Vampiros & Lobisomens escrita por VFarias


Capítulo 15
Festa.




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Nós tínhamos uma festa essa noite e iríamos de qualquer jeito.

– Não vejo problemas, eles não atacariam duas vezes no mesmo dia. – Disse Roger ao nos ver saindo arrumados. – Mas vocês deviriam avisar para ficarmos em alerta não acham?

– Olha Roger, nós não somos crianças. – disse Patrick começando a se irritar.

– Mas ainda assim, são irresponsáveis o bastante para irem numa festa em uma cidade onde não conhecem ninguém, e que por sinal também não conhecem os rostos dos nossos inimigos. – disse Roger.

A discussão não levou a nada.

Seguimos no meu carro o caminho todo, não conversamos muito no trajeto, mas podia ver a tensão das palavras de Roger no ar, o que ele dissera era verdade, nós não conhecíamos nossos inimigos, e se eles estivessem lá, estaríamos nós em perigo?

– Estamos chegando. – disse Patrick ouvindo o som da festa. – Prontos para dançar muito?

Demos um grito de comemoração deixando de lado todo o resto, o grito no qual me fez lembrar quando éramos mais novos e íamos nos divertir no parque co nossos pais, era esse mesmo grito, era essa mesma alegria, bom saber que o que é bom sempre fica conosco de uma forma ou de outra.

Rimos até eu parar o carro, quando descemos a coveira veio nos receber.

– Zara! – gritou ela excitada como se estivesse encontrando uma velha amiga, o que era completamente o oposto.

Patrick esboçou um sorriso, ele devia ter lido algo na mente de Joyce, algo que passou despercebido por nós.

– Oi, Joyce. – disse Zara colocando algum entusiasmo na voz, nada convincente.

– Patrick você esta uma graça. – disse Joyce.

Patrick torceu o nariz um pouco, um movimento imperceptível a humanos.

– Você também. – disse ele demonstrando alguma educação, mas bastava olhar para os olhos dele e ver que era mentira.

– Anderson! – ela gritou ainda mais alto. – O que aconteceu com você? Esta enorme.

– Tenho malhado muito! – disse Ande meio desconfortável, ele não raramente reconhecia um elogio ou um critica, e não lidava bem com isso.

– Venham, venham temos uma festa para curtir. – convidou ela.

Subimos uma escada de mármore negro, em dias de chuva aquilo (a escada) é quase como um assassino em prontidão, quando chegamos no andar de cima, a casa era parecida com a nossa, um sobrado imenso, com laje envidraçada, um piscina em formato de retângulo na parte de baixo, colunas de marfim davam um ar antigo na construção moderna o que dava um contraste incrível.

– Bela casa. – digo a ela.

– É meus pais gostam do luxo. – disse Joyce.

A casa estava lotada de pessoas de toda a cidade pelo que pude perceber, havia alguns caixas do supermercado, as moças da farmácia, todo mundo estava ali.

Incluindo pessoas que estudavam comigo.

Patrick foi direto para a pista de dança onde tocava Best Song Ever do One Direction.

Patrick dançava muito bem e com toda aquela beleza vampiresca atraia muitos olhares furtivos para cima de si, claro que ele despachava as meninas com a maior educação possível, mas bastava uma insistir de mais para ele perder a paciência.

Fomos nos juntar a ele, e como ele havia dito, nós arrasamos a festa da Joyce, ela ficou para trás em todos os sentidos, seus olhos estavam irritadiços olhando Zara com seu vestido vermelho e toda aquela beleza, mas também o que esperar de uma garota sem um pingo de noção de vestimenta, usando um vestido verde limão estilo sereia, francamente, penso e dou um sorriso!

A dança estava legal, mas eu estava ficando entediado de dançar e resolvi pegar uma bebida, embora não precisasse de uma realmente.

– Você quer uma bebida? – pergunto a Zara.

– Sim. – responde ela.

Saio pedindo licença para as pessoas embora algumas parecem fazer questão de serem empurradas ou que alguém passe raspando por si, a mesa de bebidas esta repleta de coisas, era difícil escolher uma. Optei por um conhaque antigo e bebo em um gole só.

– Devagar garoto. – disse um homem se aproximando, suas feições eram calmas tranquilas e não muito belas, possuía uma barba bem feita, sobrancelhas arqueadas, uma boca rosada e olhos castanhos dourados.

– Preciso esquentar. – digo em resposta. – esse clima é um pouco frio de mais para mim.

– Entendo, mas ficar bêbado não é legal. – disse o homem.

– Quem é você? – pergunto.

– Jessie Malzer. – disse ele. – E você?

– Diogo Lourenço. – digo. Algo na menção do nome dele me sobressaltou. - Nós nos conhecemos, ou já nos vimos antes?

– Creio que não, seu cheiro não me é familiar. – disse ele.

– Meu... cheiro? – pergunto e no estante seguinte entendo, ele é um lobisomem, eu já estava tão acostumado com o fedor dos lobos que não tinha reparado que ele fedia muito.

Patrick aparece ao meu lado no segundo seguinte, me puxando pelo braço.

– Venha! – chama ele. – Zara esta lhe chamando para dançar!

Aceno para ele e sigo Patrick.

– Ele é um lobisomem do outro lado Diogo, na verdade ele é o lobisomem, ele é um primeiro. – disse Patrick. – Vi a mente dele, ele não vai nos atacar, mas sabe quem nós somos ele só esta aqui para averiguar, mas ele sabe que somos vampiros e que somos os vampiros que eles querem matar.

– Avise Ande e vamos ficar atentos. – digo a Patrick.

Fugir agora não era uma opção.

Eu chego e pego Zara e começo a dançar, a abraço e conto o que aconteceu com a voz tão baixa que cheguei a duvidar que ele me ouvisse.

– Tudo bem. – disse ela sorrindo. – vamos aproveitar a festa.

Dançamos muito, e nos divertimos como fazia tempos que não fazíamos, mas sempre com um olhar em Jessie.

Eu continuei dançando com Zara, “curtindo” a festa como havíamos dito que iríamos fazer, estava tudo bem.

Patrick criara coragem para chamar Ande para dançar e Ande teve coragem para aceitar, Ande repelia todas as meninas que chegavam perto, com a hipnose, e Patrick estava realmente feliz com tudo que acontecia, e não fazia o mínimo esforço para disfarçar isso, fiquei pensando o que Ande estaria pensando naquele momento e se Patrick leria a mente dele para tentar algo.

Voltei minha atenção para Zara, era incrível como ele superou toda a própria beleza naquela noite, o quanto estava linda, e o quanto me faz ama-la ainda mais.

– O que foi? – perguntou ela olhando para mim.

– Estava vendo o quão linda você esta essa noite, você se superou. – digo.

Algumas garotas diriam que meu romantismo, e o que eu falo é clichê, antigo e surreal, mas Zara não, ela me entende, conhece desde sempre, sabe de minhas tradições, minhas manias.

– Diego Lourenço! – quando ela diz meu nome assim é porque é serio. – Eu te amo.

Nós nos beijamos perdidamente.

Então um arquejo de todos na festa se fez quando alguém caiu do andar de cima no meio da multidão.

Olhei para cima não havia ninguém lá, subi o mais rápido que pude, o cheiro de lobo era forte, venham, chamei meus amigos, andamos pelo andar de cima inteiro e não achamos nada, pedi a Patrick que procurasse na mente das pessoas algo que pudesse ser útil, mas ele não achou nada.

Voltamos para casa ligamos para Roger e pedimos uma reunião urgente.


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