Fazia alguns minutos que Ginny Weasley apenas encarava as ondas distantes do mar, observava-as se formarem e se desfazerem, sem pressa. Harry Potter estava encostado sobre a porta de madeira da varanda, olhava a ruiva que estava de costas. Ele tentava decifrar o que ela estaria pensando. Mas era Ginny Weasley, era praticamente impossível de decifrá-la. Harry se lembrava de quando a conheceu pela primeira vez, há mais ou menos 5 anos. Era linda e se tornara um terço ainda mais linda depois de todos esses anos.

Ginny nunca foi uma garota fácil, Harry sabia disso. Ele era o Harry, ele já tentara várias e várias vezes seduzí-la. Mas quem saía na pior era sempre o moreno. Até copo de suco na cara já havia ganhado. O que, para Harry, só fazia sua vontade e curiosidade de ter a ruiva aumentar.

Mas nos últimos dias, no último mês, estava sendo diferente. Literalmente. Não era como se ele apenas quisesse "prová-la e nada mais". Harry estava gostando da presença dela. Como agora, os dois em um silêncio absoluto, até mesmo sem se olhar. A presença dela já estava sendo suficiente para Harry. Ele se sentia estranhamente diferente, e era de uma forma boa.

– O que você acha que vai acontecer depois do ano novo? - A voz de Ginny despertou Harry de seus pensamentos, a ruiva apenas tinha virado o rosto para olhá-lo, seus cabelos longos voavam contra o ventro.

– Sinceramente? - Ginny assentiu. - Não faço ideia.

– Não pensa sobre isso? - Ela indagou, girando seu corpo pra ficar de frente ao moreno.

– Penso. - Ele falou, colocando seu pé na parede. - Mas não sei direito o que vai acontecer. - Harry viu a garota suspirar. - Pra falar a verdade, nunca pensei que as coisas chegariam ao ponto de agora.

– É verdade. Nunca pensei que Luna e Draco pudessem ficar tão ligados assim. - Ginny suspirou novamente, enquanto colocava seu cabelo atrás da orelha.

– É, mas eu não tô falando só deles. - O moreno encarou os olhos azuis de Ginny.

– Eu tô completamente confusa, Harry. - Ela confessou, e, num ato imprevisível, Harry descolou seu corpo da parede e foi até a ruiva, envolvando-a um abraço apertado. Ginny entreabriu a boca por alguns segundos, estava surpresa, mas sentiu um reconforto bom nos braços dele e permitiu-se retribuir.

– As coisas vão se resolver. - Harry falou, sua voz baixa. Ginny assentiu, não tinha certeza daquilo, na verdade, achava que uma tempestade estava por vir. Mas pensamento positivo é a lei de todo o ser humano que tem fé. A ruiva suspirou enquanto repousava seu rosto no ombro do moreno. O que tudo que estava acontecendo significava?

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A semana rodou, os dias correram. 31 de dezembro.

Sinal de felicidade, ou desespero? Começar um ano novo com prosperidade ou vendo sua vida despencar penhasco abaixo?

Luna não sabia, ela não tinha como saber. A verdade era que se sentia estranhamente feliz, e ao mesmo tempo, tão assustada. Draco ainda permanecia lá, ao lado dela, mesmo depois de já ter conseguido o que queria. Ou, o que ela achava que ele queria. Estava tão confusa. Não sabia o que aconteceria daqui a dois dias, quando estaria voltando para sua casa e se separando daquela proximidade surreal de Draco. Ela nem o chamava mais de Malfoy. Quando, em toda a sua vida, pensaria em chamar Draco por seu primeiro nome?

Como seria enfrentar a realidade daqui para frente?

Teria que mentir? Teria que voltar a ser a "Luna Lovegood que sempre odiou Draco Malfoy"?

Porque ela não sabia mais como fazer isso. Sim, Luna tinha que admitir. Ela precisava admitir, de uma vez por todas. Estava apaixonada por Draco, e sabia que sua vida daqui para frente seria completamente diferente. Só não estava preparada para encarar tudo aquilo.

Assim como Ginny. Nesses poucos dias após o Natal, sua proximidade com Harry aumentou muito. Aquele abraço, palavras novas, carinhosas, capazes de fazer a ruiva praticamente derreter. Não, ela não podia estar gostando de Harry. Mas ela estava. Ela havia seguido o mesmo rumo de Luna e sabia que ambas estavam completamente perdidas. Era só uma questão de tempos para as duas desabarem pelo penhasco escuro da vida. Mas continuava tentando pensar positivo.

– Ei, Luna. - Luna ouviu duas batidas leves na porta do quarto. A loira estava sozinha, olhando para o teto, pensamentos em meio ao nada. Suspirou, se levantou da cama e foi até a porta, abrindo-a. A visão de uma feliz Narcisa Malfoy lhe surgiu. Como sua tia conseguia estar feliz todo o tempo? Ela realmente precisava perguntar aquilo à ela um dia.

– Tia. - Deu espaço para a mulher entrar, e então, voltou a fechar a porta. Aparentemente, Narcisa não parecia vir lhe avisar de roupas para o ano novo que tinha comprado, ou de alguma receita nova de comida que havia feito. Luna enfiou as mãos nos bolsos de trás de seu short jeans branco.

– Eu queria conversar com você. - Explicou a mais velha, apontando para a cama e vendo Luna a encarar. Percebendo que Luna não iria se sentar, Narcisa suspirou. - O que está acontecendo anjo?

– Não entendi. - Luna contraiu as sobranclheas. Não precisava contar que seu mundo estava de cabeças pra baixo por causa do filho dela, não queria contar.

– Eu conheço você. - Narcisa argumentou. - Ao mesmo tempo em que te vejo dando um sorriso verdadeiro eu já te vejo pensativa e assustada. Por quê?

Como a tia podia decifrá-la dessa maneira? Será que estava tão na cara assim? Será que estava tão evidente que seu medo transbordava junto de sua felicidade? Será que Draco continuava percebendo isso?

– Não é nada tia, eu só estou pensando na faculdade. - Mentiu a loira, em partes. Também vinha pensando sobre mais essa etapa de seu novo ano e não havia chegado em nenhuma conclusão. Nenhuma conclusão cabível lhe vinha à mente com Draco ocupando a maior parte dos pensamentos de Luna.

– É só isso mesmo? - Luna assentiu, vendo o semblante preocupado de Narcisa. - O que está havendo entre você e Draco?

Luna engoliu em seco. Semicerrou os olhos por alguns segundos. Não queria que nada do que estava acontecendo entre eles se espalhasse, não queria que aquela história de paixão e ódio chegasse aos ouvidos de ninguém, pois sabia: teria seus dias infernizados. Mas não era medo de Astoria, Hermione, ou qualquer outra que fosse. Ela poderia acabar com Astoria ou qualquer outra vadiazinha qualquer que viesse lhe atormentar, mas não queria ser motivo para ser comparada como "outra qualquer de Draco". Seu medo era de ser apenas uma outra qualquer.

– Só estamos tentando nos dar bem. - Explicou a loira, entre um suspiro, voltando a olhar Narcisa, que tinha um sorriso sem emoção no canto dos lábios.

– Eu fico feliz, de verdade. - Disse a mulher, se aproximando. Tocou os ombros de Luna e a olhou. - Mas eu não quero te ver assim mais. Amanhã é ano novo. Nova vida, sem preocupações. Coisas boas. Tudo bem? - Narcisa pediu e Luna assentiu. Mas seu pensamento teimava, insistia em lhe atormentar: O medo do amanhã é o maior que eu carrego aqui no peito nesse momento.

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No relógio se marcava as 10. Faltava apenas duas horas para o novo ano.

Por incrível que parecia, Narcisa não havia feito compras para aquela data. Não haveria festas. Apenas eles, uma garrafa de champagne e o mar para testemunhar aquele recomeço de vida.

Luna se olhava em frente ao espelho. Seus cachos loiros estavam jogados por sobre seu ombro, estavam bonitos. O vestido que a loira usava era rendado, simples. Branco, em sinal de paz. Seus olhos azuis brilhantes, à pedido de serenidade. Seus lábios em vermelho, simbolizando a paixão e o amor.

Amor. Aquela palavra tão intensa, aquele turbilhão de sentimentos. Ela se perguntava: algum dia conheceria o amor?

– Você está linda. - Comentou Ginny, se aproximando de Luna, podendo se olhar no espelho também. Luna sorriu de canto.

– Obrigada. - A loira agradeceu e observou a ruiva, os cabelos cor de fogo em uma trança escama de peixe, seu vestido também branco de alcinha, deixando suas coxas à mostra, seu rosto natural acompanhado apenas de gloss e rímel. - Você também está.

– Nada de tristeza hoje, pode ser? - Pediu a ruiva, se virando de frente para a amiga. Luna suspirou. - Ei, vamos ficar bem. Você gosta do Draco, eu gosto do Harry. Não é pra ser algo bom?

– Mas depois de amanhã.. - Começou Luna pensativa, logo sendo cortada.

– Vai ser um novo dia. Novo ano. Novas esperanças, certo? - Ginny viu-a assentir. - Eu queria que você soubesse que nunca vou te deixar, sabe? Mesmo que eu seja um pouco chata às vezes, eu gosto muito de você e é sempre incrível passar o ano novo ao lado da minha melhor amiga.

– Eu tô sentimental e você ainda fala umas coisas dessa. - Luna riu quando sentiu os olhos marejarem e Ginny contraiu as sobrancelhas, ainda assim rindo. Abraçou a amiga apertado, mesmo estranhando o fato de Luna estar sentimental - porque realmente era raro isso acontecer - mas aproveitando aquele momento.

As duas não demoraram a sair do quarto, andaram pelo chalé que parecia deserto. Já não havia mais ninguém alí dentro, com exceção delas.

Saíram do chalé e avistaram de longe Narcisa e Lúcio conversando com um casal de amigos - ou namorados, elas não poderiam dizer -. Luna olhou em volta. A praia não estava completamente vazia, havia algumas pessoas por lá. Nada muito cheio, a paz ainda corria livremente junto ao vento. A loira suspirou. Aquele seria o último dia que ela provavelmente se sentiria tão feliz. Apesar de todo o medo. Era uma felicidade inacreditável.

Uma felicidade inacreditável por ter Draco ao seu lado, poder olhá-lo nos olhos, sentir seus lábios nos dele, seu corpo no dele. Era inacreditável o ódio ter se transformado em sentimentos tão bons.

Olhou em volta, procurou sinal dos cabelos loiros-platinados, não encontrou. Suspirou sem emoção. Procurou Ginny ao seu lado com o olhar e percebeu que novamente os pensamentos haviam a levado para longe dalí, pois Ginny conversava com Harry à alguns metros de distância dela. A loira tornou a suspirar. Começou a caminhar pela areia, seus pés descalços. Gostava de sentir liberdade. Seus cabelos já não estavam sobre seu ombro, dançavam com o vento da noite, a brisa fria presente no ar, uma fogueira distância para amenizar.

Fogueira.

Luna olhou novamente na direção das pequenas chamas distante dela. E lá estava ele. Sorria para ela, assim que encontrou o olhar dela. Foi inevitável para Luna não sorrir de volta. A loira apressou um pouco seus passos, seus pés sentindo a areia gélida, mas não deu importância à aquele fato.

E logo se viu de frente à ele. Draco sentava sobre a areia em frente à fogueira, seu bermudão jeans sujo de pequenos grãozinhos da areia. Sua camiseta preta em contraste com sua pele branca. Os fios de cabelo quase cobrindo os olhos azuis acizentados brilhantes naquela noite.

– Feliz ano novo. - Draco disse em meio à um sorriso. Luna sorriu de volta.

– Ainda não é meia noite. - Ela comentou, indo até o garoto e se sentando ao lado dele, de frente à pequena fogueira.

– Eu sei. Mas eu queria dizer isso. - Ele argumentou, vendo-a revirar os olhos e rir.

– Claro que sim, você é um Malfoy. - Luna desdenhou em brincadeira. - Diz o que quer quando quiser.

– E a Lovegood aprendeu direitinho. - Ele provocou, recebendo um beliscão.

– Cala a boca. - Ela mandou, nada de raiva, apenas sorria.

– Vem cá. - O loiro envolveu uma mão na nuca de Luna e a puxou, trazendo os lábios da loira para entrar em contato com os seus. Ela levou as mãos aos cabelos dele imediatamente e sentiu o gosto daquele beijo que tanto ansiava, dia e noite. Se beijaram ternamente, o vento frio batia contra seus corpos, mas apenas aquele contato dos lábios faziam ambos se aquecerem. Luna finalizou o beijo com alguns selinhos molhados e demorados, odiava se separar dele daquela maneira para buscar ar.

– Feliz ano novo. - Ela sussurrou, sua testa colada na dele. Draco tirou a mão da nuca da loira e alisou o rosto delicado dela.

– Você continua assustada. - Ele comentou, decifrando-a, ainda de olhos fechados, assim como ela. Luna respirou fundo, estranhamente era o fato de que não conseguia mais mentir nem esconder as coisas dele.

– Isso vai passar. - Ela tentou convencer a si mesmo, sentindo os dedos do loiro passearem por sua bochecha.

– Eu não vou deixar você. - Draco a tranquilizou, mais uma vez. Ele torcia tanto para ela acreditar naquelas palavras, só Deus sabia como ele torcia.

– Não quero que me deixe. - Ela confessou, sua voz frágil. Draco abriu os olhos e viu-a ainda de olhos fechados. Selou novamente os lábios e permaneceu apenas com aquele contato. Queria provar para ela que aquilo era uma história deles que ele não queria que chegasse ao fim.

– Shii, eu não vou. - Disse, os lábios ainda colados. Luna se permitiu abrir os olhos e encará-lo. Aquele garoto, que antes a irritava tanto, que agora lhe dava tanta paz. Tanta vontade de encarar o desconhecido, vontade de ser feliz. Ela não queria perdê-lo. A loira o puxou para um abraço, apertado, acolhedor, reconfortante. Draco suspirou e a envolveu, os corpos se colaram. - Eu adoro você. - Ele comentou, baixinho, fazendo-a sorrir instantaneamente. Aquelas palavras, aquele lado Draco de ser, e não o lado Malfoy, era aquilo que Luna queria para ela. Céus, ela poderia viver todos os dias daquela forma com ele, como se fossem os últimos. E com aquele abraço, a insegurança de Luna apenas se esvaiu.

– Eu também adoro você. - E foi a primeira vez que Draco ficou bobo apenas com meras palavras. Ele gostava daquela garota, ele gostava muito. Aquele ódio todo, no fim das contas, havia sido bom. Colocaram os dois frente a frente, encarando seus desejos, seus reais sentimentos.

– LUNA! DRACO! VENHAM! - E uma voz distante, mas bastante aguçada, os fizeram se separar subitamente. Apesar de o que estavam tendo estar em total transparência nos últimos dias, Draco e Luna ainda insistiam em tentar esconder. "Será melhor assim, só nós dois, sem testemunhas" era o que ambos achavam melhor.

– Ah. não. - Draco bufou, segurando em uma mão de Luna, entrelaçando seus dedos nos dela.

– Temos que ir, sua mãe tá chamando. Eles vão abrir o champagne, já deve ser quase meia noite. - Comentou Luna, vendo o olhar pidão dele. "Pidão de beijo", ela decifrou. - Draco, vamos.

– Queria ficar sozinho com você. - Ele comentou, e maliciou um tanto aquela frase. Luna corou e rolou os olhos. Desde a primeira noite dos dois, não voltaram a ter contato com o corpo um do outro. E ela tinha que confessar: já estava desejando de novo tanto quanto ele.

– Vamos logo, tarado. - A loira se levantou e puxou Draco pela mão, e o loiro mesmo retrucando com birra, seguia Luna de volta até os amigos. Era engraçado, Luna pensou. Esses lados de Draco que ninguém mais conhecia, era engraçado. Ela torcia para ninguém mais conhecer, pois era bom. Eram os lados de Draco que qualquer um teria vontade de conhecer. Os melhores lados de Draco Malfoy.

Logo, Draco e Luna se juntaram à Narcisa, Lúcio, Harry, Ginny e o casal que Luna havia visto ao sair do chalé. Eram mesmo um casal, e a mulher aparentando ter seus 30 anos de idade se chamava Flora, e o homem, um pouco mais velhor, Felipe.

Luna notou a troca cúmplice de olhares entre Ginny e Harry enquanto Lúcio abria o champagne, eles pareciam estar se dando extremamente bem. Ginny estava conhecendo o poder dos sentimentos da paixão e deveria desfrutar disso. Luna torcia por ela, até pelos motivos de Harry também ter mostrado seu lado amigável. Eram quatro adolescentes descobrindo os caminhos da vida e o rumo da felicidade.

Lúcio abriu o champagne, as palmas e sorrisos ao redor dele foram múltiplas. Narcisa entregou as taças, todos alí eram maiores de idade, e a mulher iria garantir que o filho e os demais não se embebedacem. As taças foram servidas, a conversa fluiu naturalmente, e entre ela, as risadas preencheu a noite de bom grado. Os minutos foram se passando, era fato que Draco não tirava seus olhos de Luna.

Aqueles lábios vermelhos, aquele tom de pele, aqueles cachos enormes, tão linda.

E onde tinham chegado? Depois de tanto ódio, a paixão falou incrivelmente mais alto. Assustadoramente. Ele já não conseguia amanhecer o dia sem ter ela em sua mente. O loiro realmente nutria sentimentos intensos por Luna, e estava disposto a ficar com ela. Ele a queria, mais do que já quis qualquer outro alguém. Ele a queria de uma forma insana e pura, sentimentos misturados, em meio à explosões. Se ele tinha mudado? Não sabia. Ainda era um Malfoy. Mas não queria perdê-la. Falava sério quando dizia que não a deixaria e "falar sério" talvez nem fosse o suficiente para explicar. Se ele tivesse que mudar, ele mudaria. Era Luna Lovegood à sua frente, a garota que o fez encontrar todos os motivos para se entregar à uma paixão verdadeira, e ele não a deixaria ir.

– A contagem vai começar. - Anunciou Narcisa, animadamente.

Estavam todos lado a lado, em uma fileira, começando por Ginny, que segurava na mão de Harry. O moreno segurava a mão de Luna, que tinha seus dedos entrelaçados nos de Draco, que continuou a corrente segurando na mão de sua mãe. Narcisa apertava a mão de Lúcio, ansiosa, e o Malfoy mais velho segurava a mão de Felipe, que finalizava a corrente com a mão entre a da sua esposa. De frente para o mar, a brisa fria, o vento agitado, corações batendo forte.

E a contagem começou, a troca de olhares foi mútua e intensa entre os "Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três" e começaram a correr para o mar enquanto finalizavam a contagem ao chegar no "UM" e gritavam Feliz Ano Novo, para as águas, para os céus, para quem quisesse ouvir. Seria uma nova vida a partir daquele instante e os abraços fortes consolidavam aquele momento. O corpo de Luna colado ao de Draco, a sensação de que poderiam ser um só.

Era tempo de boas novas, tempo de felicidade, tempo de batalhar novamente.

E quatro jovens com um destino inteiro pela frente.