Everything Can Change escrita por Isa Pevensie Jackson


Capítulo 30
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Gente, é o fim da PRIMEIRA TEMPORADA! Para quem está triste, relaxe. Vai ter continuação. E, com certeza vai ter mais do ship Estela/Pedro, além de outros casais. Aguardem.
Pov Pedro



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/452216/chapter/30

Um ano se passou desde que Estela foi para Londres. Nesse um ano, muita coisa mudou. Susana e Caspian estavam mais juntos do que nunca e agora iam cursar a mesma universidade, Columbia. Eu, passei o último ano do colegial como um cafajeste.

Ora, depois de tudo que eu sofri por me apaixonar, de maneira nenhuma eu iria deixar isso acontecer novamente. Além disso, embora eu odiasse admitir, meu coração ainda era dela. Você deve estar se perguntando: e a Caroline? Bom, nós dois chegamos a ficar e namorar por um tempo, mas não éramos apaixonados um pelo outro. Apenas amizade. Uma amizade pura entre garoto e garota. Ela se tornou a minha melhor amiga. Antes mesmo de eu voltar para Los Angeles para terminar o Colegial ela estava namorando um outro garoto, chamado Igor.

A única coisa boa que aconteceu foi o casamento entre minha mãe e Arthur. E, pensar nesse dia me fez lembrar novamente da garota morena de olhos verdes que eu ainda (infelizmente) amava. Sim, ela apareceu no casamento e a conversa que tivemos não foi exatamente...amigável.

Flashback on:

Estávamos no salão de festas, esperando a janta ser servida. Minha mãe e Arthur cumprimentavam os convidados. Eu apenas observava o nada, distraído. Foi quando ELA entrou no salão. Como sempre, atraía toda a atenção quando passava, mas, também como sempre, ignorava tudo. A única mudança era o seu olhar. Seus olhos, que normalmente transmitiriam divertimento com a situação, agora demonstravam frieza, indiferença.

Juro que tentei não reparar, mas não consegui. Era impossível não reparar em como ela havia ficado mais bonita de um ano pra cá. Hoje, Estela usava um vestido vermelho sangue, de alça, com uma fenda enorme na coxa. Seu cabelo castanho estava completamente liso, apenas com pequenos cachos nas pontas. Um batom do mesmo tom do vestido destacava seus lábios. Sim, ela estava definitivamente muito sexy. E reparar nisso, não era nada bom.

Ainda não sei por quê fiz isso, mas fiquei observando-a. Primeiro, ela foi até nossos pais e os abraçou, desejando os parabéns e felicidades. Depois, cumprimentou rapidamente Susana e Caspian, indo para sacada logo depois. Fui até lá e me surpreendi ao vê-la sentada, fumando.

– Realmente, eu não conhecia você direito ano passado. – comentei

– Aí que você se engana Pevensie. Eu apenas mudei. – respondeu fria – A Estela bipolar e infantil que você conheceu e fez de idiota morreu. Eu me toquei que não vale a pena ser uma pessoa gentil e certa. Não existe final feliz.

– Lembre-se de que a escolha foi sua.

– Não sou burra pra não lembrar disso. – ela retrucou, ríspida – Mas você não quis me ouvir. Eu tinha uma idéia pra nós dois. Mas você é só mais um garoto mimado e egocêntrico que só se preocupa consigo mesmo. E eu fui burra, acreditei em você e me ferrei.

Fiquei em silêncio, digerindo o que ela disse. Será que estava certa? Estela ainda me encarava, tentando disfarçar o quanto ainda sofria com o que eu disse a ela. Me senti mal. Alguma coisa muito grave deve ter acontecido com Estela para ela ter ficado assim. E eu tinha a sensação de que a culpa era minha.

– Estela eu...sinto muito pela última vez e... – comecei

– Ah, me poupe, Pedro. – ela me interrompeu – Você está com pena de mim. Não quero a sua compaixão. Não quero mais nada de você. Não depois de você ter falado aquilo tudo. Não precisa mais fingir que se importa.

– Mas eu me importo! – soltei sem pensar

– Será? – ela questionou – Deve ter sido por isso que me disse aquelas coisas em NY, que nunca perguntou sobre mim, que nunca quis saber como eu estava.

– Eu estava com raiva de você. – me defendi – Agi sem pensar.

– Eu também quando aceitei a vaga em Oxford. E olha o que você me disse. Faça um favor pra mim? Saia daqui. Me deixe tentar seguir minha vida em paz. Até porque você já seguiu a sua.

– Caroline ainda não era minha namorada. – falei

Estela riu em escárnio.

– Ora, ora. Parece que você não tão diferente de mim, então. – ela zombou – Você despreza a si mesmo, Pevensie?

Novamente fiquei sem palavras. Odiava admitir, mas Estela tinha razão. Abaixei minha cabeça e ouvi Estela rir alto. Não um riso de alegria, mas sim de deboche. Olhei para ela com raiva e seu rosto reassumiu a expressão indiferente.

– Viu como eu tenho razão? – ela continuou, dessa vez séria – Todos somos pessoas ruins que fazem coisas ruins. Eu posso ter ajudado, mas você escolheu mentir, assim como eu. A diferença, é que eu não tento mais me convencer de que sou boa pessoa. Já aceitei minha realidade.

Eu estava completamente boquiaberto. Ela realmente tinha mudado. Observei-a sair da sacada e se despedir de nossos pais. Ao repassar nossa conversa mentalmente, mais do que nunca percebi que eu realmente não a conhecia.

Flashback off.

Praticamente todas as noites eu sonhava com esse dia. Ainda não entrava na minha cabeça a idéia de que a garota alegre, engraçada, despreocupada, marrenta, sincera e amiga por quem eu me apaixonei, virou essa pessoa fria e fechada que apareceu no casamento. Porém, isso só indicava uma coisa: não havia mais volta pra nós dois. E eu teria de aprender a lidar com isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que tal?