[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 34
Destruição, o início


Notas iniciais do capítulo

Oi, é o Will, o capítulo ficou pequeno, mas espero que gostem mesmo assim.



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Peter

A minha conversa com Quíron não havia sido das melhores. Ele não estava normal, alguma coisa me dizia que ele sabia qual era meu verdadeiro lado agora. Maia tinha ficado lá fora esperando por mim e eu sabia também que ela não havia concordado totalmente comigo.

Eu expliquei para ele que eu havia me perdido dos outros e que encontrara a saída, e que depois de sair não consegui mais entrar, tentei fazer minha melhor cara de “estou dizendo a verdade, confie em mim”. Lá dentro da Casa Grande eu me lembrei de uma coisa, o prazo de Ares havia acabado, mas isso não explicava o porquê dele não ter feito nada ainda, pois segundo Quíron, ele estava a ponto de explodir de tanta raiva. Quíron ordenou que todos os campistas andassem armados ou com algo para se defender, porque não sabíamos o que Ares estava planejando, ele podia ser imprevisível a tal modo de simplesmente aparecer e destruir tudo.

Maia estava sentada esperando ansiosa. Quando estávamos saindo, senti uma dor de cabeça imensa, pus a mão na testa e uma voz soou lá dentro. “Peter, a hora está chegando e você fez apenas uma aliada que para mim não é muito confiável. Entendo que você acabou de chegar, mas vá imediatamente atrás de campistas, você precisa convencê-los a se juntar a nós, seja rápido e fique atento ao meu sinal. Não se preocupe, eu ainda não me esqueci da minha promessa”.

– O que foi isso? – Maia perguntou espantada.

– Éris, precisamos de aliados, agora!

Então fomos pôr o plano em ação, ela me indicou alguns campistas e nós fomos conversar no privado. Não consegui reunir muitos, mas já era um número suficiente para fazer um bom estrago. Eu tinha que ter muito cuidado com quem conversar, ter certeza que ele não começaria a gritar e me acusaria de traição. No fim tínhamos filhos de Hermes, Apolo, Poseidon, Hipnos, Zeus, Hebe, Ares, Hefesto, Hécate, Nêmesis, Quione, Nix, Deimos, Phobos, Afrodite e Hades contando comigo e com Luc. Em minha mente eu ficava chamando Éris a todo instante, mas eu sabia que ela só responderia quando quisesse. Avisei a todos que a qualquer momento ela poderia mandar atacarmos, mas que eu achava que não seria hoje; mesmo assim, todos deveriam estar preparados.

Eu fui conversar com Luana, a filha de Afrodite e ela conseguiu convencer todo o chalé dela, assim, ela me acompanhou para conversarmos com mais alguns outros campistas. Eu estava adorando aquilo, tudo o que ela dizia eles concordavam, o charme dela era ótimo e estava afetando até a mim. Quando ela pedia se o garoto topava se juntar a nós eu respondia que sim, mesmo a pergunta não sendo direcionada para mim.

– O que você vai me dar em troca de tudo o que eu estou fazendo para você? – ela disse com um olhar meloso.

– Tudo o que você quiser.

– Mas eu quero apenas uma coisa – ela tocou meus cabelos, depois o canto de minha boca e foi descendo a mão até meu peito. – Você, todinho para mim – me puxou para mais perto e me beijou. Eu com certeza daria aquilo para ela, eu precisava de alguém, não aguentaria ficar lembrando-me da Ana a todo instante, ela não me queria mais, ela queria era me matar.

Já passava das cinco horas da tarde, o tempo fora das margens estava escuro e chovia muito, com muitos raios e um vento forte. Felizmente as nuvens não passavam pela nossa barreira; seja lá quem havia feito aquela magia, era espetacular. Mas então as nuvens foram chegando e se amontoando acima da casa grande, do refeitório, dos campos de morango e dos chalés, uma água forte começou a desabar e um vento balançava bruscamente as árvores. Ninfas começaram a correr desesperadas e campistas recolhiam as coisas e se entocavam em seus chalés.

– O que está acontecendo? – disse um filho de Hipnos bocejando.

Então Quíron apareceu galopando e mandando todos entrarem em seus chalés, a cara dele era de extrema preocupação, o que significava que aquilo não era uma simples tempestade. Eu entrei em meu chalé, onde se encontravam Gee e todos os outros, e fiquei espiando pela porta. Um sátiro correu até Quíron, proferiu umas palavras e saiu novamente, se dirigindo à floresta. Quíron galopou até o refeitório, o vento estava forte e muitas coisas voavam. Então algo realmente sinistro aconteceu, um clarão fez com que meus olhos se fechassem a tempo de não virar cinzas, quando os abri, um homem gigante de olhos vermelhos se encontrava gargalhando em meio aos chalés.

– Ares – eu sussurrei.

– O que foi isso? – Cass chegou mais perto.

– Temos um deus no acampamento – minha visão ficou turva e eu desabei no chão. Uma palavra ecoava em minha mente: ataque, ataque, ataque, ataque. Eu tinha certeza que era Éris. Cass me ajudou a levantar e eu me sentei em minha cama, olhei para Luc e sussurrei:

– É agora - ele compreendeu na hora e juntos saímos gritando.

Muitos campistas já estavam para fora, molhados por causa da chuva que só ia engrossando. Ares olhos para mim e sorriu de canto, eu corri até o centro perto dele e gritei:

– Destruição!

Quase metade dos semideuses se juntou ao coro comigo, brandindo suas espadas e atacando tudo o que via pela frente. Olhei para Quíron, que estava perplexo, e tomei coragem em mostrar o dedo do meio a ele. Virei-me a tempo de ver Ares estalar os dedos e desaparecer. Uns cem soldados esqueletos brotaram do chão e vieram me acompanhar no ataque. Uma flecha voou em minha direção, mas eu consegui desviá-la a tempo. Olhei para o lado e um filho de Apolo estava pronto para atirar outra em minha direção, vi de relance Luc correr até ele e arrancar seu arco de suas mãos, atirou-o ao chão e quebrou-o. Aproveitei o momento de pasmo do garoto e corri o mais rápido que pude, fincando minha espada em sua barriga até ela atravessar o seu corpo. O rosto dele adquiriu uma tonalidade amarela e se contorceu de dor, seus olhos foram perdendo a cor rapidamente e seus cabelos louros que estavam molhados ficaram em choque. Retirei minha espada cravada e ensopada de sangue, seu corpo amoleceu e caiu ao chão com um baque surdo já inconsciente.

– Eu não queria matar ninguém, mas se tentarem fazer algo comigo... já era – sorri triunfante.


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Notas finais do capítulo

Como está o ódio de vocês pelo Peter? Heuhuehue. Comentem sobre o capítulo e se estiverem gostando da fanfic, recomendem-na. Obrigado.



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