Como você me encontrou? escrita por Kethy


Capítulo 14
Não estava com ciúmes.


Notas iniciais do capítulo

Eu nem sei o que eu estou fazendo aqui tipo vocês nem chegaram perto da meta. Eu devia é deixar vocês de castigo e não postar por um mês, mas eu sou tão legal que não farei isso. Mas caso dessa vez isso aconteça eu vou sim fazer isso. u.u Bem esse capitulo não explica muita coisa, mas tem a Anna. Bjs
Enjoy



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Ficamos na praça onde eu passo para ir ao colégio, era muito parado não havia ninguém. Amarrei Banguela a um banco de pedra que havia ali, aumentei a guia dele que começou a saltitar e farejar a neve.

Jack havia sumido, olhava ao redor procurando por ele, mas nem sinal. Quando estava prestes a começar a praguejar uma coisa gelada acertou minha nuca e eu tinha certeza que era uma bola de neve.

Havia um tipo, não sei explicar de brilho azul em frente aos meus olhos. Só sei que sorrir feito um idiota, me virei e Jack estava parado sorrindo enquanto jogava uma bola de neve para cima e para baixo na mão.

Ficamos nos encarando e ele resolveu atacar, me protegi com o braço e peguei uma no chão. Taquei contra ele que se desviou facilmente então iniciamos uma guerra. Sim perdi feio, mas ele ficava pairando no ar.

Sabe assim não vale, sem falar que ele podia criar uma do nada. Não era nem um pouco justo aquilo, eu ainda deve ter caído umas cinco vezes por causa do suporte. Por que ele estava trapaceando assim.

–Não é justo! Você tem vantagem! – exclamei arfando ao me sentar no chão.

–Isso se chama prática. – disse se aproximando com um olhar orgulhoso.

–Isso se chama trapaça! – exclamei ao puxar a gola de seu moletom para mais perto.

–Eu não sou trapaceiro. – disse a milímetros de distancia sua respiração calma era quase encoberta pela minha.

–Não é? – perguntei estávamos prestes a... Enchi a cara dele de neve, que perdeu o equilíbrio e caiu em cima de mim. Eu não conseguia parar de rir e ele começou a limpar a neve do rosto indignado.

–Quem é o trapaceiro agora? – se levantou limpando o restante da neve, mas eu simplesmente não conseguia parar de rir.

–Isso se chama estratégia. – consegui dizer.

–Humpf... Acho melhor voltarmos. – disse olhando em volta, parei de rir. Ele parecia um gato quando escutava algo.

–Jack? – chamei, ele nem se moveu seus olhos se fixaram em duas arvores. – Está me assustando.

–Acho que devemos voltar. – disse depois de um século. “Foram 20 segundos.”

–Por quê? – perguntei ao me levantar.

–Por que aqui fora eu não posso te beijar. – disse com um sorriso sugestivo.

–Não era o que parecia há um minuto. “20 segundos.” – disse pegando Banguela. – Vamos?

Ele assentiu, no dia seguinte fomos patinar.

~*~

Na entrada do bosque eu hesitei era um tanto sinistro aquilo, as arvores eram escuras e extremamente altas. Não conseguia ver ou ouvir nada a não ser minha respiração, era escuro, mas tinha alguma luz entre elas.

–Vamos? – perguntou segurando minha mão e entrelaçando nossos dedos.

Entramos, estava sol, mas não era toda vez que ele atravessava as arvores então havia alguns feches de luz entre elas como laminas de Apolo. “Ele estudou sobre os vikings... Eles odiavam os Romanos.” Era até bem bonito ao meu ver, caminhamos por um tempo até avistarmos a luz do sol novamente.

Havia um lago, não era muito grande, mas o suficiente para patinar. Eu estava com um pouco de receio, foi ali que Emma morreu. Jack suspirou e resmungou alguma coisa, soltou minha mão e foi até a margem dele.

Agachou-se e tocou a superfície já congelada, de onde estavam seus dedos o gelo foi ficando mais claro. Não transparente ele foi ficando branco até que toda a superfície estava daquela forma. Ele se levantou olhou para mim e sorriu.

–Acho que agora sim. – disse e pisou na superfície. – Está firme.

–Ah... Tem certeza?- perguntei me aproximando.

–Sim. – disse e tirou a mochila dos ombros calçando os patins em seguida.

Fiz o mesmo ou mais ou menos eu tinha um patins para o meu suporte, mas entendam é muito difícil patinar sem um pé. Bem para virar tem de se girar a perna toda, e o joelho atrapalha nessas horas então.

Eu só havia usado uma vez e acabei no hospital com 16 pontos, ele nem me esperou e foi para o lago. Ele fazia isso muito bem, era até lindo de se ver, ele parou abrindo os olhos e os fixando em mim que ainda estava sentado.

Aproximou-se e me estendeu a mão, sorrindo, sorri de volta e a segurei ele puxou com força nos colando um ao outro. Meu rosto esquentou e ele me abraçou apertado, para logo soltar e sorrir.

–O segrede é manter os pés firmes. – disse.

–Você quer dizer o pé? – indaguei e ele segurou firme em minhas coxas o que fez meu rosto ferver.

–Então mantenha as pernas firmes. – disse rindo após.

(Só para saber já tentei patinar uma vez no shopping hehehe “técnico gato” Eu acabei no hospital, mas apenas com 6 pontos.)

–Estou tentando. - disse ao tentar ficar de pé sozinho.

–Vamos? – indagou me puxando pelo braço me agarrei a ele.

–Vamos começar com ficar de pé primeiro? – rosnei. Ele riu.

O dia se passou e eu decidi não contar os tombos por que foram muitos, mas no final eu até consegui patinar, ou melhor, não dar de cara no chão. Jack o fazia tão facilmente que parecia uma ofensa, era lindo observa-lo.

Afinal eu já estava cansado, mas ele nem parava para respirar. Estava sempre com os olhos fechados, mas sabia para onde ia, abrindo apenas por alguns segundos. Então ele parou de repente em frente a uma arvore.

Ele encarou ela por alguns segundos, juntou as mãos em concha e na palma da mão surgiu uma rosa de cristal. Ele a colocou no pé da arvore. Decidi não perguntar sobre aquilo, apesar de querer saber. Ele sentou ao meu lado e me abraçou.

–O que foi Jack? - questionei ao acariciar seus cabelos.

–Eu não sei... – ele disse me apertando.

–O que acha que foi?

–É que eu nunca trouxe ninguém aqui. – disse e olhou para mim.

–Fico horado. – disse e selei nossos lábios os dele eram bem mais frios aqui. –Vamos para casa?

~*~

Certifiquei-me de que ele fosse, o levando até ela, ele disse que amanha iria me buscar para irmos ao mercado comprarmos as coisas para o bolo. Ele adentrou e eu já estava no meio da escado quando ouvi a porta abrir outra vez.

Olhei para trás e sua mãe vinha na minha direção gelei por um momento.

–Oi. – disse ela ficando rosa.

–Oi. – disse.

–Qual seu nome? – perguntou abraçando a si mesma por não estar de casaco.

–Ethan Kings, senhora. –respondi.

–Você está namorando Jack não é? – perguntou e eu gelei. – Desculpe foi muito repentino eu sei, mas eu preciso saber.

–Ah... Sim, mas como você... – comecei.

–Jack me contou, mas só para mim que era bem, gay. E você Ethan parece ser um bom garoto. – me cortou. – Eu só peço que tome muito cuidado com Jack, ele é frágil. – soltou uma lágrima. – Ele perdeu...

–Não precisa falar sobre isso. – a cortei. – Não se preocupe vou cuidar dele.

–Obrigado. – sorriu. – A proposito, feliz aniversario.

Deu-me um beijo na testa e entrou rapidamente. Sim aquilo foi estranho muito estranho. Fui para casa, Nancy estava lá irritada me perguntando onde eu estava. A contei, até sobre a mãe de Jack, logo depois ela foi embora por que já era quase 19h.

Eu estava muito cansado, jantei e tomei um banho. Após terminar um livro, tentei desenhar a rosa de cristal de Jack, quando terminei fui dormir. Eu praticamente apaguei de tão cansado que estava.

~*~

Caminhávamos para o mercado... Bem lá não tem mercado tem o Wal-Mart, ou seja, tudo em um lugar só. Peguei um carinho pequeno de dois andares, ele olhou para o carrinho e fez bico, dizendo que queria se sentar dentro dele. Segurei sua mão.

–E perder a oportunidade de andar pelo mercado de mãos dadas? – indaguei.

–Eu posso te dar a mão de dentro do carrinho. – disse sorri e entramos.

Percebi que ele nunca ficava corado com nada. “Vou explicar: Calor o machuca, ao corar você esquenta, ele é quase feito de gelo, logo ele não esquenta, logo ele não cora.” Depois da aula da voz interior fiquei mais aliviado.

Perto dos freezers haviam muitos bolos prontos, mas nenhum dele me agradou realmente. Ano passado o tema foi Thor e do retrasado Odin. Compramos os ingredientes e depois fomos até a livraria do lugar.

Fiquei em um canto olhando um livro de minha saga, o coloquei no carrinho e olhei em volta, Jack havia sumido. “Ele tem mania de sumir.” Tentei olhar entre as prateleiras, mas nada dele, bufei e peguei o celular para lhe enviar um torpedo muito do mal educado. Ele apareceu com uma sacola escura na mão.

–O que é isso? – indaguei ao guardar o aparelho e tentar alcançar a sacola que foi retirada dele.

–Segredo. – disse a colocando no carrinho.

–Hum... Vamos?

~*~

–Vai ficar na minha casa? – perguntei enquanto caminhávamos.

–Faz tempo que não vamos a escola não é? – indagou ignorando minha pergunta.

–Acho que vou amanha. – disse.

–Mas é seu aniversario e também... Eu queria te levar ao cinema. – resmungou a ultima parte.

–Legal amo o cinema. – disse e passei uma sacola para a outra mão segurando a dele.

–Eu vou para a sua casa. – disse.

Passamos o restante da tarde fazendo o bolo, que eu decorei com flocos de neve comestíveis que encontrei lá, Jack amou. Depois subimos para o quarto, sim agente se pegou um pouco, o que não durou muito tempo por que eu precisava respirar, já ele nem parecia que precisava.

Tomei um banho e ele foi embora, me proibindo de ir ao colégio amanha e ficar pronta as duas para sair. Nancy disse que iria mais tarde com Spencer à noite, por que teriam uma festa de despedida na fraternidade, prometeu não beber, muito.

~*~

Estava arrumado para sair às 13h30min, eu já havia recebido umas 15 mensagens dele e acabava de mandar uma dizendo que ele já podia vir. Fiquei no PSP até ele chegar. “Estava jogado em meu quarto.”

Não demorou muito, talvez já tivesse saído de casa. Abri a porta e ele estava um gato, sabe aqueles caras de filmes que se acham? Ele estava igualzinho. Usava um jaqueta preta com os detalhes de gelo.

Uma camisa xadrez azul e preta de botões e um cachecol preto e azul também. Sua calça era preta com os detalhes de gelo que sumia dentro dos coturnos. Nem direi o que eu estava vestindo para não começar a chorar. Do jeito que ele estava eu parecia um mendigo.

Fomos de trem até lá, quando chegamos ele parecia meio indeciso quanto aos filmes, segurei sua mão e dei um passo a frente apontando para um com um garoto na capa que tinha os olhos resplandecentes de tão azuis.

–Que tal esse? – disse o filme se chamava ‘Ender games’.

–Pode ser. – disse o cinema não estava cheio. – Vou comprar os ingressos.

–Eu compro a comida. – disse com ele já se distanciando.

~*~

Quando voltei haviam três meninas animadas ao redor dele e ele sorria de canto sem graça. Não sei por que, mas queria esfolar a cara delas no asfalto. “Quente.” Me aproximei e assim que ele me viu aumentou o sorriso.

Segurei seu braço e o dei um selinho, quando o soltei ele sorria com cara de bobo. Sorri e me virei para as meninas que estavam boquiabertas, e um pouco mais quietas com as bochechas vermelhas sorri para elas.

–São amigas suas, amor? – indaguei ainda sorrindo.

–Err... – começou ele.

–Não só queríamos saber onde é o banheiro. – uma delas disse.

–Ah é ali. – disse apontando para a esquerda.

–O-obrigada. – disse outra e sumiram. Peguei um chiclete que havia comprado e levei a boca.

–Que fofo. – disse ele.

–O que? – indaguei meio irritado.

–Hic com ciúmes. – disse contendo o riso.

–Eu não estava com ciúmes, só não gosto que toquem no que é meu. – disse e o puxei pelo braço. – Agora vamos. Qual é a sala?

–Ah, 3. – disse.

Entramos nela, você deve saber como é um cinema então só direi isso, é escuro. Nos sentamos na ultima fileira. Ainda estava irritado por causa daquelas garotas, por que ele tinha que ser tão bonito? “Por que ele tinha que parecer alguém famoso?”

O filme passava e era até bem legal era realmente para garotos sabe. “Essa é uma das vantagens de ser gay. Homens sabem do que Homens gostam.” Isso é realmente bom. Ele nem encostou na pipoca já os doces e a coca ele quis, comia a pipoca sozinho.

Senti sua mão fria na minha, ele entrelaçou nossos dedos, olhei para ele. Suas safiras piscavam de acordo com a mudança de cenas do filme, mas ele sorria. Sorri de volta e me voltei para a tela. Pode achar estranho, mas eu acho estupido casais se pegando no cinema.

Afinal eles estão aqui para assistir o raio do filme. Ele escorou em meu ombro e eu deu um beijo em sua cabeça, por incrível que pareça até seu cabelo era frio, mas que se tornava gostoso em contato com minha pele quente.

“Passei a gostar desse lugar, por causa de algo extremamente frio.”


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Notas finais do capítulo

Ainda nervosa com vocês u.u Bem a meta será baixada novamente para 23, mas ainda é pouco para o tanto de pessoas que acompanham. Eu quero dizer também que minha outra fic será atualizada em breve. Bem espero que tenham gostado bjs e comentem por favor isso me deixa tão feliz vocês não sabem o quanto. Até.