Hakanai (Interativa) escrita por Wondernautas


Capítulo 22
Face a face com o inimigo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452795/chapter/22

Fubuki, Yume, Ketsui e Orfeo perante Aoi Sora Takahashi.

– Metralhadora de Ar! – declama o inimigo.

Um grande turbilhão envolve o corpo de Aoi. Em seguida, várias balas de vento são criadas e atiradas contra o grupo adversário.

– Aerial Creation, a mesma Hakanai do Sisshin? – pergunta Fubuki, se esquivando dos ataques assim como Yume, Ketsui e Orfeo.

– Não. – nega o questionado, conduzindo os ataques com os movimentos da sua mão, sem sair do ponto onde está. – Minha Hakanai manipula o ar em movimento, ou seja, o vento: Transcendental Wind.

Orfeo, então, salta de onde está. Retirando a espada da bainha em suas costas, a manipula e, mergulhando contra seu adversário, tenta atacá-lo com a lâmina.

– Ventania Espiral. – pensa Aoi, após criar uma espécie de arma com seu vento concentrado e atirar uma poderosa rajada contra Orfeo.

Ao ser atingido, o Tsurugi se segura para não reclamar de dor, mas é atirado para o alto. Vendo isso, Yume se prepara para fazer uma invocação, estendendo sua mão direita enquanto uma luz surge na mesma.

– Que a permissão divina acolha o meu pedido! Invocação Cobalto... – declara, substituindo sua joia em mãos pela criatura que a mesma representa. – Sieg, a agilidade!!

O cão azul surge diante de Yume, encarando o alvo dela. Indicando o inimigo com seu indicador direito, a garota pede:

– Ketsui, Sieg! Ataquem!

As duas criaturas, com velocidades surpreendentes, avançam contra Aoi, que abaixa seus braços. Porém, quando tentam atacá-lo, o Takahashi fala:

– Artilharia do Céu!

Vários tiros de ar concentrado atingem Ketsui e Sieg quando ambos já estão bem próximos do inimigo. Yume olha para cima e percebe que, no ar, agora levitam dois rifles criados pelo Hakanai de Aoi, quais atiraram contra suas criaturas.

– Quando foi que ele criou aquelas coisas?! – pensa, impressionada.

Fubuki, encarando Aoi, corre contra ele, fechando seu punho esquerdo com a intenção de acertar um bom soco no mesmo. E quando os dois rifles de vento de Aoi atiram, o garoto salta para sua direita e os tiros atacam o chão, rachando o mesmo.

– Ele conseguiu se esquivar?! – pensa o Takahashi, surpreso, direcionando sua palma direita para Fubuki. – Porém, me atacar assim é um erro.

– Domínio Paralisante! – declama Orfeo, ao colocar seus pés pouco atrás de Aoi.

– O quê?! – o Takahashi, espantado. – Estou paralisado?!

Desse modo, já bem próximo dele, Fubuki acerta um forte soco no rosto do garoto, jogando-o contra Orfeo. Na sequência, o Tsurugi salta e acerta um chute direito nas costas do inimigo, jogando metros ao chão. E, para terminar o combo, Ketsui e Sieg saltam contra ele, decididos a atacar mais uma vez. Entretanto, dessa investida dupla, Aoi consegue escapar, se levantando depressa e se movimentando para sua esquerda com passos ágeis e largos.

– Tenho que levar isso a sério. Afinal, são três oponentes. – pensa ele, observando Yume, Fubuki e Orfeo, respectivamente. – Pistolas de Vento!

Em cada mão de Aoi, surge uma pistola criada por vento concentrado. Desse modo, manuseando-as, ele aponta uma para Yume e a outra para Orfeo.

– Disparos de Vento!!

Cada pistola atira uma densa rajada de vento. Orfeo se protege com a sua espada, mas a força do choque da rajada com a lâmina o arrasta para trás e o joga de costas no chão. E Yume, quando vai ser atingida, tenta se proteger com seus braços, mas se surpreende no instante em que Fubuki se coloca na sua frente, recebendo o ataque em seu lugar. O garoto é jogado contra ela e ambos caem de costas no chão: lado a lado.

– Fubuki-chan! – clama ela, se assentando ao lado dele depressa, preocupada com o estado dele.

Na barriga do garoto, agora há um rasgo em sua camisa no ponto em que foi atingido. E também um ferimento não muito profundo, mas aparentemente sério.

– Eu estou bem... – fala ele, tapando o machucado com sua mão esquerda, se levantando com dificuldade do chão.

Insatisfeito, Aoi dispara novamente. Várias vezes contra Fubuki e Yume e várias vezes contra Orfeo. O Tsurugi se levanta e vai se protegendo com sua lâmina, mas Fubuki, por sua vez, apenas se coloca na frente da garota, recebendo todos os ataques do inimigo por ela.

– Não faça isso!! – declama Yume, aterrorizada com a visão dele tendo o tecido de sua barriga destruído e sua pele violentada.

Aoi, por sua vez, não para de atirar. Orfeo, vendo a situação crítica de Fubuki, pensa em fazer algo. Porém, sabe que o mínimo movimento que fizer além de se proteger com a espada causará a ele o mesmo que está ocorrendo com o protetor de Yume.

– O que vou fazer?! – pensa, aflito. – O Aoi está conseguindo lidar com nós três ao mesmo tempo como se não fossemos nada!!

Ketsui e Sieg surgem atrás de Aoi. Contudo, novamente, os rifles no céu disparam contra a dupla, acertando-a em cheio. Dessa vez, uma densa cortina de poeira é erguida com o ataque da Artilharia do Céu. E, na sequência, é possível ver as duas criaturas de Yume abatidas em meio a destroços do solo.

– Vou aumentar a agressividade. – fala Aoi, atirando cada vez mais rápido contra Orfeo e Fubuki. – Não tenho tempo para brincadeiras.

Fubuki, no processo, vai gritando de dor. Seu sangue já é visível, escorrendo por seu corpo e caindo ao chão, pois sua carne já se encontra terrivelmente ferida.

– Preciso fazer alguma coisa! – pensa Yume. – Eu vou...

A garota fica surpresa. Ao olhar para os rifles que atacaram suas duas criaturas, percebe que ambos estão direcionados contra si. É aí que Aoi diz:

– Pensa que esqueci de você? Um invocador, quando em equipe, é o tipo de inimigo mais preocupante, pois nunca se sabe que tipo de criatura temos que lidar quando enfrentamos alguém assim. Por isso, desde que você se mostrou ser dessa classe, meu objetivo foi detê-la primeiro.

Os rifles atiram poderosas rajadas de vento, acertando Yume em cheio, fazendo-a gritar de dor.

– Yume-hime!! – clama Ketsui, ainda ferida no chão.

Yume cai de costas ao chão. Fubuki tenta fazer algo por ela, mas não consegue, pois continua sendo vítima dos tiros de Aoi. Orfeo, por sua vez, permanece se defendendo, mas sendo impulsionado para trás. Isso até um tiro certeiro quebrar sua lâmina, permitindo a queda do seu ápice ao chão.

– Minha espada se quebrou?! – mentaliza o Tsurugi, atordoado,

Desse modo, Orfeo passa a ser atingido pelos tiros também, começando a gritar de dor assim como Fubuki.

– Sinto muito, mas terei que dar o golpe final. – declara Aoi, cessando seus ataques.

Orfeo cai de joelhos e, em seguida, de bruços ao chão. Fubuki, por sua vez, permanece de pé, bastante ferido, mas com a convicção de proteger Yume.

– Fubuki-chan... – fala a garota, impressionada, se esforçando para se levantar do chão.

Ketsui, mais uma vez, salta contra Aoi enquanto Sieg desaparece. Porém, voltando-se para a felina, o garoto articula:

– Granada Furacão.

O ar em torno da gata começa a adquirir propriedades de movimento até, instantes depois, criar um poderoso tornado. Nisso, Ketsui é presa e para seu avanço. O turbilhão de vento a ataca com violência enquanto pequenas, mas perigosas explosões de ar no interior do furacão, vão sendo detonadas. A felina grita de dor, sem ter o que fazer.

– Ketsui!! – Yume grita por ela, com seus olhos aflitos.

Quando o golpe tem fim, a gata é lançada para o alto e, depois, cai de bruços ao chão. Perdeu a consciência. Percebendo tal fato, o responsável por isso se volta contra Fubuki, Yume e Orfeo mais uma vez.

– Domínio Cinético! – declama Orfeo, atirando rajadas telecinéticas contra Aoi por sua palma direita, ainda de bruços ao chão.

Com excelência, Aoi escapa das investidas com movimentos precisos, mas despreocupados: e com facilidade. Orfeo, por sua vez, continua atacando-o, mesmo notando o insucesso nos golpes.

– Fubuki-chan... – fala Yume, no instante em que o citado fraqueja e cai sobre seu joelho direito.

O sangue escorre dos sérios ferimentos do garoto. Apesar disso, olhando para ela com um sorriso, ele afirma:

– É minha vez de te proteger...

Yume fica perplexa. Não entende como, mesmo depois de receber ataques tão perigosos, ele consiga manter a força de vontade para protegê-la. Por outro lado, sabe que Fubuki corre riscos de perder a vida caso continue nisso. Por tal razão, ela pede:

– Pare.

– Anh? – indaga ele, enquanto Orfeo se levanta e continua atacando Aoi, apesar do adversário se esquivar de todos os golpes do Tsurugi.

– Não quero ver ninguém mais se ferindo para me proteger. – fala ela, no instante em que seus olhos se umedecem. – Não quero ver você sofrendo por minha culpa.

– Tarde demais. – fala Aoi, ao saltar contra Orfeo e acertar um chute esquerdo no rosto do mesmo, jogando-o para longe.

Ele direciona ambas as suas pistolas contra Fubuki. E, sério, articula:

– Esse jogo acaba aqui.

O garoto atira mais poderosas rajadas, quais acertam o peito esquerdo de Fubuki, impulsionando para trás. Yume, atordoada, apenas vê o corpo dele caindo, sem resistência, para trás, assim que gotas de sangue voam pelo ar.

– Fubuki... – pensa ela, com seus olhos arregalados.

As costas de Fubuki se chocam contra o chão. Ele está inconsciente.

– Fubukiiiiiiiiiiiii!!! – grita a garota, derramando suas lágrimas.

O coração de Yume vai se acelerando. Ao se agachar, ela pega o rosto de Fubuki, apoiando-o em sua barriga. Chorando, vai pedindo:

– Não me abandone, por favor, não vá...

– Não tenho escolha! Preciso arriscar ou vamos todos morrer! – pensa Orfeo, se levantando outra vez e colocando seus dois dedos indicadores em sua cabeça. – Domínio Supercomunicativo!!

Aoi começa a gritar de dor, colocando ambas as mãos em sua cabeça. Ao direcionar sua face sofrida para Orfeo, esbraveja:

– O que está fazendo comigo?!

– Estou utilizando minhas ondas cerebrais para causar danos mentais diretamente à sua cabeça. – garante Orfeo. – Porém, isso reduz a eficácia das minhas atividades nervosas e as consequências do uso não controlado desta técnica podem ser irreversíveis. Mas é o que preciso fazer agora! – mentaliza.

Aoi, desesperado, continua gritando de dor. Entretanto, irritado, ele direciona suas palmas para Orfeo.

– Vou matar você. – declara, em ira.

De repente, Yume, que estava chorando até agora, coloca o corpo de Fubuki no chão. Ela se volta para Aoi e, mostrando uma expressão de pura fúria, chama a atenção dele.

– Yume-san? – se surpreende Orfeo, ao direcionar seu olhar para ela.

O fluxo de energia no corpo da jovem aumenta drasticamente. Em seguida, ela corre contra Aoi, exibindo uma velocidade um pouco maior do que a que costuma ter.

– Ventania Espiral! – declama Aoi, tentando atacar Yume e Orfeo ao mesmo tempo com uma arma de vento que cria.

A arma dispara poderosos turbilhões de vento, mas Yume desvia para a esquerda e depois para a direita com ágeis movimentos. Orfeo, por outro lado, é pego em cheio e sua técnica é quebrada.

– Não vai ganhar de mim em uma disputa física. – afirma Aoi, já livre do ataque contínuo de Orfeo, correndo contra Yume. – É tolice pensar que pode...

Quando os dois se aproximam o suficiente, Yume abaixa depressa e, na sequência, ergue sua perna direita ao apoiar suas palmas no chão. Acerta um forte chute no seu alvo, atirando-o para o alto, deixando o Takahashi perplexo.

– Inacreditável!! – pensa ele.

Yume salta para o alto e, outra vez, acerta um chute, mas agora na barriga dele, jogando de volta para o chão. Girando, Aoi consegue retomar o controle do seu corpo e cair de pés ao solo, se afastando um pouco.

– O que aconteceu com ela? – pensa Orfeo, assistindo a tudo. – Parece até outra pessoa...

– Artilharia do Céu! – exclama Aoi, manipulando seus rifles aéreos para atirar contra ela.

Apesar dos violentos tiros, Yume consegue escapar apenas correndo para frente. Aoi vai conduzindo os tiros, quais vão tentando acompanhar o avanço dela. Porém, irada, a garota declara:

– Nunca mais machuque o meu Fubuki!

Já bem próxima, com um salto, a garota executa dois chutes no seu alvo ao pairar no ar. Um com sua esquerda e o outro com a direita. E este último o lança para alguns metros de distância. Entretanto, mais uma vez, ele consegue retomar controle do próprio corpo, percebendo que sangue escorre das suas narinas, que acabaram de ser atingidas.

– Ela não é normal! – pensa o Takahashi, impressionado.

– Eu vou... – Yume, que voltara ao chão, tenta correr de novo, mas uma nova pontada em seu coração a interrompe, desenhando em sua face a sensação de dor.

A garota coloca sua palma esquerda sobre seu seio. E, ofegante, imagina:

– Outra vez... Preciso derrubá-lo antes de cair, mas ele é duro na queda!

Aoi, sério, fica encarando a inimiga. E pergunta:

– Posso perceber claramente a diferença na sua respiração. Será que o dano causado pelos meus ataques está lhe prejudicando agora?

Ela não responde, mas tenta normalizar sua respiração. Enquanto isso, por alguns instantes, olha para Fubuki, inconsciente, deitado ao chão a uma distância segura.

– Em você reside o poder para proteger todos aqueles que ama. – ecoa uma voz na cabeça do garoto.

Com dificuldade, Fubuki abre seus olhos, mas ninguém no campo de batalha percebe. A voz em sua cabeça, por outro lado, ecoa outra vez:

– Levante-se, acredite em seu potencial e lute. Você pode proteger seus entes queridos, Fubuki...

– Quem é? – questiona ele, com uma voz fraca, tentando reconhecer o dono da estranha voz.

Na verdade, é dona, pois trata-se de uma voz feminina. Fubuki não consegue se lembrar de quem é a tal voz, mas nota um sentimento quente brotando em seu peito esquerdo. E ao olhar para o mesmo, percebe o sangue que escorre do mesmo.

– Você tem o poder e a determinação necessária para usá-lo. – reforça a voz, começando a desaparecer. – Ultrapasse os obstáculos diante dos seus olhos e conquiste a vitória. Por aqueles que ama...

– Cansei disso. – fala Aoi, encarando Yume. – O Ritual do Sol Noturno não pode esperar muito mais. Acabarei agora com vocês e os levarei como três dos quatro sacrifícios que ainda faltam.

Com sua Hakanai, o garoto cria uma bazuca de vento em suas mãos. Direcionando-a contra Yume, ele se prepara para atirar, falando:

– Adeus.

– Círculo de Neve! – exclama alguém.

Explosão. O tiro da bazuca de vento de Aoi cria uma explosão ao se chocar contra algo. E, em poucos instantes, o inimigo, Yume e Orfeo percebem o que ocorrera: Fubuki se levantara e a protegera.

– Fubuki-chan... – fala ela, surpresa, ao ver o círculo branco que ele utilizara para interceptar o golpe inimigo.

O círculo de neve desaparece. Fubuki, devidamente posicionado, encara Aoi com uma expressão firme. E, com isso, ele declama:

– Se prepare, Aoi! Vai se arrepender por ter feito a Yume chorar! E isso é uma promessa!

/--/--/

Enquanto isso, em outro ponto da Vila do Sol...

Três pessoas. De um lado, Sisshin e Rouge. Do outro, um garoto de pele clara e corpo forte, cabelos lisos negros e curtos, olhos azuis e expressão séria.

– Meu nome é Henry Takahashi, mas podem me chamar de Henrique.

– Que interessante. – fala Rouge, retirando de cada bota uma espada. – Se insistir em ficar em nosso caminho, teremos que retirá-lo à força.

– Se acalme, Rouge. – pede Sisshin, olhando para ela. – Não podemos atacar sem pensar. Temos que estudar o oponente primeiro.

– Não temos tempo a perder, Sisshin. – alega a mascarada, já correndo contra o seu oponente e tentando acertá-lo com suas duas lâminas.

O Takahashi presente apenas a observa com atenção, mas com bastante serenidade. Quando ela se aproxima o suficiente, ele ergue sua palma direita, articulando:

– Barreira Argilosa de Ferro.

Uma barreira de argila, de imediato, se forma entre os dois, bloqueando a investida de Rouge.

– Um usuário de Killer Clay?! – pensa Sisshin, espantado. – Não é algo que se vê todos os dias...

A mascarada salta para trás. Se colocando, outra vez, ao lado do seu companheiro, ela admite, dizendo:

– Parece que isso será mais difícil do que eu esperava...

/--/--/

Ao mesmo momento, em um dos corredores que levam à Torre do Sol...

Duas pessoas correm juntas: Athem e Envy. Por enquanto, nenhum inimigo se apresentara para eles, mas sabem que tal quadro poderá mudar a qualquer instante.

– Tudo está calmo demais. – opina Envy. – Será que estão preparando uma armadilha para nós?

– É possível. – concorda Athem. – Porém, mesmo que seja essa a verdade, não podemos perder mais tempo.

De repente, a dupla percebe uma silhueta ao fim do corredor. Aparentemente, é uma silhueta feminina, que vem ao encontro dos dois de modo lento e gradual.

– Veja, foi só falarmos... – comenta Envy.

Athem e ela, juntos, param. Aos poucos, torna-se possível ver quem se aproxima: uma garota de pele branca, longos cabelos castanhos – levemente cacheados – até o fim de suas costas, seios medianos e íris negras.

– Olá. – a desconhecida os cumprimenta, séria. – Sou Bian Takahashi e estou responsável por acabar com vocês dois.

– Sério?! – questiona Athem, sorrindo empolgado. – Então acho que já está na hora de colocar minhas habilidades em ação.

Ele cerra seus punhos. E ambos são envolvidos por uma camada de energia elétrica, deixando visíveis pequenos raios em torno deles. Dessa forma, o mais jovem dos presentes apenas determina:

– Minha Hakanai: Trial Thunder, o relâmpago do julgamento. – e sorri ainda mais, se posicionando para a batalha. – Se prepare para sua condenação...

/--/--/

Ao mesmo tempo, no quarto corredor...

Três jovens da Vila do Sol: Sesshou e Zack encaram Stinger.

– Nunca pensei que seria você quem encontraríamos. – admite Sesshou. – Porém, é um alívio saber que nenhum dos garotos precisará te enfrentar.

Stinger sorri. De braços cruzados, ele suspira. Sempre teve uma grande rivalidade com Sesshou, pois ambos eram igualmente cogitados para assumir o trono do pai. Por outro lado, devido às atitudes de Stinger, o chefe do clã acabou expulsando-o do vilarejo. Ou pelo menos é assim que ele queria que todos pensassem...

– Faz muito tempo que sonho no dia em que pudesse acabar com você. E finalmente chegou. – comenta, animado. – Nesta noite, o grande Sesshou morre.

– Não se encha de tanta convicção, Stinger. – recomenda o aliado da rainha do Palácio Estelar. – Eu não cheguei onde estou hoje sendo fraco. Por isso, não tente usar armas psicológicas ou emocionais contra mim, pois não vai funcionar.

– Quem foi que disse que eu usaria algo assim? – indaga ele, rindo. – O que quero é provar que sou mais poderoso do que você.

Ambos os irmãos se posicionam como se deve. Zack, vendo isso, engole seco.

– Olha só em que fui me meter: em uma briga de irmãos!

Os dois Takayamas se encaram. Sesshou está sério, mas Stinger está sorridente. E quando a energia de cada um se eleva, exclamam juntos:

– Vamos lutar!!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!