Como você me encontrou? escrita por Kethy


Capítulo 18
Vá para casa Jack!


Notas iniciais do capítulo

Sabe estou meio bolada com vocês, estamos tão perto do final e vcs desanimam? O ultimo cap deveria ter sido o mais badalado.
Mas teve tão pouco comentários, bem espero que vocês falem comigo, para eu ter certeza se posto ou não a continuação ou se encerro a fic mesmo.
Bem Enjoy



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Acordei com uma voz feminina a distancia, meio rouca, estava um tanto irritada me perguntava se era comigo. Eu estava deitado e minha visão estava meio desfocada, o teto não era o da minha casa.

Eu ainda estava zonzo, mas eu não queria mais dormir eu precisava me levantar, meu corpo protestou. Todo meu corpo doía e eu tinha certeza de que, não era uma febre qualquer.

Havia algo frio sobre minha mão, olhei de relance e pude ver Jack que dormia em uma cadeira, ao lado de minha cama. Ele segurava minha mão, olhei em volta atrás da porta de vidro, havia uma mulher.

A vidraça era embaçada e eu tinha certeza de que não era minha visão, eu apenas via vislumbres passando em frente a ela. Minha cabeça rodava e minha garganta estava seca, eu queria falar com Jack, mais barulhos da porta.

Ela estava discutindo com alguém, mas eu não conseguia realmente ouvir o que ela dizia, mas também queria que parasse. Lembrei-me do que havia acontecido, eu havia caído sob o gelo, Astrid também.

Mas se eu estava aqui onde será que ela estaria minha cabeça latejava, e meus pensamentos se tornaram confusos. Eu queria uma explicação, mas talvez eu não estivesse em condições de ouvir uma.

Eu deveria estar em um hospital, particular pelo visto deve ser o que está em meu plano, mas isso não é o Importante agora. Tentei me mover, mas Jack apertou minha mão de leve, o encarei e o sorriso aliviado se misturava nas lágrimas.

–Finalmente! – anunciou e logo eu me via em um abraço, podia sentir as lágrimas frias molharem meu pescoço. – Você está acordado! – eu dormi por muito tempo?

–Jack, o que houve? – indaguei lhe dando um beijo no topo da cabeça. – Onde está Astrid? – ele estremeceu e me soltou voltando para a sua cadeira.

–Hic, Astrid ela... Ela... Morreu. – disse com sua voz falhando, minha expressão deveria perguntar o que aconteceu por que ele apenas continuou. – Bem quando te vi cair, foi como se... Todo o meu mundo caísse também, meu coração deve ter parado por um segundo. – disse e começou a articular as mãos. – Te perder como perdi Emma seria... A pior dor que eu já sentira talvez... Mas na hora eu me esqueci de Astrid e só fui atrás de você, quando o deixei com o professor me lembrei dela, mas todos me seguravam tentando me impedir, diziam que era loucura. – mais lágrimas. – Quando finalmente a retirei do lago ela já não respirava direito Hic. – ele olhou para mim. – Ela não resistiu o suficiente Hic, ela morreu foi ontem de manha. – tentei organizar tudo que ele havia dito, mas eu me encontrava com dificuldades para tal.

–Ontem de manha? – indaguei ainda digerindo as palavras.

–Sim, você está em coma desde sexta. – disse. – Hoje é domingo. Eu tenho que achar o medico e dizer que você acordou.

Ele se levantou e foi até a porta a abrindo minimamente, a vidraça era fosca e eu não podia ver muito bem. Apenas vultos, o falatório da mulher cessou não acho que era minha mãe.

Falou algumas coisas inaudíveis para quem quer que fosse que estava do lado de fora, por um momento senti medo. Talvez fossem policiais em busca de respostas, ou o conselho tutelar, para com meu pais.

Um homem parcialmente careca adentrou o quarto, seguido por uma mulher loira de olhos azuis ferozes. Avermelhado talvez estivesse chorando, o homem se aproximou de mim e retirou uma mini lanterna do bolso. Fez o exame.

–Nenhum trauma. – anunciou guardando a mini lanterna. – Como se sente Ethan?

–Bem. – respondi, mas minha voz saiu rouca e logo Jack me estendeu um copo de água. – Você é a mãe de Ester? – indaguei acordando a mulher.

–Eu era. – disse sufocando um soluço e limpando as lágrimas que lhe escapava, eu não disse nada, quando algo assim acontece à última coisa que queremos é pena. “Nem o que Astrid fez para com Jack?” Não.

–Mas onde estão seus pais? – indagou ela.

–Eles voltam amanha de uma viajem, já foram avisados? – indaguei olhando para o medico que deu de ombros.

–Eu liguei para sua mãe hoje mais cedo. – começou Jack. – Mas eles só voltam amanha mesmo.

–Obrigado. – disse e sorri para ele.

–É mesmo Ethan, mande este garoto para casa. – disse o medico cruzando os braços. – Não saiu daqui, só come besteiras na lanchonete e não tem dormido direito. – olhei para Jack que se encolheu e desviou o olhar para a porta.

–Eu deveria ligar para a Anna, Jack. – o repreendi e ele se encolheu um pouco mais. –Obrigado. – sorri.

–Vocês não são irmãos não é? – indagou a mulher.

Ela assentiu o medico disse que eu ficaria aqui e saiu do quarto, Jack voltou para a cadeira, e a segurar minha mão. A mulher se abraçou e fez menção de sair do quarto, ainda soluçava um pouco.

–Desculpe, mas qual seu nome? – indaguei.

–Helena Collins. – ela disse. – Bem eu tenho de ir, cuide-se e mande-o para casa. – sorriu tristemente. – Daqui a pouco ele desmaia. – saiu do quarto e os passos no corredor se misturavam ao choro.

–Jack vá para casa. – disse calmamente.

–Eu vou ficar. – disse ele irritado como uma criança. – Ficarei até você ser liberado.

–Vem aqui. – eu disse sorrindo ternamente, ele se levantou e se sentou na maca. – Vá para casa, tome um banho coma alguma coisa e volte à noite e durma aqui comigo.

–Mas...

–Sem ‘mas’. – o calei. – Jack eu tenho medo de hospitais, passe a noite comigo.

–Está bem, então eu volto mais tarde. – eu segurei seu rosto e ele sorriu minimamente, lhe dei um selinho lento. –Eu te amo.

–Eu também te amo, Hic. – disse e se afastou e saio do quarto acenando.

Um bom tempo depois eu sentia fome, em então a porta se abriu rangendo e uma mulher entrou. Tinha cabelos extremamente loiros e uma expressão cansada, deveria ter uns 37 anos no máximo.

–Vim colocar mais soro... – disse ela e depois me encarou semicerrando os olhos. – Espere um pouco, você é o garoto do trem. –depois de olhar bem me recordei.

–Você era a mãe de Jamie não é? – indaguei e ela me encarou comprimindo os lábios.

–Sou enfermeira do Jamie. – disse ela. – Espere vou trazê-lo aqui. – disse e saiu do quarto.

Alguns minutos mais tarde a porta se abriu e o garotinho adentrou, sua expressão preocupada se tornou alegre ao me ver. Correu e subiu na cadeira de Jack e logo estava na maca, sorri para ele. Usava um pijama azul com coelhos.

–O que houve com você Hiccup? – perguntou me analisando.

–Jamie! – ralhou a mulher ao entrar no quarto.

–Esta tudo bem ele pode ficar. – disse eu rindo, virei-me para ele. – Eu cai em um lago Jamie.

–Ah! Como a menina de ontem? – indagou ele.

–Jamie! – ralhou ela.

–Alex, você busca meus bonecos? – indagou ele. Ela suspirou e saio do quarto.

–Você mora aqui Jamie? – perguntei.

–Sim, mas sabe tem pouco tempo. – disse fazendo perna de índio. – Meu pai foi embora, ai minha mãe ficou muito doente e disseram que eu não poderia ficar sozinho em casa, então Alex cuida de mim enquanto minha mãe não acorda. –dizia como se me contasse uma historia. – Meu pai levou Sophia, minha irmã menor. – ele sorriu tristemente e olhou em volta. – Onde está seu namorado? O que não gosta de pipoca.

–O mandei ir para casa, estava fedido. – disse e Alex entrou com os bonecos de reconheci ser do filme transformes. Ela trocou meu soro e saiu.

–Alex está preocupada com a minha mãe, mas ela vai melhorar.- disse e me estendeu o boneco prateado. – Vamos brincar?

Brincamos por um bom tempo até Jack chegar, ele apareceu na porta franzindo o cenho, mas depois sorriu.

–Ah eu quero brincar também. – choramingou ao deixar uma vasilha sobre a mesinha e se sentar na cadeira, olhou para o menor. – E quem seria você?

–Sou Jamie! – sorriu exibindo a janelinha. – Você é o namorado de Hiccup não é? – Jack engasgou com o ar.

–Ele já sabia a um bom tempo. – eu ri.

–Por que seu cabelo é branco? – indagou o da janelinha.

–Eu não sei, nasci assim. – respondeu

–São bonitos. – disse e riu. - Alex! – ela apareceu trazendo mais um boneco.

–Eu trouxe bolo de chocolate para o Hic, você gosta Jamie? – indagou Jack abrindo a vasilha que trouxe.

–Eu amo! – disse o garoto. Jack sorriu para ele e olhou para mim.

–Podemos ficar com ele? – indagou Jack.

–Você tem 16 anos, não cuida nem de você mesmo lembra. – disse e ele coçou o queixo. – Não podemos ficar com ele Jack!

–Uma pena não é Jamie? – o garoto assentiu. – Adoraria um filhinho.

Ele sorria de canto, Jamie era realmente uma gracinha, mas querer ele como um filho já é estranho. Mas sabe eu acabei abrindo um sorriso para os dois, eu já atacavam o bolo de chocolate.

–Eu também quero! – disse e Jack me serviu um pedaço. Estava doce. –Sua mãe quem fez? – ele assentiu, eu sorri.

Comemos e brincamos com os robôs, horas mais tarde Jamie já bocejava, Alex apareceu no quarto. Sem sua roupa de enfermeira, com um sobretudo vermelho e um touca, colocava as luvas.

Perguntava-me se Jamie dormia na casa dele, mas como ele ficou de pijama o dia todo, a resposta deveria ser não. Mas ele não parecia de tudo triste com isso, queria ter perguntado o nome de seu pai.

–Jamie, está na hora de ir acabou meu turno, você tem que dormir. – ele foi relutante ela apontou para Jack. – E você vá para casa.

Levou Jamie e os bonecos, um tempo depois as luzes do corredor foram apagadas, eu e Jack comemos o restante do bolo, com um pouco de suco amargo. Ele se deitou ao meu lado e me abraçou.

Retribui o abraço que eu já sentia falta, queria poder ir para casa com Jack, beijá-lo a meu bel prazer. Se corpo frio como sempre, comigo embaixo de lençóis finos, eu queria ficar ali para sempre.

Ele havia enterrado a cabeça em meu pescoço, também me beijou no local, eu sentia falta dele. Sem nem mesmo perceber, descobri que necessitava dele perto de mim, tive medo de não poder vê-lo.

Quando cai, tive medo de perdê-lo para sempre, ou até que ele chorasse por isso, não queria vê-lo chorar. Eu sentia sua falta mais que qualquer outra coisa, eu precisava dele lá comigo.

Retribui se abraço o apertando contra mim, acho que eu me sentiria culpado em morrer e deixá-lo. Emma não teve culpa é claro, mas ver Jack daquela forma, não queria uma rosa de cristal perto de uma arvore.

Eu quero seu abraço para toda a eternidade, peço que não me deixe nunca, vou dar meu melhor para não te deixar. Beijei sua testa, ele já havia caído no sono seus cabelos albinos e lisos.

O cheiro deles me relaxava não tanto quanto saber, que ele estaria ali para mim, a qualquer momento. Que estaria ali para me proteger do mundo, que estaria ali para não me esquecer.

“Que estaria ali para mim amar.”


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Notas finais do capítulo

Não tenho muito o que dizer, bem Roller Coaster não será atualizada este mês talvez, The first and the last será finalmente finalizada. A parte dois de I can't run away será postada amanha. Bjs era só isso. E I wanted to hate you more bloqueio total.... Bem até.