Vampiros & Lobisomens escrita por VFarias


Capítulo 5
Mudamos




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Não consigo dormir, então fui para o computador tentar ler e descobrir algo mais sobre vampiros.

Resultou em NADA, não achei nada.

Então comecei a imaginar a minha vida como vampiro, como ela seria.

Primeira coisa, não mataria nenhum ser humano.

Beberei sangue animal assim como Edward de Crepúsculo e Stefan de TVD, mas não vou fraquejar por pior que seja.

Passei boa parte da noite em claro, me imaginando como vampiro, pulando de penhascos e não me ferindo, nunca envelhecendo, nunca me ferindo. Sendo capaz de destruir carros com uma mão. Correndo mais rápido que um cavalo.

Dormi quando estava correndo em direção ao Brasil.

Quando acordei com o despertador, fui direto para o banho.

Do meu banheiro ouvia Zara discutindo com alguém no telefone.

– Você esta me dizendo, que eu não posso contratar uma empregada para fazer tudo, mas que sim que eu tenho que contratar uma para cada função? – disse Zara.

Ela brava é muito assustador.

Sai do banho, Patrick tentava desesperadamente fazer algo para comermos.

– Ei cara deixa para lá, comemos na escola. – digo a ele.

– Nós precisamos de uma empregada! – gritou ele.

Todos riram.

O que foi muito bom por sinal, foi então que eu pude ver que no meio de toda essa maluquice ainda existia alegria entre nós.

Seguimos de carro, cada um no seu, direto para a escola. Estacionamos e esperamos os Estrangeiros chegarem.

Zara ligou para eles.

– A mãe do Clovez disse que ele e os outros estão doentes e não viram. – disse ela.

Seguimos para cantina para comer.

– Vocês estão certos mesmo, com a posição de vampiros? – pergunto sussurrando.

Nesse momento Rennan e Stefanni passam por nós e nos dão um sorriso, minha vontade e de soca-los com toda a minha força, mesmo que isso significasse morrer depois.

– Eu tomei uma decisão - digo a eles. Ninguém diz nada esperando que eu continue a falar, Patrick esta devorando seu sanduiche de peito de peru como se a vida dele dependesse disto. – Eu não vou me alimentar de humanos. Matar humanos vai contra tudo o que meus pais lutaram para proteger, eu nunca vou fazer isso, meus pais viveram a vida por se proteger e proteger os humanos do sobrenatural, eu não vou desonra-los desta forma.

Todos me olhando com gratidão nos olhos, como se precisassem ouvir isto para não fazer o que os vampiros deveriam.

– Vamos cuidar uns dos outros, não vamos deixar que nada nem ninguém faça com que machuquemos seres humanos. – disse Anderson.

– Certo! – disse Zara.

Patrick sorriu apenas.

E eu assenti com a cabeça.

O fato dos estrangeiros terem faltado me preocupou, eles têm uma saúde de ferro, não poderiam ter ficado doente assim do nada. Não os três de uma só vez.

– Conversamos mais tarde! – foi o que disse Roger depois deu perguntar se ele sabia de algo, como professor da escola eles eram informados sobre as doenças dos alunos. – Bom pessoal, hoje vocês terão uma prova, nada de mais, esta bem simples.

Ele entregou a prova para todos da sala, nós nos assustamos com o tamanho dela, eram três folhas de prova frente e verso.

A aula dele era a ultima do dia eu já havia passado por diversas provas no decorrer da manhã, e essa sem duvida era a mais difícil.

Quando terminei, notei que fui o primeiro da sala.

– Espere, vou corrigir sua prova e você pode leva-la. – disse o professor para mim.

Vê-lo corrigindo minha prova me deu aflição, eu não havia estudado para nenhuma das provas do dia, mas me sentia confiante, pois durante as aulas me esforçara ao máximo para entender a matéria.

– Diogo. – chamou ele. – aqui esta. Parabéns, você esta dispensado da minha matéria.

Eu tirara “9,5” em história. Uma matéria a menos para me preocupar. Bom se eu já havia passado em história, em matemática, biologia, física e química eu também havia passado, são minhas matérias prediletas.

Segui direto para o treino.

No vestiário me trocando, peguei no celular e havia uma mensagem do professor Roger.

Como ele conseguira meu úmero.

A mensagem dizia. “alto da colina, depois do treino.”

Coloquei o uniforme do time.

No aquecimento do treino de vôlei e onde começo o meu treinamento para fortalecer minha forma humana, tudo o que os outros fazem eu faço o dobro ou com mais peso.

– Vamos lá molengas, correndo, correndo! – grita o professor.

Eu estava me esforçando muito para correr com os pesos de cinco kg presos na perna, não é fácil.

– Muito bem pessoal, vamos treinar com a jogada china hoje. Alguém sabe o que ela é? – pergunta o treinador.

Eu conheço muito de vôlei, sempre procuro conhecer técnicas de treino e tudo mais, então dou um passo a frente e começo a falar.

– China, esta jogada é efetuada com uma bola chutada a dois passos às costas do levantador para o atacante de meio, uma grande finta para uma jogada de chute saída. – digo.

– Muito bem Diogo. – disse o treinador. – Então vamos lá, quero que os atacantes usem pesos de dois kg nas pernas para fortalecer. – claro que eu usaria o de 5kg sem ele perceber. – a recepção eu quero que treinem peixinho e rolamentos, estão um pouco fracos nisso, lembrem-se o campeonato começa em abril temos um mês pela frente para ficarmos melhores do que nós somos faltam um mês para o primeiro jogo. Time titular quadra A, reserva quadra B. quero a recepção no lado esquerdo da quadra e levantadores e ponteiros no direito, Ponteiros quero ataque no chão, e recepção bola na mão dos levantadores, na mão. Lembrem-se para o levantador efetuar um bom passe a bola tem que estar na mão dele.

O treino dura da 13horas até às 14h. Quando deu 13h40min horas.

– Titular contra reserva, usem a jogada China. – berrou o treinador.

– Desculpe Dilan, sem chance de você me bloquear. – digo desafiando o reserva.

– Você vai ver Diogo. – diz ele a mim.

Olho para o levantador e faço o sinal de bola chutada.

– Ponteiros tiram os pesos. – disse o treinador.

Me senti livre, pular sem os pesos parecia voar.

Como havia dito Dilan não me bloqueou, bola chutada é minha melhor bola.

O treinou acabou, corri para pegar minha mochila, nem me troquei, e fui direto para Long Island, vi Patrick correndo e Zara também, tínhamos uma hora para chegar lá.

O bom de morar onde eu moro é que o limite de velocidade na maioria das avenidas não é abaixo de 150 km/h.

Chegando a Praia de Long Island, podemos ver o Geep do Ande estacionado.

Pude ver a colina que Roger estava, e ao que aprecia meu treinamento começava em subir ela.

Na verdade subir não foi tão difícil quanto eu imaginava.

Lá em baixo conseguia ver os borrões de Zara, Patrick e Ande, comaçando seus treinos, correndo feito loucos, ou fazendo flexões com pesos nas costas ou abdominais.

– Com o que quer começar? Velocidade? Força? – pergunta Roger.

– O que for mais fácil de conseguir primeiro, deixamos por ultimo. – digo.

– Então vamos começar com a força. – disse ele se virando para uma mala. – aqui deite. – ele armou uma espesse de cama de armar. – tome.

Ele erguia uma roda de ferro com uma mão, mas ela parecia muito pesada.

– Quantos quilos? – pergunto.

– 100. – diz ele.

Não sabia se ia aguentar, mas precisava. Respirei fundo, estendi os braços e ele a colocou em cima.

– Mantenha em cima! – disse-me ele. – quando eu mandar você abaixa e sobe novamente.

Meus braços tremiam ao passar o primeiro minuto. Eu sou forte, mas não tanto, não aguento 100 kg muito tempo.

– Abaixe e suba! – disse Roger.

Abaixei, subir já é uma história diferente.

Ele veio me ajudar.

– Precisa se esforçar. – disse ele. - 300 flexões.

– 300? – pergunto indignado. – você quer me ajudar ou me matar.

– Faz logo e para de drama ok? – disse ele. – você precisa ser forte, se não você ficara na dependência do Anderson te salvar sempre.

Aquilo me irritou.

O resto do treino foi baseado, em levantamento de peso, agachamentos, abdominais, flexões, e socos com pesos no braço.

– Por hoje é só! – disse Roger. – Vamos embora.

Só? Eu estava morto, acabado, exausto. Eu me sentia como um porco de tão suado que eu estava.

Voltei dirigindo para casa com Roger no banco passageiro.

Em casa.

– Os estrangeiros como vocês os chamam, estão passando pela primeira etapa da transição. – disse Roger.

– Estão virando vampiros? – pergunto.

– Burrice. – disse Danielly, me viro para ela e me seguro para não mostrar o dedo do meio para ela.

– Eles, são lobisomens. – disse Giulia.

– O que? – pergunto.

– Como assim lobisomens? – disse Ande.

– Eles são da minha tribo, do mesmo jeito que eu sou. São do lado do bem. – disse Douglas passando pela porta.

– Entendo, como eles estão? – pergunto.

– Sofrendo muito. A primeira etapa da transformação de lobisomens é a mais dolorosa, e a parte da doença a parte em que o veneno ataca. – explica Douglas. – ele corre pelas veias e ataca todas as células do corpo, até todas serem metade da espécie dos lobos e metade dos humanos.

– Me explique melhor como os lobisomens se transformam? – pergunto.

– A transformação e voluntaria exceto nas noites de lua cheia, pelo menos nos primeiros 150 anos. – disse Douglas. – algo acontece quando você tem 151 anos e você assume total controle de suas transformações. Um lobisomem é mais forte nas noites de lua cheia.

– Entendi. Bom, estou exausta, vou tomar um banho! – disse Zara.

– Nós vamos embora, nos vemos amanhã na escola. – disse Roger.

– Vocês são determinados e isso é importante, mas precisam ter mais força de vontade! – disse Isabela. – não estou dizendo que não tem, mas precisam ter mais.

– Fedelhos! – disse Danielly.

– Vocês podem conseguir muito em muito pouco tempo, basta se esforçarem mais! – disse Giulia.

– Temos 3 meses para isso não é? – pergunto.

– Sim. O tempo é curto de mais para vocês, mas acho que podemos conseguir grandes coisas. – disse Roger.

O mês de Fevereiro e o mês de Março passaram voando, os treinos de vôlei e os treinos com os vampiros estavam me deixando muito exaustos, e ainda assim mais forte e mais ágil.

Abril chegou e foi o mês do campeonato, ganhamos nosso primeiro jogo com muita eficiência e muita garra.

Executamos diversas vezes a jogada China, mas depois que ficou muito marcada, mudamos para bola chutada, e segundas bolas.

Ganhamos o campeonato, eu entreguei minha braçadeira para o outro titular que estava cursando o segundo ano. Ele será muito bom como ponteiro e líder.

O mês de maio e quando começa a esquentar, as aulas estão acabando, eu já encerrei a maioria das matérias, mas como não vou estar ano que vem venho para a escola do mesmo jeito. Eu ficava mais forte e mais rápido a medida que nos aproximávamos das férias.

Nós começamos a procurar casa em Boston, as férias estavam, chegando teríamos muitas mudanças alem das casas, mudaríamos quem nos somos, na verdade deixaríamos de ser frágeis e mortais, para sermos imortais.

Maio se foi assim que achamos uma casa, um sobrado com7 quartos, que estava a vendo no valor de 800 mil. A casa era enorme, havia um quintal, alem de uma imensa garagem, a casa dos meus sonhos, lembrava uma casa de campo, porem era na cidade.

A casa era ao lado da casa de Roger e seus amigos que também moravam juntos.

Pagamos a casa a vista com o resto do dinheiro que não usamos, pela primeira vez eu vi os cheques que meus tios me deram, ambos de US$1.000.000,00.

Joguei tudo na poupança, junto com 90% do dinheiro do cofre que não era pouco.

A imobiliária não havia feito nada em casa, o que foi bom, embaixo do dinheiro havia uma papel onde estava mapeado o local onde todas as armas dos meus pais estavam, precisávamos tira-las de lá.

Entregamos nossos mapas aos vampiros amigos de Roger para retirarem tudo de lá.

Quando trouxeram para a gente era muita coisa, arma de fogo, bastões, armadilhas e tudo o que se pode imaginar de armas.

E o mapa dizia que havia mais em nossa casa do campo. Empacotamos tudo, pois levaríamos conosco.

Compramos moveis para a casa nova em um final de semana que passamos em Boston.

Deixamos tudo arrumado pronto para irmos para lá nas férias. Mas ai começam os preparativos!

Formatura, esta vindo com vigor e rapidez.

Os treinos com os vampiros nos deixando exaustos, mas cada vez mais fortes.

O que me motivou ainda mais a continuar o treino, foi Roger me dizer que eu naquele ponto já seria mais forte que Danielly.

Eu me vingaria dela. O que ela me fez, a isso não ficaria assim.

Stefanni também me pagaria, pagaria muito caro.

– Di você esta bem? – pergunta Zara.

– Estou, só me imaginando. – digo a ela.

Estávamos voltando para Manhattan de avião. A formatura seria em junho, mas tínhamos que ver roupas e tudo o mais.

– Ei, você reparou que aquele cara não para de olhar para a gente? – perguntou Patrick.

Não respondi, baixei para o celular e escrevi em mensagem.

Ele pode nos ouvir.
eu liguei para o Roger, ele disse que estaria aqui, ou que alguém estaria aqui para nos proteger, não estou vendo ninguém do grupo dele.

Enviei para ele.

Deve ter alguém ele não nos deixaria desprotegidos depois de todo o trabalho que teve para nos deixar assim, fortes o bastante para nos tornarmos vampiros.

Nessa hora uma mulher alta passou por nós e deixou cair um papel.

Estamos aqui, não se preocupem, eles não tocaram em vocês.

Passei o papel de mão em mão, vi que Ande também notara, Zara dormia enquanto voávamos.

Eu sabia que eles não nos atacariam enquanto estivéssemos voando, tinha muita gente no voo, mas minha preocupação era de quando nós saíssemos do voo, eu sabia de um cara, mas no bilhete estava eles no plural então há mais de um. Mas também estava Estamos aqui o que quer dizer que ela não esta só.

– Legal – digo baixinho.

O avião começou a descer. Meu coração começa a acelerar.

O homem ficou em pé, ele não era muito alto, do tamanho do Ande, 1,90 mais ou menos, sua pele era morena bronzeada, seus olhos eram claros de um verde que deixaria qualquer garota se derretendo por ele.

– Que gato! É uma pena que queria me matar. – Disse Patrick.

Eu sorri porque foi engraçado e o Patrick é assim, quanto mais nervoso ele fica, mais palhaço se torna.

– O carro de vocês está na rua ao lado do Hotel do aeroporto. – disse a mulher do bilhete. – sigam direto para lá. Encontramos vocês lá.

O sol em Manhattan estava forte, ardido, um típico dia de verão.

Saímos do aeroporto e fomos o mais rápido que podíamos sem chamar muita atenção, para a lateral do Hotel.

– Finalmente a sós! – diz o homem que o Patrick ficou babando.

– Se você queria um autógrafo poderia ter pedido em Boston meu caro! – disse a mulher que nos entregara os bilhetes. – Eu sou a tia Dora. Mas para vocês lobinhos, sou seu maior pesadelo.

O lobo riu.

– Não tenho medo de uma vovó coroa! – ao dizer isto ele se transformou.

Um lobo de 4 metros de altura, isso estando de 4. Me perguntei como meus pais conseguiam lutar contra isso.

Foi então que eu saquei a arma que trazia na mochila. A arma não era de metal então não havia como o detector de metais apitar.

Ela fazia parte do armamento para lobisomens. Se meus pais conseguiam eu também conseguiria.

– Olha só o pirralho tem uma arma! – disse outro lobo que surgiu atrás de nós.

– E amigos também! – disse uma voz feminina, atrás dele. – Ola novatos, sou a Camila.

O lobo a atacou na forma humana, e os dois começaram uma briga de socos e chutes muito violenta.

O lobo transformado investiu contra Dora, os dois rolavam pelo chão, com ataque bem ferozes, você olhava para a cara de Dora, não era aquela senhora meiga da qual parecia.

– Ora, ora, vejam o que vocês conseguiram pirralhos, uma briga entre vampiros e lobisomens. – disse um terceiro homem que eu presumi ser o líder do bando. – Agora vocês vão morrer! – disse ele.

Quando ele pulou para cima de nós, nos dispersamos, a transformação ocorreu, ele atacou novamente, para cima de Patrick, Dora conseguiu correr a tempo de tirar Patrick do caminho.

Mesmo sua pele de diamante sangrava, ela se curava, mas ainda assim sangrava.

O Lobo com quem ela lutava atacou novamente para cima dela.

Ela o desviou com um tapa usando as costas da mão. Ela é realmente forte.

Fiquei fascinado ao ver como eles lutavam. Que esqueci o lobo que não tinha com quem lutar e nos atacou.

Ele pulara para cima de mim. Eu tremia vendo ele vir em câmera lenta.

Mas então, algo na minha cabeça estralou e de repente eu sabia exatamente o que fazer.

Rolei para o lado, e atirei. 1 vez, 2 vezes, 3 vezes e o lobo desviou de todos os tiros.

Ele me atacou novamente, tentei rolei para o lado, mas fui impedido por suas garras cravadas no meu braço esquerdo. Foi quando atirei, e com um ricochete no chão, o lobo caiu aos meus pés. Se ele estava morto eu não sabia, mas ele não se mexia, atirei mais vezes para garantir.

Eu estava ferido, muito ferido. Dora e Camila tinham problemas.

Os lobos tentavam morder seus pescoços.

Foi quando percebi que o outro o que eu havia atirado ainda estava respirando ele não estava morto.
A coisa que eu fiz a seguir eu aprendi num filme.

– Larguem elas ou ele morre! – digo com o máximo de coragem que consigo reunir em minha voz.

– Você nunca matou ninguém filhote de caçador. Não matara alguém agora!

– Paguem para ver! Larguem as garotas ou ele morre! – digo olhando dos olhos de um lobo para o outro. – e vou garantir que o rosto dele esteja tão destruído que não sobre nada pra o velório!

O que estava com a Camila ameaçou morde o seu pescoço, estava chegando bem perto.

Apontei a arma. E atirei. O tiro não acertou o cara por pouco.

– Filhote... não me faça come-lo! – disse o outro que estava com Dora.

– Largue-as! – disse agora mais serio.

Vi de relance Ande tirar uma faca do antebraço. Era grande o bastante matar um lobo.

Ele foi ate o lobo caído.

– Não ouviram o que ele disse, larguem elas! – Agora.

Foi então que tive outra ideia. A arma era para lobisomens e não para vampiros.

Atirei no peito de Camila. Ela arfou e caiu de joelhos.

– Diogo! – gritaram atrás de mim.

Eu corri para pegá-la, eu estava rápido, mais que o normal.

Levantei e a trouxe para perto.

O Lobo que levara o tiro que atravessou o peito de Camila estava no chão, mas já ia se levantando.

– Você é o próximo. – disse.

E então algo estranho aconteceu, os lobos uivaram e se afastaram.

Dois lobos imensos apareceram.

Um era negro como a escuridão da noite, o outro era branco, ambos lindos e assustadores.

Os lobos voltaram a forma original.

Um eu já havia visto era o Cleitom o novo aluno da minha sala.

A outra eu não conhecia, nunca havia visto.

– Vão embora! – disse a mulher. – A menos que queriam perder a vida.

– E digam aos nossos irmãos que deixamos vocês vivos por piedade e desejamos que ele faça o mesmo por nossos amigos. – disse Cleitom.

Os lobos assentiram e correram para o corpo do amigo, o ergueram e correram para longe.

– Vocês estão bem? – pergunta Cleitom a nós.

– Sim. – respondo. Mas não era verdade meu braço doía muito, não sei dizer o quanto de sangue eu havia perdido.

– Essa ferida não é tão grave, não se preocupe. – disse a mulher, ela veio em minha direção. – a propósito meu nome é Charllote . Vocês despertaram a maldição do caçador em vocês, ao se defenderem desses lobos. Vocês serão vampiros difíceis de se matar.

– Vou receber isso como um elogio Senhora. – disse Zara.

A mulher riu.

– Agora vão, eles não irão perturba-los por um tempo, mas isso não será eterno. Diga ao Roger que estamos com vocês! – disse Cleitom. Eles se viraram e sumiram.

– Obrigado, por nos salvarem. – disse Patrick a Dora.

– Estamos no mesmo barco. Vocês serão os vampiros mais fortes, por estarem com a maldição do caçador ativada. – disse Dora. – E obrigado por nos ajudarem.

– O nosso lado precisa de vampiros fortes. Vampiros com a maldição de caçador são os mais fortes já vistos. Só conheço um único assim. – disse Camila.

– Primeiro o que é uma habilidade de caçador? – pergunto.

– Um humano caçador, adquire habilidades extras. Vocês ficam mais rápidos, mais fortes, mais ágeis. Tudo que um humano faz vocês fazem em triplo, quádruplo e não sei direito. – disse Camila. – Vocês se curaram mais rápido, porem um ataque mutuo e retirando muitas partes do seu corpo pode lhe causar a morte. Foi o que aconteceu com seus pais.

– Por falar nisso, suas habilidades serão aumentadas em dois. – disse Dora. – você herdaram dois genes, vocês serão incríveis.

– Ok. Quem é o outro vampiro caçador? - pergunto.

– Roger! – disse Dora.

– Você, beba isso. – disse Dora, colocando um liquido prateado dentro de um frasco. Ela retirava o liquido de sua presa. – vai te curar.

Eu bebi.

– Você vai ser um monstro na força em Anderson! – disse Dora a ele. – é melhor vocês irem. Roger os esta esperando no apartamento de vocês.

– Ok! – digo. – obrigado novamente.

Entramos em nossos carros atentos.

Nossas vidas estavam mudadas, diferentes.

Nós não éramos mais humanos éramos caçadores sobrenaturais.

Eu senti meus músculos doendo, minha mente rodava eu estava tonto. Mas consegui chegar em casa.

Aparentemente, eu não era o único assim.

– Vão se deitar antes que desmaiem no chão. – disse Roger, sentado em nosso sofá. – Vocês estão se transformando em caçadores.

Mal cheguei á meu quarto quando desabei na cama.

A dor aumentou como se todos os meus ossos estivessem sendo quebrados.

Eu me sentia fora do meu corpo como se minha alma tivesse saído dele. Mas a dor me acompanhara, a dor acompanhará minha consciência.

Achei que ia morrer então a dor parou.

Voltei a mim, sentia meu corpo, minha consciência estava em alerta, porem meu corpo dormia.

Tinha medo de dormir na consciência e não acordar mais.

Mas não aguentava estava exausto, dormi.

Quando acordei, não me sentia diferente até me olhar no espelho.

Meus músculos estavam mais definidos, mais pesados, mais fortes, eu crescerá. Não era algo visível, mas eu sabia. Deixara de ter meus 1,70 metros para ter 1,75.

A empregada que Zara havia arrumado, estava lá fazendo nosso almoço.

Eu dormira por um dois dias inteiros.

Eu havia dormido no dia 12 de maio acordei no dia 13 as 17 horas.

A empregada fez uma verdadeira macarronada, com três tipos de molho diferentes, molho Branco com queijo Branco, molho Vermelho e molho Funghi.

Fiz meu prato, peguei uma perfeita coca cola gelada e me sentei a mesa sozinho contemplando o por do sol pela janela da varanda.

Não demorou muito Ande saiu do quarto, faminto também, ele estava mais magro e seus músculos maiores e mais definidos, ele estava tranquilamente com 1,90 de altura.

– Comida! – disse ele entusiasmado e então fez seu prato e se sentou ao meu lado.

– Doeu muito? – perguntou ele a mim, após engolir a primeira garfada de macarrão com molho branco.

– Sim. – digo respondo a ele.

– Esse cheiro é de molho Funghi? – gritou Patrick da porta do seu quarto.

Ele também estava mais forte e mais alto, ele estava com novos 1,70 metros de altura.

– Ola gente! – disse Zara logo atrás dele.

Ela e Patrick eram muito parecidos em alguns aspectos, eles são muito elétricos, viciados em moda e coisas do tipo, e agora possuíam músculos iguais e a mesma altura mais ou menos.

Nós comemos, e depois Zara fez um cronograma de tarefas que começaríamos a seguir em junho.

Das 7h00min às 12h00min – treino com vampiros.

Das 13h00min às 14h00min – Almoço.

Das 15h00 às 17h00min – Roupas e convites de formatura.

Das 18h00min às 21h00min – Livres.

Das 20h00min às 21h00min – jantar.

Maio passou rápido, pois é assim que o tempo passa quando você esta cheio de coisas para fazer, hoje era 1 de junho estávamos na colina de Long Island treinando como loucos.

Graças aos meus poderes de caçador, meu treino se tornou mais fácil de executar, eu tinha que me manter ocupado para impedir o impulso de matar os vampiros e lobisomens. Meu treino foi aumentado diversas vezes porem eu não notava diferença.

– Vamos aumentar para 300kg! – disse Roger.

– Ainda esta leve. – digo a ele brincando com o peso depois dele ter posto as barras a mais.

– Interessante, seus músculos estão fortes, mas não estão grandes. – disse Roger. – quer que eu aumente o peso?

– Sim. – lhe digo

400 kg.

– Leve. – digo.

– A próxima e de 600 kg. – disse-me ele.

– Pode trocar! – disse eu. Quando ele colocou. – pronto Pesou.

Eu aguentava, com uma dificuldade mínima, e sim eu queria mais de 800kg, talvez 1 tonelada.

Ok eu sonho alto mesmo.

O treino acabou. Segui para casa para almoçar.

– Alguém sabe quem será o orador da turma? – perguntou Patrick.

– Diogo, ele será o orador de nossa turma. – responde Zara.

– Por que eu? – questiono.

– Porque todos votaram assim. – disse ela.

Entrei em pânico, tinha mais medo de discursos em publico do que de enfrentar um lobisomem, e olha que os lobisomens são assustadores.

Após o almoço e a escolha da minha roupa eu pude eliminar isso da minha tabela de afazeres, e ficar o tempo livre, passei o resto do dia enviando convites de formatura a meus familiares, claro que apenas os que eu mais gostava.

Eu sempre fora bom com as palavras, mas nunca discursei e para o discurso não vinha nenhuma frase boa em minha mente.

Nada de legal e bonito.

Nem fui jantar nesse dia, fiquei deitado em meu quarto ouvindo S.O.A.D., buscando alguma inspiração brilhante.

Dormi pensando no discurso.

Nunca tinha visto o mês de junho passar tão rápido, já era dia 29 de junho, o dia da formatura.

Meu discurso estava pronto ou eu pelo menos achava que estava, e eu estava de certa forma confiante em relação a ele.

Eu sabia o que eu tinha que fazer subir no palco encarar todas aquelas pessoas e pronuncia o discurso.

Foi então que o diretor o Sr.º Bradley e depois de nos parabenizar pelo competência de ter terminado essa etapa da vida em sua escola e depois ele me chamou.

– Convido agora, o Sr.º Diogo Lourenço a discursar em nome de sua turma o 3ºA de Humanas.

Eu subi ao palco eu tremia embora não sentisse frio, não podia olhar para todos eles se não acabaria não falando nada, fechei meus olhos e quando o abri centralizei direto no rosto de Zara, aquela linda pele negra, e tem a raridade de possuir olhos azuis seus cabelos são negros e lisos até a cintura, radiante, e sim eu tenho uma queda por ela. Na verdade eu amo.

Seus lindos olhos azuis que me acalmaram durante o discurso.

“Eu nem acredito que estou aqui, mas já que tenho que fazer isso, vamos lá. Alguns de nós irão acreditar um pouco tarde de mais que tudo isso acabou, que essa vida em conjunto na escola se foi, e que nós estamos seguindo em frente. Outros olharam para frente e esqueceram o que foi vivido aqui, o que na minha opinião é quase impossível. Para alguns isso tudo aqui teve um significado. Para outros nem tanto.

Eu pergunto a vocês, o que você passou aqui com todos nós lhe trouxe algo a acrescentar em sua vida? Não digo a apenas conhecimento acadêmico, digo conhecimento de vida, seus momentos de fraqueza consolados por amigos, seus momentos de consolar, as risadas de tudo e todas, as brigas, os namorinhos. Tudo isso lhe trouxe algo? Por que se trouxe acredite, valeu a pena.

Agora seguimos em frente, pois é assim que a vida funciona, levaremos alguns amigos conosco, mas nunca todos, afinal sempre escolhemos caminhos diferentes, alguns de nós vão se tornar médicos, outros arquitetos, policiais, ou até mesmo lixeiros o que quero dizer é que todos nós vamos seguir uma caminhada, uma caminhada a nossa caminhada, a sua caminhada, mas isso não quer dizer que vamos esquecer uns dos outros, sempre na vida haverá um momento em que você falara “poxa se fulano estivesse aqui ele teria gostado”, ou recordando com alguns amigos, “lembra dela nossa ela usava aquelas saias jeans bem justinhas”, e é assim que seguiremos, guardando conosco tudo que vivemos, mas não vivendo o que já se foi.

Hoje vejo que a vida realmente começa quando se entra no ensino médio. Afinal é aqui que começamos a construir nossos valores, aprendemos a reconhecer os tipos de pessoas, o que nós achamos certo e errado, e tudo mais.

E daí em diante tudo fica mais difícil, porem tudo tem mais valor.

Então o que eu tenho a dizer é: sejam vocês mesmos, seja difícil ou não, enfrentem as dificuldades de cabeça erguida, porque cada um de vocês tem força para seguir em frente e ser feliz.

Boa sorte a todos nessa nova jornada”.

Despejei o discurso como se fosse a coisa mais fácil a se fazer na face da terra. Como se não houvesse mais ninguém ali, somente eu e a Zara.

Despertei para a realidade, quando as pessoas explodiram em aplausos.

A formatura se seguiu com a entrega dos diplomas, e essa foi a parte rápida.

Seguindo a entrega de diplomas veio a valsa, dancei a primeira com minha tia Betty e a segunda com Zara.

– Seu discurso foi muito bom, de verdade. – disse- me ela.

Esperei não estar tão envergonhado quando me parecia, e disse obrigado por fim.

– Olha eu... – dissemos juntos.

– Pode dizer. – disse ela.

Eu sabia que devia deixa-la falar primeiro, mas se eu a deixasse falar podia perder a coragem de dizer a ela o que eu sinto.

– Olha, sei que somos amigos e que crescemos juntos, mas eu sempre... – ela me calou com um dedo o que me surpreendeu.

– Não diga mais nada. – disse-me ela.

E então fez algo ainda mais surpreendente. Ela me beijou.

Não havia pessoa ao nosso redor, não havia musicas tocando, não havia mais nada, somente ela e eu e nosso primeiro beijo.


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