[Insira seu título aqui] escrita por Helo, William Groth, Matt the Robot, gomdrop, Ana Dapper


Capítulo 2
Alianças


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui é a Yara. Espero que gostem do capítulo, fiz com todo carinho :3



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Marceline

Eu realmente odeio a minha vida. Sério. Quando você é um meio-sangue, sua vida já pode ser bem ruim. Mas quando você é filho de Hades, pode ter certeza, é bem pior.
Mesmo morando há quatro anos no Acampamento Meio-Sangue e conhecendo a maioria dos campistas, sempre me sentia sozinha. Bom, na maior parte do tempo, pelo menos.

Mas eu tinha meus irmãos do chalé 13, que, modéstia à parte, são os melhores. Nosso conselheiro é o Gee. Ele é o mais velho e experiente, tem 25 anos, mas é tão baixinho quanto um garoto de 15. Mesmo assim, é o nosso líder (ou Líder Supremo, como ele gosta de ser chamado). Também tem o Peter. Ele é meio fortão, mas não muito, e quando me olha, parece estar enxergando minha alma. Talvez seja apenas paranoia por ele ter olhos verdes, e não negros como é normal para um filho de Hades. Mesmo assim ele me lembra nosso pai em tantos aspectos que é difícil descrever. Sem dúvidas é um dos semideuses mais poderosos que já conheci. Bom tinha o Will, mas... Ele tá morto (longa história). Tem o Luc. Grande e magrelo, a pele cor de café com leite e os olhos escuros. Totalmente extrovertido e brincalhão (filho de Hades também tem senso de humor). E por último a Cass, ela era loira, o que é realmente estranho. Os olhos eram escuros e misteriosos, mas ela tinha o humor bem parecido com o do Luc.

Eles eram minha família, e lá, sentados na nossa mesa no refeitório, parecíamos apenas cinco irmãos felizes com nada com o que se preocupar. Mas é claro que não nos dávamos ao luxo desse pensamento.

Naquela manhã eu estava tendo uma Super Conversa Telepática com a Hezel (minha amiga do chalé 11), quando avistei Helo, a super filhinha de Apolo. Aquela garota me irritava, com aqueles cachinhos dourados, aquela harpa maldita e aquela pose ridícula de filha de Apolo, como se dissesse: “Hey, vejam só. Eu sou filha de Apolo e toco harpa, meu cabelo é loiro, sou fofinha e melhor que todos vocês. Me amem!”. ARGH! Eu queria mesmo é pegar minha espada, cortar a cabeça dela, colocar em uma estaca e cravar em cima do chalé 13. Isso sim seria bom. Mas como eu não podia, me limitei a lançar meu melhor olhar de desprezo e me virar com desdém. Porque hoje à noite ela iria ter o que merece.

***

Mais tarde fui conversar com Scott, o conselheiro do chalé de Ares, para selar nossa aliança na caça à bandeira.
– Então, negócio fechado? – perguntei.
–Claro – respondeu Scott. – É sempre bom lutar ao lado dos filhos de Hades!
Depois caminhei em direção ao lago. Eu gostava de lá, era calmo e quase sempre vazio. Quase.

Ouvi passos vindo na minha direção. Como imaginei, eram os dois filhos de Poseidon mais irritantes da história dos filhos de Poseidon: John e Charlie. Viviam invadindo o chalé de Afrodite de madrugada, eram terríveis.
Eles eram bem parecidos. Os mesmos olhos verdes, o mesmo cabelo desgrenhado, o mesmo sorriso sarcástico. A diferença era a altura. Charlie era enorme, por volta de 1,82 de altura, e só tinha 14 anos. John, por outro lado, era baixinho (apesar de mais alto que eu) com 15 anos.
– Hey Marcy – disse Charlie sorrindo. – Tá de blusa nova?
– Não me chame de Marcy – disse enquanto me levantava – e não olhe para a minha blusa!
– Amorosa como sempre! – falou John.
– Quieto. Temos negócios para tratar! – eu disse.
– Hum. Que negócios? – perguntou Charlie.
– Olha, pode tratar de negócios comigo, estou à disposição! – falou John com um sorrisinho sarcástico. – Se quiser!
Eu poderia ter socado a cara dele ali mesmo, mas precisava de mais alianças. Então me limitei a lançar meu olhar de “Ou você cala a boca, ou arranco sua língua!”. Acho que funcionou, ele parou de rir imediatamente.
– Diga, Marcy – pediu Charlie.
– Meu chalé. Seu chalé. Hoje à noite. Caça à bandeira – a cada palavra, me aproximava mais deles e eles imediatamente recuavam. – Que tal?
Os dois se olharam por um minuto.
– Fechado – disseram em uníssono.
– Ótimo! – eu disse sorrindo – Vejo vocês mais tarde!

Fui caminhando em direção ao meu chalé.
O chalé 13 é todo feito de mármore preto, sem janelas e enfeitado por várias caveiras. Na frente há uma tocha, que queima fogo grego 24 horas por dia. Eu amo esse lugar. Por dentro ele não é tão sombrio quanto por fora, não pra mim. É normal. Tem camas, uma pequena estátua de Hades com cerca de sessenta centímetros. Bom, é basicamente isso. Só tem o necessário.

Luc e Cass chegaram logo depois de mim. Estavam bem animados.

– Boas notícias! – anunciou Cass enquanto se sentava na cama.
– Os chalés de Hermes, Nêmesis e Hécate estão com a gente! – completou Luc.
– Ótimo! – sorri. – Ares e Poseidon também!
– Vamos arrasar! – concluiu Cass.

***

Depois de treinar esgrima, fui falar com Hezel. Ela estava usando uma camiseta com o rosto do Elvis e tinha nas mãos algumas joias que deduzi não serem dela, mas não disse nada.
– Oi Marcy – ela disse saltitando. – Se você vir alguma filha de Afrodite por aí, lembre-se: Hez não existe. Ok?
– Certo. Você não pode resistir aos seus instintos hermescos, não é mesmo?
– ISSO!
– Preparada para a caça à bandeira? – perguntei.
– Por favor! – ela disse bufando. – Eu nasci preparada, meu amor!
Nós duas rimos.
De repente, surge um garoto gritando igual maluco. Era Matt, o filho de Deméter.
– HEEEEEEEEZEL! – ele gritava. – VOU ARRANCAR SUA CABEÇA!
Hezel arregalou tanto os olhos que parecia que eles iam saltar e sair correndo.
– Marcy, com licença! – ela disse. – CORRE, NEGADA!
E saiu correndo com mais meia dúzia de filhos de Hermes atrás dela.
– Ok, né! – murmurei para mim mesma.

Quando me virei, lá estava ela. Helo. Encarando-me. Bufei com raiva. Hoje ela ia se ver comigo. Ah se ia.


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Notas finais do capítulo

Sejam #TeamMarceline :3



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