A Eterna Segunda Vida de Alex Tanner escrita por Laís Bohrer


Capítulo 26
A New Heartache


Notas iniciais do capítulo

QUE SAUDADES DE ESCREVER.
Bom, logo a fic vai acabar e eu vou sentir muita falta da tia Alex.
Gostei desse capítulo, apesar de me sentir meio estranha com ele, talvez confusa como a Alex.
Temos uma nova personagem linda, sexy, gata, mas... Vocês vão entender.
Boa leitura! Faltam 4 capítulos!



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Uma Nova Mágoa

Quando a mão de Jolly abandonou a minha, me senti menos confiante do que minutos antes dentro do quarto onde em plena consciência eu aceitava o fato de que aquela luta e as mortes que viriam dela seriam minha responsabilidade. Diferente do que todos pensavam, eu passava maior parte do meu tempo livre pensando no que eu faria quando tudo aquilo terminasse, e eu tinha uma breve ideia sobre isso.

Quando estávamos no hall de entrada, não havia mais ninguém esperando por nós, nenhum sinal de Charlie, Liam ou os outros antivolturis. Olhei para Naru atrás de mim, pronta para questioná-lo sobre alguma coisa que ele muito provavelmente ele não saberia responder quando uma voz feminina razoavelmente grave soou atrás de mim.

– Alexandra Foster.

Virei-me imediatamente para me deparar com uma figura que não estava ali antes. Uma mulher alta, os cabelos ondulados caiam pelo ombro em cascatas escuras, seu rosto era fino, mas ao mesmo tempo levava uma postura de uma mulher forte e séria, uma pessoa que já perdera as experiências de tentar sorrir. Seus olhos vermelhos levavam vários sentimentos que eu não gostaria de descrever, abaixei a cabeça a me ver em contato com eles. Ela andava de modo lento e elegante como uma Volturi.

Em seus ombros a mulher levava uma capa longa e escura com um capuz sobre a cabeça. Ela era linda, linda demais, mas parecia ser tão severa que me encolhi repentinamente quando ela sorriu gentilmente.

– Eles estão lhe esperando lá fora, se é isso o que está passando na sua mente. – ela disse entregando-me uma capa idêntica, para depois dar outra a Jolly que a encarava desconfiado.

Então, Jolly revirou os olhos.

– Drica Kobayashi. – ele disse.

– Você cresceu bastante desde há ultima vez que nos vimos meu menino. – ela sorriu.

– Não sou seu “menino” – ele resmungou. – Não encha o saco.

A mulher chamada Drica sorriu ainda mais.

– Está bem, mas esteja ciente de que se eu resolver dar um tapa na sua cabeça é capaz de que eu separe uma parte hibrida da outra, entendeu meu anjinho?

Recuei um passo, desejando que Drica parasse de sorrir daquela forma pelo menos para falar algo daquele tipo, no entanto o que mais me assustou foi a reação de Naru perante a aquilo, apesar de que fora algo bem típico de Naru.

– Tudo bem, apenas não encha o saco. – ele disse caminhando até a porta de entrada. – E nem pense em dar em cima de Alex.

Ele abriu a porta enquanto eu arregalava os olhos para Drica.

– E eu não sou seu anjinho! – Jolly vociferou do outro lado da porta.

Encarei a vampira, cuspindo as palavras entaladas na minha garganta. Um grupo de pássaros ergueu-se a voo de uma árvore em frente a casa, enquanto Jolly passava batendo o pé.

– O que ele quis dizer com... Tudo isso? – perguntei receosa.

Drica lançou uma risada tão agradável que fui incapaz de resistir a sorrir junto a ela.

– Digamos que concordo com quem diz que as mulheres são muito mais bonitas e agradáveis do que os homens – ela piscou para mim e meu sorriso sumiu. – E se me permite dizer, você não é de se jogar fora.

Ela riu novamente, ignorei a possibilidade daquilo ser uma cantada.

– Eu... Bem, desculpe, mas ainda não sei quem é você. – falei.

– Oh, desculpe. – ela ficou séria novamente. – Mas acho que isso não importa perante a você.

Eu me perguntei o que ela quis dizer com isso, estava prestes a botar essa questão na mesa quando ela começou a falar novamente.

– Mas me chamo Drica Kobayashi, sou uma amiga de Leyla e Paul. – ela disse, dessa vez sem sorrir. – Um dos seus aliados. Mas estou aqui para que você me convença.

– Te convencer? – repeti.

Ela enrolou uma mecha de meu cabelo em seu dedo indicador.

– Uhum. – afirmou. – E o que você pretende? Quais os seus planos para o nosso futuro?

– Meus planos...

Hesitei, fechando os olhos. Não ouvi mais a voz de Drica, mas podia sentir sua presença ali na minha frente, seu dedo puxando levemente meu cabelo.

Abri os olhos novamente, em poucos segundos milhares de pensamentos atravessaram a minha mente. Encarei os olhos vermelhos de Drica, dessa vez, com segurança e dessa vez eu que sentia o medo dela.

– Vai ficar tudo bem. – falei. – Estou ciente dos futuros que irei carregar.

Aquilo pareceu surpreendê-la, mas ela disfarçou e deu um breve sorriso.

– Bom, sendo assim, estão todos esperando lá fora... – ela hesitou. – Se for assim que você pensa de verdade, ficaria feliz que você carregasse meu futuro.

Aquilo não soou como uma cantada. Foi mais como eu estive fazendo com as pessoas ao meu redor durante os últimos anos. Estive pondo minha fé nas pessoas esse tempo todo, era justo que eu deixasse que dessa vez, eles colocassem sua fé em mim e era justo que eu os aceitasse do mesmo modo que eles me aceitaram.

A capa que Drica me deu era mais para não chamar tanta atenção, me lembrava das capas que os Volturi usavam. Aquilo não era exatamente um acessório, era mais um simbolo, como se estivéssemos caçoando deles. Fantasiando-nos e andando por ai com nossos próprios propósitos e fazendo o que quisermos do nosso jeito... Bom, é assim que eu e aquele grupo de rebeldes pensávamos nos Volturi.

Adentramos eu e Drica na floresta. Ela tinha dito algo sobre aliados? Bom, lá estavam eles! Todos usavam a mesma capa que eu, Paul estava na frente de todos eles, discursando sobre o que estaríamos enfrentando e perguntando-nos se tínhamos certeza do que estávamos fazendo, de fato... Acreditava-me que aquelas palavras me atingiram mais do que a qualquer um ali. Inicialmente não achei nenhum dos meus amigos ali, foi nesse instante que todos ficaram em silêncio. Eu estava avoada demais pensando no que Drica tinha dito antes...

Senti uma pressão nas minhas costas e logo eu estava com a face na terra, perante o nosso pequeno exército de aliados. Paul me ajudou a levantar – quer dizer, ele me puxou pelo braço, me erguendo no ar e me pondo novamente no chão. Sua mão apertava meu ombro.

É claro! Paul era um dos lobos falando com um bando de vampiros mal humorados. Não pude ver quem tinha me empurrado, mas eu tinha outros problemas no momento.

– Hã... – hesitei, procurando o olhar de Charlie e Liam na multidão... Nada. – Oi.

Vi com o canto do olho, Jolly bater na própria testa, realmente com razão... Era uma coisa nada inteligente de se dizer.

– Ah... Eu sou Alexandra Foster e...

Estava prestes a pedir desculpas por metê-los naquilo, quando vi os olhos de Charlie, no alto de uma árvore, sentado em um galho. Meus ombros relaxaram.

– E... Eu não estou com medo. – falei ainda insegura. – Bom... Talvez um pouco, mas... Não dos Volturi. Vocês devem estar se perguntando o motivo de estarem aqui e se realmente vale a pena. Pergunto a vocês se a liberdade de vocês vale a pena. Sou a pessoa que começou tudo isso e se perdemos, permito que os sobreviventes me desmembrem e me xinguem até não aguentarem mais se quiserem, mas se vencermos, peço... Não, eu na verdade prometo pela minha irmã e em nome dos Foster mais os nomes de todos os clãs e alcateias, famílias roubadas pelos Volturi que eu carregarei o futuro de todos nós para um lado melhor.

Encolhi-me, sentindo-me estúpida e pequena diante da multidão. Lembrei-me do meu primeiro dia na escola em que o professor ordenou que eu me apresentasse.

– Apenas... Peço que acreditem em mim. – falei. – Porque eu não consigo sem vocês.

A reação? Silêncio, mas Paul soltou meu ombro e deu um passo a frente, tomando o peso dos meus ombros.

– Aqueles que prezam pela sua liberdade, estamos prontos para invadir a Volterra, o território dos Volturi?

Ninguém respondeu, até que se ouve a voz de Liam, em outra árvore.

– Sem dúvida, senhor! – gritou.

Resistir à tentação de abaixar a cabeça enquanto todos olhavam para mim.

– Alguma objeção? – perguntou Paul.

– Ah, só não acham que estão se esquecendo de algo? – disse uma voz.

– O que?! – questionou Paul impaciente.

Então eu olhei para trás e minhas pernas de repente pareceram fracas demais para suportar meu peso. Lá estavam Twill e Spencer liderados por Jacob Black e Seth (Eu já o tinha visto na casa dos Cullen fazendo hora...).

– Nessie nos avisou sobre uma festa que não fomos convidados – disse Jacob.

– Então, resolvemos entrar de penetras. – Acrescentou Seth.

A vitória não estava garantida, mas eu sorri, tinha esperanças. Havia algo diferente no olhar de Jacob, diferente da desconfiança que eu via nele quando nos vimos pela primeira vez. Tentei olhar mais fundo, mas nenhum sinal de que os Cullen iam lutar.

Isso apenas me deu uma pontada de raiva, eu queria ainda mais mostrar que a visão de Alice estava errada e que eu podia fazer isso, podia apostar nas poucas chances que eu tinha. E lá estava mais uma delas, fiquei tranquila por ainda não ter visto Nessie entre aqueles vampiros. Os únicos rostos familiares entre eles eram de Damon, Ever, Leyla, Paul, Liam, Charlie e Jolly... Bem, Drica também era familiar agora.

– Nesse caso, alguém tem mais algo a dizer? – Paul ergueu a voz novamente, não pude deixar de pensar como ele tinha a postura certa pra liderar coisas.

– Bom, acho que não. – disse Charlie pousando no solo com Liam logo atrás de si. – Nesse caso, vamos à Itália!



Durante todo o trajeto eu me atormentei pensando em milhares modos de perder aquele jogo, tentei dar razões aos Cullen para não estarem ali e de fato eu estava sentindo o medo deles agora. Eu não gostei.

Como éramos um grupo muito grande tivemos que nos separar por diferentes rotas, a ideia seria que eu chegasse primeiro, então levei o menor grupo: Jacob, Twill e Jolly encaixados em um Land Rover – eu realmente não queria que eles tivessem pegado aquele carro, trazia más lembranças do dia em que perdi Bree.

Era muita insegurança pra uma pessoa apenas. Twill e Jacob estavam na frente enquanto Jolly estava sentado ao meu lado, evitei ao máximo olhar para ele, não queria encontrar aqueles olhos violetas no momento. Acidentalmente eu acabei fazendo contato visual com ele novamente, ambos desviamos os olhares rapidamente. Depois disso, o interior daquele carro parecia mais tenso do que nunca.

Seguimos a mesma rota até que eu me lembrei do que Drica havia dito sobre carregar o futuro dos outros. Eu seria mesmo capaz de levá-los a um amanhã aonde não precisariam ter medo? Outra coisa era que se tudo falhar o mundo dos humanos também estaria comprometido, em outras palavras eu estava carregando o futuro do mundo inteiro.

Nem mesmo eu pude imaginar uma situação parecida quando me comprometi com a vingança, de um dia pro outro meus ideais se tornaram bem maiores que isso. Eu me arrependi de não ter contado isso aos meus aliados antes.

Carregando o mundo ou não, pelo menos eu não estava mais sozinha.

– Pare o carro! – gritei subitamente, assustando a todos.

Jacob perdeu o controle do Land Rover, o mundo girou. Jolly agarrou minha mão e Twill gritou algo para nós. O carro capotou e logo estávamos de cabeça para baixo. Se me coração ainda estivesse na ativa eu diria que eu estaria prestes a ter um ataque cardíaco, mas isso agora cabia aos que estavam vivos naquele carro.

– Estão todos bem? – perguntou Twill. – Jacob!

Que é? – ele questionou irritado, sua voz baixa. – Eu estou bem do seu lado, precisa mesmo gritar?

Eu esperei três segundos antes de arrancar a porta amassada e alcançar o solo novamente. Meu grupo fez o mesmo, ainda confuso com a minha reação.

– Alex, o que raios deu em você?! – gritou Jolly, sangue escorria do seu lábio.

Não respondi, dei um passo à frente, encarando as árvores ao meu redor, procurando qualquer sinal de movimento.

Eles estavam por perto.

– Alex, estou falando com você! – Jolly retomou.

– Ouviu isso? – disse Jacob para mim. – Apenas estão brincando conosco.

– Do que vocês estão falando? – perguntou Twill.

– Eles estavam esperando por nós – falei baixo. – Eles previram isso.

– Eles? Os Volturi? – disse Jolly. – Não senti nada.

– Porque você está nervosinho demais pra prestar atenção em qualquer coisa. – soltei. – Naru-chan.

– Eu estou nervoso? – repetiu ele calmamente. – Desculpe, mas eu tenho razão levando em conta que ninguém espera que alguém grite do nada daquele jeito.

– Own, eles são tão fofos. – disse uma nova voz. – Ainda mais para uma morte tão feia.

Antes que eu pudesse encarar o inimigo eu senti algo chutar minha barriga e logo eu havia voado para longe. Eles estavam nos atrasando. Minha capa agarrou em um galho, arrancando um pedaço. Levantei-me rapidamente, alguém disse meu nome suavemente e logo tentaram me agarrar por trás, mas eu era rápida, claro, desviei e dei um golpe agarrando o vampiro pelo pescoço e o lançando para longe.

– Alex! – Jolly gritou.

– Corram! – gritou Jacob.

Foi o que fizemos.

Não pude prestar atenção, logo estávamos a quilômetros de distancia de onde deixamos o Land Rover. Arregalei os olhos quando ouvi o som da explosão. Uma nuvem de fumaça subiu aos céus escurecendo o mundo, a ideia de não chamar atenção realmente fora em vão.

Ouvi Twill gritar, mas logo ela estava em sua forma lobo rosnando ao meu lado. Jolly me puxou no instante em que um dos vampiros surgiu atrás de mim. Pegamos outro caminho enquanto Twill saltava em cima do vampiro, arrancando sua cabeça e a lançando para longe, mas levando um corte que ergueu ao ar um tufo de pelos castanhos.

– Twill! – Jacob gritou. – Vamos!

A ideia era: Lutar se necessário e correr. Não sabia quantos deles havia ali, eles nos surpreendiam de repente aparecendo e sumindo diante dos nossos olhos. Meus sentidos estavam confusos com tantas presenças, só restava correr.

Jolly me empurrou para o lado antes de alguma coisa explodir perto de onde eu estava.

– Granada! – gritou Jacob em algum lugar.

Ouviram-se mais três explosões. Jolly sacou sua adaga, com a mão livre segurou minha mão e eu me agarrei a sua.

– Não podemos parar aqui. – disse ele. – Vamos.

Ouvi um rosnado alto, quase um uivo. Provavelmente era Twill, mas ela não estava tão longe assim. Antes que eu pudesse comentar isso para Jolly, outra explosão e uma árvore foi tomada pelo fogo.

O fogo é o demônio dos vampiros, apenas ele pode apagar sua existência por completo. Ouvi a voz de Xavier soar na minha mente, ele repetiu aquilo e eu recuei com Jolly.

Logo estávamos novamente cercados, outra explosão, Jolly me abraçou e se jogou para o outro lado se levantando na mesma velocidade. Eu estava tão assustada que nem sabia o que eu deveria fazer. Talvez meus dons com levitação pudessem ajudar, no entanto eu não sabia como. Sentia-me completamente inútil.

Eu impedi um golpe que vinha na minha direção. Com apenas um único comando da minha mente, um galho caiu acima do inimigo, o galho quebrou-se ao entrar em contato com sua cabeça.

Que cabeça dura... Pensei.

Logo, Jolly me empurrou para o lado e atacou o inimigo com sua inseparável adaga. Perguntei-me como aquilo funcionaria e me assustei ao ver que o inimigo também estava armado com uma lâmina curta. Gritei quando a lâmina tocou a pele de Jolly. O Inimigo o lançou para longe e logo estava sorrindo para mim. Não havia nada por perto para que eu pudesse me defender.

Me perdoe... Bree.

Nada aconteceu comigo, fechei os olhos esperando não poder mais abri-los. Desejei que aquilo nunca tivesse acontecido, desejei voltar para a noite do McDonalds e sugerir uma pizzaria. Quem sabe tivéssemos evitado aqueles vampiros... Quem sabe Bree ainda estivesse comigo e Edgar, mamãe e papai tivessem unidos novamente. Quem sabe estivesse tudo bem...

Está tudo bem... – disse a voz de Jolly, ele sorria pra mim.

Sua adaga estava aos meus pés e seu braço na minha frente. Antes que ele falasse mais alguma coisa, a lâmina do inimigo rasgou a pele de seu braço, o sangue de Jolly respingou no meu rosto. Por alguma razão eu nunca senti real vontade de beber do sangue de Jolly, talvez fosse por ele ser hibrido já que Leyla também não me atraia.

Resistir era fácil, difícil era acreditar no corpo de Jolly caindo sobre mim.

Uma coletânea de explosões soava cada vez mais perto. Eu não sabia se podia carregar Jolly e o vampiro ainda estava na nossa frente, lambendo o sangue de Jolly em sua lâmina.

Tomada pela raiva eu agarrei o cabo da adaga de Jolly e mais rápida do que eu poderia ser, cortei o pescoço do vampiro, sua cabeça rolou e eu a chutei para longe, seu corpo caiu.

Eu recuei até Jolly e o mesmo tentava se sentar, sua face contorcendo-se em dor.

– Você está bem? – ele perguntou.

Eu ri.

– Olhe pra si mesmo, Kobayashi.

Ele não sorriu. As explosões tinham parado. Jacob chamava por nós dois.

– Acho que posso carregar você. – falei.

Jolly segurou minha mão.

– Não Alex. – ele disse. – Não...

Eu fiquei cinco segundos olhando para aqueles olhos.

– O que está dizendo seu imbecil arrogante? – falei irritada. – Vai ficar mofando ai? Preciso te levar até Paul, ele pode fazer algo...

– Não temos tempo pra isso – ele insistiu. – Sempre gostei do fato de que um dia eu fosse morrer...

– Naru pare com isso - falei dando um tapa no seu rosto. – Você não vai morrer seu idiota, ainda dá tempo de... É eu parar o sangramento...

– Pare de ser egoísta – ele murmurou deitando a cabeça no chão. – Você não disse que quer carregar o futuro deles? Não disse que ia salvá-los?

Mordi o lábio. O corte no braço de Jolly tinha sido profundo demais, mas não era a hora. O que me preocupava também era que não era o único. Tinha outra ferida mais funda em seu corpo.

– Eu vou carregar o seu futuro também Naru – eu lembrei. – Eu vou... Eu posso fazer isso!

– Não pode, não quero que faça isso. – ele se irritou. – Nunca pedi sua ajuda...

Apertei a adaga em minha mão.

– Naru...

– Nunca nem disse que somos amigos – ele disse, erguendo lentamente sua mão para tocar meu rosto. – Apenas me deixe ouvir você dizer meu nome...

Eu segurei sua mão. O que estava acontecendo?

A verdade era que eu nunca consegui decifrar aqueles olhos violetas, eles nunca pareceram tão escuros diante de mim. Jolly era sempre irritadinho, mas ele não merecia isso. Eu podia salvá-lo, eu tinha que apostar nas chances que eu tinha, independente do tamanho delas.

Mas ele... Ele não...

– Jolly – eu disse. – Eu vou te salvar, Jolly.

Ele sorriu.

– Idiota. – ele disse. – Você deveria estar com pressa.

– Pressa?

Outra explosão. Outro rugido

A mão de Jolly virou o meu rosto novamente, me obrigando a olhar para seus olhos novamente. A coisa mais bizarra de tudo aquilo eram as lagrimas que se formava em seus olhos, ver Jolly chorar... “Chorar” e “Jolly” era uma combinação que não deveria existir.

– Estou triste Alexandra – ele disse. – Mas não sei por quê... Acho que não quero acabar nunca dizendo o que tenho que dizer.

As palavras se conterão em minha mente.

– Eu sinto muito – ele disse. – Mas eu te amo demais, amo muito. Eu...

O que quer que ele tenha a dizer para mim naquele momento ele não diria e eu nunca saberia. Talvez o que ele fosse dizer me fizesse acreditar em suas palavras, mas eu não acreditava. Era como uma linda história, um belo conto de fadas, mas não adiantava me contar nada daquele final feliz, eu sabia que era mentira.

Sabia que aquilo não existia no mundo em que eu vivo.

Ergui-me do chão com a adaga em mãos. Minha capa se rasgou no chão em pedaços. Tomei a capa de Jolly, pingando seu sangue, coloquei o capuz sobre minha cabeça e lhe dei as costas.

Os sentimentos de Jolly eram uma nova mágoa dentro de meu corpo sem alma.

Encontrei com Twill e Jacob logo depois. Pela minha expressão eles não precisavam perguntar nada sobre Jolly Kobayashi. Ainda estávamos em um campo de batalha, não poderíamos nos esquecer disso.

Continuamos a correr.


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Notas finais do capítulo

Galera! Espero que tenham gostado.
SIM, A DRICA É LÉSBICA. PROBLEM?
u.u Ata, porque eu gosto muito dela, apesar dela ter pouca história, mas ela vai ser importante u.u
E sobre o Jolly, ele não vai ressurgir dançando thriller como o Liam.
Lullaby Naru-chan, we love you.
Circles.
Aaaah gente, eu queria que a Alex tivesse ficado com o Jolly u.u Mas gosto do Charlie, só que... Sei lá u.u
Não é justo T.T
Okay, eu sou a autora... NÃO DÁ, NÃO POSSO MUDAR NADA, NÃO TENHO AUTORIDADE PRA ISSO. Tá tudo escrito no meu caderninho de dez matérias (caderninho pra algumas anotações rs).
Espero que tenham gostado!
Eu quero beijos azuis u.u meu niver é quarta u.u
Obrigada a Thaynara Gianvecchio pelo comentário.
Obrigada a Liza S. V. pela recomendação.
Beijos Azuis Vampirísticos!



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