Quando acordo já é dia, olho pelo quarto que se encontra arrumado novamente e ligeiramente vazio, Brian e eu temos mais dois companheiros de quarto que ainda não vimos e eles não estão ali, nem suas vestes ou livros e percebo o que esta acontecendo. Pelas barbas de Melin estamos atrasados!

– BRIAN ACORDA AGORA! – Grito tentando colocar a minha calça e escovar os dentes o mais rápido possível.

– O que aconteceu? – pergunta Brian levantando preguiçosamente.

– Estamos atrasados!

– O QUE? – disse Brian caindo da cama e correndo o mais rápido possível para encontrar suas roupas.

Saímos correndo pelos corredores a procura da nossa primeira aula.

– Onde é a primeira aula? – pergunta Brian

– É de defesa contra as artes das trevas, sei que essa aula é nas masmorras, mas onde são as masmorras? – digo.

– Eu é que sei?

Passamos em diversos lugares até finalmente encontramos as masmorras. O professor tinha acabado de chegar, um homem alto de cabelos curtos e negros de olhos ligeiramente cinzentos com um manto turquesa sobre ele, quando vê Brian e eu de pé e percebe que chegamos atrasados.

– Menos 5 pontos para Corvinal – diz ele. – agora se sentem antes que eu tire 10.

Relutante e com vontade de revidar eu me sento para não trazer mais problemas para Corvinal.

– Sou Lupo Silk –diz ele – diretor da Corvinal e novo professor de defesa contra das trevas de vocês. – Agora alguém pode me dizer o que é um animago?

– Chama-se animago o bruxo que é capaz de se transformar em um animal sem o uso da varinha. – Rose levanta a mão e responde prontamente.

– Muito bem Srta.? – pergunta ele.

– Rose Weasley, senhor – diz ela alegremente.

– Idiota sabe tudo – eu murmuro para que ninguém possa escutar, mas Brian escuta e solta um leve sorriso.

A aula termina, Brian e eu somos convidados a ficar mais um pouco o que não pode ser uma coisa boa, todos os outros saem inclusive Rose e Scorpion que ficam olhando para mim apreensivos.

– Potter e Finnegan, eu não quero mais saber que vocês se atrasaram para as aulas escutaram?

– Desculpe professor não ira se repetir. – digo.

– Hum, espero que não pensem que só porque são da minha casa vou dar privilégios a vocês.

– Sim, senhor – Brian e eu dissemos em uníssono.

– Podem sair e da próxima vez que souber que fizeram alguma coisa errada, não só tirarei pontos da Corvinal como também os colocarei em detenção. – diz ele.

Saímos da sala e como imaginei damos de cara com Rose e Scorpion a nossa espera, não que eu não goste disso, mais sinto que ainda não estou preparado para conversar com ninguém da minha família, o que não é uma opção porque Rose fica muito animada ao me ver e me enche de perguntas sobre a Corvinal e diz que Grifinória é incrível, numa dessas falas não consigo me controlar e digo:

– Que bom pra você que entrou na Grifinória – irritado.

– Ei Al o que aconteceu? – pergunta ela.

– Você sabe que eu não queria ir para outra casa senão a Grifinória e agora estou aqui na Corvinal, você que é a inteligente não eu.

– Al não importa... – Diz Rose mais a atrapalho no meio da fala.

– Importa sim Rose, você esta na Grifinória e eu não, até Scorpion que teve a família toda na Sonserina está na Grifinória. – digo apontando para Scorpion.

– "O lugar para os sábios. Corvinal estará sempre esperando pelos inteligentes, perspicazes e gentis." – diz ela. – Talvez isso se encache em você Al, não em mim, se você foi para Corvinal isso significa alguma coisa, que você precisa descobrir.

– Tá esquece qual a sua próxima aula? – pergunto tentando fugir do assunto.

– Transfiguração e vocês?

– História da Magia – fala Brian. – Sou Brian Finnegan prazer! – diz ele estendendo a mão para Rose e depois Scorpion.

– Melhor vocês irem para não se atrasarem e terem pontos tirados da sua casa. E nos também Brian. – agarro o braço dele e saiu correndo em direção à aula de história da magia. – Nos encontramos depois. – Grito no meio do caminho quando já estou a muito longe deles.

– Al porque falou assim com ela? Acho que esta certa – diz Brian quando já estamos bem longe deles.

– Eu sei, ela sempre esta certa. – digo largando seu braço e parando de correr. – mais não estou pronto para encara-los ainda, na verdade sei que minha família não vai ligar de eu estar na Corvinal, mais eu ligo.

Na aula fico distraído sabendo que logo estará na hora do almoço e não vou ter mais como fugir da minha família, vão estar todos lá e vão querer saber como eu estou. A hora do almoço chega e não consigo me obrigar a sair da sala, porem Brian vem e me arrasta ao salão principal. Chegamos e meu irmão me vê e nos chama ansiosamente para sentar-se à mesa da Grifinória.

– Al, estou orgulhoso de você entrar na Corvinal, mas apostei que Rose iria pra lá – diz James sorrindo calorosamente, mas tudo que consigo é um sorriso que me esforço muito para formar.

Todos tentam de algum jeito me animar até Victoire esta nesse meio, minha família mais que ninguém sabia o quanto eu queria entrar na Grifinória. Quando terminamos de comer Brian me chama para ir para aula, mas digo que esqueci meu livro no dormitório e subo para buscar, saiu e vejo o menino que me encarou ontem e outros garotos da Sonserina zombando de uma garota da Lufa-Lufa, então entro no meio.

– O que estão fazendo? Deixem-na em paz! Seus cabeças de vento – digo. Percebendo que Zachary demora um tempo para entender, mesmo sendo aparentemente o mais inteligente do grupo.

– Está nos chamando de burro Potter?

– Você que esta dizendo não eu. – digo sorrindo.

– Pelo menos eu não decepcionei minha família entrando na Corvinal – diz ele e com o apoio de todo o seu bando rindo de mim, e o sorriso que antes estava na minha boca já se perdeu. – Como será que vai ficar seu pai o grande Harry Potter, sabendo que seu filho não foi para a Grifinória como ele. – diz ele satisfeito. – Talvez eu deva acabar com a sua cara, acho que sua família nem vai ligar. – o medo já toma conta de mim, estou sozinho contra 4 garotos grandalhões, além do mais não me lembro de nenhum feitiço que possa para-los antes de me alcançarem.

– Não toquem no meu irmão – surge uma voz atrás de mim, me viro e vejo James, Fred e Luky.

– saiam de perto dele e não faremos nada – diz Fred.

– nem pensar – diz Zachary.

– Bom você que pediu – Diz Luky.

Então um barulho tremendo surgiu, vejo objetos parecidos com campainhas de bar e cornetinhas, que vão se multiplicando mais e mais. Sinto alguém me puxando pelo braço e correndo, nos escondemos atrás de uma parede no corredor já distantes e vejo que lá esta meu irmão, Luky, Fred e a menina da Lufa-Lufa que nos agradece e vai embora. Nós quatro ficamos mais um pouco rindo dos sonserino que estão aturdidos tentando entender o que aconteceu. A diretora McGonagall chega e fico branco.

– Carrow! – diz ela

– Diretora isso aqui não foi eu que... Foram os Potter e ... – diz Zachary tentando se explicar para Diretora, sem nenhum sucesso.

– Não culpe outras pessoas pelos seus atos, eles nem ao menos estão aqui. – diz ela severamente. – detenção para você e seus amiguinhos, venham comigo. – fala ela antes de sair.

Não aguentamos e caímos nas gargalhadas.

– Detonadores chamariz, vocês são mesmo incríveis – digo.

– Isso não é nada querido priminho, temos que agradecer ao tio Fred e o meu pai - diz Fred.

– Al, agora é melhor ir logo para não se atrasar. – diz James.

– Olha quem fala. - digo indo em direção à sala comunal da Corvinal. – Ei James! Vê se não se mete em muitas encrencas, não estou a fim de te salvar delas. – digo sorrindo para ele.

– Não esquenta só vou me meter nas necessárias.