Reflexo escrita por SavannahW


Capítulo 20
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/455515/chapter/20

Damon Salvatore

Eu estava incrédulo com o modo que tratei Elena. Como eu pude falar daquela maneira com ela? Eu era um idiota mesmo.

– Ei cara, a sua namorada tinha pedido esse lanche, ela vai voltar pra comer? – o barman me tirou dos meus pensamentos. Sorri com a palavra “namorada”.

– Ahm... – olhei para o relógio atrás do balcão, já estava na hora de ir encontrar os caras – Você pode embrulhar para viagem? O suco também, por favor.

– Sim, só um segundo.

Em poucos instantes ele voltou com o lanche embrulhado e o suco em um copo plástico com tampa e canudinho. Peguei.

– Pode marcar no quarto 1204, por favor? – o mínimo que eu podia fazer era bancar o almoço da Elena após magoá-la daquela maneira.

– Claro, sem problemas. Boa sorte com a sua garota. – se referiu a nossa discussão.

– Obrigado.

Sai em direção ao hall, Greg, John, Peter e Alex já estavam perto da porta, provavelmente apenas a nossa espera.

– Ei, Damon, sabe da Elena? – Alex perguntou.

– Ela precisou ir ao banheiro.

– Ok, para não atrasar vamos fazer assim: tem dois carros a nossa disposição com GPS já programado com os endereços necessários. Eu vou indo na frente com os caras e você espera a Elena. Qualquer coisa eu atualizo vocês depois. – Greg anunciou.

– Tranquilo, ela já deve estar chegando, vamos estar apenas alguns minutos atrás de vocês. – respondi, temendo por ter que ir sozinho no carro com Elena. Mas não deixei isso transparecer.

Greg me entregou a chave e saiu com os demais. Esperei Elena por mais de dez minutos, já estava temendo pelo pior, então decidi ir atrás dela. Fui até o banheiro feminino e pus a cabeça para dentro.

– Elena?

– Eu já estou indo. – respondeu grossa.

Aguardei fora do banheiro e logo ela apareceu. Percebi que seu rosto estava inchado e vermelho e a tentativa de cobrir com maquiagem foi falha, mas fingi não notar.

– Peguei seu lanche pra viagem, vamos. Já estamos atrasados.

Elena pegou sem dizer uma palavra e me seguiu. Entramos no carro e eu dei partida assim que pus o GPS para funcionar.

Destino: St. Petersburg High School. Vamos começar. – a voz feminina do GPS informou.

O resto do caminho foi silencioso, salvo as vezes que o GPS avisava alguma coordenada.

Chegamos em quinze minutos no nosso destino, Elena já havia acabado de comer e permanecia em silêncio. Eu queria pedir desculpas, mas eu não devia, então continuei calado.

Saímos do carro e eu ativei o alarme. Como se tivesse sido combinado recebi uma mensagem de Greg. “Estamos na sala 103 com a menina, venham assim que chegarem.” Mostrei a mensagem para Elena e ela assentiu.

Entramos no colégio desviando dos alunos que saiam ao fim do período escolar. Não pude deixar de notar aqueles pirralhos olhando para minha Elena com segundas intenções, felizmente a sala era uma das primeiras do corredor.

Bati na porta e então entrei, seguido por Elena que fechou a porta. Meus quatro colegas estavam em pé e uma menina, Savannah, provavelmente, estava sentada.

– Bem na hora! Ainda não começamos, estávamos apenas explicando a Savannah como trabalharíamos.

– É um prazer, Savannah. Sou Damon e essa é Elena, nós somos seus advogados. Quando meus colegas descobrirem quem fez isso com você nós faremos o possível para que ele seja condenado.

Savannah sorriu e agradeceu. Logo em seguida Alex retomou fazendo perguntas as quais já tínhamos respostas, mas provavelmente apenas pra checar a veracidade.

Sentei numa mesa e peguei meu iPad para tomar notas, vi que Elena fazia o mesmo em seu macbook.

Após cerca de duas horas Greg anunciou que já estava bom por hoje. Pediu apenas o endereço de Jared, pois precisaríamos falar com ele. Savannah deu de bom grado.

Após a menina deixar a sala, os investigadores conversaram entre si quais seriam as próximas jogadas. Savannah não havia dado nenhuma informação que pudesse levar a uma resposta, mas eles achavam que Jared seria importante. Preferiram não perder tempo e fomos direto para a casa do ex-namorado.

Chegando lá, precisei explicar a mãe do menino sobre quem éramos e porque estávamos lá. Ela já sabia do caso então não dificultou, chamou logo o filho. Greg logo começou com as perguntas.

Após mais duas horas fomos embora. Os meninos pareciam satisfeitos, mas como não sou investigador para mim apenas pareceu uma conversa igual qualquer outra.

Voltamos para o hotel, me despedi de todos e segui para o restaurante para jantar. Eu não havia almoçado, então eu poderia facilmente devorar qualquer coisa que visse pela frente.

O restaurante estava cheio, tive sorte em encontrar uma mesa vaga. Sentei-me e logo fui atendido. Optei por um filé ao molho madeira acompanhado por arroz negro e salada.

Enquanto aguardava fiquei checando meus e-mails.

– Será que posso me juntar? – Elena me encarava em pé a minha frente. Havia tomado banho e estava deslumbrante de cabelos molhados, shorts jeans e uma malha. – Esquece, é óbvio que a resposta vai ser não. – revirou os olhos e se virou.

– Não, espere. – falei antes mesmo de poder medir minhas palavras. Elena se virou para mim novamente – Sente-se.

Minha morena sorriu e se sentou. Ofereci o cardápio que a garçonete havia deixado na mesa. Elena pegou e começou a passar os olhos pelo cardápio.

– Eles tem massa. – comentei, sabendo que ela adorava.

– Acabei de ver também. – sorriu.

Em poucos segundos fez o pedido: espaguete ao molho quatro queijos.

O silêncio se estendeu e eu decidi que precisava parar de ser orgulhoso e me desculpar. Uma coisa era não namorá-la. Outra coisa era magoá-la. Não sou um moleque babaca que se vinga devolvendo na mesma moeda.

– Elena... – pensei em como falaria – Eu gostaria de pedir desculpas. Eu fui grosso com você desnecessariamente hoje mais cedo. Você faz o que quiser da sua vida, não tenho direito de me intrometer.

– Sim... Isso é verdade. – concordou com a cabeça – Mas me espanta você achar que eu estava dando mole para aquele cara. Você me conhece Damon, eu estava apenas sendo simpática.

– Mas...

– Mas nada. – me interrompeu – Eu cometi um erro ao começar nosso relacionamento mesmo estando casada. Eu sei, eu admito. Mas eu não pude evitar Damon, você suga minhas forças. Quando eu estou perto de você eu esqueço da realidade e só existe a gente, mesmo que só por algumas horas!

– Elena, não tente justificar. – falei sério.

– Não estou tentando. O que estou tentando dizer é que o que aconteceu entre nós é único. – Elena encostou as pontas dos dedos na minha mão que estava apoiada na mesa – Essa corrente que passa pela gente quando nós nos tocamos é algo excepcional, Damon. Nunca vai acontecer com mais ninguém.

– Elena – desencostei minha mão da dela -, isso tudo é errado. Você tem uma filha e um marido. Você deve honrá-los.

– Sim, eu tenho uma filha que amo muito, e sim, eu tenho marido. Entretanto em breve será ex-marido. Eu tomei minha decisão, Damon, eu vou me separar.

Não, ela não podia se separar, não por minha causa!

– Não, Elena. Você não pode fazer isso! – exclamei.

– E porque não? – perguntou surpresa.

– V-você não pode. A Mariah merece crescer perto do pai e da mãe!

– E ela vai! Eu nunca afastaria minha filha do pai.

– M-mas... Você não pode se separar por minha causa! – eu me sentia culpado.

– Meu anjo, eu não vou me separar por sua causa. Eu vou me separar porque não amo meu marido. – Elena pegou minha mão novamente – Eu já não amava há muito tempo, eu só não havia percebido. Esses dias sem você só me fizeram ter certeza de que quem eu amo é esse homem sentado a minha frente.

Elena sorriu docemente. Em minha mente tudo me dizia que era errado e que eu precisava fugir de Elena, que eu só me machucaria... Mas meu coração me dizia o contrário.

– Por favor – chamei o garçom mais próximo – mandem os pedidos dessa mesa pro quarto 1204. Obrigado.

Elena me olhava confusa, levantei da mesa e a puxei pela mão.

– Damon! – chamou minha atenção rindo – O que você está fazendo?

Continuei puxando sua mão em direção ao elevador. Apertei o botão e olhei impaciente para a porta que não abria.

– Damon! – Elena me chamou e eu a olhei nos olhos.

– Eu te amo, Elena. Eu te amo hoje, eu te amei ontem e eu vou te amar amanhã. Eu te amo desde o Caribe e eu vou te amar até eu morrer. Você está entendendo?

– Sim, eu também te amo. – minha morena tinha lágrimas nos olhos.

– Não chore. Hoje é um dia feliz. – limpei com o dedão uma lágrima que escorreu.

Elena me surpreendeu com um beijo que só foi finalizado por causa do barulho que indicava que o elevador havia chegado. Entramos e apertamos o botão do 12º andar. Abracei minha pequena, e ela enfiou o rosto na dobra do meu pescoço. Fiquei fazendo carinho em seu cabelo até chegarmos no nosso andar.

– Corrida! – Elena anunciou e eu ri da sua atitude infantil. Dei uma vantagem de cinco segundos e corri a alcançando no meio do caminho.

A abracei por trás e ela gargalhou. Antes que pudesse fugir, a peguei no colo e segui até o meu quarto. Passei o cartão que dava acesso e entrei com Elena, que beijava meu pescoço.

A joguei na cama e sorri.

– Eu estava com muita saudade, baby.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vou desabafar: estou muito chateada com as minhas leitoras.
Antes eu tinha umas 10 leitoras fieis que comentavam em todos os capitulos, hoje tenho seis (e algumas nem são as originais).
O que acontece? A historia esta chata?
Eu nunca vou abandonar a fic, estou postando menos sim, mas me obrigo a postar uma vez por semana pra nao deixar vcs sem, mesmo estando ocupadissima com o cursinho, mas isso desanima mt pra postar.
Então vou pedir para que vcs comentem o que nao estao gostando, pq é o unico motivo que imagino para perder leitoras dessa maneira.
Eu não me importo com comentarios, me importo com leitoras desistindo da minha fic :( Me deixa mt triste.