Facção. Dos. Perdedores escrita por jonny gat


Capítulo 8
O fim do dia.


Notas iniciais do capítulo

apresentação de alguns personagens inúteis que foram esquecidos ao decorrer da história



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Todos já viam em suas frentes a selva de concreto enquanto corriam entre as enormes árvores. Robin, o mais rápido dali, foi o primeiro a pisar no local. Logo o restante chegou ao mesmo local a que estava o assassino.

Faltavam bastantes pessoas para Frota poder ver o Sol do dia a seguir nascer.

O “fim do dia” é o momento em que o sinal de recolher toca; mais ou menos ás 20hrs esse evento ocorre. Faltavam exatamente duas horas para isso acontecer.

Eles estavam em um lugar estranho, diferente, mais “rico”: era o local onde se aglomeravam as pessoas de renda alta, intitulada por Sparrow, o presidente e governante de Fantasy, de “Dream on”. Para Robin lá era um lugar repugnante, onde habitavam somente os mais metidos e esnobes do país; era isso que todo habitante de “Moby Dick” pensava em relação a este lugar.

– Onde estamos? – Perguntou Deck.

– Num lugar de merda. – Respondeu o assassino.

– Não sabia que merda era feita de prata.

– Nem eu. – Concordou Frota.

Realmente as paredes, o chão, o asfalto, o semáforo, os carro... Tudo naquele local era feito à base da prata, algo que nesse mundo, era mais valorizado do que o ouro.

De repente Falcão abriu os olhos. E, logo, desceu das costas de Frota.

A sensação que o piloto sentiu ao acordar foi algo estranho. Parecia que, em seu caso, faltava algo. E realmente faltava, quando olhou para seu braço, percebeu que tal não estava no lugar em que deveria.

– AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Gritou ao ver sua mão, digo, por ver que não tinha mais uma mão.

– O que foi? – Perguntou Frota.

– MAS COMO... MAS COMO QUE EU PERDI MINHA MÃO!? – Indagou Falcão indignado.

– Boa pergunta. – Comentou Frota.

Falcão olhou para Frota de forma ameaçadora. Pedia, informalmente e de forma que você provavelmente não aprende com seus pais ou na escola, mas sim nas ruas, para que lhe contasse o que havia ocorrido com a sua mão. O que ocorreu? Bem, disso todo mundo já sabe. Falcão teve a infelicidade de ter o braço cortado pela jovem oficial loira descendente de Chuck Norris, resumindo, seu braço foi cortado por Ino, a oficial de anteriormente.

– Ela cortou tua mão. Por sorte, o querido Frota já estancou o sangue. – Disse Robin.

– Quem?

– Você.

– Aff... Estou falando sério. Quem cortou meu braço?

– A “tira” de antes. – Respondeu, enfim, Frota.

“Tira” é uma gíria americana usada pelos maconheiros americanos normalmente quando os policiais sobem o morro (isso se houver a favela da rocinha estadunidense). Essa gíria que é referencia também na épica obra cinematográfica “Um Tira Muito Louco”. Ou seja, não é uma gíria que pessoas normais geralmente usariam; isso porque os americanos, de fato, não são normais com aquele papo chato de Destino Manifesto ou Doutrina Monroe que enche o saco quando você estudada em suas respectivas escolas...

– Tira? A loiraça? – Perguntou Falcão.

– Sim. – Afirmou Robin.

– Aliás... O que houve com ela?

– Fugiu. – Respondeu o assassino.

– Nossa... Ela realmente era “Dura De Matar”. E quem é esse “Tira Muito Suspeito” que o Frota está carregando? – Perguntou Falcão.

– Chega de referências com filmes americanos! Essas porras enchem a merda do saco (e realmente enchem)! – Exclamou Robin.

– Enfim, para onde estamos indo? – Perguntou Falcão.

– Visitar o Dr. Gepeto.

– Doutor Gepeto? Ta zoando né? – Perguntou Falcão, desacreditado.

– PORRA, e eu tenho cara de sacana pra ficar de sacanagem? – Perguntou Robin.

– Não, mas tem cara de quem faz muita sacanagem. – E realmente tinha.

Falcão era um velho conhecido de Robin, assim também como a sua mão, Tia do Pó, cujo nome real era Maya. Num passado não muito distante Robin havia salvado suas respectivas vidas. Porém, esse não é um assunto para agora, e sim para mais tarde.

Robin de repente desapareceu do nada, porém dessa vez não era sua vontade e logo reapareceu novamente. – Mas que porra é essa? – Perguntou Robin.

– Está embriagado? Não gaste energia à toa! – Exclamou Falcão.

Novamente Robin desapareceu e reapareceu. Agora estava com um poste entre o seu corpo.

– Sem comentários. – Disse Frota que depois caiu na gargalhada. – Pare com isso cara! Concordo com o Falcão, tem que poupar sua energia. Você já usou um caralho dela lutando contra aquela puta da Ino. – Agora sua feição estava séria.

– Não sou eu que estou fazendo isso! – Exclamou e depois desapareceu e reapareceu.

– Se não você quem é? – Perguntou Deck meio perdido na conversa olhando para encima de um prédio, onde estava Robin.

– Sei lá. – Respondeu o assassino.

– Se desliga! – Exclamou uma voz que apareceu por ali em certo segundo, mas depois desapareceu.

– Uau. Parece que Robin não é o único Hitman a sofrer isto. – Deduziu Falcão.

– Hitman? – Perguntou Deck perdido como sempre na conversa.

– É. – Afirmou Frota. – Robin praticamente nasceu para matar. – Explicou de jeito simples e que qualquer entenderia.

– E eu pra voar. – Gabou-se Falcão.

– Só na órbita do meu cú. - Frota deu um leve pisque que assustou a (pouca) masculinidade de Falcão.

Robin então de repente pulou do enorme prédio que estava encima. Deck percebeu então que Robin não era uma pessoa comum, óbvio que já era para se perceber, mas depois de ouvir as palavras que pronunciou o único estuprador ali presente a respeito do passado do assassino a ficha realmente caiu. E caiu mais ainda por causa da visão que Deck tinha, Robin havia pulado de um prédio de cerca quinto andares carregando um homem inconsciente em seu ombro e não sofreu nenhum arranhão.

– Que bom, agora... – Falcão procurou a maneira mais indireta possível de poder pedir para deixarem-no junto a Rick no hospital. – Meu braço ta doendo. – Não era lá um melhores, mas tinha seu mimo.

– Foda-se. – O assassino pouco ligava para a situação de Falcão.

– Se quiser eu te levo pro hospital agora, Falcão. – Se ofereceu Frota.

– Nem. – Respondeu Falcão. – Você é gay. – Se esclareceu.

– Tudo bem, isso eu não posso negar, mas é você que escolhe: morre aí sangrando ou vai comigo até o hospital.

– Ok. – Se conformou com a situação Falcão.

– Como vão? – Perguntou Robin.

– Que estranho... O sistema falhar... – Comentou Frota em relação ao problema de Robin estar se tele transportando involuntariamente.

– Sistema? Como assim? – Perguntou Deck novamente boiando.

– Por que você acha que o Robin pode se tele transportar? Por que ele é anormal ou coisa assim? – Perguntou Frota encarando de perto o garoto.

– É, acho que isso. – Respondeu com clareza o que qualquer um diria.

– Está errado. Ele contém em meio aos seus neurônios um chip. – Explicou e logo calou a boca, isso porque sabia que o que contara e o que iria contar era confidencial.

Robin então de repente concentrou em sua mente algo que pudesse excitá-lo, logo Ino apareceu em sua mente, e, então, sentiu um breve arrepio, não por achar Ino feia (coisa que nem viado acha), mas porque como sempre ao se ligar Robin toma um pequeno choque dentro de si o que faz seus neurônios ficarem loucos á tona.

– Segurem em mim. – Pediu o assassino e assim fizeram os outros.

Deck fechou os olhos e quando abriu, em um pisque rápido, percebeu que estava em frente a um Hospital. Não estavam mais em Dream on, assim como os outros que estavam em seus lados, estavam em “Black Dog” – a região mais drogada do país.

Black Dog era caracterizada pelos maconheiros, ladrões, pobretões (que no caso não estavam na casa branca) e vagabundos. Esses que normalmente andavam em bando. Quase sempre alguém que “não era do pedaço” era roubado, seqüestrado, estuprado, e, em seqüência, enterrado.

– Frota, vá com Falcão para dentro do Hospital. – Ordenou Robin enquanto deixava Rick em uma das cadeiras de rodas ‘estacionadas’ ali.

Deck e Robin ficaram no lado de fora, observandos os maconheiros cheirando seus baseados.

Robin lembrou-se de um compromisso.

– Siga-me, a não ser que queira ser “pego” por um desses... Malucos – Ordenou e saiu andando vagarosamente como quem não liga para o tempo e para a vida (mas, no caso, ligava sim)

Eles andaram até uma pequena loja chamada “Heavy Gun”, eram lá onde se vendia armas. Robin, por exemplo, de tanto comprar lá virou sócio, afinal era um assassino digo e poderoso, que, assim como os outros, não matava sem munição. Era uma loja, por fora, pobre. Pelo lado de fora havia apenas um enorme letreiro de néon que oscilava entre estar acesso em apagado. Também via-se uma enorme quantidade de armas em suas vitrines, estas que estavam quebradas. Outra coisa um tanto “favelada” era que a porta estava totalmente pixada.

– Onde estamos? – Perguntou Deck com linguajar de um adulto, o que por enquanto não era.

– Ah, me esqueci que você é um covarde, e covardes não entram aqui. – Debochou o assassino. – Estamos numa loja de armas, afinal, a melhor loja de arma que se pode encontrar neste país. – Respondeu enquanto examinava um fuzil que estava na vitrine com seu olhar.

Deck engoliu seco.

– Então para o que você me trouxe até aqui? – Perguntou já sabendo que era um covarde, e, segundo Robin, covardes não entram naquele local.

– Preciso comprar armas, óbvio. Não se assuste se encontrar lixo nas ruas daqui, aliás, acho que lixo pelas ruas é algo normal. – Respondeu claramente.

– E...? – Perguntou o jovem esperando que sua função fosse dita.

– Você não quer andar sozinha por essa região, não é? – Ameaçou o assassino.

Robin então adentrou lentamente, seguido pelo jovem.

– Com licença. – Vinha uma voz de trás de Robin, logo vinha do balcão.

Era uma linda mulher, loira, de cabelos cacheados e rosto perfeito. Seus cabelos eram valorizados graças a seus olhos negros. Seu corpo seria equiparado a um violão, até porque, um violino seria muito pequeno para comparar com a beleza de tal.

– Vão querer o que? – Perguntou a mulher.

– Ah, olá Tia o Pó. Há quanto tempo! – Esclareceu-se o assassino.


– Não me venha com puxa-saquices. Quem é a figura? – Perguntou interessada.

Deck corou.

– Ah... – Ouviu-se um pequeno tom de decepção saindo da voz de Robin. – É só um covarde qualquer. – Aproveitou a chance para novamente debochar do garoto.

– Entendo... – E realmente entendia. – Então onde está meu crioulo?

– Seu filho? Falcão? – Enrolou Robin.

Deck se surpreendeu. Não era possível para uma mulher com aquele corpanzil ter mais de trinta anos e ainda mais ela tem um filho com mais de vinte. Deck tentou encontrar algo conclusão para a razão de como a mulher ainda parecia estar com o ventre intacto. Até que tal lembrou-se do milagre da estética.

– Claro, só tenho esse. – Afirmou a mulher.

– Olha... – Robin tentou inventar na hora uma desculpa qualquer convincente, mas não encontrou nenhuma. -... Ele perdeu o braço. Estava se masturbando demais e sua mão estava se transformando em algo de formato esférico.

Deck ocultamente caiu na gargalhada.

A Tia Do Pó, porém, ficou sem palavras. Limitou-se a acender um cigarro e fumar. Não era um cigarro qualquer, era de uma marca caríssima. Isso pelo fato dela ser realmente rica, aliás, ela era a única vendedora de armas no local.

– Enfim, o que tem de novo aí? – Perguntou Robin.

– Chegaram várias coisas novas. – Disse Tia do Pó. – Mas o único produto original é uma submetralhadora vinda do exterior.

– Boa. Vou levar. – Disse Robin.

– São R$ 1.400. – Comentou a mulher. – Vai botar na conta ou... ? – Tia do Pó foi oprimida pelo olhar de Robin, que ordenava-a parar de falar. Era algo confidencial demais entre os dois para ser dito em público.

– Vou no “ou...”, tudo bem? - Disse Robin.

– Bem, já vou lhe avisando que você não vai poder ficar no “ou...” o resto da vida, um dia minha dívida com o senhor acabará. – Respondeu emburrada. - Seu caloteiro.

Robin então, após acenar para a mulher, retirou do local lentamente, enquanto olhava para os outros produtos ali presentes. Coisas como bazucas, granadas ou armas super-poderosas também estava presentes por ali, porém tudo que Robin precisava no momento era aquela submetralhadora, que segurando estava.

A “Tia do Pó’s Company Ltda” é conhecida mundialmente por conter um dos maiores arsenais de armas no mundo. Aquela loja, por exemplo, era apenas uma das milhares espalhadas pelo mundo. Coisas como aviões, helicópteros, caças e até mesmo óvnis ficavam concentradas na “base secreta” da Tia do Pó, localizada no subterrâneo de Dream On.

Após saírem do local, Robin rapidamente direcionou seu olhar à Deck. A quem entregou sua submetralhadora novinha em folha.

– Espere aí, já volto. Segure minha belezinha enquanto isso – Entregou a submetralhadora para Deck e voltou novamente à loja.

Era pesada, cerca de mais de 5 quilos. E Deck, por ser extremamente fraco, percebeu isso e primeira. Deck então arrependeu-se por ser tão sedentário e por isso não ir a academia usualmente. Quem vai à academia quase sempre se dá bem com as mulheres, com o dinheiro e com sua moral. Deck não se dava bem com as mulheres, vivia com os pais e ninguém de fato conhecia-o em toda Fantasy.

Robin estava demorando pra retirar-se de tal loja, e, por isso, Deck decidiu de descontrair. Estava fazendo o que não havia feito em toda a sua infância, ao invés disso passou toda ela em frente a uma enorme máquina programando coisas como máquinas do tempo e máquinas de tele transportação pandimensional. De fato era algo promissor, porém não era algo altamente recomendável para uma criança. O que Deck decidiu fazer era simples. Estava brincando de atirador. Estava mirando num maconheiro no outro lado da rua.

O homem, então, levantou-se de seu assento (o chão) e andou até a direção de Deck. Abaixou sua arma e sentiu-se oprimido.

– O que você está se achando mermão? – Ameaçou indiretamente o homem com um olhar assassino enquanto fumava seu cigarro.

– Nada. – Disse Deck depois de alguns segundos.

– Acho bom. – Resmungou o maconheiro e foi atravessar a rua com a intenção de voltar para seu cantinho.

Antes que o maconheiro pudesse voltar ao seu canto de fumo Robin tinha saído da loja com duas pequenas caixas vermelhas.

– Porra! – Exclamou Robin. – Há quanto tempo caralho! – Estava empolgado ao ver aquelas costas visivelmente conhecidas.

O maconheiro olhou para onde estava Robin, fez isso porque conhecia aquela voz.

– Robin. – Cumprimentou enquanto fumava sua maconha de sempre.

De cara percebia-se que não estava tão empolgado quanto o assassino.

– Por onde você andou Kalel? – Perguntou Robin.

– Por aí. – Respondeu o maconheiro de nome Kalel, era um homem menor em questão de altura, além disso, era careca e meio magricela. Seus olhos, um castanho-claro e outro verde-escuro, eram horripilantes de se encarar... Deck não sabia disso, soube somente quando fora encará-lo, mas desviou o olhar de medo. – Conhece essezinho aí? – Referia-se a Deck.

Era uma aparência típica de um drogado.

– Conheço. – Afirmou o assassino. - Namorado do Frota. - Brincou.

– Avise pra ele ter mais cuidado comigo porra! – Ameaçou Kalel.

– “Pó de chá.” Falando nisso... Quer entrar na minha facção cara? – Perguntou Robin.

O maconheiro, por alguns segundos, refletiu. Na verdade, não estava refletindo. Estava apenas desfrutando da erva mais querida do Brasil.

– Bora, énóiz. - Concordou o maconheiro, um pouco mais empolgado.

Robin comemorou com um “É” que nem elefante ouviria. Lembrou-se então de checar o relógio, e esse dizia:

18h58min

Depois de ver que faltava um pouco mais de 1 hora para que seu tempo acabasse, digo, o tempo de Frota
Acabasse, Robin fez a cara e uma pessoa parcialmente fudida, e, em seguida, exclamou;

– Puta que pariu! – Robin olhou para o vento, refletiu, olhou para as espinhas na testa de Deck, voltou a refletir e comentou – Preciso de um carro... – Depois ouviu a resposta de Deck:

– Pra quê? Você pode se tele transportar.

– É. – Disse por Robin o maconheiro.

– Ora, assim como você também me canso. – Esclareceu o assassino com um pequeno tão de deboche não percebido por Deck, somente por Kalel.

– Porra! – Exclamou o maconheiro depois de tacar sua maconha no chão por motivos desconhecidos.

– Para de usar drogas cara. – Pediu Robin preocupado com o estado de Kalel.

– Ta, entendi. Mas como vai arranjar um? – Indagou Deck estressado.

– Somente segure em mim. Creio que tenho força o suficiente para levar-nos até a FAT mais próxima. – Disse Robin. -, novamente. – Acrescentou com um sorriso, parecendo assim que estava cansado disso.

Deck retribuiu o sorriso, porém percebeu que estava sendo reprimido pelo olhar de Kalel. Esse segundo que disse, – Robin é melhor não. Deixe-me usar desta vez. -, pediu por gentileza.

Robin não discutiu, aliás, era tudo que ele queria. Estava muito cansado.

Antes que Kalel pedisse para Deck segura-lo, o jovem já havia feito isso, o que levou o maconheiro a “estranhar” bastante Deck.

– Tem força o suficiente para nos levar até o hospital? – Perguntou o jovem.

Kalel não respondeu. Somente agiu. Deduziu de primeira qual hospital seria. Óbvio, pois somente existia um hospital em toda Black Dog e era o qual Rick e Falcão estavam sendo atendidos. Bem, foi questão de segundos para estes se virem dentro do hospital e dessem de cara com Frota.

Deck balançou a cabeça. Tele transportar não é algo muito legal pelo fato de mexer com seu sistema nervoso, irritando-o.

– Cadê o Falcão e o outro viado? – Perguntou Robin apressado.

– Estão todos na sala de repouso. – Respondeu Frota. – Tivemos sorte.

– De quê? – Perguntou Deck, intrometido.

– O Doutor, está aqui. – Disse Frota.

– Frota. – Cumprimentou Kalel.

– Oi. – Retribuiu o estupraor.

Frota realmente não lembrava quem era aquele maconheiro em sua frente. De fato, Frota tinha uma memória um tanto ruim.

– Vamos lá ver os viados. – Disse Robin.

Assim que olhou para Falcão Robin se surpreendeu. Em lugar do nada que representada seu braço havia uma espécie de automail. Ficou simplesmente fantástico. Diferente dos outros automails comuns este havia algo de mais interessante, no lugar de uma mão robótica qualquer havia uma metralhadora que estava ligada ao agora seu braço robótico.

– Uau! – Exclamou Robin.

– É eu sei. – Gabou-se Falcão.

– E quanto aquele viado ali, doutor? – Perguntou Robin sem nem ao menos cumprimentar o doutor, esse que se viu forçado a fazer o mesmo.

– Quem é você para nem ao menos cumprimentar-me. – Questionou o doutor, enquanto olhava para o rosto de Robin. Reconhecia-o, porém não sabia de onde.

O Doutor Gepeto era um homem velho e alto, e com cabelos graciosamente grisalhos, o que lhe davam certa dose de “glamour”. Vestia um jaleco típico de um cirurgião, assim como seu olhar, que representava o de quem estava pouco se fudendo para os pacientes.

O Doutor Gepeto é conhecido mundialmente por sua participação na “Guerra Do Fim Do Mundo”, uma espécie de guerra mundial que havia ocorrido há mais de 350 anos atrás. De fato era um homem realmente velho, sua idade era maior do que os números de fillers que tem Naruto. Porém, sua aparência não demonstrava tamanha velhice. O Doutor foi o mesmo que havia descoberto a fonte liminar de vida para a criação de um “Super Soldado”, ou, mais cientificamente falando, um “Super Nova”. É considerado um dos cientistas mais loucos em toda a história da humanidade, só perde para o antigo príncipe nerd Marionese LXX.

– Olá, então, doutor. – Cumprimentou Robin.

– Olá... Jovem.

– Robin, por favor. – Corrigiu o assassino.

– Enfim, Doutor...

– Prossiga.

– E quanto a aquele outro? – Perguntou Robin utilizando a educação que aprendeu vendo Law & Order.

– Consertei o pescoço da criança. Implantei em seus ossos um metal raríssimo e caríssimo. – Respondeu o cirurgião.

– Se era tão raro e caro por que fez isso? – Perguntou Deck.

– Olha, se eu pedisse algo muito estranho e perigoso vocês fariam? – Perguntou o médico encarando com um olhar dócil frota.

– Eu não te disse? – Sussurrou Frota no ouvido de Deck suavemente. – Ele gamou em mim. – Completou com um sorriso danado.

– Do que se trata? – Perguntou Falcão.

– No pescoço desse homem está embutido na verdade um metal que assim que eu apertar esse botão irá fazer ele junto com tudo que estiver em 180 metros ao seu redor explodir. – Explicou. – Quero que mandem este homem para o Palácio Governamental.

– Por quê? – Perguntou Kalel de braço cruzados.

– Por quê? Tem a audácia de me perguntar isso? – Ameaçou Gepeto. – Eu simplesmente guardo um profundo ódio dentro do meu coração pelo mísero salário que ganho a cada mês neste local.

– Ah é? Então se junte a nossa facção. – Pediu Deck, finalmente foi útil para algo.

– Beleza. – Concordou o cirurgião com um sorriso largo no rosto. - Desde que fiz meu seguro de vida estou com uma puta vontade de entrar em altas aventuras. – Esclareceu-se Gepeto.

De repente foram ouvidos gritos porta a fora. Claro que todos os presentes na sala de repouso se assustaram e mais ainda quando bateram na porta.

Por ninguém ter aberto a porta, aqueles que a bateram decidiram arrombá-la.


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