[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 44
Palavras Têm Poder


Notas iniciais do capítulo

Olá galera :D Will novamente aqui, depois de tanto tempo sem escrever a fic, voltei!
Me perdoem se o capítulo não for de muita qualidade, porque acho que perdi o jeito para a escrita kkkkk.
Confesso que eu estava com muitas saudades disso 'u'



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Oi, meu nome é Peter,

quando olho para uma pessoa, enxergo sua alma,

se uma pessoa me olha, vê apenas sombra,

todos me comparam com meu irmão, ou me comparavam até o momento

Eu quero ser diferente

Eu quero ser lembrado

Eu quero ser conhecido como Peter, e não como “o gêmeo do Will”.

Eu estou atordoado, estou machucado, sangrando e tentando arranjar forças para continuar lutando. Maia morreu. Eu estou destruindo o Acampamento Meio-Sangue. Matei pessoas. Pessoas estão tentando me matar. E eu preciso vencer essa guerra. Éris havia me prometido algumas coisas, jurara pelo rio Estige, e teria que cumprir, pois eu estava fazendo a minha parte.

Montei um pégaso e subi para o alto gritando incentivos aos meus colegas, logo nosso reforço chegaria e nós acabaríamos com aquilo tudo de uma vez. Então Ana apareceu voando também em um pégaso.

– Peter – ela disse.

Eu sorri alegremente por vê-la.

– Ana, que bom que pensou melhor e veio pelo caminho certo – mas então algo aconteceu de diferente. Eu fiquei imóvel, sem conseguir mexer uma parte do corpo sequer, paralisado, olhando fixamente para ela; provavelmente ela lançara algum feitiço para que isso estivesse acontecendo.

– Me escuta! Essa guerra não adianta nada, caramba! Sabe o que vai acontecer aqui? Se os semideuses resistentes vencerem, vão estar dizimados, vão ser rapidamente extintos enquanto tentam reformar esse lugar. E se os traidores vencerem? Então os deuses, ou os monstros, vão acabar com eles. Os semideuses vão morrer dos dois jeitos. Acha mesmo que Éris te ama? Se acha isso, não sabe o que é amor. Peter, eu te amo. Eu matei pessoas que gostava por sua causa. Éris? Ela te usa. Você é o boneco dela. Está cansado de ser comparado com Will? Então tome uma atitude. Salve os semideuses. Seja o cara maravilhoso que conheci. O garoto que sabe que tem uma família aqui. O garoto que eu amo. Seja meu Peter. Seja melhor que Will. Se supere. Impressione todos. Faça eles agradecerem por você acabar com essa guerra. Mas, se insistir nisso, estou com você. Se quiser assassinar todos que um dia foram seus irmãos, seus amigos, os semideuses vão morrer. Todos. E prefiro morrer com quem amo. A decisão é sua.

Me senti solto novamente, mas preso ao mesmo tempo, as palavras absortas em minha cabeça, zunindo e coaxando como um sapo jogado em água quente. Vi Ana chorar após dizer tudo aquilo e sair voando para longe. Por um momento eu não sabia mais o que fazer, vislumbrei meus companheiros de ataque esperando meu sinal, observei os corpos de semideuses mortos caídos ao chão, todos como uma massa laranja, eu não sabia distinguir quais estavam do meu lado e quais estavam do outro, porque eram todos iguais: todos adolescentes, filhos de deuses divinos, irmãos de alma e de sangue, uma união só, que eu estava destruindo.

– E então, Peter – gritou Luana, a filha de Afrodite –, vai fazer o quê? Vai dar ouvidos a essa vagabunda? Escuta aqui, meu amor, não temos o tempo todo para esperar você voltar com a guerra, precisamos agir. Precisamos acabar com isso, você precisa nos liderar! – Ela disse com poder na voz, a persuasão funcionando, meu corpo queria luta, minha mente queria sangue. – Isso aí, querido, eu sei que você ainda é o Peter que eu conheci, vamos acabar com esses semideuses malditos! – Luana gritou com força e toda a tropa se juntou ao grito.

Sobrevoei o acampamento e plainei com o animal acima de vários semideuses que estavam “felizes”, se abraçando.

– Não contem vitória tão cedo – Eu gritei sorrindo. – Vejam! – apontei para a praia, onde uma grande quantidade de monstros e semideuses do meu lado avançavam.

Mas então algo aconteceu rápido demais, Helo jogou alguma coisa para o alto e instantaneamente surgiram umas vinte garotas lindas e bem vestidas, mas com expressões mortíferas em seus rostos.

– ATACAAAAR! – gritei para as tropas e elas marcharam mais rapidamente. Voltamos à luta com tudo, dessa vez com monstros, com armas e armaduras, os rostos desfigurados de raiva, e sede de sangue.

De repente um redemoinho começou a se formar, e dele surgiu uma deusa de uns 5 metros de altura, era Éris.

– Vamos ter uma "conversinha", meninas. – ela disse a Helo e Marceline.

Percebi o terror se estampar na cara de todos os semideuses e monstros, mas principalmente nas duas às quais a deusa havia se dirigido, elas se entreolharam preocupadas.

– Peter, você está fazendo um grande trabalho, mas vejo dúvida em seu olhar, está preocupado com alguma coisa. Já disse que cumprirei minha promessa, não pense que foram palavras em vão, eu sempre pago minhas dívidas, e a minha contigo é grande. Conseguiu acabar com esse acampamento nojento. Continue com a guerra, agora preciso ter um papo com essas duas.

Eu não vi mais nada do que aconteceu com a deusa, Marceline e Helo depois disso. Voei para um lugar vazio e desci do pégaso, que logo cavalgou para onde estava o resto dos estábulos. Minha visão estava embaçada, minha cicatriz ardia, eu não sabia o que fazer.

– Peter... eu já te disse o que é para você fazer – disse uma voz à minha direita. Me virei e constatei que era Luana.

– Me deixe em paz, vá lutar, faça a sua parte na guerra, me deixe sozinho!

– Não vou a lugar nenhum sem você, és o nosso líder, o meu líder. Está se escondendo do quê? Não vai dizer que está pensando em desistir de tudo isso... – Ela franziu a testa.

– Cale a boca, não diga uma bobagem dessas, é claro que eu não vou desistir, é só que... eu não quero... – não completei a frase. Ela se aproximou mais e pôs a mão no meu ombro.

– Você vai lutar!

– Vou – disse andando em direção à batalha. Luana me seguiu.

***

Brandi minha espada e golpeei, já estava no meio do tumulto. Semideuses corriam de um lado para o outro, machucados e desesperados. Os monstros estavam adorando a festa, mas vários já haviam virado cinzas. Uma harpia que aparentemente estava do lado da defesa desceu como um foguete em minha direção, consegui desviar nos últimos segundos. Um semideus de cabelos claros que estava com uma espada curta e que lutava desengonçadamente com ela fez um corte em meu braço direito, de onde o sangue escorreu rapidamente. Encarou meu rosto, assustado, estava tremendo.

– Me perdoe! – Lágrimas escorreram do seu rosto, eu não sabia se eram reais, mas ele estava realmente assustado. Uma lâmina prateada surgiu em sua barriga, seu olhar congelou, sua boca abriu e jorrou um sangue escuro, ele tombou para o lado e a lâmina foi retirada. Jack, um filho de Nêmesis, se revelou por trás do garoto caído, fez uma reverência e sorriu.

– Era inimigo, filho de Apolo, matou dois dos nossos por pura sorte, novato. Mais atenção da próxima, ou vai perder o braço rapidamente – Deu um tapinha nas minhas costas e correu para o outro lado.

Fiquei paralisado, em choque. Um filho de Hades assustado com uma morte. O que acontecera comigo? Eu não estava bem, algo nas palavras de Ana havia me afetado. Eu tinha que acabar com tudo aquilo. Eu estava fazendo tudo errado!

Mas então uma lança voou em minha direção, estava com uma aura roxa ao redor, controlada por magia. Vi o objeto se aproximar, a ponta de bronze perfurou minha armadura, vi a estaca perfurar meu corpo e senti sair por minhas costas. Reconheci quem a havia atirado, minha visão ficou turva e me estatelei no chão.

– Samilee... – disse com sufoco, e então tudo escureceu.


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Notas finais do capítulo

...suspense... querem que o Peter morra ou não?
Até o próximo capítulo! ;)



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