Vampiros & Lobisomens escrita por VFarias


Capítulo 14
Amiga de infância.




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De volta para casa dormi, sim eu dormi e feito um urso no inverno, mas no dia seguinte calor me atingiu como um balde de lava, muito calor, um calor que significa chuva no final do dia!

Decidi aproveitar o calor para ir ao jardim fazer meus deveres, levei comigo uma bolsa de sangue de café da manhã e descobri que eu estava praticamente sozinho em casa.

Passei parte do dia estudando, quando finalmente acabei fiquei admirando o céu azul ficando cinza, e sol sendo tampado pelas nuvens. É uma cena realmente bela se você sabe como aprecia-la.

Ouço passos, e eles vêm em minha direção e a julgar pelo cheiro do perfume.

– E ai Patrick. – digo.

– Hey cara, posso falar com você? – pergunta ele.

Ele esta agindo de forma melancólica, triste e parecendo não presente.

– Claro cara, senta ai. – digo a ele.

Ele diminui um pouco o tom de voz, pois não queria que o Anderson ouvisse pude deduzir.

– Bom você sabe que eu amo o Ande? – pergunta ele, apenas afirmo com a cabeça, fazendo cara obviedade. – Você acha que eu deveria falar com ele, contar o que sinto de verdade, ou devo deixar como está?

– Olha, vou ser sincero com você Patrick, eu não consigo imaginar o Ande em um relacionamento homossexual, mas nada é impossível, tente algo com ele ou pelo menos diga o que você sente você tem guardado isso a tempo de mais das pessoas e principalmente dele. E eu sei que ele sente algo por você, só não sei se é algo igual ao que você sente ou só amizade. Mas ainda assim deveria dizer a ele o que sente acho que te ajudaria a seguir em frente ou ser feliz ao lado dele.

Ele se levantou bruscamente.

– Obrigado cara. – disse ele me dando um abraço.

Hoje era sexta feira, mas nem parecia, o dia estava calmo e não agitado como uma sexta feira, não tivemos aula e eu queria sair, porem não tinha companhia.

Zara fora fazer compras, Patrick estava ocupado em seus pensamentos e com seu guarda roupa, e Ande treinava combate com um saco de cimento solido no lado de trás da casa. Ou seja, eu estava só.

Já haviam se passado algumas horas quando uma Mercedes parou em frente ao nosso portão, e dela desceu uma garota franzina com cabelos curtos e vermelhos, olhos verdes e algumas sardas no rosto, vestindo um avental de veterinária, ela tocou a campainha e disse para os outros que atenderia o portão e assim que abri.

– Olá Diogo Lourenço, já faz muito tempo. – disse ela.

Não a reconheci de primeira, afinal não tinha como.

– Desculpe, nós nos conhecemos? – pergunto, realmente confuso.

Então ela sorriu e um turbilhão de lembranças brilharam nebulosas em minha mente assim que eu vi aquelas três covinhas do lado esquerdo de sua bochecha e outras quatro do lado direito. Algo tão incomum e estranho que não tinha como não reconhecer.

– Você é a coveira, nós... – comecei a dizer aos berros e ela me interrompeu.

– Nós estudávamos juntos na 8ª serie. – disse ela. – Eu não posso me demorar muito, soube que você estava morando aqui e vim lhe trazer alguns convites para mina festa de aniversário, gostaria bastante de que você fosse, e é claro seus amigos também.

– Com certeza nós vamos. – digo pegando os convites.

– Tenho que ir. Tchau. – disse ela.

Ela entrou no carro e desapareceu.

No instante seguinte Patrick estava ao meu lado.

– Você sabe que a Zara não vai gostar nada disso. – disse ele.

Alguns minutos depois Zara chegou lotada de sacolas.

Ajudei-a carregar as sacolas embora não precisasse, pois ela era perfeitamente capaz de carregar um tanque com apenas uma das mãos. Eu lhe contei o que fiz durante o dia.

– Você não sabe quem esteve aqui hoje? – Pergunto.

– Não mesmo. – disse ela rindo. – quem?

– A Joyce. – quando disse seu nome Zara fechou a cara de tal forma que era melhor não ter dito nada, suas sobrancelhas se uniram de tal forma que eu recuei dois passos.

Nunca entendi o não gostar de Zara em relação a Joyce, pelo que eu sei nunca ocorreu nada de mais entre elas.

– O que a coveira queria aqui? – pergunta ela entre dentes.

– Entregar esses convites para uma festa em sua casa. – digo a ela.

– Que ótimo, eu não vou! – diz ela irritada.

– Zara, o que foi? – pergunto. – por que não vai ir?

– Eu não gosto dela, nunca gostei. – diz ela. – e ela também nunca gostou de mim. Por que raios eu iria a festa idiota dela?

– Para acompanhar o seu lindo namorado. – digo rindo.

– Di essa menina é um pesadelo. – diz ela. – eu a odeio e ela não faz esforço para ser o contrario se eu for e para arrancar a cabeça dela.

– Ok, mas vai ser divertido! – digo em tom convincente.

– Eu vou! – disse Patrick passando correndo pela porta e pegando um convite da minha mão. – E você também vai rainha da beleza. Nós vamos arrasar nessa festa.

Nessa sexta contamos aos outros como havíamos enfrentado aos nossos inimigos e eles ficaram realmente satisfeitos.

No sábado de manhã ouvimos as boas novas da matilha real. Ao que parece a bruxa atingiu seu 2 mês de gravidez e esta prestes a nascer.

E mais de tarde fomos ao shopping comprar nossas roupas para a festa da Joyce, que seria essa noite.

– No convite esta dizendo traje de gala. – disse Patrick a uma mulher quando entramos em uma loja.

Roupas de gala deixam qualquer um bonito, qualquer um mesmo, não que precisássemos disso, com toda modesta possível.

Patrick e Anderson discutiam algo como não haver ternos que coubessem no Anderson naquela loja, Patrick dizia que eles achariam, custasse o que custasse.

Eu ajudava Zara com seu vestido, eu posso não saber de muita coisa sabre mulher, mas entendo de suas roupas e o que as deixam bonitas. Zara é negra então eu a arrastei para a sessão dos vestidos longos vermelhos sangue, que destacaria na cor dela.

Procuramos vestidos e eu achei um longo bem acentuado nas curvas e liso. Ela um estilo sereia que não gosto.

O meu possui uns brilhantes em volta dos seios e que contornavam a cintura em forma de cascata, mas todos os brilhantes eram presos na seda do vestido.

Esse eu daria de presente a ela, ela escolhendo ele para ir a festa ou não, mas ela o escolheu, e me beijou quando disse que daria a ela.

Eu levei um terno simples e preto, com uma gravata de seda vermelha e um lenço de cor igual, para combinar com minha parceira.

– Eu não disse que tinha! – gritou Patrick de algum lugar da loja.

Eles estavam assim desde ontem, nessas briguinhas bestas, pareciam um casal de adolescentes, mas pelo menos por enquanto não passavam de amigos.

Fui com Zara na loja ao lado comprar um sapato para mim e salto e bolsa para ela.

Ela escolheu uma bolsa carteira com pequenos e poucos brilhantes presos no tecido preto da bolsa e um salto 10 cm igualmente preto.

E assim que compramos tudo que precisamos fomos comer comida, algo que fazia muito tempo que não comiamos.

Eu sentia que algo estava errado o dia estava calmo de mais para ser um pós batalha, não fazia sentido algum.

Sentia olhares furtivos em cima de nós, mas não conseguia ver de onde vinham.

– Vou ao banheiro lavar as mãos, estão sujas de alguma coisa. – digo, embora isso não me importasse.

Levanto-me e sigo para o banheiro.

Entro no primeiro boxe para pegar um pedaço de papel higiênico para limpar a sujeira e depois lavar, não sei como sujou nem onde sujou.

Quando saio do boxe um homem esta me esperando, parado apoiado na pia.

– Você é Diogo Lourenço? – pergunta ele.

Sigo para a pia para lavar as mãos ignorando-o de primeira.

– Quem quer saber? – pergunto depois de uns minutos.

– Ned Inster! – diz ele. – Você é o Diogo Lourenço?

– Sou nós nos conhecemos? – pergunto.

– Não. Eu só tenho um recado para você. – disse ele.

– A é que interessante. – digo. – Qual?

– Fique longe da confusão dos primeiros tanto os vampiros quanto os lobisomens, vocês não tem nada haver com o assunto principal, os lobos não vão seguir vocês, já que o liquido não existe mais. – diz ele. – Proteja-se e cuide de seus amigos, essa é a única vez que Pietro lhe Dara essa oportunidade.

– Quem ele pensa que é para me dizer o que eu devo ou não fazer? – pergunto já me virando para encara-lo. Mas ele não estava mais lá. Ele estava atrás de mim, um vampiro.

– Você devia me ouvir ou morrerá. – disse ele.

Não aguentei. Investi contra ele, o que o deixou muito surpreso e sem reação então lhe quebrei o pescoço.

Ele caiu “morto” no chão. Por ser um vampiro sabia que ele estaria de pé em alguns minutos.

Corri para a mesa o mais rápido que podia sem chamar tanta atenção.

– Vamos embora. – digo.

Noto que outros caras estão se dirigindo ao banheiro a uma velocidade não tão normal. Ótimo ele não estava sozinho.

– Vamos! – pego no braço da Zara. Patrick por ler pensamentos puxou Anderson com toda sua força e saímos apressados seguindo para o estacionamento.

– O que esta havendo? – pergunta Zara confusa.

– Estão aqui, atrás de nós. – digo.

Nós viemos em dois carros, eu e Zara no meu e Patrick e Anderson no do Anderson.

Quando estava chegando no carro um cara veio em minha direção. Desviei do ataque dele e o soquei no queixo. Ele caiu de lado, eu agi rápido lhe quebrando o pescoço.

Outro atacava Ande, que o quebrara no meio.

Entramos no carro, jogando as sacolas para trás. Seguimos a toda velocidade pela avenida. Me senti no filme Velozes e Furiosos.

Contei a Zara tudo o que houve no banheiro e a Patrick e Ande pelo telefone.

– Como nos acharam no shopping? – perguntou ela.

– Eles já sabiam onde estávamos aqui, sentiram nosso cheiro aposto. – digo. – mande uma mensagem para o Roger, peça para que vá a nosso encontro em casa, em 5 minutos. E resuma a situação para ele.

Zara enviou a mensagem, eu via pelo retrovisor, alguns deles seguindo a gente em alta velocidade, graças aos céus eles não são tão rápidos.

Eram muitos para enfrentar e eu não sabia se poderia os incapacitar de tão longe e em movimentos rápidos como esses que estava fazendo com o volante.

Zara tentava se concentrar no uso de seus poderes, para proteger o nosso carro e o do Ande, mas era difícil. Eu podia ver o esforço dela.

Seguíamos pela avenida vazia, a chuva caia forte, se fosse um humano comum não veria um palmo a minha frente, mas como vampiro eu enxergava tudo.

Chegamos a nossa casa em 15 minutos. Estacionamos e encontramos Roger e os outros em nossa garagem.

– Estamos cercados! – diz Patrick.

– Vamos lutar! – diz Danielly empolgada.

– Esperem! – disse Roger e então nós ouvimos o som de garras e mandíbulas se fechando, os lobisomens atacavam.

Eles acabaram com todos os vampiros que nos atacaram, deixaram apenas o Ned.

– A mente dele está vazia. – disse Patrick.

– Como vazia? – pergunto.

– Não tem nada, nada superficial, e eu não estou conseguindo me aprofundar mais, parece que tem algo ou alguém impedindo meu poder de passar. – diz ele.

– Vocês todos vão morrer! – grita Ned, e morde um negocio que carregava boca.

– Cuidado! – gritou Isabela.

Zara entendeu e se prontificou entre nós e Ned.

Ele explodiu em meu quintal e ardeu em chamas logo em seguida.

– O que é isso? – pergunto.

– Um presentinho de nossos irmãos. – disse Bridgit.

Após a batalha nós não saímos danificados, mas levamos um bom tempo até organizarmos tudo e ficarmos calmos o bastante para não surtarmos.

– Isso foi um aviso de que eles podem mandar quantos quiserem, e onde quiserem. A maioria dos que matamos eram recém-criados. – disse Charlote.

– Eles estão brincando com as vidas humanas, elas nunca possuíram valor nenhum para eles. – disse Marcus.

– Isso precisa acabar. – disse Zara.


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