Forbidden Romance escrita por Madame Niklaus Kurayami


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

O que eu gostaria de dizer? Foi mau, mil desculpas por não ter dado sinal de vida!
Aconteceu que... Consciência quer falar: (consciência on) A Luna teve altos problemas para com o computador, em vista desses acontecimentos ela não pode postar e quando foi postar o Nyah estava bugado (consciência off)! Viram só? Pois bem, galera leiam o capítulo e nossa como essa consciência ta formal hoje né?... e as notas finais seus unicórnios (não, não estou nessa de legalize) *-*



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(SARA)

Estou gritando por dentro.

Assim que vou pagar os vestidos vejo a enorme quantia depositada na minha conta. Meu pai.

– Uau quantos zeros. – Emily diz ao olhar por cima do ombro. – Tráfico? Assassina de aluguel? Pode desembuchar.

Reviro os olhos ao ouvir o comentário, pago os vestidos e saímos da loja. Paramos em um café, sentamos ao fundo. Por alguma razão ilógica o cheiro de café me agrada.

– Então... como você se sente? – Emily pergunta após tomar um pouco do líquido fumegante.

Penso um pouco antes de responder.

– Não sei. – digo estalando os dedos. – Ele não pode recuperar anos com dinheiro, por outro lado..

– O carro é incrível e os vestidos são lindos não são? – ela diz com uma sobrancelha erguida e um sorrisinho.

Cubro o rosto com as mãos.

– Sim. – minha confirmação sai abafada.

– Eu sabia. – Emily diz animada, seu rosto fica sério. – Queria poder te dar um conselho sobre isso, mas não consigo pensar em nada que seja muito bom. Sei que você guarda magoas de seu pai, e que perdoar pode ser muito difícil mas pensa bem... ele ta aqui, isso quer dizer algo certo? Ei esse até que é um baita conselho.

Emily sorri como se estivesse surgido uma lâmpada acima de sua cabeça, tento transparecer a mesma esperança que ela e minha tia parecem ter.

– É, é sim. – digo.

(TAYLOR)

Women to the left of me
And women to the right
Ain't got no gun
Ain't got no knife
Don't you start no fight…

Estou suado ao acabar de treinar, tiro minhas luvas de boxe e estalo o pescoço. Treinar ao som dessa música me ajudou a retirar o estresse.

Chris me joga uma garrafa d’ água.

– Valeu. – digo cansado pelo esforço.

– Ah não foi nada. – ele diz e fica em silêncio, o que é estranho. – Então... sobre a foto.

Acabo com a água e jogo no lixo, dou meia volta e pego minha mochila. A academia esta estranhamente lotada para uma manhã de domingo.

Assinto para ele continuar enquanto descemos a escada.

– Diz logo. – digo impaciente.

– Quem é a mulher? – ele pergunta andando do meu lado na rua.

Penso no que vou dizer, se bem que Chris não pode me julgar muito.

– Não te interessa. – não olho pra ele.

– Hum... se fodeu. – ele diz rindo. – Muito bonita na verdade, qual é a idade dela?

– Não te interessa. – continuo não olhando pra ele.

– Tudo bem então... – ele diz, mais uma pausa. – Ta a última, ela é solteira? Porque...

Paro e viro pra ele.

– Quer levar um soco? – ameaço com o punho erguido.

Ele levanta as mãos, balança a cabeça ainda sorrindo.

– Cale a boca. – digo e voltamos a andar. - Aliás porque não tenta satisfazer as mulheres com seu pinto e não com um cartão de crédito, ah lembrei deve ser porque você nunca será metade do homem que sua mãe é.

Ele dá risada e entra no jogo.

– Deixe me adivinhar, você mija sentado não é? – ele diz.

– Não, não gosto de molhar meu pau. – respondo.

Continuamos a nos xingar, pelo menos assim não tenho de responder sobre Sara. Pensar naquela foto faz meus punhos se fecharem e acordar o homem das cavernas que existe em mim.

(SARA)

Assim que a última cliente da livraria sai eu me viro e faço um high five com Dustin. No domingo trabalhamos pouco e com isso saímos mais cedo, apesar de claro hoje ser um dia meio tedioso pra quem já fez todos os trabalhos e já ultrapassou os carneiros tentando dormir na noite passada. O empecilho causador da minha insônia é nada mais nada menos que... meu professor, quando fecho os olhos ainda tenho vislumbres daquele beijo e ai de repente suas palavras voltam com toda a força.

– Sara. – a voz de Dustin me faz voltar pro mundo. – Então?

Congelo, o que raios ele tava falando? A quanto tempo ele estava falando? Será que eu concordei com alguma coisa?

– O que? – acabo perguntando mesmo com vergonha de ter boiado totalmente no assunto.

– Perguntei se quer carona pra casa. – ele diz sorrindo.

– Ah.. – digo, lembro que deixei meu carro em casa. – Na verdade não estou com a mínima vontade de ir pra casa.

Ele me olha intrigado.

– Podemos sair se você quiser. – ele sugere.

Penso um pouco antes de responder. Tantas coisas passam na minha mente, um par de olhos verdes que me traíram...

– Claro, algum lugar em mente? – pergunto.

– Tem um sim. – ele diz com um sorriso, estou prestes a perguntar qual e ele ergue a mão. – Surpresa.

Quase trinta minutos depois chegamos ao local. Um parque, ele me trouxe a um parque, me viro para encará-lo e ele da risada.

– Vamos. – ele me oferece o braço e andamos juntos. – Pode confiar.

– Não sabia que tinha um parque aqui. – digo enquanto meu olhar passeia pelo local.

– Fico feliz em ser o primeiro a te mostrar. – Dustin dá um sorrisão

O parque é grande e vejo algumas pessoas, não tem sol e todas estão bem agasalhadas. Andamos mais e de repente entendo, congelo no chão.

– Ta brincando né? - pergunto

– Nem um pouco. – ele diz feliz da vida.

Várias pessoas estão sorrindo ao patinar na área congelada, sinto um pavor no meu olhar.

– Não vou entrar ai. – digo e tento me elevar a sua altura, tentativa fracassada.

– Quer apostar que vai? – ele diz todo confiante, vou dar um soco nele.

– Não tem a menor chance de eu entrar ai. – digo cruzando os braços.

Ele sorri como se soubesse das coisas.

Três tombos em três minutos. Estou segurando o corrimão com toda a minha força, conservo uma carranca ao ver Dustin.

– Você sabe que o corrimão não é um instrumento de patinação certo? – ele zomba de mim. – Qual é vamos!

– Vai te catar, eu disse que não sabia patinar. – respondo tentando não me mexer.

Ele patina até ficar do meu lado.

– E eu disse que você tinha que tentar. – ele rebate com um sorriso no rosto, pega minhas mãos e as tira do corrimão me levando com ele, minhas pernas tremem mais que a Sapucai.

– Eu tentei! – digo enquanto ele me reboca, meus joelhos estão dobrados.

– É tentou, só que até agora você só aprendeu a cair e não patinar. – ele diz rindo. – Nunca ouviu isso: Pra aprender a levantar você primeiro tem que cair.

– Eu tenho um melhor: Quando eu te pegar você levar um socão. – digo imitando um sorriso. – E é verídico.

Ele me solta e eu fico parada e com medo de me mover.

– Bom, pra me pegar você vai ter que me alcançar, ou seja patinar. – ele me dá as costas e começa a patinar, fico vermelha de raiva, posso ouvir ele cantando. – Você quer brincar na neve, um boneco quer fazer... O que me diz Sara? Você quer brincar na neve?

Ouço sua risada.

– Filho da puta. – me movo para ir atrás dele com uma coragem e raiva surpreendentes... quarto tombo.

– Obrigado por me mostrar o parque. – responde quando Dustin abre a porta do carro, coloco os pés no chão. – E desculpe por arrastar você no gelo.

Ele dá risada e não posso deixar de me sentir muito bem por isso. Vingança.

– Tudo bem, eu mereci depois do seu oitavo tombo. – ele diz com uma careta.

– Mereceu totalmente. – concordo. – Mas foi legal da sua parte me mostrar o parque.

–É.. – ele abaixa a cabeça, talvez envergonhado. – Bom, tchau Sara. – me dá um beijo na bochecha.

Subo pelo elevador, minhas articulações não iriam suportar as escadas depois de hoje. Quando abro a porta vejo Emily no sofá com o notbook em mãos.

– Como foi? – ela pergunta sem tirar os olhos da tela.

Me jogo no outro sofá e solto o ar, preciso de um banho quente. Ela me encara.

– Cruzes, algum caminhão passou por cima de você foi? – ela diz cheia de sarcasmo.

– Não... Dustin me levou pra patinar. – digo me massageando as pernas.

– Ah.. patinar é legal. – ela diz e se vira pra mim. – E ver as pessoas caindo é melhor ainda, quer dizer que idiota não sabe patinar?!

Fuzilo-a com o olhar, pego uma almofada e acerto bem na sua cara.

– Ei sua.. – ela reclama.

– Nem mais uma palavra. – digo e me levanto com destino ao banho quente que tanto mereço.

(TAYLOR)

Segunda feira. O primeiro dia de uma semana de tormentos.

Saio do banho e enrolo uma toalha na cintura, ligo a TV e me deparo com o canal do tempo. Não que tivesse muitas surpresas, chuva hoje e ora ora, tempestade amanhã.

Pego meu telefone e vejo que há varias chamadas perdidas de um único número, decido não retornar a ligação por questões obvias, mas lá no fundo fico com uma pergunta na mente. O que raios essa pessoa quer? Devolvo o celular para a mesinha e me visto.

Quando chego na escola percebo que estou alguns minutos atrasado, droga de transito.

Estou pronto para assinar a lista quando um homem baixinho e meio estranho para na minha frente. Ele parece me medir, que porra.

– Com licença, meu nome é Carlos. – ele se apresenta, aperto sua mão e quando vou retirar percebo certa insistência dele, estranho... – Sou o novo orientador, e tenho que conhecer os professores.

– Ah sim.. han, sou Taylor Grey. – digo meio desconfortado, ele levanta a sobrancelha. – Literatura e teologia.

– Interessante. – ele diz devagar, ajeita seu cabelo que já esta em um nível ridículo de laquê. – Bom, nos vemos por ai.

Tomara que não. Não falo isso, apenas assino a lista e dou meia volta, olho para trás uma vez pra perceber que ele ainda me olha, aperto o passo e finalmente entro na sala. Estranho.

Os alunos parecem se calar, deixo minhas coisas em cima da mesa e finalmente levanto os olhos para a classe.

– Bom dia alunos, alunas e você. – aponto para um menino no meio, seus colegas dão risada e ele conserva a careta. Não consigo evitar bater os olhos na aluna da frente.

Sara fez um coque no cabelo que evidencia seu rosto, esta usando óculos de armação preta que fazem o cinza em seu olhar se pronunciar. Ela parece mais do que concentrada na aula, nada nela indica que guarda magoas de mim ou melhor ela parece não ligar nada pra mim. Ai.

– Vamos começar a aula, abram na página... – digo e escuto o barulho de folhas sendo viradas.

Dou minha aula normalmente, apesar de minha cabeça estar concentrada naquela foto. Sara com outro homem, aparentemente mais velho do que eu. Homem das cavernas ativado.

Durante as duas horas restantes consigo ser o professor que estudei tanto pra ser. Durante duas horas Sara manteve seu olhar de indiferença, chamo os alunos para entregar os trabalhos e quando chega a hora dela entregar não me contenho.

– Uau, fico surpreso que a senhorita teve tempo de fazer alguma coisa. – digo mas me arrepende quase que na hora.

Ela arregala os olhos e abre a boca, vira a cabeça olhando para trás. Só restam alguns poucos alunos na sala que estão dispersos demais pra acompanhar nossa pequena e árdua batalha.

– Do que raios você ta falando? – ela diz com uma nota amarga demais na voz.

Sério?

Sonsa ainda por cima.

– Nada senhorita Morgan, nada que você já não saiba. – digo e me levanto, a cara dela parece ter ultrapassado a surpresa.

Saio da sala de punhos fechados.

(SARA)

Estou pensando seriamente em denunciar professores que abusam de drogas. Mas que saco.

Por que ele disso aquilo? E por que eu deveria saber? Louco, Taylor é absolutamente louco.

Ultima aula do primeiro dia da semana e já estou querendo cometer um assassinato. Estou em calculo avançado e atrás de mim tem uma garota que não cala a boca, já estou a par de com quem ela dormiu e com quem queria dormir e NÃO eu não pedi pra saber nada disso. Merda.

Quando o sinal bate já estou saltando para a porta, mando uma sms para Emily me encontrar no estacionamento. Paro no corredor quando vejo Taylor, ele caminha meio apressado, me lembro do que ele disse mais cedo e de repente estou agindo no automático. Avanço em sua direção, o corredor que leva a sala de informática esta vazio, quando pego em seu braço e o puxo pra lá ele arregala os olhos mas, deixa que eu o leve.

Paro e olho pros lados.

– Agora você vai me explicar o que disse mais cedo. – eu o olho questionadora, ele me devolve raiva e assim ficamos.

– Me arrastou pra cá só pra perguntar algo que você já sabe. – ele cruza os braços no peitoral forte, forço a manter o objetivo da conversa.

– Olha aqui, quer saber você é maluco. – digo isso e me afasto, já não quero saber mais droga nenhuma.

Sinto sua mão no meu braço, me viro bruscamente. A última vez que ele fez isso, a situação não procedeu muito bem.

– Merda.. – exclamo, ele apertou o lugar onde estava roxo por debaixo da blusa. Patinar no gelo.

– Eu sei que você ta saindo com outro cara. – QUE? Ele diz feroz, ele tira o celular do bolso e parece mexer em alguma coisa. – E que é muito mais velho do que eu até, eu juro que pensei que você era...

QUE?

Que? – é só o que eu consigo pensar.

Até que ele me mostra a foto no celular. Não.

Sou eu e meu pai naquele restaurante.

– Antes que você pense que eu te segui, o restaurante é de um amigo meu. – ele declara.

Meu olhos vagam da tela para ele.

– Eu devia saber, garotas assim como você não querem.. – ele não termina a frase.

Quando dou por mim minha mão direita já se chocou violentamente contra sua face. Se alguém viu isso eu estou seriamente encrencada.

– Merda.. sua desgraçada. – ele diz com a mão na face vermelha.

– Você é um tremendo idiota sabia? – digo e sai dali, dou de cara com o corredor cheio de gente que empurro pra abrir espaço.

Corro até o estacionamento, Emily esta no banco do passageiro tirando foto abro a porta do carro e bato com a mesma rapidez.

– Ei.. calma. – ela diz. – Que bicho de mordeu?

– Nenhum. – digo.

Dirijo velozmente sem me incomodar com multas ou o caralho que for.

– SARA NÓS NÃO ESTAMOS NA INGLATERRA, DIMINUI. – Emily grita, ela esta quase se fundindo no banco.

– E EU NÃO SOU SURDA. – grito devolta ao mesmo tempo que diminuo.

Começo a me lembrar da batalha. Com que direito ele tem uma foto minha? E por que se importa? Oh espera... ele se importa.

Começo a dar risada. Primeiro porque ele se deu ao trabalho de ficar bravo por eu estar na companhia de outro homem, segundo porque ver ele com aquela cara de dor depois que eu o estapeei foi incrível.

– Hã... Sara? – Emily me olha, ela esta encostada na porta do carro com o olhar assustado. – Amiga para de fumar.

Paro de rir. Um pensamento indesejado toma minha mente e meu corpo.

Ele se importa. O que isso quer dizer?


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Notas finais do capítulo

Ta beleza? Ta ok? Ta ruim?
Enfim galera, agora nós vamos conversar... no momento estou tendo provas e trabalhos pra apresentar, e também tenho que estudar pro ENEM! Resumindo... ai fode né?! Pois bem, não sei quando vou postar novamente :/
Prometo escrever quando tiver tempo e postar, teremos mais de Sara e Taylor românticos e tarados? Ah sim o/
Amei o review da Ju, sigam o exemplo seus unicórnios malvados u.u
Saudações e Adeus pros caçadores de plantão e até mais!



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