O ódio de amar escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 22
Intensidade da paixão


Notas iniciais do capítulo

Um passarinho verde me contou que vocês vão gostar desse capítulo..

Eu queria agradecer do fundo do meu coração a recomendação que a "Luh Granger" deixou na fic, me sinto muito feliz com esse presente!



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Pra onde estariam indo? Dentro do chalé, já não mais estavam. Luna seguia Draco pela praia, estavam de mãos dadas e aquele pequeno fato fazia com que o coração da loira disparasse a cada segundo que se passava.

O vento da noite estava forte, fazia ambos os cabelos loiros voarem ao ar livre e os pelos do corpo da mais frágil se eriçarem. Draco percebeu que ela estava com frio, apertou mais a mão da garota entre a sua e apressou o passo.

– Já vamos chegar. - Ele a tranquilizou com um sorriso misterioso e Luna assentiu, respirando fundo, tentando controlar as pernas bambas.

Estavam em um lado da praia que a loira ainda não tinha visto e ela se perguntou como podia haver tantas coisas em um lugar tão simples na natureza. Viu de longe uma grande plataforma e percebeu a intenção de Draco. Sorriu de imediato, e percebeu que ele sorria também. A loira apressou ainda mais os passos e o loiro a acompanhou. Começaram a correr, as mãos dadas, os cabelos dela batendo contra suas costas, os cabelos dele cobrindo seus olhos, o vento frio batendo contra ambos os corpos.

Pararam em frente á plataforma para respirarem. As mãos se separaram e a sensação termica no corpo dos dois baixou mais uns 10 graus.

– Tá aberta. - Draco comentou e sorriu. Olhou Luna de relance e a loira respirava fundo. - Vem.

Draco subiu na plataforma e estendeu a mão para Luna, que segurou e teve ajuda para subir. Quando estava de pé, percebeu que ficara frente a frente com ele. Os peitos subiam e desciam rapidamente. O loiro levou a mão á uma das madeixas loira cacheada dos cabelos de Luna e lentamente colocou-a atrás da orelha da garota. Luna adorava quando ele fazia aquilo. Ela precisava começar a admitir as coisas.

– Quer ir lá na frente comigo? - Ele indagou, a voz baixo, o hálito quente contra o vento gélido. A loira assentiu enquanto sorria. Draco levou as mãos até o rosto de Luna, e segurando-o delicadamente, depositou um selinho molhado nos lábios dela. A loira estremeceu e tentou aprofundar um beijo, mas o loiro se esquivou e olhou-a nos olhos. - Vamo pra lá.

Luna assentiu e sorriu, mesmo contrariada. Seguiu Draco até a ponta da plataforma, era extensa, então eles trataram de entrelaçarem as mãos novamente. Draco era outro que tinha de admitir que gostava da sensação de quando seus dedos tocavam os dela.

Quando chegaram ao topo de plataforma, Luna olhou em volta e viu que haviam cobertores alí no chão. Não pareciam estar sujos. Draco contraiu as sobrancelhas e Luna sentiu borboletas no estômago.

– Não fui eu, eu juro. - Ele tentou se explicar, não queria que ela pensasse que aquilo era um encontro para uma transa, pela primeira vez na vida Draco não tinha aquela intenção. Queria passar a noite com ela, olhando o mar, sentindo o cheiro dela, de mãos dadas.

– Tá tudo bem. - Luna tranquilizou-o com o olhar. Draco assentiu e voltou a olhar os cobertores no chão.

– Será que podemos usá-los? Pra sentar, sei lá. - Ele parecia nervoso e estava mais nervoso ainda por isso. Por Deus, o que fizeram comigo?

– Acho que sim. - Luna se agaixou e pegou os cobertores. Draco observou-a fazer. As costas da garota estavam nuas, por seu vestido ser aberto atrás. O loiro teve que desviar o olhar para não se deixar levar por seus pensamentos impróprios.

Luna se levantou com os cobertores nos braços e eles forraram o chão bem na beirada da plataforma. O mar abaixo deles estava agitado. Ambos se sentaram lado a lado e deixaram o vento varrer seus cabelos novamente. Draco, mesmo olhando o mar, procurou pela mão de Luna e a segurou, entrelaçando seus dedos entre os dela. Luna suspirou com aquela ação.

– Você é um maluco, sabia? - Luna comentou, entre um sorriso. Era loucura, no meio da madruga, os dois alí.

– Achei que fosse gostar dessa maluquisse. - O loiro confessou, olhando Luna. A loira desviou o olhar do mar e o olhou nos olhos.

– Eu gostei. - Luna sorriu. Draco se perdia naquele sorriso. - Gostei muito.

– Já que o ano tá acabando, e vamos voltar pro Rio, achei que devíamos aproveitar um pouco mais. - Fora Luna quem maliciara aquilo, Draco não havia pronunciado com malícia. A loira sorriu novamente, e o ímã que os envolvia, fez Draco sorrir tanto quanto.

– Você tem razão. - A loira assentiu. - Deus, eu tô realmente concordando com você? - Luna brincou, era totalmente estranho aquele clima entre eles.

– Eu acho que sim mocinha. - O loiro se aproximou dela com um sorriso maroto nos lábios.

– Isso é hora de mocinhas como eu estar dormindo, lembra? - Luna o fez relembrar a noite após o luau, em que a paixão os consumiu. Draco molhou os lábios e Luna acompanhou-o fazer, desejando aquela língua naquele momento. Céus, o quê eu estou pensando?

– Você quer dormir agora? - Draco indagou, separando sua mão da de Luna e alisando os lábios da garota com o polegar. Ambos se viraram, sentados, e ficaram frente a frente.

– Não, claro que não. - A loira mordeu o lábio inferior.

Draco sorriu, e foi aquele sorriso que fazia Luna perder o juízo. A loira levou as mãos aos cabelos platinados do garoto e enfiou os dedos pelos fios, fechando os olhos e encostando a testa na de Draco. As respirações quentes já se fundiam e logo os lábios se tocaram. A passagem que a língua do loiro precisava foi concebida instantaneamente, os corpos se aqueceram com aquele contato. Draco envolveu-a pela cintura e trouxe a garota para mais próximo de si o máximo que conseguiu. O beijo se intensificou, a velocidade aumentou e o desejo veio junto.

Luna puxou os fios loiros enquanto Draco chupava sua língua e a mordiscava. A loira sorriu entre o beijo, já podia sentir seu corpo quente e sabia que aquilo era uma loucura. Luna mordiscou o lábio inferior do loiro quando precisaram de ar e voltaram novamente a se beijar. A intensidade aumentava enquanto as línguas dançavam e Draco podia sentir que Luna estava querendo tanto quanto ele. E ele não estava pensando só no beijo.

Os lábios se separaram buscando ar novamente e Draco seguiu caminho com a boca pelo pescoço da loira. Os pelinhos da nuca de Luna se eriçaram quando a lingua quente de Draco tocou sua pele. Ela puxou novamente os cabelos dele enquanto fechava os olhos e respirava fundo. Não estava fazendo nada para controlar aquele desejo e ela sabia disso. Draco sugou o cheiro de Luna como se ela fosse sua presa domada.

– Draco. - Ela sussurrou quando sentiu uma mordida no pescoço. Luna se sentiu pulsar.

– Se você quiser, eu paro. - Seguindo a razão que ele não fazia ideia de onde tinha tirado, o loiro sussurrou próximo ao ouvido dela. Mal sabia ele, que falando daquela forma, Luna não tinha controle nenhum sobre seu corpo e seus desejos.

– Eu quero. - Ela sussurrou de volta, e soou como um gemido, quando Draco voltou a mordê-la no pescoço. As mãos do loiro deslizavam pela pele nua das costas dela. As mãos dela puxavam os cabelos dele sempre que sentia seu ventre pulsar.

Draco voltou a olhá-la nos olhos quando ouviu aquilo. O loiro subiu uma das mãos e mexeu com os cabelos dela. Tão bonita. Como ele não podia ter descoberto aquele sentimento tão bom antes? Era como se agora, ela fosse tudo que importava para ele. Ele só precisava se certificar todas as manhãs de que ela ainda estava sorrindo pra ele, do jeito que só ela sabia fazer.

– Quero você. - Os lábios do loiro se movimentaram lentamente aos olhos de Luna. A loira sentiu cada pelo de seu corpo se eriçar e teve certeza de que um choque elétrico havia lhe percorrido até chegar em seu ventre.

A loira olhou-o da forma mais sedutora que pôde, e não foi intencional. Não foi intencinal porque Draco sabia que naquele momento ela estava entregue, e ela não precisava mais do que lançar-lhe um olhar de desejo para seduzí-lo. Draco voltou a beijá-la com volúpia, as maos de Luna o largaram os cabelos e desceu pelos braços do loiro, apertando-os a medida com que sentia mais uma onda de excitação com apenas o beijo.

Draco levou as mãos até as alças do vestido dela e deslizou-a, tocando a pele da garota lentamente. Luna arfou entre o beijo, enquanto mordiscava os lábios do loiro. Desceu mais um pouco as mãos delicadas, contornando o peitoral do garoto com os dedos e parou ao chegar ao botou da calça jeans dele. A loira estremeceu e Draco sorriu entre o beijo, separando em busca de ar. A boca do loiro não perdeu tempo e desceu pelo pescoço de Luna, distribuindo beijos molhados até a ponta do ombro, que já estava livre das alças do vestido. A loira arfava tentando controlar os gemidos baixos.

Luna seguiu caminho com as mãos pelo jeans de Draco, alisando de uma forma torturante a ereção já perceptível do garoto dentro do pano. Draco mordeu o ombro de Luna quando sentiu seu membro latejar. A loira sorriu com o ato. Era excitante ter certo controle sobre Draco naquele momento.

– Luna. - Ele sussurrou, torcendo internamente para ela não torturá-lo. A loira pareceu entender ao contrário, pois apertou a ereção, fazendo Draco arfar. Ela não podia fazer isso.

Draco voltou-se para cima e segurou Luna pela cintura, dando-na a melhor pegada que pode. Luna prendeu a respiração com aquele ato e encontrou novamente os olhos dele. Estavam repletos de tesão. As bocas voltaram a se chocar com desejo e Luna não perdeu mais tempo ao desabotoar o jeans do loiro e abrir o zíper. Sentiu, com as mãos, o membro rígido por cima da cueca e seu coração disparou, seu ventre pulsou com mais força. Céus, estava tão excitada. O loiro desceu as mãos da cintura dela e chegou ás coxas da garota, apertando-as com as mãos cheias. Luna arfou novamente entre o beijo, sentindo sua língua ser chupada. As mãos dele se introduziram por dentro do vestido dela e tocou lentamente a região já molhada de Luna por cima da calcinha. A loira não conteve um gemido rouco, acompanhado com uma mordida que ela imaginou poder ter machucado o lábio de Draco. O loiro a tranquilizou com um sorriso safado em resposta.

Se separaram do beijo quando o loiro tirou a mão da intimidade da loira e segurou a barra do vestido dela, subindo-o devagar. Olhares se cruzaram enquanto o pano deixava o corpo escultural da garota lentamente. Os olhos de Draco pareceram brilhar ao fitar as curvas de Luna, e ele sabia que havia descoberto um sentimento novo ao ver aquele corpo. Luna não se permitiu corar, embora quisesse. A loira se levantou do chão lentamente e o puxou junto segurando-o pelas mãos. Ficaram de pé frente a frente e foi como se pudessem escutar a pulsação que ambos os corpos emitiam. Draco se perdeu nos olhos de desejo dela por segundos. A loira largou as mãos dele e lentamente, se abaixou, ficando de joelhos em frente a ele. Draco percebeu que estava no inferno com aquela cena, pois seu corpo queimava completamente.

Luna desceu a calça do garoto, que já estava desabotoada, com facilidade, mas com lentidão. Sabia que estava provocando o loiro daquela forma e gostava desse poder sobre ele. Passou o jeans pelos pés dele e olhou para cima, o encarando da forma mais sensual do mundo, pelo menos na visão de Draco. O loiro voltou a se abaixar, ficando de joelhos da mesma forma que ela, frente a frente com ela, olhando nos olhos dela, tocando ela. Desabotou o sutiã da loira quando beijou-a novamente e Luna estremeceu quando sentiu as mãos de Draco se encherem ao pegar em seus seios. A loira foi ao inferno, assim como ele. Há muito tempo desejava ser tocada por ele, admitisse ela ou não.

Draco deitou-a sobre o cobertor minutos depois das deliciosas preliminares que a fizeram gemer de verdade naquela noite. O loiro se livro da calcinha da loira, e de sua cueca, e, segurando na mão dela, entrelaçando seus dedos nos dela, Draco preencheu Luna da maneira como ela nunca fora preenchida antes. Com a mão livre, a loira cravou suas unhas nas costas brancas dele e se excitou ainda mais sabendo que deixaria aquela região avermelhada, condenando aquela noite. Naquele momento, até o olhar de Draco estava excitando-a. Assim como as estocadas, a mão entrelaçada na dele, os olhares cruzados, os gemidos sem pudor, o prazer escaldante.

E com aqueles sentimentos desconexos, a madrugada seguiu por longas horas de prazeres dados e recebidos, e apenas o mar e a lua foram testemunhas daquela loucura de ódio. Ou de amor.

~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~

– Vocês são doidos de saírem do quarto a essa hora. - Ginny comentou ao se sentar na cama e permitir Harry fazer o mesmo. Ficaram frente a frente. O moreno sorriu e deu de ombros. - Se a Cissa pega vocês ela mata!

– Não me importo. - Ele a fitou. - Eu tava pensando em você mesmo, não ia adiantar nada não conseguir dormir. - Ginny prendeu a respiração quando ouviu e corou.

– Então.. onde acham que eles estão? - Indagou a ruiva, tentando mudar de assunto. Ela suspirou quando viu Harry sorrir sem emoção.

– Aqueles alí não voltam hoje. - Harry deu sua opinião e Ginny contraiu as sobrancelhas.

– Então Draco levou Luna para ficar com ela, daquele jeito? - A ruiva quis sabe, com indignação na voz, que Harry percebeu.

– Pior que não. - Harry riu. Não reconhecia mais Draco e era estranho tudo aquilo. - Tudo que ele disse era que tava querendo ficar sozinho com ela, por que tava com saudades.

– Nossa. - Ginny se surpreendeu. - Quem diria, Draco Malfoy.

– Quem diria mesmo. - Harry sorriu e a olhou. - Quem diria Harry Potter também.

– E Ginny Weasley. - A ruiva completou a frase e pareceu ouvir a batida do coração de Harry. Era maluquisse dela, por isso ela achou que só pareceu mesmo.

– Você? Porque? - Harry encarou os azuis hipnotizantes dela.

– Porque eu tô aqui. Mexida por um cara que eu jurava não se envolver comigo nunca. - Ela confessou, sentindo a respiração falhar. Harry sorriu.

– E o que falar de Harry Potter? Que tá aqui, mexido com uma menina que ele jurava não querer nada além de uma curtida. - O moreno entrou no jogo e sentia descompassos dentro de si.

– E Harry Potter não quer apenas isso? - A ruiva indagou, sentindo Harry levar a mão até a nuca dela e alisar aquela região. Ginny suspirou com o ato e se arrepiou.

– Não. Ele quer a ruiva e ele só quer ela. - O moreno sentiu a ruiva soltar um "Harry" em um sussurro inaudível e puxou pela nuca, trazendo-a para si em um espaço suficiente para beijá-la.

E a beijou. Da maneira que não havia beijado garota alguma antes. A ruiva se arrastou na cama e colou no corpo de Harry ao ter sua boca invadida pela língua dele. Ambas as línguas se encontraram e se chocaram, travando uma guerra disputada de uma forma desesperada. O beijo era calmo, mas era preciso e desejado. O moreno envolveu-a pela cintura com a mão livre e tentou o máximo de contato dos corpos, o tecido fino do baby-doll que ela usava dava livre passagem para a pele quente das costas da garota, que foi tocada e explorada. Ginny estremeceu completamente entre o beijo, enquanto levava as mãos aos cabelos morenos e os descabelava ainda mais. De uma forma tentadora.

Não queriam se separar, era claro como cristal o quanto estavam gostando daquele momento, o quanto queriam aquele momento há algum tempo. A ruiva estava se entregando á um sentimento ligado á um garoto e aquela sensação era extremamente nova. E boa. Incrivelmente boa. Puta merda, ela queria um beijo daquele sempre. E de Harry Potter, de preferência. E das mais experiências que o moreno já tivera com garotas, era aquela que viera para lhe bagunçar os cabelos. Literalmente.

Se separaram indo contra todos os seus gostos e hormônios, mas só por precisarem desesperadamente de ar. O descompasso do coração de Ginny era ouvido por Harry, assim como Ginny percebia o subir e descer do peito do moreno. Os olhares estavam vidrados, os lábios tão próximos que ainda se roçavam. As mãos do moreno ainda pousadas na pele quente da garota, as mãos da garotas entre os fios pretos dos cabelos do garoto. Eles haviam cometido a melhor loucura que poderiam cometer e algo dentro de Ginny se acendeu. Ela sabia que agora, alguma coisa mudaria. Que fosse o fato de poder olhar todos os dias naqueles olhos azuis dele.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?

Ps: eu amo esses casais, nossa!

Xoxo, Jen