Eles haviam se prontificado no parque, em um local isolado, onde havia umas espécies de templos.

Quando chegamos o ataque ainda não havia chegado o que achamos bem estranho.

– Que bom que chegaram. – disse Roger nos recebendo. – Todos estão bem?

– Sim. – respondo. – Não foi fácil, mas nada que um grupo forte não desse jeito.

Jully correu para a mãe, a abraçando agora que a raiva dela havia se esvaído ela chorava como um bebe.

– Eu matei a prima Sarah, eu matei a prima Sarah. – gritava ela.

– Sarah? – perguntou Cleitom chocado. – O que ela fazia lá? Ela sempre foi tão correta.

– Não se preocupe minha filha, nesta guerra teremos de matar para sobreviver. – disse Charlote. Nunca a tinha visto agindo como uma mãe, era estonteante ver.

– Muito bom meus jovens. – disse Bridgit. – vocês foram muito bem.

Eu não queria ouvir aquela ladainha.

– Onde esta a emboscada? – pergunto.

– Também não sabemos. – disse Marcus. – Nós tínhamos tudo pronto, o mais perfeito plano de ataque e defesa, e nada.

Eu estava furioso, Alexia não era capaz de prever o futuro o que ela estava fazendo?

Bufei de raiva.

– Calma, o poder de Alexia não funciona assim. – disse Patrick. – Eu não sei como é, mas não é como você esta pensando.

– Quando o futuro se trata de alguém, é a tomada de decisão que o influencia, bom ela viu que eles viriam naquela direção, e vocês estava lá para recebê-los, ela estava certa, mas quanto ao ataque a bruxa e a nós era apenas uma hipótese que por sinal era uma hipótese sua. – Explicou Denis.

– Isso não faz o menos sentido. – digo. – isso não faz o menor sentido.

Eu me afasto de todos, se tem como um vampiro ficar louco, talvez eu estivesse, turbilhões de pensamentos passavam por minha cabeça e eu não conseguia achar uma resposta.

– Diogo relaxe, nós não precisamos de uma resposta, não desse jeito. – disse Zara.

Ela tinha razão, mas eu queria uma resposta, precisava de uma resposta.

Decidimos então que era hora de voltarmos para casa, que era hora de repensar no que tínhamos que fazer.

Quando estávamos voltando nos deparamos com um homem.

Com um movimento quase sego de Bridgit e Charlote todos nós paramos.

– Quem é você jovem lobo? – perguntou Cleitom.

– Irmão! – gritou uma menina um pouco atrás de mim, e a mesma correu ao encontro do rapaz.

Eles se abraçaram, devo admitir foi comovente.

– Eu sou Denis Brello. – disse ele.

De volta a mansão dos lobos.

– As coisas mudaram por aqui. – disse ele olhando tudo. – onde esta o papai?

Foi então que ele o viu parado longe de todos, correu para abraçar o pai.

– Por que esta aqui? – perguntou o pai dele.

– Eu estava correndo risco de morte já, quero dizer, eles me mandaram para uma emboscada, era para eu atacar os quatro sorrateiramente. Então eu disse que iria e aqui estou eu. – disse ele.

Ele nos contou tudo o que estava havendo.

– A principio o plano deles era mesmo a distração burros. Mas então eles perceberam que isso falharia que vocês não seriam burros em mandar todos para aquele pequeno exercito de recém-criados mais aqueles dois idiotas. – disse Denis.

– Mas como eu não vi? – perguntou Alexia.

– Eles sabem de seu dom, e o entendem, creio que eu tenha culpa nisso. – disse ele. – Mas eu precisava falar algo útil para eles, bom como eles sabiam que você veria se eles decidissem, pois você estaria observando eles os primeiros, eles deixaram essa parte do plano para alguém mais baixo, alguém mais inútil. Se você quiser saber o que eles estão planejando tem que focar em todos.

– Qual será o próximo passo deles? – perguntou Cleitom.

– Nenhum. – disse ele. – eles querem pensar em tudo o que sabem de vocês ate agora, eles estão com me do por eles, os poderes deles, eles nunca até hoje estiveram em uma desvantagem como esta, nem mesmo em numero, e é assim que eles estão. Com uma baita desvantagem.

– Eles são em quantos? – pergunta Marcus.

– Em exercito 300. – respondeu ele. – mas contando com as testemunhas 700, ou mais.

– Testemunhas? – pergunto.

– É, eles querem ter uma plateia quando assumirem o “trono”. – disse Denis. – eles alegam que o que vocês querem para o mundo é submeter os vampiros e lobisomens submissos aos humanos, e é assim que eles vêm ganhando seguidores, os burros e ignorantes aceitam o que eles falam. Somente um idiota para acreditar naquilo.

Ele era bem convicto no que dizia me surpreendeu muito com o fato de ter acabado de voltar e estar tão interino com nós, como se nunca tivesse nos deixado.

– Ele fez o juramento do lobo. – disse Patrick a mim, quando chegamos a nossa casa. – Todos acreditam nele porque quem faz um juramento como este, não pode quebra-lo, todos sabe que ele diz a verdade porque o juramente o obriga a isso. É isso ou morrer.

Eu me perguntei como Patrick sabia disso.

– Eu li a mente de Charlote, eu li toda ela, demorei um bocado para ler 2000 anos de vida, mas a história dela é emocionante, as tradições de lobos e tudo o mais foi criado por ela e a família de sua irmã, mas com o tempo os sua irmã e o marido tinham outros princípios, outras prioridades. E então se separaram. – disse Patrick. – mas uma das leis mais antigas de um lobisomem é o juramento do lobo, enfeitiçado por uma bruxa, a avó de Helena.

– Espera... – interrompeu Zara- Avó?

– Sim, a velhinha fez um feitiço que a resguardasse, que a impedisse de se tornar velha, mas com o tempo a magia foi cobrando a morte dela, ninguém deve viver para sempre, é por isso que todos nós temos um ponto fraco, temos uma maneira de morrermos, bom a vovó morreu, mas deixou a mãe de Helena, Esmeralda e lançou na mesma o mesmo feitiço de resguardo quando a menina ainda era um bebê, ela usou suas ultimas energias para isso. – contou-nos Patrick. – Depois ela se foi viveu por 1600 anos, isso quer dizer que Charlote já tinha 400 quando ela nasceu, e quando Helena nasceu a 30 anos atrás sua mãe se sacrificou para que Helena tivesse uma vida longa. Agora Charlote acha que Helena vai morrer ao dar a luz a magia, a criança esta lhe sugando, consumindo toda a magia que possui ela esta sendo inútil e alguns lobos querem a criança morta, afinal Helena é quase tão real quantos a Charlote e Cleitom, ela realize feitos incríveis para essa alcateia.

– Cara como você lida com toda essa informação? – pergunta Anderson sentado afastado de todos nós tomando uma bolsa de sangue.

– Bom meu cérebro sempre se deu bem com fofoca, quero dizer, eu sempre obtive as informações que queria e sempre tive no cérebro um lugar reservado para isso. Como vampiro e com esse dom, eu tenho muitos espaços e muito mais informações. – respondeu ele.

Eu estava cansado o que era estranho, minha mente estava destruída como se eu não conseguisse pensar em mais nada, porém meu corpo esta ali, pronto para outra batalha, pronto para destruir um exercito inteiro se fosse preciso.

Subi para meu quarto e dormi.