O Recomeço do Sempre escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 57
Fortes emoções


Notas iniciais do capítulo

tudo bem dessa vez eu bati o meu record, 7900 palavras. esse capitulo ficou gigante, mas tem tudo o que eu precisava que tivesse.
eu confesso que estava enrolando para escrever esse capitulo, porque eu simplesmente não quero que acabe,ai eu dou a desculpa de que não sei o que escrever, mas na verdade eu sei exatamente só não quero, porque vai acabar alguma hora.
mas assim como hoje que eu sentei no pc as 18 e disse que não sairia daqui sem um capitulo e aqui estamos nós.
bom não vou ficar falando muit, só que eu chorei com quase todos os comentarios do capituilo anterior, viram que eu andei respondedno os comentarios antigos?? pois é,, ainda tem mas eu ainda vou responder.
obrigado Mytieli e Ashley, esse capitulo não sairia sem vocês e Helen simões obrigado pela recomendação, ficou linda!
bom capitulo para vcs.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/453398/chapter/57

P.O.V. Katniss.

— Para Peeta, para! — eu grito para ele descendo as escadas o mais rápido que a minha barriga de 7 meses, indo para 8, me permite.

— Não Kat, espera! — o ouço vindo atrás de mim e mesmo tendo uma perna sendo prótese ele consegue me alcançar. Ele segura meu braço sem força e me puxa para ele, eu me viro e dou de cara com seus rosto a centímetros do meu, nós dois estamos sorrindo, culpa da crise de risos que tivemos minutos atrás. — Só mais uma vez! — ele pede sorrindo.

— Não! — eu digo e me solto indo para a cozinha. Toda essa corrida por menor que tenha sido me cansou. Pego um copo e a jarra de água na geladeira enchendo o copo.

— Por que não? — Peeta entra na cozinha e vem em minha direção.

— Porque você não vai conseguir se conformar só com uma vez! — me apoio na pia e ele cola o corpo no meu, ele tira o copo da minha mão e termina de beber a minha água, eu ponho a jarra na pia e saio de perto dele.

— Não adianta fazer charme Mellark, não vai ter mais nenhuma vez.— eu digo e ele faz bico, ele parece uma criança.

— Eu juro que é a ultima vez! Só mais uma! — ele se aproxima de mim colocando o copo na mesa. Ele se aproxima de mim com os olhos azuis pidões, eu reviro os olhos.

— Ta bom! Só mais uma! — eu digo ele sorri chega mais perto e se ajoelha devagar, e eu puxo a camiseta dele que eu estava vestindo para cima da minha barriga, e lá estava, o pezinho pequeno da minha pequenina Prim desenhado em minha barriga, Peeta coloca uma mão de um lado da minha barriga e prepara a outra e mesmo antes eu já estou rindo, acontece que quando acordei e fui tomar banho me deparei com a imagem do pé na minha barriga e gritei por Peeta ele ficou muito tempo babando nele mas com medo de tocar, então depois que eu tomei banho ele pegou uma folha de papel e colocou em cima da minha barriga e foi passando o pincel delicadamente sob as linhas do pezinho, e acabou fazendo cócegas tanto em mim quanto em Prim, e as cócegas em mim acabaram aumentando com o movimento que Prim fez dentro de mim quando sentiu, mas não tirou o pé daquela posição só se agitou um pouquinho. Mas eu não consegui não rir, então Peeta repetiu o gesto porque ele queria senti-la mexer, me provocando mais cócegas até que eu não aguentei mais e sai de perto dele e aqui estamos nós.

Ele encosta levemente o dedo no pezinho e faz círculos com a ponta da unha delicadamente, eu começo a rir então ela se meche e eu rio mais ainda saindo de perto de Peeta tentando recuperar o fôlego.

— Eu amo essa risada! — ele diz pegando meu rosto nas mãos e me beijando, Prim se meche entre nós dois e nós nos separamos. Ele ri. — parece que alguém está com ciúmes!— ele diz e se abaixa de novo. — Saiba que eu tenho certeza que vou amar muito a sua risada também tanto quanto eu te amo já. — e como em resposta ela se agita novamente e ele sorri se levantando. — Eu tenho que fazer o quadro do 8° mês com essa cena, esse pezinho! — ele diz e começa a sair da cozinha.

— Ainda falta uma semana para o 8° mês Peeta, até lá pode ser que o pé dela não esteja mais onde está.

— Não importa, eu tenho que ter um quadro dos meses com esse pezinho ai! — ele vai até a sala e desce para o porão, eu suspiro e me sento no sofá o esperando subir com as coisas, já sei que vou ter que ficar mais tempo do que o habitual parada, porque ele vai querer pegar cada detalhe dessa barriga.

A gravidez estava sendo uma experiência bastante estranha, mas eu estava de certa forma me acostumando, sim eu nunca pensei que diria uma coisa dessas mas, eu estou me acostumando a gravidez, já não estava mais tão desesperada como antes, mas ainda me assustava quando Prim resolvia se mexer do nada, o que ela fazia muito, principalmente quando começava a acontecer algo mais carnal entre eu e Peeta, ele diz que ela tem ciúmes da mãe, mas eu acho que ela só está tentando nos lembrar de que ela está ali, e de que certas coisas não são feitas na frente de crianças.

Quando Peeta volta ele está cheio de coisas na mão,começo a me levantar para ajudar mas ele me interrompe.

— Não, não! fique ai, eu me viro, não faça nada que possa fazê-la tirar esse pezinho daí! — ele diz colocando tudo no chão para arrumar a tela.

— você fez cócegas Ana gente um milhão de vezes hoje e ela não tirou, duvido que alguma coisa a faça tirar.

— Só por via das duvidas, não se mexa!

— Isso quer dizer que não vou precisar ficar na cadeira dessa vez?

— Não, só dessa vez!

— Essa é a penúltima vez!

— Nem me fale, eu nem acredito que no próximo mês já vamos ter a nossa pequena aqui com a gente.

— Um mês e uma semana, lembre-se de que ainda não estamos no oitavo mês.

— Eu sei. Como você acha que vai ser quando ela estiver aqui?

— Eu não sei, eu não consigo nem imaginar.

— Ah eu imagino, imagino muito a muito tempo. Será que ela vai ser loira de olhos cinzas ou morena de olhos azuis? Ou nenhum dos dois, talvez ela puxe os meus traços mas com a sua personalidade, ou os seus traços com a minha personalidade.

— Acho melhor esperarmos para ver!

— você sempre diz isso quando o assunto é probabilidades!

— Eu sei!

— Chegou outro convite ontem!

— Eu vi! — tem chegado vários convites para inaugurações na capital, nos chamando para sermos os convidados de honra, nós e todos os símbolos da paz os vitoriosos sobreviventes e os que ajudaram na revolução. Effie liga sempre e fica horas insistindo para que apareçamos. Dizendo que não há mais perigo mas ainda me sinto estranha indo para lá. As coisas mudaram eu sei, não há mais perigo em estar lá, mas mesmo depois de todas as obras para reformar os prédios luxuosos em lugares que pessoas de todos os lugares e tipo pudessem habitar para transformar, a capital em mais um distrito, só um pouco mais formal do que os outros 13, mesmo depois de tudo o que virou para mim sempre será o lugar onde tentarem me matar e transmitir pela TV, o lugar em que torturaram Peeta até sua mente ceder, o lugar onde mataram a minha irmã. Estávamos usando a desculpa do bebê que não podíamos simplesmente sair nos últimos meses de gestação, mas em breve não teríamos mais essa desculpa. Paylor diz que mesmo depois de tudo o que fizemos é importante que apareçamos de vez em quando para mostrar que ainda estamos bem , que ainda estamos reconstruindo nossa vida, ela diz que querendo ou não somos os símbolos da paz, mesmo que não houvesse um titulo para nós as pessoas continuariam nos vendo como exemplo, e que elas ficam alvoroçadas quando pensam que sumimos, Paylor diz que eles acham que a capital pode tomar o pode r de volta a todo o tempo e diz que eles estão certos em desconfiar, e diz também que eles colocam a confiança em nós e de que precisamos mostrar que estamos bem, mesmo sem querem nós somos obrigados a fazer isso pelo bem do povo. Lembro-me de uma coisa que Haymitch nos disse na nossa turnê da vitoria depois dos primeiros jogos “vocês nunca vão sair desse barco” ainda estava valendo, mas dessa vez é verdade, não precisamos fingir, nem mentir para todos, apenas aparecer e mostrar que ainda estamos bem, mas mesmo assim é difícil.

— Um dia nós teremos que aparecer!

— Eu sei! Mas Prim não pisa naquele lugar, não importa que não haja mais perigo, eu não a quero lá, tanto quanto eu não quero ir, mas se temos mesmo que aparecer em alguma hora, Prim vai ficar, com Greasy ou Delly aqui!

— Com toda a certeza. Delly não se incomodaria nada e cuidaria com todo o carinho, ela adora crianças.

— Ela vai ser uma boa mãe!

— Sim ela vai! Agora por favor fique parada quanto mais sedo começarmos mais sedo terminaremos!

— você vai se atrasar para a padaria!

— É para isso que eu tenho a Delly, Agenor, Tadew e Alicia! Para quando a minha filha resolve colocar o pé tão forte na barriga da mãe a ponto de aparecer do lado de fora, eu poder pintar calmamente um quadro com a imagem!

— Certo você os contratatou só por causa disso?

— Exatamente! — eu reviro os olhos e fico parada, na posição que ele geralmente me coloca para pintar a barriga. — Alicia vai sair da padaria no próximo ano!

— Por que?

— Ela quer estudar, estão fazendo faculdades em alguns distritos ela vai para um que já tenha.

— Ela faz bem!

— Foi o que eu disse a ela, ela disse que a maioria do que ela ganhou na padaria que não foi para ajudar a Avo e os pais ela guardou para poder se manter fora enquanto estuda.

— Ela é uma boa garota!

— Sim! Mariliza está querendo o cargo dela quando ela for.

— você vai dar?

— Eu não sei, acho que vou esperar ela crescer mais um pouco ela nunca foi muito controlado quanto aos doces que eu dava para ela, duvid0 que consiga ser em uma padaria o dia inteiro rodeada deles.

— Isso é verdade. — sinto Prim se mexendo dentro de mim e mudo de posição.

— Katniss! — Peeta reclama.

— Sua filha está pedindo para mudar de posição, sabe coloca um bebe parado na mesma posição e o obrigue a ficar, tenho certeza de que a única coisa que você vai conseguir será fazê-lo chorar!

— E depois você diz que não sabe como cuidar de uma criança, agopra eu já sei que minha filha é hiperativa igual a mãe e não cosegue ficar parada!

— Acho que é porque eu não fiquei parada durante a gestação!

— Eu que o diga! Agora tente não se mexer.

Quando Peeta finalmente me libera está perto da hora do almoço e ele está muito atrasado para a padaria sendo que ele deveria estar lá desde sedo.

— Vai logo Peeta antes que te matem! — eu o empurro para a porta as mãos dele ainda estão sujas de tinta.

— Não eu tenho que fazer alguma coisa para vocês almoçarem! — desde que descobrimos o sexo de Prim, Peeta não fala mais comigo como se eu fosse um, o que está certo já que eu não sou!

— Não se incomode, eu vou para casa de Greasy eu me lembro de ter te avisado e foi por isso que você disse que ficaria direto na Padaria então!

— Isso foi antes do meu bebê dar o ar de sua graça!

— Vai logo Peeta a gente vai ficar bem!

— Tudo bem! — ele diz, eu paro de empurrá-lo e ele vai para a porta eu o sigo, quando está na escada ele se vira. — Esqueci uma coisa!— ele diz entrando de novo.

— O que? — eu digo olhando em volta, e quando me viro de novo ele me puxa e me beija vagarosamente. Eu o beijo de volta sorrindo. Ele me solta e sorri.

— Eu te amo!

— Eu sei! Vai logo!

—Não era essa resposta que eu esperava mas tudo bem! — ele sai agora para valer.

— Peeta! — eu grito para ele quando está quase no portão da vila. Ele se vira e começa a andar de costas — Nós também te amamos! — eu digo e ele sorri e vai!

Subo coloco as minhas botas e também saio. Quando chego Greasy me atende. Nós conversamos e almoçamos.

— Sua barriga está muito linda! você com certeza é uma das grávidas mais lindas que eu já vi.

— Ai meu Deus Greasy, não me deixe com vergonha! Obrigado!

— De nada, então já aceitou o fato de que vai ter um filho?

— Já, isso já é bem obvio! — eu aponto para a minha barriga e ela ri.

— Não eu quis dizer psicologicamente.

— Ai eu já não sei, só vou saber quando ela estiver aqui fora, e eu nem sei como eu vou fazer isso.

— Bom primeiro vai doer, doer muito, muito mesmo! e depois vai doer mais, muito mais, mas ai quando ela estiver nos seus braços tudo vai valer apena!

— Eu não quis dizer nesse sentido, mas obrigado pela informação. Eu vou fazer Parto normal! Mary diz que a recuperação de um parto normal é bem mais rápida e eu quero me recupera bem rápido para estar pronta para o que vai vir.

— Nossa então sabe a parte que eu falei que ia doer?

— A que ia doer muito, ou a muito mais?

— A muito mais! Vai doer muito mais mesmo!

— Obrigado por mais essa informação. Mas eu já estou acostumada com a dor, e com a recuperação dela.

— Foi uma linda homenagem a que você e Peeta fizeram colocando o nome de Primrose na filha de vocês.

— Acho que nem teria outra opção de nome!

— Teria sim, teriam muitas opções e vocês escolheram aquela, e foi muito bonito, do mesmo jeito que foi muito bonito você ter aceitado ter um filho pelo Peeta.

— Vai ser bom para mim...

— Katniss para de diminuir o tamanho dos seus feitos. Apenas diga “obrigado”

— Obrigado! Mas e por aqui? Como estão as coisas?

— Bom agora que Cody e Corry tem idade para ir para escola está tudo muito calmo, estou sentindo falta de cuidar de crianças, ainda bem que está vindo uma para me tirar desse tédio maternal!

— Que bom que você vai poder me ajudar com isso, se não eu não saberia nem por onde começar! Eu estou entrando no penúltimo mês e não sei o que tenho que fazer.

— Deixe as coisas do bebê prontas, já que a bolsa pode romper a qualquer hora mesmo antes do 9° mês, e deixe algumas coisas suas também arrumadas para levar para o hospital, tenho certeza de que o Peeta vai surtar então peça a ele que ligue para mim, não importa que horas sejam, vão direto para o hospital e a partir daí é só fazer o que a medica mandar.

— você acha que o Peeta vai surtar?

— Tenho certeza. Simon e Sebastian surtaram muito, se eu não estivesse em casa eles iam fazer as esposas terem os bebês aqui mesmo.

— Mas isso melhorou né, no segundo e terceiro filho.

— Homem é homem Katniss, eles sempre surtam nessas horas! Com Alicia foi a pior, porque foi a primeira então ficou Sebastian surtando de um lado, Simon do outro e até Sam que mal tinha saído da adolescência, foi muita correria no parto de Ali. Ela sempre ri quando conto a historia. Sam não gosta muito porque ela diz que ela era muito inútil na época, agindo como uma adolescente rebelde.

— Como ela está, eu soube que o namorado dela estava aqui, ele finalmente resolveu se mudar?

— Não sei, eles não contam muito para nós sobre como está o relacionamento, eles saíram tem algumas horas, ela parecia nervosa, eu acho que eles estão terminando.

— Mas ela gostava tanto dele!

—Sim! Estamos parecendo adolescentes fofoqueiras aqui! — nós rimos e o telefone toca, a esposa de Sebastian Atende.

— Greasy é para você! — ela diz entregando o telefone.

— Alo? O que? Fala com calma Simon eu não estou entendendo nada? Você não vai matar ninguém. Me fala o que está acontecendo? Tudo bem Simon eu já entendi, você vai matar ele, mas agora relaxa um pouco e me fala o que aconteceu! — ela ouve por alguns segundos, então sua expressão se fecha, e ela se levanta. — Onde vocês estão, tudo bem eu estou indo para aí, não saiam. Fale para o Peeta dar alguma coisa para ela se acalmar, não vai fazer bem para o eles ela ficar desse jeito. Eu estou indo. — eu fico nervosa o que Peeta tem a ver?

— O que aconteceu?

— Emergência de família! Eles estão na padaria de Peeta. Vamos! — ela pega o casaco nas costas da cadeira e sai correndo eu a sigo tentando andar o mais rápido que minha barriga deixa enquanto Greasy me explica o que aconteceu.

(...)

O dia está uma loucura na padaria tem gritos por todos os lados, choro e os clientes que não tem nada a ver com nenhum dos casos tentando decidir para qual olhar, mas vamos do começo.

Quando eu cheguei na padaria fui recebido com o afeto carinhoso de minha irmãzinha emprestada!

— PEETA MELLARK, ONDE DIABOS VOCÊ SE METEU?

— Bom dia Delly, sim eu estou ótimo obrigado por perguntar.

— Eu não estou nem ai para como você está, recebemos três encomendas grandes e eu tive que fazer uma inteira sozinha!

— Obrigado pela consideração! — Agenor Grita da bancada.

— Agenor ajudou um pouco!

— Desculpe, eu estava em casa, com a Katniss, eu disse para vocês que agora eu vivo em função da minha família. — eu digo indo para a cozinha e pegando meu avental.

— Mas você continua tendo obrigações aqui Peeta! você é o dono da padaria! Nada aqui funciona direito sem você segurando as rédeas!— ela diz enquanto eu lavo as mãos e olho as encomendas, realmente eram muita grandes.

— Dois casamentos e uma festa de aniversario! — é o que tem para hoje, fora as coisas que tem que ficar na padaria para serem vendidas.

— Sim! As coisas do aniversario foi a entregas que eu fiz. Mas os casamentos ainda nem comecei e tem que ser entregue até as 18.

— Tudo bem então vamos começar logo. Não temos tempo a perder.

Cozinhamos correndo varias coisas ao mesmo tempo, eu Delly e Agenor, Tadew assumiu a bancada e a recepção e Alicia continuou com o que sempre fazia, mas ia para a cozinha sempre que podia para ajudar. Com tantas mãos e com a pressa conseguimos fazer as duas encomendas até as 17.

— Pronto acabou! — eu digo olhando para tudo o que fizemos, ouço gritos do lado de fora e olho para Delly ela está picando a carne que vai nos recheios. Ela levanta a sobrancelha, ouço alguém chorando, é choro de mulher e mais gritos.

— Peeta é melhor você vir aqui! — Alicia diz.

— O que está acontecendo Ali?

— A minha tia ela... é melhor você vir! — eu olho para Delly de novo e vou ver o que está acontecendo.

Sam está jogada em uma das minhas mesas e ela chora mais do que eu já vi alguém chorar, Simon e Sebastian estão do lado dela discutindo alguma coisa um com o outro. Ali se senta ao lado da Tia e a abraça passando a mão nos cabelos loiros dela, Sam chora mais e soluça, começo a prestar atenção na conversa.

— Eu vou matar ele! — Grita Simon!

— E do que vai adiantar? você quer ir pra cadeia por um verme daquele?

— você quer deixar para lá o que ele fez com Samanta?

— Não disse isso! Eu só disse que não vale apena matar, mas eu não espantei nenhuma ideia de machucar bastante! — então os dois param de brigar e começa a rir.

— Calem a boca! Calem a boca, apenas calem a boca! — grita Samanta em meio aos soluços.

— Sami está tudo bem! a gente vai acabar com aquele sem vergonha!— Simon se senta do outro lado da irmã e a abraça.

— Eu não quero que vocês façam nada além de calar a boca! — todos os clientes estão olhando.

—Meu Deus que bagunça é essa o que está acontecendo aqui?

— Peeta desculpe a gente ter invadido a sua padaria mas ela não está conseguindo andar e aqui era mais próximo do que a nossa casa ou o Prego.

— Tudo bem! eu só quero saber o que está acontecendo. — eles me contam o que está acontecendo e Sam começa a chorar de novo, nem tinha percebido que ela tinha parado, Alicia a abraça de volta mais forte. — Okay! Simon ligue para a sua mãe, ela vai saber o que fazer, e por favor não mate ninguém na minha padaria, não quero guardas sujando meu piso!

— Tudo bem! — ele liga para a mãe e uma amiga de Sam Chega e Ali conta toda a historia de novo fazendo Sam chorar mais alto e Simon voltar a repetir a historia de matar. — Peeta, ela falou para você dar alguma coisa para ela se acalmar um pouco que não vai fazer bem para nenhum dos dois! Ela disse que você sabe o que fazer.

— Tudo bem! eu já volto.

Vou para a cozinha para fazer o chá que Greasy me ensinou para acalmar, ela me ensinou na época em que eu ainda morava sozinho e as crises eram mais freqüentes, ela achou que pudesse ajudar, mas só me fez dormir e causar mais pesadelos.

— você ouviu? — eu pergunto passando por Delly que ainda está cortando carne.

— E tem como não ouvir com Simon gritando daquele jeito? Estou até com medo de chegar lá.

— Ta uma confusão, tenho certeza de que perdemos muitos clientes, mas do jeito que a Sam está nem importa.

— Ela está mal?

— você também não ficaria?

— Obvio, me sentiria um lixo. Choraria como ela está fazendo e depois assumiria a postura que Simon está tendo! Só que eu pegaria essa faca e ficaria bem no olho dele! — ela diz levantando a faca. Eu rio e me viro para fazer o chá. — AI! AI!AH— Delly começa a gritar e eu me viro rápido e vejo a cena que u jamais esperei ver, pelo menos não vinda de Delly, a faca grande e afiada está fincada na carde, e junta da carne há sangue, muito sangue e também a mão de Delly! — AI PEETA, TIRA, TIRA! — ela começa a gritar, eu não sei o que fazer, corro para ela e mecho na faca quase mal encostando e ela grita. —AI!TIRA DE UMA VEZ! — ela fecha os olhos e vira para o outro lado tem lagrimas no seu rosto, eu estou desesperado por dentro, mas sei que por fora devo só estar com cara surpresa.

— Se prepara Delly, isso vai doer! — ela afirma e seguro o cabo da faca , ela geme, eu me preparo mentalmente, um, dois, três! Eu puxo a faca com força a tirando da mão dela, ela grita mais do que tudo, e eu jogo a faca no chão e corro para ela. — Delly! Ela está ajoelhada no chão abraçando a mão ferida contra o peito sujando todo o seu avental, o sangue pinga no chão.

— O que está acontecendo aqui. Nós ouvimos gritos! — não consigo ver por estar em baixo ajoelhado com Delly que grita, grunhe e chora, eu me levanto um pouco.

— Delly se machucou muito! — eu me levanto e seguro o braço não ferido de Delly. — Venha eu vou te levar para o hospital! — eu a levanto enquanto ele repete e choradeira e a gritaria, quando Agenor vê a mão dela sua expressão teria sido engraçada se o momento não fosse apavorante.

— Ai meu Deus como ela fez isso?

— Ela finco a faca na própria mão ao em vez de na carne.

— Greasy chegou! Ela está com a Sam! Katniss veio com ela. — ele me avisa eu passo a porta com Delly, seus olhos estão tão vermelhos que eu mal os reconheço, ela chora, e geme de dor. Evito olhar para a mão dela, visão de ferimentos geralmente me afetam bastante. Quando chego a bancada olho ao redor, Greasy agachada sussurrando com a filha Simon e Sebastian dos lados, Alicia encolhida ao lado do pai, e Katniss atrás de Simon ela me olha com esperança, eu sei o que ela está pensando, algo normal em meio a essa confusão, mas não é isso que ela encontra, passo com Delly pelas mesas e chegamos a mesa deles, o olhar de Katniss, passa de mim agarrado com Delly para o rosto de Delly chorando e gemendo de dor, para a ferida na mão dela e de volta para mim.

— Eu vou levá-la no hospital! Fica aqui cuidando de tudo? — ela afirma, e Delly grita se encolhendo contra mim de dor, a mão dela encosta no meu avental o sujando de sangue, não olho ela grita e chora, e então Samanta volta a chorar, e é esse o momento em que os clientes tentam se decidir a qual confusão devem se concentrar. — Vamos Delly! O hospital não é longe! — Katniss me encara até me perder de vista eu levo Delly o mais rápido que consigo, o hospital fica a alguns quilômetros da Padaria, nem valeria apena chamar uma ambulância, quando chegamos eu grito com uma enfermeira que me fala para ter calma e diz que temos que esperar sentados. — Tinha uma faca fincada na mão dela e você está me pedindo para ter calma, ela precisa de um medico não de calma! — mas não adianta, a enfermeira me faz assinar algumas papeladas e temos que esperar para sermos atendidos, sentados em um banco na sala de espera. — Sabe! Hoje de manha, dava para ver o pezinho de Prim pela barriga de Katniss! — eu digo tentando distrair Delly da dor. Ela me olha e começa a chorar de novo.

— Isso é muito fofo. Se minha mão não estivesse ferida e ensanguentada eu bateria palmas e pularia!

— Delly Cartwright! — um medico alto moreno e bronzeado demais para o 12 a chama e nós nos levantamos, eu a levo até o doutor. — Nossa o que foi que aconteceu aqui mocinha?— Delly ainda não tinha olhado para o doutor ela olha fixamente para a mão ferida tentando avaliar o estrago eu acho.

— Mocinha? Eu tenho 26 anos, só porque sou baixin...— ela para de falar quando encara o doutor, o doutor a encara de volta. Ela da um meio sorriso. — Oi!

— Ola! — o medico fala e sorri também! E eles continuam se encarando, com licença o que está acontecendo aqui? El está com a mão sangrando será que dá apara vocês se encararem depois? Eu pigarreio fazendo o doutor voltar a realidade— Temos um ferimento bem feio aqui em! — ele finalmente diz. — Vamos dar um jeito nisso, o senhor pode ficar aqui e esperar se quiser.

— Eu vou junto!

— Posso dar uma olhada? — ele pergunta estendendo a mão para Delly ela entrega a ale ainda o encarando, ele segura a mão dela delicadamente, sem nojo ou medo e analisa o ferimento. — seria bom dar uma limpada antes. — ele diz. — Venham por aqui, vamos para o meu consultório para ver isso, ele não solta a mão de Delly, mas não parece que a está machucando, não acharia isso nem se ela estivesse gritando, a leveza com que ele está segurando a mão dela é quase impossível de existir, Delly continua o encarando enquanto andamos até uma sala branca, exatamente do mesmo jeito da sala em que fazemos o pré natal de Prim, só que sem as coisas de grávida nas paredes, nessa não tem se quer um postar na parede. O medico senta Delly com cuidado em uma maca e eu me sento em um banco dando espaço suficiente para eles trabalharem, ele limpa o ferimento delicadamente, uma delicadeza que eu jamais havia vista em um medico. Delicadeza até demais eu diria. — A propósito, meu nome é Elliort.

— Oi! — Delly repete ainda o encarando, ele sorri.

— Ola! — ele repete. — eu vou dar alguns pontos, não foi tão profundo quanto parecia com todo aquele sangue em volta, mas você vai ficar sem usar a mão direita por um bom tempo.

— Que sorte eu ser canhota.

— Eu também sou!

— Que coincidência! Dizem que canhotos atraem outras pessoas canhotas! — ela diz sorrindo.

— Então deve ser verdade! — Delly olha para a mão e sorri. Opa estou sentindo alguma coisa aqui? Será que estou virando uma vela acesa em um candelabro no canto da sala? Eu pigarreio.

— Então ela vai ficar bem? — eu pergunto, e como se só agora os dois prestassem atenção em mim, eles se viram.

— Vai sim, com certeza. Mas eu adoraria saber como foi que isso aconteceu.

— Eu trabalho na padaria dele, e estava cortando algumas carnes dos recheios, me atrapalhei um pouco e medi errado o espaço entre a minha mão e a carne.

— Ui! Padaria dele? então o senhor é... o Mellark, Peeta Mellark. — ele disse como se para si mesmo, tirando as conclusões sozinhos. — casado com o tordo! — eu afirmo, eu sei o que eles está fazendo um reconhecimento para saber se Delly está solteira.

— Exato! Que bom que a minha irmãzinha solteira e desinibida ficará bem! — eu digo Delly me olha com reprovação, mas Elliort da um leve sorriso para mim entendendo o que eu acabei de fazer.

— Bom. Eu acabei de dar os pontos, vou te receitar alguns remédios. E na próxima semana você volta para que eu possa olhar os pontos para ver se está tudo certo, vou colocar essas ataduras para que não entre nada que não queria na ferida e você pode ir para a casa! — ele coloca as ataduras e anota algumas coisas em um papel e entrega, ele oferece a mão para ela para ajudar a descer da maca e eu vou até ela.

— Bom então eu volto na próxima semana! — ela diz.

— Estou contando com isso! — Delly sorri e cora. — Até então Elliort!

— Até Delly, senhor Mellark.

Quando saímos do hospital Delly suspira. E depois me bate com a mão boa.

— Ai o que foi?

— “MINHA IRMAZINHA SOLTEIRA E DESINIBIDA” ?

— A por favor você bem que gostou que eu tenha dito, e ele gostou de ouvir, eu percebi o clima lá.

— Ai você viu aqueles olhos?

— Eram olhos normais!

— Não eram os olhos dele, me fez sentir segura, e eu me esqueci da dor assim que coloquei os olhos nele.

— Eu não te vejo assim desde o...

— Não fale o nome dele! eu não quero lembrar! Já foi é passado. E sim, eu me sinto exatamente daquele jeito agora. você acredita em amor a primeira vista?

— Está perguntando para mim? É obvio que sim!

— Eu acho que aconteceu comigo agora!

— E não só com você! com ele também.

— você acha?

— “estou contando com isso” fala serio né! — ela ri.

— Ai Peeta! — eu a abraço e nós voltamos já está tarde então fomos direto para a nossa vila.

(...) P.O.V. Katniss.

Se eu não entendi muito bem a historia enquanto Greasy contava com certeza não entendi na padaria com Sam contando em meio aos soluços.

— Ele disse que a gente precisava conversar! — ela disse contando pela terceira vez tomando um chá, e respirando fundo ao fim de cada frase, Greasy tinha razão, ela e o namorado, aquele que ela se apaixonou no 13 e estava aqui, bom ele tinha vindo a três meses atrás e foi embora de volta e agora voltou, mas dessa vez foi para terminar.— eu já estava desconfiada de que ele queria terminar, mas eu estava desconfiada de outra coisa também, então eu falei para ele esperar até hoje, eu fui e comprei um teste, e deu positivo, eu achei que ele fosse ficar feliz, e desistir de terminar mas ele não fez isso, ele disse que não queria um filho e que principalmente não queria um filho comigo, disse que ele tinha uma noiva no 13, e que ele só ficou comigo porque a relação deles estava chata, ele disse que descobriu que a amava mais do que gostava de se divertir e a pediu em casamento, e só depois veio terminar comigo, ele disse que não queria esse filho, ele disse que eu podia jogar no lixo se quisesse, que ele não se importava, ele disse que não ia mais voltar, e disse para eu não ir procurá-lo, e então ele se foi! Ele me deixou sozinha gritando no meio de um beco, eu andei chorando atrás dele até perto da estação então eu cai e fiquei no chão, Simon estava voltando da estação com umas encomendas e me achou.— agora eu entendi, mas acho que era melhor não ter entendido.

— Filha, o que você vai fazer?

— Eu? Eu vou parar de chorar! — ela diz se levantando da cadeira. — não importa o quão canalha ele tenha sido comigo, não importa que ele tenha me iludido, me usado, nada que ele tenha feito de ruim para mim vai me fazer jogar essa criança fora só para não ter nada mais dele comigo. Ser mãe sempre foi o meu sonho, e eu vou realizá-lo sozinha! Eu não quero mais sofrer por ninguém! — essa sim era filha de Greasy, depois de um bom tempo chorando ela se reergueu.

— Isso. é exatamente isso que eu espero de você Samanta, eu estou muito orgulhosa, e muito feliz, eu vou ser avó, pela sexta vez! Sétima na verdade, eu considero a de Katniss minha neta também! — eu sorrio para ela.

— Katniss! Peça desculpas ao Peeta, pelo transtorno que eu causei aqui, eu sinto muito, mas foi necessário para eu ver o quão estúpida eu estava sendo! Obrigado

— Tudo bem! tenho certeza de que ele não se importa desde que você esteja bem!

— Eu vou ficar!

— Mas isso não queria dizer que agente não possa fazer uma visita rápida ao 13 para quebrar a cara de um mauricinho desgraçado. — Diz Simon ele e Sebastian riem, Samanta apenas revira os olhos. E juntos eles saem, Alicia e Greasy abraçadas com Sam uma de cada lado, e Simon e Sebastian saem atrás fazendo planos de como iriam quebrar a cara do sujeito. Ficamos apenas eu e Agenor na Padaria.

— Já está tarde, Peta deve ir para a vila com Delly ela vai estar machucada, eu vou fechar tudo e ai a gente vai eu te acompanho.

— Obrigado! Uma confusão e tanta aqui hoje!

— Nem me fale, se não fosse as encomendas o dia teria sido um prejuízo e tanto no caixa.

— Como a Delly fez aquilo na mão?

— Ela estava cortando carne, e cortou a carne própria!

— Ai!

— Exatamente, foi o que ela gritou centenas e centenas de vezes!

Quando Peeta chega eu na estou em casa.

— Desculpe a demora, tivemos que ficar esperando para sermos atendidos, e Delly ainda ficou flertando com o medico, ou o medico ficou flertando com a Delly, não sei dizer!

— Tudo bem! Eles ficaram flertando?

— Sim, por um longo tempo! Ele parece ser um cara legal, e Delly acha que se apaixonou a primeira vista. — eu rio.— como foram as coisas com Sam, desculpe ter te deixado sozinha com aquela bagunça toda!

— Tudo bem, teve só mais alguns minutos de choradeira e depois ela caiu em si, uma autentica filha de Greasy se auto recompõe! E ela o fez, disse que não importa o que ele tenha feito, que ela ia criar o filho dela sozinha, e que ia ser melhor assim! Mas Simon e Sebastian ainda tem planos de como quebrar o pescoço dele e fazer parecer um acidente.

— Aposto que sim. Eu preciso de um banho! — ele vai para o banheiro e quando volta se joga na cama. — O pezinho dela ainda está ai? — eu afirmo ele puxa a minha blusa e encosta a cabeça na minha barriga tentando ouvir alguma coisa, e minutos depois sinto o peso de sua cabeça e vejo que ele dormiu. Esse foi um dia e tanto mesmo.

(...)

Acordo com um salto quando sinto uma coisa. Me sento rápido e puxo a coberta, como eu havia suposto a cama está molhada. Ai meu Deus, a minha bolsa estourou! Mary disse que assim que eu fizesse 9 meses podia estourar a qualquer momento, mas eu não esperava que fosse agora. Eu olho no relógio 02:23, não podia esperar amanhecer?

— Peeta? — eu sacudo seus ombro.

— Hum? — ele reclama acordando. — O que foi?

— Estourou!

— O que? — ele se senta ainda sonolento, e me olha eu aponto para a cama e para as minhas roupas.

— A bolsa Peeta estourou! — ele arregala os olhos, e pulana cama em um salto.

— AI MEU DEUS! — e assim como Greasy disse ele começa a se desesperar. — o que a gente tem que fazer mesmo? não calma, calma eu lembro, Mary falou exatamente o que temos que fazer, temos que arrumar uma bolso com as coisas da Prim!

— Peeta bolsa já está pronta a um mês!

— Certo então a sua!

— Também!

— Ta então nós temos que... — ele começa a andar em círculos pelo quarto e eu sinto algumas pontadinhas de dor que estão aumentando.

— Peeta? — ele continua andando pelo quarto. — PEETA! — ele me olha e se joga ajoelhado do meu lado.

— Está doendo não está ai meu Deus, calma respira! — eu não sei se ele disse isso para mim ou para ele mesmo.

— Liga para a Greasy!

— Mas você...

— Liga para a Greasy! Só faça isso, ligue para ela, e diga que está na hora.

— Está tarde você tem certe...

— Peeta faça o que eu...—sinto uma dor bem mais forte do que as pontadinhas, mas não emito som porque eu sei que qualquer som que eu fizer vai fazer o Peeta enlouquecer de vez. Eu respiro fundo e ignoro a dor, por enquanto ainda é possível ignorar. — apenas ligue para a Greasy!

— Tudo bem eu já volto. — ele diz e sai correndo tropeçando nas coisas e batendo nas paredes, eu rio, até que eu sinto outra vez e como ele não está aqui me permito gemer.

Com toda a força do mundo eu me levanto e começo a andar devagar até o quarto de Prim onde eu arrumei tudo o que eu iria precisar na hora do parto, uma bolsa com as coisinhas de Prim, uma bolsa com as minhas coisas, as papeladas do hospital, tudo pronto coloco no chão na escada, olho para as minhas roupas decido traçar penas o short que está completamente molhado mas é com muita dificuldade que eu consigo em meio a gemidos.

— Ela está indo para lá agora. Vamos Kat, eu liguei para o motorista do hospital e ele já está vindo vamos lá para fora. — ele parece um pouco mais calmo por fora, mas eu sei que por dentro ele está em pânico ainda, ele tropeça nas bolsas na escada só então as percebe e coloca no ombro.

— Peeta você está sem sapatos e sem blusa! — eu digo calmamente. Ele olha para si e depois para mim. — Vai por eu espero não tem problema, só se acalma! — ele segura meu rosto e me beija.

— Vai dar tudo certo! — ele diz, mas eu acho que foi para ele mesmo.

— Eu sei que vai! — ele coloca as bolsas no chão e sobe as escadas correndo, e assim que eu não o vejo mais eu afundo no sofá e gemo com mais contrações que estavam aumentando bastante, em numero, tamanho e dor. Ouço um carro buzinando lá fora, essa foi uma das melhores coisas que já inventaram, não são muitas as grávidas que tem bebê no mesmo dia, então o hospital disponibiliza um carro para buscá-las em casa, já que ninguém no distrito temo carro. Só se for muito necessário.

— Peeta o corro Che....— sou interrompido por outra contração terrível, ele desce as escadas correndo colocando a camisa e pega as bolsas eu começo a me levantar e dói mais ele percebe a minha careta, joga as bolsas no chão e vem em minha direção. —o que você... — não termino de dizer, ele me pega no colo com habilidade e deixa as malas.— mas e as bolsas Peeta?

— Eu volto quando você estiver no carro. — ele me coloca no banco de trás do carro e sai correndo para buscar as bolsas.

— E então ele está pior, melhor ou igual aos outros pais? — eu pergunto ao motorista do carro branco do hospital.

— Por fora ele parece bem, mas por dentro está muito pior!

— Já foi um deles?

— Já, duas vezes! E acredite eu estava bem pior! Porque eu estava dirigindo, morri de medo de bater o carro no meio dos gritos da minha esposa. —eu rio o que causa mais uma contração, começo a contar o tempo que elas levam de uma para outra, mas perco a conta quando um Peeta esbaforido entra no carro.

— Pronto já pode ir! — o motorista vai para o hospital e a cada contração eu mordo a minha língua e a bochecha, para evitar gritar, Peeta passa a mão nos meus cabelos falando para que eu respire fundo ele estava começando a me irritar.

Quando chegamos ao hospital Peeta me pega no colo de volta até a maca que colocaram na entrada, Greasy já está lá, ela acompanha! Até a sala de preparação, Peeta não pode entrar lá, me arrumam para o parto e me levam de volta pelo mesmo caminho passando por ele.

— Quem vai entrar na sala do parto, apenas um! — diz a Mary, que também era a minha obstetra. Eu ficava mais segura com isso. eu olho para Greasy ela estava pronta para dizer que ela ia quando Peeta segurou seu braço.

— Não eu preciso entrar, é a minha filha e a minha esposa, eu disse que estaria do lado dela sempre! Sempre!

— você consegue fazer isso? Ela vai precisar de apoio lá dentro, ela vai sentir dor e ela vai gritar e você pode....— ele olha para o chão ele cabe o que ela quis dizer.

— Eu posso me controlar, momentos felizes afastam isso, e esse é um dos momentos mais felizes da minha vida! Eu consigo Greasy, por favor!

— Tudo bem! ele entra. — ela diz para a medica. E se abaixa para falar comigo. — eu vou estar vendo pelo vidro do outro lado, tenha força.

— Ta, obrigado Greasy!

— Vai lá e trás essa flor para o mundo! Vai dar tudo certo. — eu afirmo, as contrações estão aumentando. Peeta segura a minha mão e se ajoelha colocando seu rosto perto do meu.

— Não se preocupe nada vai acontecer comigo lá dentro, nossa filha vai nascer, eu não vou deixar que ele pegue esse momento, esse momento é nosso, vai dar tudo certo, apara nós dois! — ele se inclina e me beija, isso me tranqüiliza, mas não apaga o fato de que as contrações ainda estão aumentando.

Ficamos na sala por um bom tempo, Mary diz que tem que esperar as dilatações estarem no ponto certo, Peta não soltou a minha mão desde que ele a pegou de volta depois de se trocar e esterilizar, ainda tento não gritar, mas não posso mais evitar gemer, e agora Peeta sabe quando está acontecendo porque eu aperto sua mãos ele afaga meus cabelos, Greasy está lá do outro lado do vidro, sorrindo.

— Muito bem! está na hora! Você está pronta? — Mary diz entrando com a equipe de enfermeiros que começam a ligas as maquinas a abrir as coisas que serão usadas.

— Estou! — eu digo em meio a um gemido caudado pela contração.

— Ótimo, nós vamos preparar tudo e quando eu disse é só você fazer força, vai dar tudo certo, nós vamos trazer a Primrose para cá em alguns minutos! Ou horas — acho que não era para eu ter ouvido essa ultima parte porque ela falou baixo, mas eu tenho um ouvido muito bom! Eu olho para Peeta, ele sorri para mim. E me beija de novo. — Tudo bem tudo pronto vamos começar. — tocos colocam as mascaras e Mary se coloca no seu lugar eu teria achado constrangedor se não estivesse sentindo tanta dor. — Pode começar, Katniss, faça força. — eu forço e assim como Greasy disse, dói muito. — Muito bem, um pouco mais de força.— eu forço mais e solto grunhidos enquanto aperto muito forte a mão de Peeta que continua lá, afagando a minha mão com as duas dele. — Isso muito bem, está começando a aparecer a cabeça, repita exatamente o que você fez. — e de novo como Greasy disse doeu muito mais. eu faço uma, duas, três, cinco vezes o mesmo processo e se eu pensava que a dor ia parar um tempinho para eu respirar como nas contrações eu estava enganada. — muito bem eu consegui a cabeça Katniss. vamos continue, você consegue. — Peeta se estica para tentar ver, mas desiste quando fica perto de me soltar, ele não vai sair do meu lado e isso me da forças para eu repetir tudo até eu ouvir um choro. — Isso você conseguiu Katniss! — eu me encosto na maca respirando pesado, Peeta sorri para mim, ele sorri tanto, eu olho para Greasy do outro lado do vidro, ela faz positivos com a mão. Uma enfermeira baixinha e gordinha enrola Prim em um pano azul e vem com ela em nossa direção eu tento me arrumar para poder segurá-la.

— Parabéns! É uma linda menina saudável! — ela diz e me entrega Prim, eu a seguro, ainda há segue em seu corpo e algo que não sei dizer o que é, mas não importa, só essa alegria de segurá-la nos meus braços poderia me acalmar, ela está aqui, com os seus olhinhos fechados, seu cabelo muito ralo grudo com o sangue, meu pequeno bebê, meu pequeno pedacinho de Peeta misturado comigo. Eu acaricio seu rostinho pequeno e tão delicado, parece que pode ceder a qualquer momento, eu olho para Peeta, ele está chorando, e eu percebo que eu também. A enfermeira a pede de volta. — Preciso cortar o cordão e limpar um pouco, enquanto isso fazemos os procedimentos em você, você já a segura papai! — ela diz a Peeta. Ela leva Prim até uma pequena banheirinha e corto o cordão umbilical e a limpa com um paninho, Peeta se abaixa e sorri para mim.

— você conseguiu!

— você também!

— Eu te amo tanto!

—Eu também te amo! — a enfermeira volta com Prim e a oferece a Peeta, ele olha para nossas mãos juntas e eu as solto ele solta com relutância, sempre, ele deve estar pensando. — Nossa filha é exceção!— eu digo e ele entende, nossa filha é a exceção ao que o sempre é sempre. Ele concorda e pega Prim, ele chora mais, e então caminha te a janela para mostrá-la a Greasy, que sorri muito e acho que ela está chorando. Até eu estou chorando, quando Peeta volta e a coloca nos meus braços outra vez, nenhuma alegria pode ser maior que essa.

(...)

Ela está dormindo no pequeno berço do hospital, eu estou em pé ao lado, não posso andar muito, mas da minha cama até o berço não tem nem meio metro. Ela está enrolado em cobertores, com uma roupinha vermelha, ela é tão pequena, eu acabei de amamentar. Peeta não pode ficar, mas ele voltará daqui a pouca já que já acabai, ela dorme tão tranquilamente. A minha filha! a minha pequena Primrose Everdeen Mellark.

Estou tão feliz, sinto o impulso de protegê-la das menores coisas até mesmo dos pesadelos que eu nem, sei se ela pode ter com essa idade. Lembro que quando Prim tinha pesadelos eu cantava para ela, então eu cantarolo baixinho chegando meu rosto próximo ao dela. E quando vejo já estou cantando baixinho em seu ouvido.

“Bem no funda da campina, embaixo do salgueiro.

Um leito de grama, um macio e verde travesseiro

Deite a cabeça e feche esses olhos cansados.

E quando se abrirem, o sol estará alto nos prados.

Aqui é seguro, aqui é um abrigo.

Aqui as margaridas te protegem de todo o perigo.

Aqui os seus sonhos são doces, e amanha eles serão lei.

Aqui é o lugar onde sempre te amarei.”

Sempre!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

desculpem qualquer erro na hora do parto, não estou familiarizada com muitos detalhes nessa questão.
espero que tenham gostado, que tenham lido tudo e não tenham pulado paragrafos que ficaram chatos.
obrigado por tudo, descupem a demora, e sim eu estou enrolando, mas não me matem.
amo vcs
comentem!