Percy Jackson e as alianças de prata. escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Gente, pra me redimir oficialmente estou postando o próximo capítulo. Ainda não é percabeth, mas é só pra vocês sentirem o gostinho...
Grande beijo.



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Senti uma pontada de esperança quando senti as chaves de casa no bolso. Por meu dia ter sido terrivelmente terrível, já podia imaginar ter perdido as chaves enquanto corria.

Entrei em casa com as mãos cheias de sacolas. Paul corria para a sala com um copo de refrigerante e um saco de pipocas nas mãos, ele deixou tudo sobre a mesa de centro e se largou no chão, tirou os chinelos e olhou para mim.

–Achei que não fosse conseguir chegar á tempo de ver o jogo- disse ele, jogando uma pipoca para cima e pegando com a boca.

–Eu também- concordei. Eu mesmo não acreditava. Talvez alguém lá em cima tenha votado a meu favor.

Levei as sacolas para o meu quarto e deixei tudo sobre a cama.

Corri até a cozinha com meu estomago gritando dentro de mim, e dei de cara com minha mãe na porta.

–Você não almoçou?-perguntou ela, me dando licença.

–Almocei- disse quanto abria a geladeira- Mas estou com fome.

Ela revirou os olhos.

As vezes, na maioria das vezes, eu conseguia ter mais fome que Tyler.

–Tem Cheeseburguer atrás da jarra de suco. É só esquentar.

Peguei o prato do sanduíche e coloquei no micro-ondas. Olhei para fora da cozinha em direção á sala de estar, onde minha mãe e Paul assistiam a abertura do jogo.

Minha mãe me olhou e acenou para que eu me juntasse á eles.

O micro-ondas apitou, abri a portinha e peguei o prato. Abri a geladeira mas quase imediatamente a fechei, me lembrando que o catchup tinha acabado, mas ao abaixar para pegar uma lata de coca abri um grande sorriso. Ele estava ali, olhando para mim, um vidro novo de catchup picante.

Peguei o frasco com felicidade e encharquei o cheeseburguer. Peguei a lata e corri para a sala bem no final do hino nacional.

–Bem na hora!- comentou Paul.

Os times entraram, o Eagles vestindo seu uniforme de sempre, verde com números e letras brancas. Do outro lado os Titans, com seu uniforme vermelho, calça preta com listras.

Eu e todos em minha casa estávamos torcendo para os Eagles, já que os Titans precisavam vencer com pelo menos duas jardas e três Touchdowns, o que era quase impossível. E eu também não queria que nada com esse nome ganhasse alguma coisa.

Paul e eu batemos palmas quando o hino dos Eagles tocou. Eles seriam o próximo adversário dos Giants, o time titular de Nova York, portanto, o meu time desde pequeno. Mas no jogo de hoje eu vestiria verde.

Minha mãe abaixava a cabeça e negava toda vez que as câmeras focavam em algum torcedor dos Eagles cuspindo ofensas para Mcnabb, um ex jogador dos Birds que agora jogava para os Cowboys. Me lembrei de Carlos, o cara da seguradora.

Dei uma palmadinha na perna da minha mãe.

–Sally, esse cara recebe rios de dinheiro por cada palavrão que recebe.

Isso não a convenceu.

– Ele quase morreu, e mesmo assim tem que ouvir insultos! E ele nem está presente!- ela apertou uma almofada

Minha mãe tinha razão, mas os Birds não perdoam.

O jogo começou. O novato dos Eagles recebeu a primeira passada e o jogou para a estrela do time. Ele conseguiu desviar de três fortões do Titans e passar a bola, até o receptor ser derrubado á três jardas da linha.

–Uuuh!!- Paul levou as mãos a cabeça- Quase!

Dei um gole na lata de refrigerante, meus olhos estavam vidrados na televisão que se não fosse por minha mãe eu teria me esquecido do sanduiche.

–Caramba!- Ela olhou para meu prato- Desse jeito você não vai jantar!

Ri alto e de boca cheia, completamente sínico.

–Mãe... eu sem jantar?- Ela riu também – Impossível.

Ela sabia o quanto eu adorava comida fácil.

O jogo recomeçou atrás da linha, onde os Titans conseguiram três passes de bola seguidos sem defesa dor Birds. Roí as unhas.

Um Touchdown para os Titans com seis jardas. Placar: 15-0.

Comecei a entrar em desespero. Se os Titans não caíssem os Giants precisariam de pelo menos 45-20 para permanecer em primeiro lugar no campeonato nacional.

Um lançamento perfeito do número 33 dos Titans que cai no colo do 12, que faz um passe antes da defesa dos Eagles pular sobre ele. O que está com a bola corre em direção à linha, se preparando para um lançamento. E então ele faz. 20-0 para os Titans.

Eu já estava quase arrancando os cabelos quando o comentaristas comentou a irregularidade e o juiz anulou o passe do jogador 33.

A torcida esverdeada dos Eagles aplaudiram e brandiram suas cervejas, a maioria bêbados e aposentados.

–Esse tipo de jogo devia ser proibido- resmungou minha mãe- Isso não faz bem para as crianças.

Sete jardas pros Eagles fazerem sua primeira pontuação. Dois passes e um chute. Quando o 24 conseguiu passar pela muralha vermelha dos Titans eu já contava com um Touchdown. Um passe alto e certeiro, que inacreditavelmente atravessou o arco, dando aos Birds 35 pontos. Agora eram 35-15 para os Eagles.

–Santo Zeus!- disse de boca cheia

Paul estava imóvel ao meu lado. Chacoalhei seu ombro.

–Tá vendo isso?! Mais um desse e os Titans já eram.

Paul sorriu de orelha a orelha- Filho, esse jogo vai ser bom...- Ele se ajeitou no tapete e colocou uma almofada nas costas.

Com 25 jardas o 50 dos Birds resolve chutar e a menos de 3 jardas um dos linhas de frente consegue agarrar a bola, ainda em movimento, escapa do abraso esmagador do 46 dos Titans, um cara negro com veias saltando dos enormes músculos que faria qualquer machão molhar a cueca, e altera o placar a favor dos Eagles para 70-20.

O jogo termina com os Titans caindo duas posições e mantendo os Giants em primeiro, os Eagles sobem para o segundo lugar, então o próximo jogo seria entre o primeiro e segundo lugar.

Paul e eu batemos palmas freneticamente quando o jogo é encerrado com chuva de papel picado verde e branco sobre os torcedores e o campo. Minha mãe recolhe o lixo que fizemos e de repente estou roncando no sofá. Não sei quanto tempo se passou, até que minha mãe resolve me acordar.

–São sete e quarenta e cinco, melhor você acordar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Especialmente do final, onde vocês já podem ver o que vai acontecer... ou não...
Bom, seja como for estou amando escrever essa história e estou hiper feliz com o resultado, principalmente com os comentários me incentivando cada vez mais com a escrita.

Vou postar logo logo o que vocês tanto desejam. Espero vocês lá.
Grande Beijo.