[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 42
Comigo não, sua vadia!


Notas iniciais do capítulo

Antes de me apedrejarem por ter ficado tantos meses sem postar, eu gostaria de pedir desculpas. Aconteceram mil coisas na minha vida e não tem sido nada fácil, mas isso não é desculpa. Quero pedir desculpas aos autores primeiramente porque foi uma sacanagem o que eu fiz, deixar problemas pessoais interferirem e me esquecer do quanto a fic significa para nós. Obrigada por mesmo assim não desistirem de mim.
Yai, se não fosse por você, sabe-se lá quando esse cap. ia sair, se é que ia sair. Muito obrigada, e quero te dar os créditos porque grande parte desse capítulo quem escreveu foi você.
Leitores, me desculpem pela falta de profissionalismo e peço que se ainda tiver alguém aí, que não abandonem a fic por minha causa.
Bem, é isso.



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Helo

Eu + Matt = jaula

Eu + Matt + Marcy = acampamento.

Nunca fui muito boa com cálculos, assim como não conseguia entender como passamos de uma jaula escura no túnel do medo para o Acampamento Meio- Sangue. E o que eu vi foi ainda mais assustador, eu preferia atravessar mais mil túneis sendo perseguida por Afrodite vendendo poções do amor com 30% de desconto do que isso.

O acampamento estava sob ataque, eram campistas lutando contra campistas, a Casa Grande em chamas, corpos e corpos espalhados pelo chão. Um completo banho de sangue. Não poderia me deixar abalar, eu tinha que seguir. Matt correu para um lado, e Marcy para outro, então tive uma ideia. Tirei uma flecha de minha aljava, não uma flecha como as outras, ela era vermelho-sangue e só servia para emergências. Preparei, apontei para e céu e atirei.

30, 29, 28, 27, 26, 25, 24, 23, 22, 21, 20, 19, 18, 17, 16, 15, 14, 13, 12, 11, 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. E uns dez campistas saíram correndo de todos os lados e se colocaram em formação diante de mim.

Contei 10, faltava um.

– Bóris? - chamei autoritária e meu irmão deu um passo a frente. - Onde está Leo?

E todos os filhos de Apolo abaixaram a cabeça, então eu entendi. Uma fúria tomou conta de mim, porém eu nem pisquei, precisava ser forte por eles. Brenda e Cameron choravam baixinho. Eu iria me vingar.

– Quem?

– Peter.

HAHAHA, em breve aquele traidor iria se afogar com o próprio sangue quando eu acertasse uma flecha em sua garganta, ah se ia!

– CURANDEIROS COM ARIEL, ARQUEIROS COMIGO!

Então uma fila saiu correndo atrás de Ariel, eles sabiam o que fazer.

– Seguinte - comecei para os semideuses que sobraram -, subam nas árvores e acertem tantos campistas traidores quantos puderem, não tenham dó. Se precisarem matar, não hesitem. - Percebi no olhar deles o quanto isso os tinha apavorado. Cameron engoliu em seco. Mas eu sabia que eles não falhariam, não desobedeceriam as minhas ordens. Eram meus amigos. Minha família. A única família que eu já tivera, íamos conseguir.

Cada um saiu correndo em direção a uma árvore, porém eu precisava encontrar Matt e Marcy. E então eu corri. Corri a plenos pulmões, o mais rápido que já correra, passando por corpos ensanguentados no chão, e então um me chamou a atenção. Não um corpo, uma cabeça.

Eu reconheceria aqueles cabelos negros e azuis de longe, seus olhos cor do céu não brilhavam mais. Era Marc. A batalha seguia à minha volta, mas eu não me importava. Caí de joelhos, incrédula. Olhei pro céu e dei um berro de pura agonia. NÃO, NÃO, NÃO! EU JÁ ESTAVA CANSADA PERDER PESSOAS! MINHA MÃE, ALV, LEO E AGORA MARC? E então eu chorei. Não sei por quanto tempo fiquei ali encolhida ou como ainda estava viva, pois a batalha continuava ao meu redor. Senti uma mão no meu ombro.

– Venha, não é hora de se lamentar.

– Não é hora de se lamentar? - Disse pausadamente enquanto me levantava. - NÃO É HORA DE SE LAMENTAR? - peguei minha adaga e apertei sobre a garganta do garoto, que devia ter uns dez anos. Um fio de sangue escorreu por seu pescoço. - Ah, alguém com certeza vai se lamentar... Quem fez isso?- Ele engoliu em seco e eu apertei ainda mais minha adaga. - QUEM?

–Ana, a filha de Hécate - disse ele com uma voz esganiçada, e caiu no chão quando o soltei.

Não, ele estava mentindo, não estava? Ana não faria uma coisa dessas. Como ela iria derrotar Marc tão facilmente? Ele era uns dos melhores guerreiros do acampamento e ela era novata. E ela não teria coragem de matá-lo, teria?
A resposta me ocorreu quase instantaneamente: sim, ela teria. Por Peter. AAAAH, MAS EU IRIA MATAR AQUELA PIRANHA DE ESGOTO! O QUE ELA IRIA FAZER? JOGAR PÓ DE PIRLIMPIMPIM EM MIM?

A batalha seguia, como eu iria encontrá-la? Escalei a parede de escalada para, do topo, ter uma visão melhor. Lá estava ela com os cabelos esvoaçando, lutando contra uma campista de Atena. Desci e fui correndo até lá, porém cheguei tarde demais. O corpo sem vida da garota estava na margem. Mais um inocente.

– Ora, ora... O que temos aqui? - disse ela.

– EU VOU TE MATAR, SUA VADIA DO TÁRTARO! VOU FAZER VOCÊ ENGOLIR ESSA SUA CAPA RIDÍCULA ANTES QUE POSSA DIZER ABRACADABRA!

– Não, Helo, eu estou do lado de vocês!

– MENTIROSA!

Tentei atacar, mas ela disse algo que não consegui entender e então comecei a rodopiar. Meu corpo girava e girava e eu não podia fazer nada para impedir. Ai meus deuses, acho que vou vomitar. Então tudo parou de rodar abruptamente e eu caí de cara no chão, completamente tonta. Quando me recuperei, Ana tentava estancar o sangue que corria de seu nariz, onde uma náiade tinha tacado uma maçã. Fiz um sinal de positivo para ela com o polegar e então ela voltou para debaixo d'água.

Ana já havia se recuperado e se preparava para me lançar outro feitiço.

– Covarde! Vai encarar? Ou vai se esconder por trás dos seus truquezinhos?

– Cada um usa o que tem - disse presunçosa.

– COMIGO NÃO, SUA VADIA!

Grudei nos cabelos dela e saí arrastando-a pelo chão, até que ela me deu uma rasteira e nós duas saímos rolando colina abaixo.

– SAI DE CIMA DE MIM, SUA LOIRA OXIGENADA!

– ME SOLTA, SUA RUIVA DE FARMÁCIA!

Ela sobe em cima de mim e me dá um soco na boca. Sinto o gosto do sangue. Então ela se distrai e eu consigo reverter a situação, e sento em cima dela.

– ISSO É POR NOS TRAIR! - lá se vai um tapa na cara dela. - E ISSO É PELO ACAMPAMENTO! - mais um tapa. - E ISSO É POR MARC! - levanto minha adaga...

– HELO! VENHA, MATT ESTÁ EM PERIGO! - Ariel chegava correndo e gritando pra mim. Merda! Bem agora? Eu precisava ajudar.

– Resolvemos isso depois. Só você e eu - ela fez menção de cuspir na minha cara, mas eu já havia me levantado, e corri a toda para a aglomeração de pessoas.

De repente minha visão ficou embaçada e meus joelhos fraquejaram, e então com a mesma rapidez voltei ao normal. Meu nariz sangrava, estranho... Porém não tinha tempo para pensar no que havia acabado de ocorrer, tinha que seguir.

Peter tinha Matt como refém, segurava uma lâmina encostada à sua garganta. Eu estava fora do campo de visão dele, o que o tornava um alvo fácil. Preparei uma flecha e apontei para sua cabeça. PREPARAR, ATIRAR E.... vamos Helo, você consegue! PREPARAR, ATIRAR E.... afe, então apontei para sua perna e atirei, fazendo com que ele soltasse Matt.

Então, daí em diante, foi uma loucura atrás da outra. Ares aparece e Marcy começa a insultá-lo, Hez aparece e entrega um ursinho de pelúcia a Ares. (WTF??? QUASE MORRI 1325228305112188690 VEZES PORQUE UM DEUS MALDITO QUERIA UM URSINHO?) Ares mata Hez. Marcy ataca Ares. Ares some. Peter me sufoca com um aglomerado de sombras. Marcy me salva. Tudo isso aconteceu com uma rapidez a qual eu mal conseguia acompanhar e não tinha sanidade o suficiente pra entender.

E então aconteceu.

– MARCY! – minha voz esganiçada gritou. Thomas, filho de Ares, acabara de atravessar sua enorme espada em Marceline, que instantaneamente ficou mais pálida do que já era e tombou no chão, sem fazer som algum. A espada entrara pelas costas da garota e saiu rasgando bem no centro da barriga, ensopando-a com sangue. – O QUE VOCÊ FEZ? – gritei para o maldito garoto, mas ele nem deve ter me ouvido, pois no mesmo instante Charlie, filho de Poseidon, lhe deu um soco tão forte que ele desmaiou na hora.

Uma enorme poça de sangue já havia se formado onde o corpo pálido e sem vida de Marcy caiu. Ela fez isso pra me salvar, me salvou. Agora morreu. Está morta. Está morta! Não, não pode ser. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, todos agora estavam ao lado de Marcy, calados. Peter havia sumido. Obviamente.
Dei um passo à frente, me aproximando da garota que tanto odiei.

– Helo – sussurrou John. – Helo, por favor... – ele fez uma pausa. – Você pode... Pode ajudá-la, não pode?

– Eu... Eu não sei – disse.

Por favor...

Eu não sabia o que fazer, há certos pontos que não dá pra reverter. Já tinha tentado antes. E falhei. Mas e se...

– Tem coisas que não podem ser consertadas – expliquei.

Eu me ajoelhei ao lado de Marcy. Segurei sua mão pálida e gelada e afastei seus cabelos do rosto.

– Eu... Eu posso tentar, mas se não conseguir... – não precisei terminar a frase.

Coloquei minha mão direita sobre a ferida, e fechei os olhos. Senti a força vital dela formigar minha pele e percorrer meu corpo como uma descarga de eletricidade. Marcy na infância segurava um bebezinho, seus olhos brilhavam. "Eu te amo, Josh, vou te proteger pra sempre", sussurrou ela. De repente ouço o grito de uma mulher ao longe e sinto como se tivessem me esfaqueado, senti um cheiro de jasmim, o perfume dela, que Marcy nunca mais sentira. A cena mudou. Marcy no Acampamento chorava noites e noites seguidas. Ouvi sua voz sussurrar "Me perdoe Alv, eu não queria, eu...", senti a culpa que ela carregava pela morte dele, pela morte de sua família. Senti o quanto ela gostava de John, senti seus medos, ela não podia falhar com aqueles que amava, ela tinha que protegê-los. Eu conhecia sua essência, tudo aquilo que ela era além do sorriso presunçoso que ela colocava no rosto todos os dias. Ela tinha feridas no coração e na alma, feridas que não poderiam ser fechadas.

Sua dor me tomou e eu quis gritar, quis pedir socorro e implorei silenciosamente pela morte. Na cena seguinte eu vi três velhas, duas delas seguravam cada uma um novelo de lã, enquanto a terceira segurava uma corrente que os unia; a do meio levantou uma tesoura e tudo se dissolveu enquanto o meu corpo queimava. Eu não conseguira, não conseguira salvar Marcy. Senti minhas forças sendo sugadas de mim como num aspirador de pó, eu estava morrendo.

Abri os olhos e fui surpreendida por Marcy me abraçando. Eu... Eu estava viva? Eu havia conseguido? Oh não... Me virei e comecei a vomitar sangue, mas o que diabos estava acontecendo?

– AMBROSIA! - ouvi alguém gritar. Eu estava com a visão embaçada, Marcy estava ao meu lado e, assim como eu, vomitava sangue. Minha garganta queimava, tentei gritar, sem sucesso.

Comi um pedaço de ambrosia e me senti um pouco melhor. Mas o que significava aquilo que eu tinha visto? As Moiras segurando dois novelos de lã... Não tinha sentido, ou será que tinha? Foi aí que me ocorreu. "Quebre as correntes", o sétimo dia. Estava amanhecendo, então eu precisava quebrar sabe-se lá que correntes nas quais, provavelmente, as Moiras estavam envolvidas senão eu morreria? É, acho melhor já escolher meu caixão. Olhei para Marcy e ela estava com a mesma expressão horrorizada. Ela sabia.

Por todo lado eram vivas e abraços, não se viam campistas inimigos em lugar nenhum. Me levantei e fui tomada por abraços de meus irmãos.

– Não cantem vitória tão cedo - Peter disse do alto montado em um pégaso. De onde esse garoto saiu? - Vejam - ele disse gesticulando para a praia. Centenas de monstros avançavam em nossa direção, acompanhados por campistas inimigos.

– OH. MY. GODS.

– Estamos mortos - disse Marcy.

Engoli em seco. E agora? Não iríamos conseguir. Éramos poucos, precisávamos de ajuda. Estava guardando para um momento REALMENTE, digamos, complicado. E se aquele não era o momento, eu realmente não sabia se o tal existia. Peguei o pequeno cristal que Samilee havia me dado, joguei-o para o alto e ele desapareceu. Estava cruzando os dedos para ter funcionado.

E então elas apareceram do nada, como magia – como não, era magia. Umas vinte garotas incrivelmente belas usando vestidos de seda, braceletes e joias. Não estavam vestidas para a batalha mas eu sabia o quanto eram mortíferas. Tínhamos uma chance.

– ATACAAAAAAAAAAAAAAAAR! - gritou Peter para suas tropas.

E a batalha começou. Peguei minha aljava e me preparava para correr até lá.

– Não tão rápido, garotas - disse uma voz do nada. Ninguém mais pareceu ouvir, eu estava ficando louca? Eu não comi flor de lótus, juro! Marcy me olhava como quem dizia "Você também ouviu ou eu preciso tomar meus remedinhos?" Assenti.

E então ela apareceu. Um pequeno redemoinho começou a girar e em questão de segundos ele foi crescendo até se tornar imenso. Quando parou, do meio surgiu uma deusa de cinco metros de altura. Éris.

– Vamos ter uma "conversinha", meninas.

– Não, agora estamos mortos - eu disse.


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Notas finais do capítulo

Kkkk agora já podem pegar as pedras.



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