu tarde. Pode descansar mais um pouco se quiser.

-Melhor não. Tenho muita coisa para fazer hoje. –O olhei atentamente. –Vai sair?

-Claro! E você vai comigo.

-Para onde?

-Como assim para onde, Bella? Vamos falar com seus pais! –Eu estremeci. Claro que eu sabia que teria que falar com eles, mas não me sentia preparada. O que iria dizer a eles? Sentei-me na cama. -Bella? –Edward olhou-me. Ele podia ver claramente o desespero em meu rosto.

-Edward, eu... –Edward colocou sua mão sobre a minha.

-Não se preocupe. Eu falarei com eles. Você fica apenas ao meu lado.

-Como se eu fosse ficar calada! –Falei visivelmente irritada. Edward ergueu a mão tocando em minha bochecha.

-Vá tomar um banho. Eu pedi café da manhã para nós dois. Daqui a pouco vai chegar.

-Tá. -Sorri.

-E então... –Edward se levantou. –O que achou da roupa? –Analisei Edward com as vestimentas, ele era lindo de qualquer jeito, com qualquer roupa, de qualquer ângulo.

-Você está lindo. Você sempre está. No entanto...

-No entanto? –Edward olhou-me interrogativo.

-Acho formal demais. Você poderia usar jeans e tênis ao invés de usar calça e sapato social.

-Tem certeza Bella? Não quero parecer um garoto para seus pais.

-Não precisa impressioná-los com roupas, até por que a imagem que eles já têm de você já é a pior possível.

-Obrigado pelo incentivo, amor. -Edward disse com um ar de sarcasmo. Saiu do quarto, na certa para receber nosso café da manhã. Levantei. Peguei minha bolsa com produtos de higiene pessoal e um roupão dentro da minha mala. Segui para o banheiro. Eu estava me sentindo melhor, mas era evidente a tensão em mim. Tinha medo da reação de meus pais, medo que eles me virassem as costas. Eu precisava deles, precisava especialmente da minha mãe.

Eu só sabia em teoria coisas sobre gravidez, mas não tinha idéia de como se cuidar de um bebê. Claro que teria ajuda de Edward, até de Angela, mas ainda sim eu precisava de minha mãe. Comecei meu banho, quase não sentia a água chocando-se em meu corpo. As preocupações começavam a me atingir. Eu tinha meus pais para enfrentar e toda uma sociedade que não veria com bons olhos uma garota de dezesseis anos grávida. Felizmente Edward estava comigo, Edward...

-EDWARD! –Eu o vi sentado confortavelmente em um banco no interior do banheiro, seus olhos em mim. O pior de tudo é que o Box do banheiro era completamente transparente. Tapei minhas partes íntimas com as mãos. Edward deu um meio sorriso, os braços cruzados em frente ao peito. –SAI DAQUI!

-Por que deveria?

-PORQUE ESTOU TOMANDO BANHO, ORAS!

-Bella, eu serei seu marido daqui a um mês e já vi você nua três vezes. Preciso mesmo sair? Além do que você me viu durante o banho duas vezes. Eu tinha que dar o troco. –Eu corei horrivelmente!

-Você joga muito sujo Edward! –Falei exasperada. Edward segurou uma gargalhada.

-Vamos Bella! Não me prive de ver minha linda noivinha nua. –Aquele olhar sedutor, aqueles gestos que Edward fazia...

-Seu pervertido! –Eu o acusei voltando a tomar meu banho sem sentir tanta vergonha como antes. De esguelha eu pude ver os olhos de Edward fixos em cada parte do meu corpo. Tentei parecer natural enquanto tomava banho. -Edward?

-O que foi?         

-Eu não tenho idéia do que esperar de meus pais.

-Não precisa se preocupar. Sua mãe será difícil, mas acho que seu pai não será.

-Como pode ter certeza?

-Acho que não lhe contei. Eu fui duas vezes a sua casa. Na primeira, foi quando soube que sua mãe quis que você abortasse. Eu briguei com eles. Na segunda vez, eu quis saber onde você estava, seu pai havia me dito. Ele pareceu querer que eu a encontrasse.

-Sério? Nossa! Meu pai sempre foi mais ponderado do que minha mãe. Eu... Eu tenho medo de que eles me rejeitem.

-Eles não farão isso com você Bella. E caso eles façam, você terá a mim.

-Ainda sim eu não quero perdê-los.

-Você não vai perdê-los. Não se preocupe. Eu vou usar um forte poder de persuasão para que eles me aceitem e aceitem nossa decisão. Vou usar o mesmo poder de persuasão que usei para levá-la para cama, simplesmente infalível! –Ele ria.

-ORA EDWARD VÁ SE F...

-Olha a boca suja! Não quero que meu filho ouça isso.

-Seu filho não vai ouvir.

-Sendo meu filho ele pode ouvir qualquer coisa, mesmo estando em formação em sua barriga. Isso é o que ele ganha por ser filho de Edward Cullen.

-Você parece que não mudou nada, Edward.

-Não espere que eu mude da água para o vinho assim, Bella.

-Ai ai. Acho que eu dei uma rasteira em Jesus para merecer um tipo como você!

-Eu, pelo contrário, devo ter feito coisas maravilhosas para o Senhor para tê-la comigo. –Com essa eu tive que desarmar. –Bella?

-O quê?

-Posso confidenciar algo para você?

-O quê?

-Quando perdi meus pais, ao contrário do que todos pensavam, eu consegui me manter relativamente bem. Isso porque Bem, que morava conosco e via meus pais como seus pais, pirou nos dois primeiros meses. Ele ficou em estado catatônico. Então eu meio que me transformei em seu pai e cuidei dele.

-Sério? Pensei que tivesse sido Ben a cuidar de você.

-Isso foi depois que ele conseguiu se recuperar do choque de perder nossos pais. Foi ele que primeiro arranjou um emprego e ajudou com as despesas. Claro que ele era mais velho.

-Sei. Então, qual a moral da historia? –O olhei enquanto retirava os vestígios se sabonete e shampoo de mim.

-Durante aqueles dois meses em que cuidei de Ben, experimentei ser um pai e gostei da sensação. Pensei que não seria ruim em um futuro próximo ter um filho. Claro que eu não iria ter um filho da primeira biscate que me aparecesse. Teria de ser alguém especial. Felizmente apenas as mulheres erradas apareceram diante de mim e a vontade de ser pai quase se exauriu.

-“Felizmente”? –Desliguei o chuveiro e o olhei.

-Felizmente porque eu pude engravidar apenas você, Bella. –Eu tive que sorrir. Edward sempre me surpreendia. Abri o Box do banheiro. Edward pegou meu roupão colocando-o lentamente em mim, seus olhos ocre intensos, fixos em meus olhos. Edward pegou uma pequena toalha presa por um gancho na parede e começou a enxugar meus cabelos, meu rosto. Tudo aquilo me pareceu excitante.

-Edward... –Seu nome foi dito entre um pequeno gemido. Ele envolveu-me em seus braços fortes e me beijou do jeito mais calmo que me lembro dele ter feito. Coloquei minhas mãos em volta de seu pescoço. Ele estava excitado assim como eu. Queria mais tirar suas vestes e levá-lo para a cama, mas Edward não se manifestou. Parou de me beijar quando nossos pulmões reclamaram de ar.

-Arrume-se. Vamos tomar café e falar com seus pais.

-Podemos fazer isso mais tarde. –Sussurrei em seu ouvido mordendo levemente o lóbulo. Edward suspirou pesadamente.

-Tem certeza de que você é inexperiente na arte da conquista, Bella? Agindo assim, parece mais experiente do que eu.

-Eu não sou mais experiente. Sou mais corajosa, essa é a diferente. Então... –Eu beijei seu pescoço enquanto minhas mãos massageavam sua nuca. –Vamos para o quarto? –Edward estava perdendo o controle, eu podia sentir. Seu corpo parecia estar entrando em ressonância com o meu. Ele queria que eu o tocasse tanto quanto eu queria que ele me tocasse.

-Seria um prazer Bella, mas eu só vou tocá-la quando resolver o assunto com seus pais. –Edward se afastou beijando minha testa. -Vá se vestir. –Ele beijou-me nos lábios e saiu do banheiro. –A propósito... –Ele voltou até a porta. –Adorei a visão do seu corpinho! –E saiu dando gargalhadas pelo corredor. Eu quis muito esganá-lo, mas isso poderia fazer mal ao meu baby.

Minhas mãos tremiam. Estávamos perto. Edward olhou-me. Soltou uma das mãos do volante e segurou minha mão no banco. Eu o olhei e sorri. Agora estávamos em frente à casa. Meus pais ainda estavam lá.

-Chegamos. –Ele desligou o carro e olhou para mim. Ficamos nos olhando. –Você não precisa descer. Eu posso...

-Eu irei com você, Edward. –Edward deu um meio sorriso. Ele saiu do carro, abriu a porta para mim e pegou minha mão. Seguimos a passos lentos para minha antiga casa. Em alguns momentos eu hesitei, mas Edward puxou-me. Naqueles momentos eu olhava para seu rosto, ele sorria, estava tranqüilo. E então estávamos diante da porta. Edward bateu. Quem atendeu foi o meu pai, ele nos olhou perplexo.

-Quem é meu amor? –Era a voz de minha mãe. Ela foi para o lado de meu pai e, assim como ele, olhou-me com um ar de surpresa que me intimidou.

-Mãe, pai, podemos entrar? –Falei. Minha mãe nem se moveu. Meu pai nos deu passagem. Edward entrou rebocando-me pela mão até o sofá. Sentamo-nos um ao lado do outro. Meu pai veio se juntar a nós. Vi um pequeno sorriso em seus lábios. Com essa eu tive que sorrir. Acho que Edward estava certo quando disse que meu pai seria mais fácil de lhe dar. Minha mãe veio lentamente em nossa direção, sentou-se junto a meu pai em um sofá de frente para o nosso.

-Bella, pensei que estivesse em Londres com seu primo. –Meu pai disse.

-Eu não pude ir pai. Eu amo Edward. Descobrimos que tudo o que tem nos afastado foi um mal entendido e estamos juntos agora. E também nós...

-Senhor Swan, vamos nos casar daqui a um mês. Eu fiz o pedido e Bella aceitou. Não estou fazendo isso apenas para dar um lar digno ao meu filho. Faço isso também por que eu a amo e a quero comigo.

-NEM PENSAR! Bella tem idéia da burrada que você fez? –Minha mãe disse.

-Senhora Swan... –Edward começou. –Eu ouvi todas as suas ofensas até agora, mas a senhora é que vai me ouvir! –Disse Edward firme. Eu estremeci com o timbre que ele usava. –Eu a amo, se não quiser acreditar em minhas palavras o problema é seu! Se estou aqui sendo cortes com vocês é a pedido de Bella. Por mim eu nunca mais veria a senhora. –Minha mãe pareceu ter um derrame.

-Mas...

-Chega Renée. Vamos ouvir o que ele tem a dizer. –Meu pai censurou minha mãe. Agradeci mentalmente aquilo.

-Eu já disse o que tinha a dizer. Eu e Bella iremos nos casar. Prometo cuidar e amar Bella. Desta vez sem erros. Eu espero que perdoem sua filha, fui eu que errei e não ela. Se quiserem odiar alguém, odeiem a mim. Bella precisa de vocês, não a rejeitem. –Eu quase fui às lágrimas. Edward olhava meus pais. Meu pai olhou para mim amoroso, mamãe parecia em choque. Meu pai levantou-se e me abraçou repentinamente, Edward nos deu um pouco de espaço no sofá, mas não deixou de segurar minha mão. Mamãe olhou a cena, ela se levantou e saiu, subiu as escadas. Meu peito doeu com cena, isso significava que minha mãe estava me rejeitando? Meu pai se afastou e olhou para a escada.

-Ela me odeia. –Murmurei dando vazão as lágrimas. Edward olhou para mim e acariciou minhas bochechas secando as lágrimas que ali estavam.

-Vá até ela, minha filha. Converse a sós com sua mãe. –Meu pai sorria como se a situação estivesse prestes a se resolver, mas para mim tudo estava caótico. Levantei-me e fui em direção a escada, logo estava em meu quarto. Minha mãe estava sentada na cama, olhava uma fotografia minha.

-Mãe?

-Você o ama?

-Sim. Eu o amo com todas as minhas forças.

-Acha que um tipo como ele pode fazê-la feliz?

-Acho. Edward tem seus defeitos, mas quem não tem? –Sentei ao lado dela, olhava para o chão.

-Eu sempre tive medo. Medo de que você viesse a sofrer minha filha. Eu sempre fui feliz no amor graças ao seu pai e desejei desde o seu nascimento que você tivesse a mesma sorte que eu.

-E eu estou tendo mãe. Edward errou, mas está tentando se redimir.

-Preferiria que tivesse escolhido Jacob.

-Eu não amava o Jake, mãe. Eu iria ser infeliz e acabaria por tornar Jacob infeliz. É isso o que a senhora queria?

-NÃO! CLARO QUE NÃO! Mas eu não sei se há futuro para você e o romancista.

-Mãe, o nome dele é Edward. Há futuro sim. Se não houver, ao menos eu não irei me arrepender pelo que não fiz quanto a ele. Deixe-me viver, mãe! Deixe-me ser feliz! Não rejeite a mim, a Edward ou essa criança! –Ela olhou-me com os olhos marejados. Abraçou-me.

-Eu jamais rejeitaria você e meu neto! Jamais! Eu só não quero que sofra pelas mãos dele. –Eu me afastei, olhei nos fundos dos olhos de minha mãe e segurei sua mão.

-Eu serei feliz. Acredite no que digo. Confie em mim! –Minha mãe assentiu. Timidamente limpou as lágrimas de seu rosto e voltou a me abraçar.

-Não acredito que minha princesa casará daqui a um mês! Espero que Edward não a proíba de freqüentar a escola.

-Claro que não, mãe! Eu vou voltar a me matricular e acabarei o colegial. Mesmo grávida seguirei com meus planos.

-Assim eu espero. Nossa um mês? Para que a pressa?

-Edward quer que seja daqui a um mês. Nem tente discutir com ele para prolongar a data, eu já tentei. Será algo simples.

-NEM PENSAR! Você é minha única filha, será uma festa para ficar na história! –E lá estava minha mãe fazendo planos, eu não a censurei. –Ah! Bella?

-Sim?

-Você vai voltar para cá para casa.

-O QUÊ?

-Até o casamento você e Edward não... Ah! Você sabe! Ficará aqui em casa. –Eu não poderia discordar. Eu não iria discordar de nada que ela sugerisse, queria manter o bom relacionamento que havíamos reconstruído.

-NÃO PODEMOS NOS TOCAR ATÉ O DIA DO CASAMENTO? MAIS QUE P... –Edward tentava reprimir um palavrão. Ele estava furioso.

-Essa é a condição de minha mãe. Eu também não gostei, mas não quero contrariá-la. Pode trazer minhas coisas amanhã? –Olhei para Edward com os olhos pidões. Ele suspirou.

-Odeio minha sogra.

-Eu odeio a sua sogra também por nos obrigar a isso, Edward. –Edward levantou-se do sofá, pegou minha mão. Levou-me para fora da casa. Meus pais não estavam a vista, haviam nos dado privacidade. Ficamos na frente de minha casa, nossas mãos entrelaçadas.

-Eu vou vê-la todos os dias. Não irei deixá-la em paz. Vai que, de repente, você muda de idéia!

-Pára com isso Edward! –Bati em seu ombro. –Eu vou sair e me matricular novamente na escola. Tenho que correr atrás para não reprovar. Também tenho que falar com Angela. E você, Edward Cullen, não faça nenhuma bobagem!

-Vou só trabalhar e cuidar dos preparativos para o casamento. –Ele enlaçou-me pela cintura. Olhou rapidamente envolta para ver se meus pais estavam à vista. –E a noite, visitarei minha futura esposa.

-Mas você não pode! –Ele mordeu meu lóbulo.

-Entro pela janela. –Ele beijou-me fervorosamente antes de dar meia volta a ir. Deu uma piscadela e sumir em seu carro prateado. Eu suspirei.

-É com esse pervertido que vou me casar. –Dei uma risada e voltei para casa.

-Nossa Bella, finalmente!

-Eu que o diga Angela!

-Você já se matriculou novamente?

-Sim. Terei que estudar bastante para repor os dias que fiquei ausente.

-Não precisa se preocupar. Eu vou ajudá-la. Ah... E a história de que serei sua madrinha é verídica?

-Claro amiga! Você e Ben serão meus padrinhos. –Angela sorriu.

-Eu e Bem, é?

-Isso. –Angela sorria anormalmente. –Angela? Quando liguei para você dizendo que viria aqui, você disse que tinha algo para me contar. O que seria? –Ela corou.

-Bem, sabe quando Ben veio me deixar em casa depois de deixarmos você no parque?

-Sei.

-Bem, eu e o Ben conversamos bastante e... Sabe... Nós...

-Vocês?

-Nós ficamos! –Angela escondeu o rosto no seu travesseiro como se estivesse confessando um crime. Com essa eu tive que rir.

-Que bom para vocês dois. O Ben é muito legal e é muito bonito, sei que você não se arrependerá de ter um homem como ele em sua vida.

-Eu não sei. Ele é realmente magnífico. Eu não sei se sirvo para um tipo como ele!

-Deixe de bobagem Angela! Eu costumava dizer isso e você dizia que eu estava enganada. Pois eu digo o mesmo agora. Se quiser ficar com ele, simplesmente fique.

-Obrigada, Bella. –Angela sorriu.

Estava re-matriculada. Peguei com Angela as matérias que havia perdido. Mamãe não falava em outra coisa além da festa, essa era sua nova ocupação juntamente com meu pai e isso em um dia. Já era noite, eu estava exausta! Durante o dia estive tão ocupada que nem liguei para Edward. Creio que ele também esteve muito ocupado. Eu estava preparada para dormir. Os próximos dias seriam complicados, eu não teria sossego, mas não ligava. O prêmio pelo sacrifício seria válido, eu teria Edward. Suspirei feliz. Acho que a bela adormecida, branca de neve, a pequena sereia... Nenhuma dessas princesas poderia ser mais feliz do que eu. Estava frio. Aconcheguei-me feliz em meu edredom. E então... A janela. Um barulho na janela.

-Ed... –Levantei-me apenas para vê-lo levantando a janela. –EDWARD O QUE V...

-SHHHHHHHHHH! Quer que seus pais me peguem aqui?

-Não deveria estar aqui. –Falei por falar. Claro que eu estava feliz por Edward burlar as regras. Ele fechou a janela. Olhou-me com um sorriso nos lábios. Sentei na cama.

-Quê? Você vai me expulsar daqui do seu quarto depois do trabalho que eu tive?

-Não Edward, pode ficar. Não irei me responsabilizar caso alguém descubra você aqui!

-Como se fosse a primeira vez que invado seu quarto! –Ele sentou-se ao meu lado, colocou sua mão em meu ventre. –Como está nosso filho?

-Está passando da fase de zigoto para a fase de feto. –Dei uma risada sarcástica. -Bem, eu acho. Só que ele está um pouco carente da companhia do pai, assim como a mãe dele. –O olhei. Edward sorriu. Aproximou-se de mim e beijou-me, terno. Suas mãos em minha cintura puxando-me possessivamente para seus braços. Deitou-me zeloso na cama, ficou ao meu lado. Nossos rostos próximos. Edward acariciava meu rosto, meus cabelos, sua respiração quente próxima a minha boca.

-Quê? Não vai fazer nada comigo? –Eu o olhei vendo que Edward parecia mais interessado em dormir do que em me dar prazer.

-Quer que eu faça algo, minha Bella? –Ele beijou minha testa, minha bochecha.

-O quê? Quer que eu desenhe? Ou vai me obrigar pedir novamente como você sempre faz? –Falei zombeteira. Ele sorriu.

-Não se preocupe, não precisa mais pedir pelo meu toque para que eu o faça, mas sabe... Eu pensei na proposta de sua mãe e...

-NÃO ME DIGA QUE... –Edward colocou o dedo em minha boca.

-Não fale alto. –Ele sussurrou em meu ouvido. -Apenas pense em como seria interessante se nós passássemos um tempo sem nos tocarmos. Em nossa lua-de-mel seria como a primeira vez. Sem dizer que não iríamos contrariar seus pais.

-Edward, desde quando você é tão politicamente correto?

-Desde que descobri que serei pai.

-Então se eu disser que eu na verdade não estou grávida, você me ataca?

-Boa tentativa, mas não funciona. –Sua risada ecoava pelo quarto, como ouvir a voz de um anjo. Ele deitou sua cabeça na curvatura do meu pescoço. Inalava o meu perfume. Seu braço envolta de minha cintura. –Como foi seu dia?

-Cansativo. E o seu?

-Lançarei meu nono livro amanhã.

-Sério? E qual o tema? Não me diga que você vai...

-É outra história. Eu não vou mais usar nossa história para produzir um livro.

-Sabe, até que seria legal. Eu ainda tenho o CD que você me deu com o rascunho do livro. Ele pode ser o décimo livro.

-O quê? Você quer que eu publique? –Ele me olhava surpreso.

-Se eu tiver 50% dos ganhos, eu deixo.

-Sua interesseira! –Ele ria. Beijou minha bochecha, minha testa, a ponta do meu nariz, meus lábios. Suas mãos acariciando meu ventre.

-Estou cansado. Posso dormir aqui com você? –Ele murmurou com os olhos fechados.

-Só se você me responder a um questionamento.

-O quê?     

-Não me deseja mais? –Ele riu de minha pergunta.

-Não diga isso. É praticamente uma blasfêmia! É que eu quero fazer as coisas certas agora, Bella. Eu não posso me permitir errar e acabar perdendo você novamente. –Eu o olhei e entendi. Pelos pequenos erros nos perdemos, Edward temia tanto quanto eu que isso viesse a acontecer novamente.

-Tudo bem então. –Eu o abracei. Peguei meu edredom e o embrulhei. Edward parecia verdadeiramente cansado. Ficamos abraçados, embaixo de meu edredom. Eu o beijei na testa, nos lábios logo o acompanhei. Adormeci.

Verdadeiramente não senti a passagem do tempo. Quando percebi, já havia feito as provas, e passado nelas, e já estava com os últimos preparativos do casamento. Agora mesmo eu estava tendo o dia da noiva, minha mãe à tira colo.

-Mãe, eu preciso mesmo de tudo isso? –Estava na sessão de massagem.

-Claro minha filha! A massagem ajudará a você relaxar. –Minha mãe estava ao meu lado participando da sessão de massagem.

-Duvido muito! –Eu estava nervosa, não sei bem por que. Também estava furiosa com minha mãe. Edward cumpriu a promessa de não tocar em mim durante um mês.

Passar um dia se arrumando para o casamento foi cansativo e eu nem sabia o que esperar da minha festa. Isso porque quem cuidou de tudo foram meus pais e Edward. Eu apenas escolhi o vestido. As horas se passaram, a apreensão aumentava. Eu não sei por que estava apreensiva, acho que era por que eu tinha apenas dezesseis anos e iria casar com o homem mais cobiçado dos Estados Unidos. Conseguimos burlar a imprensa durante todo esse tempo, mas tinha a leve impressão de que eles descobririam sobre o casamento.

-Nossa Edward, qual é o problema? –Disse Ben ao irmão já posicionado no altar.

-É esse pessoal da imprensa na porta! –Disse Edward emburrado.

-Não se preocupe. E daí que eles divulgaram a respeito do casamento e Bella se tornará visível? Você está com ela agora.

-Não é esse o problema. Eu não me importo com esses abutres, mas Bella pode não gostar.

-O que Edward? Tem medo que a Bella amarele e te deixe no altar?

-Cala a boca Ben! –Edward deu um pequeno soco no ombro do primo que ria. Ele olhou Angela que os observava e ria.

-Você e a amiga da Bella, hein?

-É, e qual o problema? Ela pode ser jovem, mas é mais madura que muitas mulheres que conheci. Mais madura que a própria Rosalie.

-Não estou te censurando. Muito pelo contrário até me agrada a idéia de você estar junto dela. Angela é uma boa pessoa. Tenho certeza que você será muito feliz com ela. –Edward sorri para Ben. Ben olha para Angela com ternura e ela segue para o seu lado.

Calisle e sua esposa, padrinhos de Edward, posicionam-se no altar. Edward olha para a porta da igreja e então vê Bella. Ela está acompanhada do pai.

-Ela está tão... Linda... –Murmura enquanto sorri. Bella olha em volta, parece assustada com toda aquela movimentação. E então os olhos de Bella encontraram os olhos de Edward.

Eu estava pronta e a caminho da igreja. Meu pai e minha mãe dividiam a limusine comigo. Meu vestido era simples, um tomara que caia branco com pedras incrustadas no busto. O vestido ficava folgado na barriga. Se bem que minha barriga, apesar de três meses, não estava grande. Meus cabelos estavam em um pequeno coque, uma coroa de flores de metal com pedras incrustadas em minha cabeça, o véu preso na estrutura. Quando nos aproximamos da igreja eu pude ver o monte de repórteres, eu ofeguei.

-Ai meu Deus! –Minha mãe olhou para frente e entendeu.

-Acalme-se. Não é o fim do mundo minha filha.

-Ouça sua mãe Bella.

-Mas tem tanta gente! –Eu já estava suando.

-Não se preocupe. –O carro estacionou em frente da capela, minha mãe foi a primeira a descer. Eu permaneci no carro com meu pai.

-Está nervosa querida?

-Estou. –Meu pai pegou minha mão.

-Não precisa ficar assim. Pense que isso é só uma formalidade, depois passa.

-Isso se a imprensa não ficar em cima!

-Eles não ficarão para sempre no seu pé Bella. Agora é a nossa vez. Temos que ir. –Meu pai saiu do carro e fez questão de abrir a minha porta. Eu estava verde. Quando ele fez isso os fotógrafos caíram em cima de nós.

-É ELA! OLHA LÁ! –Disse um dos repórteres. Câmeras dispararam para mim. Meu pai pegou minha mão e, com a ajuda do motorista do carro, afastou os repórteres para que chegássemos até a porta. Foi um tumulto! Eu acabei sentindo uma forte tontura, como se eu não pudesse respirar. Meu pai pode sentir que eu não estava bem e carregou parte do meu peso. Nem posso descrever o alívio que senti quando passamos pelos repórteres e chegarmos à ante-sala da capela. Mais uma porta, mais uma e eu estaria diante de meus convidados e de meu futuro marido. Estranho dizer, mas meu nervosismo desapareceu para dar lugar à ansiedade. Poderia jurar que meu filho chutou tão ansioso quanto eu para o final de tudo.

-Você está bem? –Meu pai perguntou evidentemente apreensivo. Assenti com a cabeça, a marcha começara. Ele segurou meu braço e caminhamos lentamente para a porta, que os funcionários da igreja abriram e estávamos diante de um monte de convidados em uma igreja ricamente decorada. Eu olhei rapidamente para todos os convidados, vi pessoas celebres, como convidados de Edward. Do outro lado minha família, amigos. Angela estava no altar, junto com Ben. Os padrinhos de Edward também estavam lá, eu os conheci ontem. Calisle e sua esposa, tios de Edward, pelo que me lembro. E então aconteceu! Eu vi Edward, tão lindo quanto às pinturas de anjos no altar-mor da igreja. Ele usava um fraque branco com detalhes em prata. Tão belo, eu não consegui olhar para mais nada. Edward olhou-me e sorriu. Todos os meus medos desapareceram quando eu o vi, tão seguro! Caminhamos lentamente até o altar. Edward veio até nós e meu pai entregou-me a ele.

-Cuide de minha menina.

-Eu cuidarei, senhor Swan. Vamos meu amor. –Ele sorriu. Pegou minha mão e levou-me até o altar. Enquanto segurava minha mãe, Edward acariciava a mesma com o polegar.

-Está nervosa? –Ele falou tão baixo que eu mal percebi.

-Um pouco.

-Deve ser em parte por culpa dos repórteres. Desculpe por isso.

-Não se preocupe Edward. –E então estávamos diante do padre. Um casamento católico, foi a escolha de minha mãe. Ela sempre achou lindo, casamentos assim, eu acabei por concordar. Edward não deixou um minuto sequer de segurar minha mão. Eu estava tão atenta a ele que o discurso do padre passou batido. Eu só acordei para o que estava fazendo quando Edward virou-se para me olhar e o padre olhava para mim esperando pela minha resposta.

-Senhorita Swan? –O padre perguntou tentando chamar minha atenção.

-Eu aceito. –Disse. Edward sorriu satisfeito. Senti algo em minha barriga, talvez um chute. Espero que isso não seja um indicio de que meu filho está tão contrariado por eu estar casando com Edward que resolveu me chutar. Eu não quero que ele rejeite o pai.

O padre continuou a falar e tudo o que pude ouvir foi à voz de Edward.

-Eu aceito. –Ele disse com um sorriso tão deslumbrante que quase me fez desmaiar.

-Então eu os declaro marido e mulher. Agora pode... –Edward nem esperou o padre permitir, ele já estava juntando seus lábios aos meus. Coloquei meus braços envoltos de seu pescoço e o puxei para mim enquanto correspondia ao seu beijo avidamente. Nossos convidados começaram a rir baixinho pela nossa atitude. Edward gentilmente me afastou de si e virou-me de frente para os nossos convidados que nos aplaudiram. Edward continuou a segurar a minha mão enquanto um a um dos meus convidados vinham para me abraçar, até gente que eu nem conhecia. Tudo o que eu conseguia dizer era “Obrigada” aos inúmeros parabéns que recebi. Depois foi à hora de invertermos os papéis, agora eram os convidados de Edward que me cumprimentavam enquanto os meus cumprimentavam ele. Com um sorriso no rosto eu disse “Obrigada” a todos que me abraçaram e me parabenizaram. Todos ali eram simplesmente amigos de Edward, os únicos familiares que ele tinha eram o primo Bem e os tios. Durante os abraços senti alguém pegar na minha bunda, mas estava tão feliz por cumprimentar todos os convidados agora e depois nem olhar direito para eles que nem me importei. Acho que deve ter sido um amigo que Edward que me olhou com pensamentos certamente lascivos. E eu acho que vi uma de minhas primas apalparem Edward. Bem eu não vou ligar. Ele é meu mesmo. Assim a minha prima prova um pouco do material e fica com mais inveja do que antes.

E então, depois de cumprimentar a todos, eu e Edward seguimos de mãos dadas para a limusine. Dessa vez iríamos sozinhos no carro. Os fotógrafos caíram em cima de nós. Eu fiquei completamente cega com tantos flashs. Senti uma forte tontura devido ao tumulto. Edward me rebocou para fora da confusão e logo estávamos dentro da limusine indo para o local onde ocorreria a festa.

-Meu amor, tudo bem? –Senti a mão de Edward em minha testa, o vi olhar para mim com apreensão.

-Eu estou bem. –Ele puxou-me para ficar aninhada em seu peito.

-Você está suando frio.

-Foi por causa daquele tumulto, mas eu to bem agora. –Edward beijou-me na testa e roçou seus lábios nos meus, suas mãos em minha cintura. Sentei em seu colo e coloquei minha cabeça no seu ombro.

-Você parece cansada.

-Impressão sua Edward. Então... Quantas vezes você recebeu beliscões na bunda?

-Doze vezes.

-Um de seus amigos me apalpou. –Edward me olhou com os olhos demoníacos.

-QUEM FOI ESSE DESGRAÇADO?

-Não lembro muito bem.

-Quando chegarmos à festa me aponte quem foi. Mato o infeliz!

-Ah! Deixa pra lá Edward! Então... Onde vai ser nossa lua de mel? Você não me disse onde.

-Um lugar muito familiar para nós dois. Acho que você vai gostar.

-Se eu estiver com você qualquer lugar é valido seu bobinho!

-Sério? Estava querendo ir para o Alasca.

-Edward, cala a boca. –Ele riu. Acariciou meu rosto enquanto me mantinha aninhada em seu peito. Suspirei.

-Parece aborrecida.

-É que eu gostaria de não ter que ir para essa festa. Será que podemos pular essa parte e irmos logo para os “finalmente”?

-Meu amor eu quero isso tanto quanto você, mas se eu fizer isso eu serei morto pela sua mãe. Acredite, estou falando sério quando digo isso.

-Droga! –O carro parou. Eu me sentei no banco. O motorista abriu a nossa porta. Edward foi o primeiro a sair e pegou minha mão guiando-me para o salão de recepção. Tudo estava tão pomposo que eu me senti em um daqueles filmes sobre ricos. Nem quero pensar em quanto Edward gastou com tudo isso. Todos nos olharam e nos aplaudiram. Nossos convidados ainda chegavam. Novamente um monte de flashs me atingiram. O mal estar me atingiu novamente e Edward, sentindo minhas mãos suarem, me tirou novamente do tumulto.

-Nossa, eu me sinto um alien aqui.

-Você não é a única.

-Mas você está acostumado com isso Edward. Eu não. Não sei o que fazer.

-Apenas mostre o quanto está grata por ter um marido tão sexy e cobiçado como eu! –Edward deu seu meio sorriso e saiu puxando-me para longe dos fotógrafos do evento.

-Se isso é uma piada, eu não achei graça.

-Apenas mostre seu lindo sorriso Bella. –Ele me olhou. –E tenha paciência para aturar a sessão de fotos com os fotógrafos que sua mãe contratou.

-Droga! Eu não quero ficar posando para fotos! Desse jeito vou ficar tão cansada que... Bem... Eu não vou conseguir aproveitar minha lua de mel. –Edward riu. Virou-se ficando na minha frente e me puxou para seus braços. Sussurrou em meu ouvido.

-Melhor não comentar o quanto está ansiosa pelo meu toque meu amor, eu já estou no meu limite. Um pouco mais disso e arrasto você para fora daqui. –Mordeu o lóbulo da minha orelha. Eu corei violentamente.

-Não me tente, Edward Cullen. –Sussurrei em sua orelha. Vi Angela e Ben se aproximar.

-Ah Bella! Você está linda!

-Você também Angela.

-E aí? Gostando da festa?

-Muito! –Menti. Ninguém precisava saber o quanto eu estava desconfortável com tudo isso. Edward foi para o lado de Ben que estava um pouco afastado. Angela me olhou.

-E o seu primo Jacob?

-Eu o convidei, mas não recebi a resposta. Certamente ele não virá. –Doía muito dizer isso. Eu amava Jake como um irmão. Queria que ele estivesse comigo. Mas eu não poderia pedir a ele tal sacrifício, me ver casar com outro. Seria doloroso, o ato mais egoísta que faria. Mandei o convite por pura cortesia sem saber a sua resposta, eu sabia que ele não viria. Meu rosto se abateu automaticamente. Angela reparou o quanto fiquei aborrecida por me lembrar de Jacob.

-Bella... –E então um senhor de aparência agradável veio até mim.

-Senhora Cullen, vamos às fotos. –Era um dos fotógrafos contratados pela minha mãe. Senhora Cullen... Gostei de como isso soa. Olhei para Edward e ele deixou Ben, veio se juntar a mim.

Cortávamos o bolo. Eu não havia comido nada até agora. Fui capturada pelos fotógrafos e pelo camera-man que registrou nossa festa. As mãos de Edward seguravam as minhas enquanto cortávamos a fatia com a espátula. Edward pegou a fatia cortada e ofereceu para minha mãe.

-Aceita sogrinha?

-Tudo bem. –Minha mãe olhou com desconfiança para Edward. Eu sorri. Um garçom se aproximou e ofereceram-nos uma garrafa de champanhe, duas taças próximas. Edward abriu a garrafa colocando o líquido nelas. Ah é claro! O brinde que todo o casal faz quando se casa. Edward estendeu a taça de cristal com champanhe para mim enquanto segurava sua taça com a outra mão.

Eu mantinha meus olhos nele, não queria olhar para frente e ver o flash excessivo dos fotógrafos. Enlaçamos nossos braços e tomamos champanhe. A bebida era boa, mas como eu estava de estômago vazio procurei não beber tudo. Edward, depois de beber o champanhe, puxou-me e depositou um cálido beijo em meus lábios.

Ah! Os lábios de Edward são uma coisa! Macios, levemente carnudos, adocicados, ainda mais adocicados com o champanhe e molhados nesse momento. Eu queria ter ficado beijando ele a festa inteira, mas tudo não passou de um rápido selinho. Então eu olhei para frente, um erro. Os flash me segaram, todos os convidados a nossa volta sugando todo o oxigênio ao meu redor. Eu não conseguia respirar. Minha vista escureceu, deixei a taça com um pouco de champanhe cair no chão. Coloquei a mão em minha testa e senti meu corpo pender para o chão. Claro que Edward percebeu que meus joelhos já não eram confiáveis para me sustentar. Ele me segurou forte impedindo que eu caísse.

-BELLA! –Ele falou alarmado por eu não responder. Os convidados ficaram em polvorosos com meu súbito mal estar. Edward me manteve de pé sustentando meu peso Eu coloquei a cabeça em seu peito arfando, querendo ar.

-BELLA! BELLA! –Era a voz de Edward. –Tudo bem? O que você tem?

-Edward... –Minha voz não passava de um murmúrio. –Eu preciso me sentar. –Edward entendeu a mensagem e me tirou do meio da multidão. Pude ouvir a voz de minha mãe e meu pai chamando pelo meu nome, mas eu não queria abrir os olhos e ver todas aquelas pessoas, meu mal estar certamente aumentaria. Quando já estávamos um pouco afastados dos convidados, Edward e pegou no colo.

-Não precisa. –Eu falei com um pouco mais de clareza.

-Você não está em condições de andar. Eu vou levá-la até um local onde possa se sentar. –Ele sussurrou em meu ouvido. Fomos para trás da bela casa de recepção onde acontecia o evento. Havia um jardim lá e alguns bancos em posições adversas. Foi em um destes bancos que Edward me deitou. Ele se manteve de joelhos bem próximo de mim. Eu ainda tinha os olhos fechados e tentava respirar calmamente. Edward acariciava meu rosto.

-Você está se sentindo melhor? O que está sentindo?

-Tontura. Deve ser por que não comi nada.

-BELLA! –Era minha mãe. Abri meus olhos e a vi com meu pai.

-O que aconteceu? Ela está bem? –Meu pai perguntou ansioso.

-Ela precisa comer. Pode trazer algo para ela aqui, senhora Swan?

-Claro. Fique bem querida. Mamãe vai trazer comida.

-Eu vou avisar aos convidados que ela está bem. –Disse meu pai saindo e deixando-me novamente a sós com Edward.

-Acho que eu deveria tê-la ouvido. Deveríamos estar longe daqui. Todo esse tumulto não é bom para você e para o bebê. –Edward ainda acariciava meu rosto. Seus olhos ardiam de preocupação.

-Eu estou bem Edward. Assim que eu comer voltarei para a festa. Não precisamos sair desse jeito.

-Não sei. Você está branca meu amor! Acho melhor não se forçar a ficar.

-Não precisa se preocupar. –E logo vi minha mãe trazendo um prato.

-Aqui filha. –Eu me sentei e mamãe sentou ao meu lado. Eu comi a comida ofertada, realmente eu estava com fome. Edward ficou de pé, eu sabia que ele estava me observando.

-Eu vou ficar um pouco com Bella. Pode voltar para a festa Edward.

-Mas eu... –Edward disse.

-Pode ir Edward. Mamãe fica comigo. Vá lá acalmar os convidados e dizer que sua esposa ainda está viva. –Eu sorri. Ele sorriu também. Ele saiu de vista voltando para a festa, continuei a comer.

-Coma tudo, meu bem. Eu vou trazer sobremesa e algo para você beber, está bem?

-Tudo bem. –Eu nem estava dando atenção para mamãe. Eu só estava dando atenção para o prato de comida que ia se esvaziando. –Ah, mãe traga mais comida, sim?

-Tudo bem. –Ela se levantou, mas hesitou. Olhou para mim.

-O que foi mãe?

-Tem uma pessoa que quer ver você. Ele está na festa.

-Quem?

-Jacob.

-JACOB VEIO? –Dei um salto.

-Veio, mas por hora é melhor você ficar aqui e continuar a comer.

-Mas mãe eu quero vê-lo! Quero falar com ele!

-Vamos fazer o seguinte: continue a comer que eu trago o Jake para cá.

-Tudo bem. –Voltei a sentar e dei atenção à comida. Embora comesse, eu não sentia muito o gosto como outrora. Jacob estava na festa, ele aceitou vir de Londres para me ver casando com outro. Isso era a maior prova de amor que ele já havia me dado. Senti meus olhos úmidos só com estes pensamentos, imagina quando eu vê-lo? Eu acabei rapidamente o prato de comida que me fora ofertado. Ainda estava com fome, eu me alimentava por dois agora. Mas a ânsia de ver Jacob era maior. Fazia um mês que eu não o via.

-Bella? –Essa voz... Era ele! Eu me levantei rapidamente. Jake estava de pé, um sorriso em seus lábios. Trajava um terno preto, simplesmente lindo! E então eu dei vazão às lágrimas, ainda bem que usava uma maquiagem a prova d’água. Jacob aproximou-se e eu diminui ainda mais o espaço entre nós indo até ele e o abraçando.

-Jake! –Eu o abracei tão forte! Jacob correspondeu à altura o meu abraço. Eu estava completamente feliz agora, mas me preocupei por saber que ele não estava tão feliz assim. Nem sei quanto tempo ficamos abraçados. Jacob afastou-se um pouco e olhou ternamente para meu rosto. Com uma das mãos enxugou algumas de minhas lágrimas tomando cuidado para que minha maquiagem não fosse borrada.

-Não fique assim Bells. Não precisa chorar desse jeito.

-É que estou muito feliz por você estar aqui. Pensei que não viria.

-E perder o dia mais feliz da sua vida? Nem pensar! Soube que você passou mal. Você está bem?

-Estou. É que eu não tinha comido nada, mas eu comi agora a pouco.

-Que bom. Melhor você se sentar. Sua mãe logo trará mais comida para você.

-Não preciso me sentar. Estou bem. Jacob eu... –Ele colocou seu dedo indicador em meus lábios.

-Não precisa dizer nada Bella.

-Mas eu... Eu estou tão feliz por você estar aqui, mas sei o quanto isso custa para você.

-Você está feliz Bella?

-Eu estou.

-Então tudo bem. Estou satisfeito. Sabe... - Ele voltou a me abraçar. –Antes de eu deixar a festa, eu queria dançar com você. Sei que a primeira dança costuma ser do marido, mas... Será que eu... –Eu peguei a mão de Jacob colocando envolta de minha cintura, coloquei minhas mãos em seu pescoço.

-Quer dançar comigo, Jake? –Ele sorriu.

-Claro! É o que mais quero. –Ele me abraçou e então a música da banda que havia sido contratada para animar a festa soou. Uma música lenta.

Dançamos. Foi muito bom dançar com Jake, eu podia sentir que ele estava sorrindo.

-Que foi? –Perguntei.

-É como a realização de um sonho. Dançar aqui com você vestida de noiva é como se estivesse dançando em meu casamento, com você. –Jacob suspirou. Eu me senti mal por isso. Eu queria tanto que ele fosse feliz! Mas eu não podia proporcionar essa felicidade.

-Jake, perdão. –Foi tudo o que eu consegui dizer.

-Tudo bem. –Ele disse. –Peço perdão também.

-Não peça. Não precisa. Não foi culpa sua. –Continuamos a dançar. A música parou e nós paramos também. Ele olhou-me com tanto afeto que eu quis me socar pela dor que causei a ele. Jacob beijou-me na bochecha e também na testa.

-Eu preciso ir.

-Já?

-Sim. Vou voltar para Londres. Vou querer saber tudo sobre você e o bebê.

-Você saberá. –Prometi. Então Jacob se virou para partir e foi nesse momento que vi Edward nos olhando. Seu olhar não era nada amigável. Jacob caminhou até ele.

-Uma coisa: se você machucá-la novamente, vai pagar caro Edward Cullen!

-Eu não vou cometer nenhuma falha porque se isso acontecer você vai querer tirá-la de mim.

-Exatamente. –Os dois sorriram cúmplices. Jacob partiu. Edward olhou para Jacob e depois olhou para mim. Caminhou até onde eu estava.

-Edward, ficou me observando?

-Sim.

-Perdão eu...

-Não se preocupe com isso, meu amor. –Ele pegou minha mão e me fez sentar. –Sua mãe está vindo com mais comida. Depois de comermos vamos embora.

-Você comeu algo?

-Um pouco. Não estou com muita fome.

-Eu apenas me despedi apropriadamente dele Edward.

-Eu sei. Não estou com raiva de você. Estou com mais raiva dele. Eu sei o que ele provavelmente estava tendo pensamentos impróprios com você. Eu não o culpo, você está linda! Mas ainda sim precisei de muito autocontrole para não arrancá-lo de você.

-Edward você não existe! –Eu me aproximei de Edward e o beijei rapidamente. Ouvi a voz de minha mãe. Ela vinha com um prato de comida, uma sobremesa e uma bebida. Estava salivando.

-Então, senhora Cullen... Acha que consegue dançar?

-Claro que consigo, seu bobo! –Edward pegou minha mão colocando em seu ombro, uma de suas mãos estava em minha cintura enquanto a outra Segurava minha mão no ar. Nossa primeira dança não só de agora, mas em todo o nosso relacionamento. Eu não me lembrava de ter dançado com Edward. Nós valsamos. Todos os convidados apenas nos observavam, os fotógrafos com suas câmeras em cima de nós. Eu tentei olhar para os fotógrafos, mas Edward virou meu rosto para olhá-lo.

-Se olhar para eles você pode passar mal.

-Verdade. Então vou ficar apenas olhando para o meu maridinho. –O envolvi pelo pescoço e coloquei meu rosto em seu peito. Edward enlaçou-me pela cintura.

-Está pronta para irmos embora? –Ele sussurrou em meu ouvido.

-Eu estou pronta para ir a um mês atrás. –Edward riu com minhas palavras.

-Espero que esteja disposta hoje. Eu vou cansá-la bastante. Não sabe como estou por ter passado tanto tempo sem tocá-la.

-Eu imagino. Temos as mesmas necessidades. –Sussurrei em seu ouvido. Edward me abraçou mais apertado, estava ofegando.

-Você não sabe como você me deixa quando diz essas coisas. É tão erótico! –Edward arfou em meu ouvido. Eu estava prestes a ter uma síncope. Então nós paramos de dançar e os espectadores aplaudiram. Nós olhamos rapidamente para todos e sorrimos. Edward então agiu de uma forma inesperada. Ele pegou-me no colo e simplesmente saiu me carregando para o estacionamento. Todos nos olharam atônicos, eu apenas acenei. Eu queria dar uma gargalhada por isso. Vi de vislumbre Angela sorrindo para mim. O carro de Edward estava lá e, para minha surpresa, duas malas estavam lá.

-Para onde nós vamos? –Eu perguntei enquanto Edward me colocava no chão e abria a porta para mim.

-Camp Pendleton North.

-Sério? Que legal! –Logo Edward estava dentro do carro. Pude ouvir, enquanto ele tivera o carro, o barulho das latas que estavam amarradas atrás do veiculo.

-São três horas de viagem Edward. Já é onze e meia. Vamos chegar lá pela manhã.

-Então se eu fosse você dormiria agora aqui no carro. Três horas é o suficiente para você ficar bem disposta. –O sorriso de Edward era perverso. Eu adorei aquele sorriso. Enquanto ele dirigia, eu me aconcheguei melhor no banco e tentei dormir.

-Bella? –Era a voz de Edward. Soava tão longe! –Amor?

-Edward? –Antes que pudesse despertar da letargia senti os braços de Edward me erguendo do carro e levando-me para casa. Estávamos na casa de Edward em Camp, um local muito querido para mim. E mesmo assim para mim tudo era novo, como a minha primeira vez. Nem sei como ele conseguiu me manter em seus braços e abrir a porta. A casa estava escura, Edward ligou os interruptores.

A casa estava diferente. Estava limpa, mais arrumada e tinha flores em todos os cantos. Rosas vermelhas, pequenos e grandes arranjos dispostos pela casa em vasos de cristal.

-Nossa!

-Acordou? –Edward me olhou.

-Claro. O melhor vem agora, eu não vou dormir.

-Acho que precisamos de um banho. Para ficarmos mais acordados.

-Juntos? –Não consegui desfazer meu sorriso sapeca.

-Por que não? No entanto seria mais emocionante se nos encontrássemos apenas na cama. –Ele falou baixo, seus olhos em mim. Eu estremeci. -Eu vou tomar banho primeiro. Você pode tomar depois?

-Claro Edward. –Ele colocou-me no chão e antes de partir de um tapa na minha bunda. -ORA SEU IDIOTA!

-Você fica mais linda rubra. Ah! Não vai me espionar! –Ele foi para o banheiro.

Peguei minha mala e a abri. Não reconhecia nada do que estava lá. Angela e minha mãe fizeram minha mala, na certa compraram tudo o que estava lá. E então achei um embrulho branco similar a um presente. Um cartão preso as fitas. No cartão dizia o seguinte...

“Só porque o casamento já foi consumado não significa que não podemos dar-lhe um ar virginal. E que seu pai não veja este bilhete! Beijos da mamãe.”.

Embaixo dos ditos de minha mãe reconheci a letra de Angela:

“O livro do Kama Sutra está junto com suas calcinhas. Beijos da Angela.

PS: Não deixe meu afilhado ver o tamanho do p... Do Edward, hein? Não quero que ele tenha traumas!”.

Meu Deus! Que tipo de doente escreveria isso? Apenas minha melhor amiga. E com isso eu tive que sorrir. Dito e certo: o livro com posições estava em meio as minhas calcinhas. Movida por uma curiosidade irracional, eu folheei o livrinho e vi cenas interessantes... E desconcertantes. Se eu tentasse isso com Edward sem ter praticado antes certamente eu quebraria meu pescoço, ou minha coluna. Mas o pior seria ser motivo de chacota por parte de Edward.

-Acho que vou deixar para inovar depois da gravidez. –Murmurei pegando um kit de higiene pessoal na minha mala, uma toalha e a camisola dentro do embrulho. Fique sentada no sofá tentando planejar o que faria, essa tinha que ser uma noite especial e eu tinha que me lembrar de não exagerar, afinal estava grávida. Ouvi quando Edward deixou o banheiro indo diretamente pra o quarto. Passei pelo quarto e fui para o banheiro. Demorei mais tempo do que previa no banho. Queria tirar os resquícios de maquiagem e laquê de mim. Os produtos que minha mãe havia comprado tinham o aroma de erva doce, um que eu adoro. Fiz questão de deixar aquele cheiro em todo o meu corpo. Lembrei-me da primeira vez em que “quase” dormi com Edward. Eu havia passado muito tempo no banho para cansar Edward e poder fugir dele, agora eu só demorava por que queria estar perfeita. Ao término do banho, eu vestia a camisola dada por minha mãe. Ela era branca, transparente em toda a sua extensão, com exceção do busto. A calcinha um mero fio dental que não cobria quase nada. Eu me achei bonita no espelho e não mais envergonhada, o que era bom. Eu estava ansiosa, acho que por não ter tocado em Edward durante todo esse tempo.

Eu estava pronta. Vestida com a camisola que minha mãe e Angela haviam me dado, um hobby branco cobrindo meu corpo. E então eu caminhei para o quarto. Abri a porta lentamente, não havia ninguém.

-Edward? –Sussurrei na escuridão do quarto. Seu laptop estava em cima da cama ligado. Estranhei. O Word estava ativado e uma frase havia sido digitada.

“Siga as pétalas de rosas e então... O paraíso!”.

Certamente foi Edward que escreveu. Só então percebi que havia uma trilha de pétalas brancas. Eu saí caminhando pela casa precariamente iluminada seguindo as pétalas. Elas me levavam para fora da casa, tive de ir para trás da propriedade. Agora eu sabia para onde Edward queria me levar: a praia. As pétalas continuavam até a escadaria que levava a praia particular dele. Eu sorri. E eu que pensei que Edward não tinha a capacidade de tornar o jogo mais interessante. Eu estava me preparando para descer as escadas, mas mãos me retiveram segurando-me pela cintura. O calor e maciez do corpo de meu marido me atingiram, assim como seu cheiro. Ele sussurrou em meu ouvido.

-Não achou mesmo que eu deixaria você descer tantos degraus estando grávida, não é? –Antes que pudesse falar ou fazer algo, Edward pegou-me no colo. Enquanto seus olhos cor ocre estavam fixos nos meus, ele me carregava para a praia não parecendo se incomodar com o meu peso. Roçou seus lábios nos meus, o frio da brisa marítima chocando-se contra meu corpo, não me importei. O calor que Edward emanava era suficiente para não sentir frio. E quando dei por mim, nós já estávamos na praia. Eu olhei em volta e vi a surpresa que Edward havia preparado. Na areia uma cama larga improvisada, flores dos mais variados tipos ao redor da cama, duas fogueiras próximas. Um cenário exótico.

-Nossa!

-Gostou? –O tempo todo Edward falava apenas próximo ao meu ouvido.

-Adorei! Bem... Exótico.

-Só por que estamos casados não significa que não podemos inovar. –Ele mordiscou minha orelha, senti meu rosto pegar fogo. Ele caminhou lentamente pela areia até chegarmos à cama improvisada. O cheiro de flores era forte e as duas fogueiras deixaram o local quentinho. Edward colocou-me lentamente na cama, seus olhos nunca deixavam os meus. Eu já estava arfando antes mesmo de sentir os lábios dele nos meus. O gosto de seus lábios era indescritível, eu me perguntava se beijar um anjo deveria ser assim. As mãos de Edward pareciam tão leves em meu corpo, é como se ele tivesse medo de me quebrar. Enquanto ele distribuía seus beijos pelo meu pescoço, minha clavícula, meu ombro, minha garganta, eu aproximei minha boca de seu ouvido.

-O que foi? Com medo de me quebrar? Acho que agüento um pouco mais de brutalidade da sua parte. –Coloquei minhas mãos em seu cabelo puxando-o para trás. Edward sorriu maroto para mim.

-Você pode suportar um pouco de brutalidade, mas meu filho não suporta.

-Que? Ele não é o filho de Edward Cullen? Eu acho que ele é forte para suportar, mas se você diz que não suporta então talvez ele não seja seu filho. Sabe o Jacob sempre foi vigoroso e... –Aquilo foi o combustível que eu precisava para atiçá-lo. Ele beijou-me com agressividade puxando levemente meus cabelos. Suas mãos retiraram o hobby que vestia rapidamente, e infelizmente ele acabou por rasgar. A camisola era bonita e cara, eu sabia que ele rasgaria. Dito e certo! Edward olhou-me rapidamente, estava muito excitado. Rasgou com um puxão minha camisola, a calcinha ele rasgou com o auxílio dos dentes. Eu apenas o observava sentindo-me nas nuvens. Edward veio afoito em minha direção agarrando-me fortemente em seus braços enquanto me beijava. Eu o virei sentado em seu colo, já não tinha mais roupas, e retirei rapidamente a calça de seda branca que ele usava. Edward nem esperou que eu concluísse o que estava fazendo. Antes mesmo de despi-lo Edward puxou-me e voltou a beijar toda a extensão do meu corpo com tanta urgência que minha pele ficou marcada aqui e ali. Eu puxava seu cabelo, fincava minhas unhas em suas costas, gritava seu nome enquanto fazíamos amor.

Edward urrava como um animal de tão envolvido que estava.

-Edward... –Então ele me olhou. Abri minhas pernas convidando-o para me explorar, Edward veio rapidamente com uma força que chegou a incomodar. E depois eu não me importei com o peso de eu corpo, ou com a força que ele me invadia, tudo era muito bom! Eu já puxava com violência seu cabelo, enquanto Edward investia em mim, já não se preocupando em ser atencioso.

-Bella... Ahhhhh...

-Edward! EDWARD! AHHHH! –O prazer foi me tomando de forma avassaladora. Edward chegou ao êxtase junto comigo. Ficamos abraçados, minhas pernas envolta da cintura dele, minhas mãos puxando seus cabelos. Eu tentava respirar pausadamente, Edward continuou a beijar minha face.

-Nossa!

-Eu ia perguntar se você gostou, mas acho que tenho minha resposta. –Ele sorriu, seus lábios em meu pescoço.

-É, foi muito bom. Deu para cansar. –Fechei meus olhos. Senti o hálito de Edward em meu rosto.

-Quem disse que acabou Bella? Eu só estou me aquecendo! –Ele me olhou. Mordeu o meu lábio inferior, eu estremeci. -Eu vou cansá-la bastante minha linda esposinha. Se prepare. –E então Edward levou-me para o mar que estava um pouco agitado. Eu entendia suas intenções, e adorei o que me aguardava. Era assim que seria, para sempre. Ou até que o nosso vigor físico permitisse.


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Notas finais do capítulo

Cap bem extenso né? quero comentarios! o/
Obrigada pelos comentarios que voces enviam e aumentem minha popularidade por favor. Bom gente agora vou no cine assistir New Moon. XD



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