Disenchanted escrita por Diana


Capítulo 11
XI - Perfeição


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!

Desculpem a demora... Mas né, feriado, cês sabem né!

Então, ahn, esse capítulo tem uma surpresa +18. Tenderam né? E já sabe né? Não curte, não leia.

Capítulo betado pela fofa da Srta With.

No mais, boa leitura.



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XI

Perfeição

“But I crumble completely when you cry”

(505, Arctic Monkeys)

A noite tinha acabado de descer no Acampamento e eu tinha acabado de arrumar minha mochila. Após alguns dias de discussão, finalmente chegamos a um consenso: Eu iria entrar no Labirinto sozinha. E estava aliviada por isso. Annabeth ficaria por aqui, segura.

Havia conversado com Quíron algumas horas antes e decidi partir essa noite. A única dúvida que pesava, porém, era se deveria me despedir de Annabeth ou não. Eu não queria vê-la triste e não queria ter nenhum “momento de fraqueza”, mas sabia que era covardia evitá-la. E eu, em absoluto, não sou covarde.

Pus minha mochila no ombro e saí do chalé de Ares. Não me despedi de nenhum dos meus irmãos. Fui até o chalé de Atena onde Malcom, um dos irmãos de Annabeth, me atendeu. Ele me lançou um olhar jocoso, ao qual respondi com um raivoso, e disse:

– Annabeth está no banho.

Apenas assenti e dei meia volta, em direção aos vestiários. Adentrei o local que estava praticamente vazio. Só um dos banheiros tinha a porta fechada e o chuveiro ligado.

– Annabeth? – Perguntei de frente para a porta.

– Sim? – Acho que ela não reconheceu minha voz.

– Sou eu, Clarisse. – Respondi, começando a realmente me dar conta de que estávamos sozinhas e ela, nua. Tentei expulsar certos pensamentos de minha mente.

– Já estou saindo. – Ela disse e eu me sentei em um dos bancos do vestiário.

Pareceu que haviam se passado horas quando o barulho do chuveiro cessou e Annabeth quebrou o silêncio que se instalara.

– Pode me passar a toalha? – Ela meio que gritou do banheiro onde estava. Rapidamente me pus de pé e encontrei a toalha dela perto de sua mochila no canto do vestiário.

– Aqui. – Bati na porta e ela a abriu um pouco. O resquício do vapor de água trazendo o cheiro de seu shampoo. Seus olhos cinzentos me encaravam. A entreguei a toalha meio sem jeito.

– Obrigada. – Ela disse, um pouco envergonhada e eu pude sentir minhas bochechas arderem um pouco.

Annabeth já ia fechar a porta, quando pus a mão na frente e a impedi. Ela me olhou com um rosto confuso e eu entrei no lugar apertado com ela. Não sabia o que estava fazendo. Só sabia que estava fazendo.

– Clarisse, o que deu em você? – Ela me perguntou e, mentalmente, me fiz a mesma pergunta.

Ao invés de respondê-la, colei meus lábios aos dela. Estremeci ao sentir seu corpo ainda molhado e quente esbarrar-se no meu. Passado o susto inicial, Annabeth enlaçou meu pescoço com os braços.

Passei as mãos por seus braços, indo até o ombro e descendo novamente. Pedi passagem à boca dela e minha loira (minha?) prontamente cedeu. Acariciava a língua dela com a minha, impondo um ritmo forte ao beijo.

Suavemente, deslizei uma mão até a cintura dela. Retirei meus lábios dos dela e pousei-os em seu pescoço. Annabeth se agarrou mais a mim e levou as mãos até a barra de minha blusa. Não tinha controle das minhas ações, mas sabia que se ela se sentisse desconfortável, eu pararia imediatamente.

Me afastei um pouco, apenas para deixá-la tirar minha blusa. Imprensei Annabeth na parede, enquanto suas mãos viajavam por meu abdômen. Normalmente, a maioria das meninas com quem fiquei não gostava muito dos meus músculos “She-Hulk”, mas ela parecia não se importar.

Mordi seu pescoço e ela soltou um gemido abafado. Senti meu sangue evaporar com aquilo e desviei meus lábios para sua orelha, deixando um rastro molhado pelo caminho. Timidamente, Annabeth me abraçou e escondeu o rosto em meu ombro, dando-me uma leve mordida.

Beijei seu pescoço e desviei meus lábios para a curva de seu ombro. Deixei uma das minhas mãos viajar de sua cintura até seu seio, sentindo sua pele se arrepiar e seu corpo estremecer levemente ao meu toque.

Olhei-a por um instante. Nossos olhares se encontraram, febris. Com uma rapidez inesperada, Annabeth me beijou. As mãos dela brincavam com a alça do meu sutiã até que ela teve a ousadia de baixar uma delas e acariciar meu seio.

Ajudei-a retirando o resto da peça irritante e Annabeth se abaixou, percorrendo meu corpo com seus lábios, deixado beijos por meus seios e abdome. Suas unhas arranharam minha pele enquanto ela voltava a se erguer e me beijava novamente.

Meus pensamentos estavam nublados e meu corpo domado. Annabeth estava tirando o pouco de razão que ainda me acompanhava. Apenas deixei minhas mãos pousarem em seu quadril enquanto tentava me concentrar em algo além de seus beijos e toques. Tinha que me controlar. Não queria agir de uma forma que a assustasse.

Mas minha tentativa de controle foi por água abaixo quando ela levou suas mãos à minha calça e a desabotou. Pus minha mão em seu queixo e ela me encarou. Meu corpo estremeceu ao ver o desejo estampado abertamente em seus olhos.

Acho que devo ter soltado um gemido quando ataquei seus lábios e a imprensei de novo na parede e segurei seus pulsos acima da cabeça, dominando-a. Mordi sua língua levemente e a senti sorrir entre o beijo.

Consegui manter as mãos dela presas com uma só e deslizei outra por seu corpo lindo até chegar em seu sexo. Annabeth tremeu e a olhei, tentando achar qualquer resquício de indecisão em seus olhos cinzentos. Ela entendeu minha hesitação e assentiu, me permitindo tocá-la.

Havia poucos fios loiros escondendo a feminilidade dela. Acariciei-os levemente, atenta às reações de Annabeth. Suavemente, introduzi um dedo, pressionando sua feminilidade e sentindo a umidade do local. Annabeth gritou. Um grito de puro prazer.

Estávamos deitadas num dos bancos do vestiário. Imagino que àquela hora era difícil alguém nos pegar ali. Perdi a conta de quantas vezes ouvi Annabeth sussurrar meu nome aquela noite. Sentia meus dedos ainda molhados, ainda conservando a umidade dela e minhas costas estavam marcadas por suas unhas.

Trouxe-a para mais perto e a abracei forte. Annabeth estava quase adormecida. O cheiro que vinha dos fios loiros quase me adormeceu também.

– Annabeth? – Chamei-a baixinho. Ela ronronou algo, como se para dizer que ainda estava acordada. – Eu.... – Uma sensação de arrependimento começou a bater. Annabeth percebeu minha hesitação e se forçou a me encarar.

– O que foi? – Ela acariciou meu rosto e me deu um beijo leve nos lábios, me encorajando a falar.

– Eu... Sinto muito. – Pude ver certa tristeza e confusão percorrererem os olhos dela e meu peito se apertou.

– Do que você está falando? – Ela saiu de cima de mim e começou a procurar suas roupas. Sentei-me no banco, incapaz de encará-la.

– Era nossa primeira vez, certo? Era para ter sido especial, não é? – Meio que sussurrava, mas, como não consigo ficar quieta, me pus a procurar minhas roupas também, evitando encará-la naquele espaço pequeno.

– Idiota. – Ela resmungou e eu terminei de me vestir. – Idiota! – Ela gritou e saiu correndo.

Mil coisas passaram por minha cabeça antes de sair em disparada atrás dela. Ela corria como um raio. Droga! Droga! Eu tinha mesmo que dizer aquilo? Eu era mesmo idiota! Consegui alcançá-la perto do lago de canoagem. Segurei seu pulso e ela se virou para mim com raiva, me atacando.

– Idiota! – Ela continuava tentando acertar meu rosto, mas eu desviava e tentava segurar suas mãos.

– Annabeth, calma! – Ela percebeu finalmente o que estava acontecendo e refreou suas ações, me olhando. Soltei seus pulsos vagarosamente. Ao encarar seus olhos cinzentos, percebi que ela tinha chorado. E me senti pior ainda, porque havia prometido para mim mesma que não a faria chorar nunca mais.

– Idiota. – Ela disse por fim e me abraçou, pousando a cabeça em meu ombro. Arrisquei a pousar meus braços em sua cintura e ela estremeceu sob o contato.

Ficamos um bom tempo assim. Não tinha coragem para dizer muita coisa e sinceramente, não queria magoá-la mais. O corpo dela colado ao meu me dava uma sensação boa de paz. E o cheiro dela me acalmava. E era raro eu estar em paz ou calma.

– Idiota. – Ela sussurrou, colando os lábios em meu ouvido. – Foi perfeito. – Eu estremeci e senti minhas bochechas arderem. Sabia do que ela estava falando.

– Certeza? – Fiz ela olhar para mim e me perdi nos olhos cinzentos dela. Eles emanavam sinceridade. Ela assentiu e voltou a esconder o rosto em meu ombro.

– Foi perfeito porque te amo.

Quando essas palavras se chocaram com meus ouvidos, algo dentro de mim se aqueceu. Abracei Annabeth com força. Poderia ser a última vez que a veria. Poderia ser nosso último abraço. E, mesmo assim, ela se erguia como minha esperança. Apertei ela em meus braços e, pela primeira vez em anos, senti algumas lágrimas rolarem por meu rosto. E eu não tinha nenhuma intenção de fazê-las voltar.


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Notas finais do capítulo

Então? Bora comentar?
Beijos, lindos e lindas.