Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 6
Eu estava completamente louco


Notas iniciais do capítulo

Pov do Pedro



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Eu era um idiota. A maior besteira que podia fazer naquela hora era ter mandado aquilo pra Estela. Mas ela queria o que? Ela que começou me dando patada. Será que ela gostava de me irritar? Eu fazia ela rir? A única coisa que eu sei é que aquela “cena feliz” com o O’Conner me deixou morrendo de raiva. Ele era um canalha pior do que eu. Se fingia de amigo e só queria uma boa noite de sexo. Depois dava um pé na bunda da coitada. O pior é que às vezes ele fazia isso contra a vontade da garota. E esse era o meu medo. A Estela era durona, se não quisesse ela não teria medo de falar não e daí ele iria... Não. Não quero nem cogitar a possibilidade.

Mas... por quê eu me preocupava tanto com ela? “Porque ela é linda, inteligente, ousada, criativa... e você ta muito afim dela” falou a minha consciência. Será que era isso? Ela havia chamado a minha atenção, sem dúvida, mas estar afim dela? Não, não podia ser. Resolvi deixar isso pra lá.

– ~ -

O resto da semana foi particularmente irritante. Daisy grudou em mim mais do que o normal, Susana passava cada vez mais tempo com o Caspian, e o que mais me irritava: Estela SÓ andando com O’Conner e eles pareciam cada vez mais amigos, com ele sempre fazendo ela rir. Deus! A risada dela era contagiante. Eu só não ria também porque eu tinha consciência que quem estava fazendo-a rir era o O’Conner.

Sexta chegou rápido e eu me via completamente determinado a provar pra Estela que eu estava certo em relação ao O’Conner. Estava tão concentrado em achar maneiras de torturá-lo, quando ouço alguém tocando piano. Olhei pela porta da sacada e vi Estela tocando. Abri a porta e fui até a sacada para ouvir melhor e pude reconhecer a música:

The River flow in you

Ela terminou e eu fiquei completamente boquiaberto. Tinha sido perfeito.

– Você podia ser pianista sabia? – comentei

– E você podia ser menos bisbilhoteiro sabia? – rebateu ela

– Cara, você não pode aceitar um elogio não?

– É que...Deixa pra lá.

– Agora fala.

– A gente se odeia lembra?

– Nunca disse que odiava você.

– Mas eu odeio você. – revelou ela

Não respondi. Aquilo havia me magoado. Porém eu era orgulhoso demais pra admitir.

– Tudo bem então. Vou indo porque tem a festa ainda.

Entrei e tranquei aquela porta. Decidi que iria tentar esquecê-la hoje, ou seja, ficar com um número indeterminado de garotas. Fui tomar um banho e coloquei uma calça jeans, com uma blusa de botões azul (deixando alguns abertos) e meu vans. “Arrumei”meu cabelo, tranquei a casa e saí. Susana já estava lá.

Assim que cheguei na festa, uma cabeleira loira (falsa) pulou em mim.

– Oi amoreco!

– Oi Daisy. – respondi desanimado

– Credo. Que falta de animação, nem parece que está numa festa. Vou ali pegar uma bebida pra ver se você se anima um pouco.

Assim que ela saiu outra pessoa entrou em meu campo de visão. Estela estava maravilhosa. Usava um vestido preto de brilho com um cinto vermelho na cintura, completamente colado no corpo. Praticamente todos estavam babando nela. “Esquece ela um pouco Pedro e vai atrás de umas gatinhas”gritou minha consciência.

Tentei fazer exatamente isso, mas como eu sou muito sortudo (ironia on) Daisy resolveu não largar do meu pé. Fiquei puto da cara e explodi:

– SÁI DAISY! LARGA DE MIM! EU CANSEI DISSO ACABOU!

– VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO! EU SOU A DAISY. TODOS ME QUEREM.

– EU NÃO QUERO MAIS. E SE TODOS TE QUEREM, ÓTIMO. VOCÊ NÃO TEM DO QUE RECLAMAR.

E saí. Fui até o jardim pra tentar acalmar os nervos. Só que não deu muito certo, porque no meu campo de visão havia um casal se pegando. Arregalei os olhos ao perceber que eram Estela e o O’Conner. Ele segurava o corpo dela junto ao dele e tentava subir o seu vestido, mas ela se debatia e implorava pra ele parar.

Sem pensar duas vezes, corri até lá dei um soco na cara dele. Eu estava tão puto da vida que o soco saiu mais forte do que eu planejava e ele desmaiou.

Me dirigi até a Estela e a abracei. Ela tremia e chorava descontroladamente

– Pe... Pedro. Me... leva pra casa... por favor.- implorou ela

– Claro que eu levo.

Saí por uma porta que havia nos fundos do jardim e dava no jardim da minha casa. Então saí e levei-a até a sua casa. Subi com ela até seu quarto e deitei-a na cama. Estava prestes a ir embora quando ela puxou meu braço de volta.

– Fica aqui comigo. Por favor!- pediu ela, chorona

– É claro que eu fico – respondi suavemente

Deitei na cama e a abracei por trás então pensei: “É eu estou mesmo completamente louco por essa marrentinha”.


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Notas finais do capítulo

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