O Recomeço do Sempre escrita por Bru Semitribrugente


Capítulo 31
O filho de Finnick Odair!


Notas iniciais do capítulo

Acho que o nome do capitulo já da spoilers né! kkkkkkk
eeeeeeeh nasceu!
espero que gostem, falo do futuro da Fic nas notas finais aproveitem!



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P.O.V. Katniss

Eu acho que vou vomitar. Nunca andei em algo tão rápido quando esse aerodeslizador. Quando ele chegou parando bem no meio da praça, eu achei que era apenas só mais um igual aos outros, mas assim que entrei percebi que não era. Ele não era tão elegante quanto os outros, nem espaçoso, não era algo para viagens de pessoas, mas sim de coisas. Coisas que precisão chegar rápido em outros lugares. Tinha apenas três partes, uma parte com as poltronas as quais eu já estava acostumada, uma sala com os pilotos, e outra sala onde ficavam as varias maquinas que faziam essa coisa voar tão rápido. Paylor havia nos avisado de que não era muito confortável e que ainda estava em teste. Mas não tínhamos tempo. O bebê de Annie iria nascer no dia seguinte e se ele resolvesse nascer mais cedo já estaríamos atrasados.

Já é noite Peeta está dormindo em sua poltrona, nunca havia percebido que ele se meche tanto, acho que é porque quando dormimos juntos ele está tão junto a mim que não tem como nos mexermos. Mas não tem como dormirmos juntos em uma poltrona então estamos apenas com as mãos dadas. Não consigo dormir, eu me viro de um lado para o outro, mas não dá. Eu achei que estava acostumada a velocidade por causa da Turnê da vitoria no trem, mas isso é muito mais rápido. Começo a reparar em cada detalhe do lugar,, e vejo uma portinha que não havia percebido, tiro meu cinto e solto devagar a mão de Peeta, me levanto e caminho até a porta. Não devia ter feito isso, sinto como se meu estomago quisesse sair pela boca. Quando me aproximo da porta ela se abre revelando um pequeno banheiro, com um vazo, uma pia, e um espelho, lavo o rosto para passar o enjôo e olho meu reflexo no espelho para alguns segundos. O que Peeta vê em mim? Não me acho bonita. Não me sinto bonita. Não sou uma pessoa gentil ou particularmente simpática, eu não estou sendo autodepreciativa, estou só falando a verdade, eu não sei o que fez nem Peeta nem Gale gostarem de mim.

— Katniss? — Peeta me chama e eu saio do banheiro — O que tem ai dentro? — ele me pergunta apontando para a porta, ele também não deve ter percebido.

— Um banheiro! — eu me sento de volta apertando forte o cinto.

— você está bem? — ele pega a minha mão e aperta me pedindo para olhar para ele, eu olho, e assinto.

— Estou! Só um pouco enjoada! Essa velocidade toda. Acho que fiquei tempo de mais parada. — ele sorri para mim e eu sorrio de volta. Eu sei o que eu vi no Peeta, mas me recuso a dizer.

Dou graças a Deus quando sinto que estamos descendo assim que a porta se abre e me ponho para fora, sinto toda a brisa fresca do mar, e meu estomago logo se acalma, só estive no 4 uma única vez, e passei bem longe da praia, mas não importava se eu estava a um ou a mil quilômetros de distancia do mar, aquela brisa circulava por todo o distrito. Quando chegamos a casa de Annie descobrimos um bilhete na porta com os nossos nomes dizendo que as constrições haviam começado, mas que a bolsa ainda não havia estourado, eu e Peeta corremos para o hospital que estava dizendo no bilhete, ele era exatamente de frente para a praia, o filho ou filha de Finnick iria nascer olhando para aquela vista maravilhosa, que eu apreciei por exatos dois segundos antes de entrar correndo no hospital. Ele era pequeno, uma sala de espera pequena, uma recepção pequena, os quarto deviam ser pequenos também, quando entramos damos de cara com os cabelos castanhos encaracolados que eu já conhecia deitada em uma maca com a roupa pronta para entrar, um homem gordinho com pouco cabelo cor de limão estava fazendo movimentos com a mão a ajudando a respirar, e outra mulher um pouco velha com os cabelos iguais aos de Annie acariciando a mão dela. Quando Annie nos vê ela sorri, aquele sorriso que fez valer todas as horas com vontade de vomitar, e as três vezes que eu vomitei.

— Vocês vieram! — ela diz, nós nos aproximamos, e vejo que uma lagrima escapa pelos olhos dela.

— É claro que viemos, nós prometemos! — diz Peeta.

— Oi eu sou Tereza a mãe de Annie, mas pode me chamar de Tera!— ela nos oferece a mão.

—Eu sou Philip o medico terapeuta dela. É um prazer conhecê-los Sr. E Sra. Mellark. — eu olho para Peeta e ele reprime uma risada depois cumprimenta o doutor, para muitos nós éramos casados, então para muitos eu era a Sra. Mellark, não o corrijo, não sei porque, mas não sinto vontade ou necessidade para isso. Annie grunhiu.

— Eu acho que estourou! — ela diz, e todos olhamos para ela, ela está tão bonita.A barriga grande em seu corpo miúdo a faz parecer um canguru carregando o filhote, ela grunhi mais algumas vezes e a mãe dela sai correndo atrás de alguma enfermeira.

— você vai entrar em trabalho de parto a qualquer momento, já não deveria estar no quarto? — pergunta Peeta.

— Eles disseram que eu precisava esperar a bolsa romper. — ela diz em meio a suspiros e grunhidos.

— Está doendo? — eu pergunto uma pergunta muito idiota, ela está em trabalho de parto é obvio que está doendo. Mas não costumava ficar perto quando minha mãe realizava a função de parteira, não saberia fazer se me pedissem.

— Está, mas não tem problema! Vai parar em breve, e eu vou o nosso filho nos meus braços. — ela grita algumas vezes, estou começando a ficar nervosa, Peeta percebe e segura a minha mão, eu entrelaço meus dedos nos dele e os aperto, cada vez que Annie grita, eu aperto mais a mão dele. Finalmente um medico chega.

— Ola meu nome é Louis! E eu vou realizar o seu parto! Sua mão não vai poder ficar na sala do parto porque ela está resfriada e pode passar algum germe para o bebê, então você pode escolher outra pessoa ou entrar sozinha, todos poderão ver, mas só um estará dentro, o resto terá que ver pela janela de vidro!

— Katniss? — ela me chama eu olho para ela. — eu quero que você entre! Eu quero que ele ou ela seja forte como você foi! Você quer ser a madrinha? — ela olha para o Peeta. — Vocês dois! Vocês aceitam? — eu olho para Peeta ele está sorrindo, eu sorrio também.

— Claro que aceitamos! — nós falamos em coro. E ela chora mais.

— você entra comigo? — ela me pergunta.

— É claro que eu entro! — ela sorri, eles começam a empurrar a maca dela e eu e Peeta vamos atrás, antes de entrar eu me inclino e faço algo que nem Peeta esperava, que nem eu esperava, foi um impulso completo que eu adorei ter tido, eu o beijei, ele estranho no começo afinal estamos em publico, mas não tem ninguém que eu conheça e o doutor e a mãe de Annie estão a frente. Ele me beija de volta e então eu entro.

Tenho que passar por uma rápida limpeza, tirar tudo que posso estar infectado ou que possa causar algum dano a cirurgia, coloco luvas e avental, e touca. Então somos levados até a sala de parto, Annie chora de felicidade em meio aos grunhidos das contrações. Olho para o vidro e Peeta, Philip e Tera estão lá sorrindo tolamente.

— Está pronta? — o doutor pergunta a Annie e ela assente, eu seguro sua mão com as minhas duas. O doutor dá alguns medicamentos a ela então começa, acho que no começo eu estou apertando mais a mão dela do que ela a minha, quando ele passa o objeto para abrir a barriga ela grita e aperta a minha mão eu resisto a tentação de empurrar o doutor para longe por estar a machucando, seria um vexame. — Pronta Annie eu estou vendo a cabeça, eu preciso que você empurre com toda a força que você tiver. — ela empurra, grita e aperta a minha mão, sinto meus dedos latejarem, mas não me importo. — Isso Annie mais um pouco estou com a cabeça já nas mãos, mais um pouco de força. — mais uma vez, gritos, empurrões e partos, e minha mão latejando. Então um choro, um choro fino e agudo. — É um menino! — diz o doutor sorrindo, ele limpa um pouco o pequeno bebê, enrola em um pano e o entrega Annie, ela solta a minha mão e segura o seu filho, ele é tão pequeno, o cordão ainda pende em sua barriga. Ele chora, sempre achava idiota quando diziam que o bebê tem cara do pai o9u da mãe, para mim bebês não tem cara de nada, mas eu juro que vi as feições de Finnick todinhas naquele pequeno ser. Annie chora tanto que chega a molhar a criança, o doutor a pede de volta para cortar o cordão, ela o entrega, e se vira para o lado, para o outro lado, o lado em que eu não estou e sorri, sorri e chora. Ela olha fixamente para lá, como se visse algo, ou melhor, alguém, como se visse Finnick ali parado, e eu admito que se existe vida após a morte e que fosse possível os mortos estarem aqui na terra, seria exatamente ali que Finnick estaria. Uma enfermeira começa a dar os pontos e o doutor me chama, eu vou até ele. Ela me empurra o pequeno bebê.

— Não eu não sei segurar! Eu posso derrubar, não é uma boa...— mas antes que eu termine ele já me colocou o bebê no colo eu o seguro com todo o cuidado, não segurei muitos bebês em minha vida, apenas Prim quando eu era criança, mas por pouco tempo, minha mãe tinha medo que eu a deixasse cair.

— você não vai deixar o seu afilhado cair! — diz Annie. Eu o olho, ele parou de chora e dorme, seu rosto me lembra os anjinhos que eu via nas igrejas, ele é a coisa mais fofa que eu já tive a oportunidade de ver até agora.

— Qual é o nome dele Annie?— eu olho para ela, ela olha para o vazio/Finnick, assente, e se vira para mim.

— Liam! Meu pequeno Liam Cresta Odair! — eu caminho com cuidado até a janela de vidro, onde eu havia me esquecido que todos estavam assistindo, eu mostro o bebê a eles, O doutor sorri, a mãe de Annie chora loucamente, e Peeta está rindo, como eu nunca o havia visto sorrir, uma lagrima escorre por seus olhos e ele a limpa antes que alguém visse mas eu vi, e eu sei o que ele está imaginando, ele está me imaginando, ele está imaginando essa cena, mas com um bebê dele nos braços no lugar do de Finnick , eu imagino a cena também, pela primeira vez sem a repulsa que eu teria tido se fosse alguns anos atrás olhos para o pequeno Liam, sorrio e olho para Peeta,sinto a lagrima escorrer por meu rosto, ele sorri para mim e outra lagrima escorre por seu rosto, sei que ele sabe que eu estou imaginando o mesmo que ele.

Depois de um tempo Annie e Liam são levados para um quarto deles onde a mãe de Annie, o doutor e Peeta podem entrar, a mão dela não pode pegar o bebê por causa do resfriado, ele ainda é muito vulnerável, mas eu o carrego até onde ela pode ver e ela chora, depois o levo até Peeta, que sorri muito mais ao me ver passeando com Liam no colo.

— Eu posso? — ele pergunta. Eu assinto e entrego Liam a ele, ele o segura com agilidade, e não com o cuidado exagerado que eu estava tendo. Liam abre os olhos pela primeira vez, olhos verdes iguaiszinhos aos do pai. Peeta o leva até Annie. — Ele acordou, acho que é hora do mama. Vamos dar espaço para eles! — nós saímos da sala, mas a mãe e o doutor ficam olhando da janela. — Katniss? — Peeta me chama estendendo a mão, nós a seguro e nós saímos de perto deles em direção a saída. Não reclamo, sei que ele não gosta muito de hospitais.

— Desculpe não ter saído antes é que... — Peeta me interrompe.

— O que?

— Eu sei que você não gosta de hospitais. Eu devia ter oferecido sairmos antes. — Ele ri.

— Liam acabou de nascer, é um momento especial, posso superar isso por hoje, estou te tirando de lá para darmos espaço a família.

— Ah! Aonde nós vamos?

— Onde eu e você nunca tivemos a oportunidade de ir! — nós vamos a praia, andamos de mãos dadas pela areia, sentindo a brisa e o calor, está realmente quente, mas me recuso a usar menos roupas do que já estou usando principalmente com Peeta por perto, nós nos sentamos na areia e ficamos olhando para o mar. — Eu olho para essa imensidão azul e imagino Finnick bem ali! — ele aponta para um pedaço da água.— Jogando Liam para cima, e o pegando antes que caísse na água, o ensinando a nadar, com Annie bem aqui onde nós estamos observando tudo, rindo, sorrindo, chorando de alegria.

— Na sala de Parto, ela olhou para o lado e sorriu como se ele estivesse ali, dizendo que a amava que amava Liam, que estava ali com eles para tudo.

— Eu não duvido que esteja! Ele faria qualquer coisa para estar!

— Eu sei! É disso que a mente dela precisa agora, dele. E é isso que ela vai dar a ela, ele. Mesmo que por alguns momentos, mesmo que só para ela.

— Eu espero que isso não afete o Liam!

— Ele é tão pequeno!— eu digo sem perceber, sinto meus olhos lacrimejarem.— se parece tanto com ele, quando eu o segurei, eu vi Finnick nele, eu juro que senti o cheiro dos torrões de açúcar! — eu rio e Peeta também. Ele me abraça.

—Eu sei que você não teve tempo de pensar nessas coisas ainda! Mas quando eu te vi segurando Liam, eu não pude deixar de imaginar você com...

— Eu sei! — eu o interrompo. — Eu também! — ele me olha com as sobrancelhas franzidas.

— Também? — ele me pergunta, eu afirmo.

— Eu imaginei, no futuro. Q1uando eu realmente puder pensar, e não apenas imaginar. Mas eu imaginei!

— Já é um grande progresso de quando você dizia que nunca iria ter filhos.

— Não há mais jogos vorazes. Não há mais capital, nem Snow, nem Coin, e acabando de ver uma cena dessas, uma nascimento, seria impossível não pensar, não imaginar. — nós ficamos em silencio por um tempo, o sol está se pondo no meio do oceano, é uma visão lindo, uma visão muito mais bonita do que da janela da minha casa, ou da janela do trem.

— Katniss? — Peeta me pergunta depois de um tempo observando o sol. — Quando você imaginou o seu filho você... — eu o interrompo de novo sabendo o que eu ele iria dizer.

— Sim! Era o seu filho também! — eu jogo as palavras para fora da boca antes que eu pense melhor e acabe decidindo que não era hora de dizer, sei que ele está me encarando, então o olho, seus olhos estão marejados, ele se aproxima e encosta seus lábios nos meus, e durante o beijo eu sinto o gosto de suas lagrimas!

— Obrigado! — ele me diz quando nos afastamos.

— Pelo o que?

— Por me dar uma esperança!

Então nós nos levantamos e voltamos para o hospital, nos despedimos daquela linda visão que era o por do sol no 4.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
bom sobre a fic. Ainda não decidi se eu vou dividir ou não. Vou explicar como vai ficar ai vocês me ajudam, se eu dividir, eu vou continuar a outra do mesmo ponto onde essa parou, e vai continuar, como se fosse essa, se eu não dividir vai ficar só essa só que bem grande.
pq ainda tem bastante coisa para acontecer, então me ajudem a escolher. vai ficar por exemplo assim:
não dividida: Uma com 60 capitulos.
dividida: Duas com 30 capitulos!
ou seja, tanto faz, vai dar no mesmo, eu quero saber como vai ficar melhor para vocês.
se vocês preferem uma grande ou duas medias, porque o meu objetivo é agradar você!
comentem