[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 45
Como atingir uma deusa má


Notas iniciais do capítulo

Voltei, galeraaaaaaa! Depois de ficar tanto tempo sem escrever, o mais divo de todos está de volta -qq [aka Matt]
Enjoy the chapter :3



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Resumindo o que se passou: uma lâmina na minha garganta; Marcy e Peter discutem; Marcy cospe sangue; eu escapo de Peter; o imbecil do Ares aparece; Hezel entrega um ursinho de pelúcia a ele (quase caí na gargalhada, mas o ódio impediu. Enfrentamos um túnel mortal por causa de um ursinho? Tá, Ares é oficialmente o deus que eu mais odeio no mundo); Ares mata Hezel; Marcy quase morre; ela e Helo cospem sangue; achamos que a guerra acabou, mas semideuses traidores e trocentos monstros vêm em nossa direção, ao comando do traidor-mor; Éris brota de um redemoinho, medindo uns 5 metros de altura, na frente de Helo e Marcy. Tudo isso e mais em menos de 20 minutos.

Eu não aguento mais, são muitas situações tensas de uma vez só. E por mais que eu esteja abalado, não tenho tempo para gritar, chorar nem nada disso, porque preciso me manter concentrado e forte, ou acabo morrendo. Quando eu cheguei ao Camp Half-Blood, não poderia imaginar que um dia veria tanta destruição na minha frente. Tudo está devastado – tudo e todos. Nunca pensei que sairia em uma missão, muito menos que precisaria lutar de verdade dentro do próprio acampamento, por isso nunca quis aprender a ter habilidade com armas. Péssimo erro. Agora cá estou eu, só com os poderes vegetais (que também não domino 100%). Por mais que odeie armas e guerras, juro que se eu sair vivo dessa, e o acampamento voltar a ser como era antes, vou providenciar uma espada e treinar todos os dias.

Aproveitei que ninguém estava prestando atenção em mim, pois se preocupavam com os semideuses mais ameaçadores, e, sempre atento à movimentação ao meu redor, chamei alguns cipós e frutas venenosas da floresta, para usar contra os traidores. Agora que eu já havia matado meu primeiro ser humano, e quase feito isso com um segundo, assassinar outros filhos da puta não seria difícil.

Falando neles, um dos idiotas veio na minha direção, com a espada erguida, não reconheci de quem era filho. Antes que ele pudesse me acertar, usei um cipó para chicoteá-lo e o mandei para longe.

Então ouvi uma risada maléfica.

– Vocês tiveram a chance de também se juntar a nós, queridas – escutei Éris dizer. Sua voz de deusa de 5 metros ribombava pelo ambiente. – E o que vocês fizeram? Recusaram. Desprezaram a minha gentileza.

– Gentileza? – indignou-se Helo. – Você chama de gentileza pedir que nós traiamos nossos amigos? Pedir que sejamos manipuladas por você, como Peter está sendo?

– Peter será muito bem recompensado na hora certa – disse Éris, com um tom de falsidade. – E vocês... vocês também seriam. Mas infelizmente escolheram o caminho errado.

– Mentirosa – atacou Marcy. – Você não vai recompensar ninguém. Você, Ares, Phobos... todos vocês só pensam em si mesmos e em destruição.

– Ah, nós pensamos em destruição, de fato – concordou a deusa. – Mas também pensamos naqueles que nos ajudam. Vocês preferiram ficar do lado desses fracos; optaram pela discórdia. E eu garantirei que essa discórdia as leve à morte. – Ela riu novamente, fazendo as árvores tremerem.

– Cale a boca, sua vadia! – disparei sem pensar. – Vá embora e nos deixe em paz.

– Ora, vejam só – ela se virou para mim, com uma expressão calma até. – Se não é o frutinha que mal sabe segurar uma espada direito.

– Você não me afeta com seus insultos fracos – eu disse, firme.

Ela riu debochadamente.

– Eu também te dei a chance de passar para o nosso lado, não foi, meu bem? E você recusou igual a essas suas amigas retardadas. – Ela fez um gesto de desprezo na direção de Helo e Marcy. – Agora, se me permite, chegou a hora das Moiras cortarem as linhas da vida de vocês.

– Não, não chegou – falei decidido. Então ergui a cabeça e olhei bem nos olhos da vagabunda. – Sabe o que eu acho? Você faz toda essa pose de durona-fodona-maligna mas na verdade é uma fraca. Não fisicamente, claro, afinal você é uma deusa, mas de que importam tantos poderes físicos se no fundo, emocionalmente, você é desequilibrada? Medíocre, covarde e miserável?

– Garoto, garoto... Cuidado com o que você fala... – ela disse entre dentes.

Olhei para Helo e Marcy. Minhas amigas me encaravam incrédulas. Então me voltei para Éris novamente.

– Não tenho medo de você – na verdade eu tenho, mas não vem ao caso. – Você é só uma grande revoltada. Revoltada porque é uma deusa menor, e não uma olimpiana; porque a discórdia é um atributo aparentemente sem graça; porque Nyx não te deu amor; porque ninguém lembra da sua existência. Você é esquecida, diminuída, desvalorizada, e isso te faz ficar magoada e cheia de ódio. Você nunca está bem consigo mesma; nunca está feliz, e não suporta ver a felicidade dos outros. Por isso você nos ataca, tenta nos destruir, mesmo que não tenhamos nada a ver com os seus problemas. Mas a dizimação de inocentes também não te deixa nem deixará feliz. Se você continuar sendo tão amarga, tão estúpida, incapaz de ter sentimentos bons, viverá sua eternidade de forma infeliz. E sozinha. Abandonada por qualquer ser vivo.

A expressão de Éris se desestabilizou. Ela me encarava com os olhos brilhando de raiva, mas percebi que estava triste e afetada por dentro. Juro que vi uma lágrima escorrendo por seu rosto.

– Como... você... se atreve... – sua voz estava hesitante e chorosa.

– Cansei de você, aliás todos nós cansamos. Agora, querida, faça o favor de nos deixar em paz e mande seus traidores pararem de tentar matar os semideuses de bem.

Ela ficou sem reação. Não sei como eu ainda estou vivo. Acabei de falar várias verdades pra uma deusa de 5 metros de altura, que tem poder pra me matar com um simples aceno de mão ou uma pisada, e ela não fez nada. Acho que o fato de ser tão fácil pros deuses transformar um mortal em pó não deve ter graça, aí eles acabam nem fazendo, só ameaçam mesmo.

A deusa da discórdia tentou se recompor, mas eu senti que tinha acabado com a pose dela.

– Vocês. Estão. Mortos. – disse ela com um sorriso sádico no rosto. – Mas pensem nisso como uma coisa boa, queridos. Vocês duas – ela olhou para Marcy e Helo – vão poder pagar por tudo que ruim que deixaram acontecer a quem amavam. Pagar pela culpa que sentem. E você – ela me dirigiu um olhar de desprezo – simplesmente poupará o mundo da sua existência miserável.

– Cale a boca! – exclamou Marcy. – Você não tem o direito de falar assim com a gente.

– Matt tem razão, já cansamos de você mesmo – bradou Helo.

Nós três tentamos ficar firmes, mas apesar de tudo, Éris ainda era a mais poderosa e perigosa ali.

Olhei em volta. Aparentemente a guerra havia terminado, pelo menos ao alcance da minha vista. Não sei para onde foram Ana e Peter. Rezei para o filho de Hades estar bem morto e a caminho dos Campos de Punição.

Queria muito ir ver o que está acontecendo, mas primeiro precisamos nos livrar de Éris. O problema é: como faremos isso. Acho que agora não dá mais para impedi-la de nos matar, considerando que ela está prestes a fazê-lo.

Fechei os olhos e rezei para todos os deuses legais em que consegui pensar, implorando por ajuda. Aquele não podia ser o fim das nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

Reta final!! Bye bye, até o próximo *w*



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