Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 15
I don't understand it, tell me, how could you be so low?


Notas iniciais do capítulo

MA OÉÉÉÉ
FALAÍ GALERA ME CONTEM COMO ESTÁ A VIDA DE VOCÊSSSSSS
OI, CHUCHUZINHOS, EU ESTAVA COM SAUDADESSS!!!!!!!!
Oi, genteeeeeeeeeeee!! Bom, hoje eu não tenho muito o que falar aqui, não (FILMEM ESSE MOMENTO POIS PODE SER PEGADINHA DO SÉRGIO MALLANDRO GLUGLU YEAH YEAH). Só vim dizer que estava com saudades e que É AGORA QUE A FIC COMEÇA A FICAR BOA DE VERDADEEEEE.
Bem, não, agora, agora. Porque, na minha humilde opinião, apesar que eu ter gostado desse capítulo, ele é meio chato, porque é o momento "queria estar morto" do Finnick após o término com a Annie e tudo. Eu só queria que vocês reparassem que desse vez eu tentei fazer algo meio diferente, deixei os personagens (no caso o Finnick) expressar mais seus sentimentos nas falas mesmo, ao invés de descrê-los através da narração, porque como é um capítulo de desabafo, eu queria que ficasse uma coisa menos contida. Vocês vão reparar que esse capítulo é basicamente feito de falas.
SEM MAIS DELONGAS: Música do título TKO - Justin Timberlake (EU ESTAVA ESPERANDO ANSIOSAMENTE O MOMENTO DE USAR ESSA MÚSICA) e a música do capítulo é Just Give Me a Reason, da Pink com o Nate Ruess (já aviso que pretendo usar essa música mais vezes durante a fic, então não estranhem se eu repeti-la.)
Espero que gostem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Vejo vocês lá embaixo, nas notas finais.



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“I'm sorry, I don't understand

Where all of this is coming from

I thought that we were fine

Oh, we had everything

Your head is running wild again

My dear, we still have everything

And it's all in your mind”

Peeta já estava agoniado. Sua angústia era tanta que ele decidiu que precisava chamar reforços, porque a situação havia se tornado insustentável.

– Gale? – Ele disse para o celular, depois de finalmente ter conseguido fazer com que o amigo o atendesse.

– Fala, cara. Eu estava na aula. – Gale disse, desculpando-se por não ter atendido as 11 chamadas perdidas que o amigo havia lhe feito.

– Tudo bem, tudo bem. Vem cá, eu preciso que você venha para cá assim que der. Urgente. Assim que você sair da faculdade.

– O que houve? – Gale perguntou, apreensivo.

Peeta suspirou.

– A Annie terminou com o Finnick e pode-se dizer que ele não está lidando muito bem com a situação.

Gale ficou mudo do outro lado da linha. Ele era péssimo nisso, sempre fora. Não dava para contar com ele quando se tratava de aliviar as dores das decepções amorosas que vira e mexe acometiam o trio, porque Gale era meio dormente quando se tratava de qualquer tipo de sentimento. Ele quase nunca sentia nada por ninguém e era realmente muito difícil fazer algo se agitar dentro de seu peito, de modo que ele, apesar de se esforçar, não conseguia mesmo entender as lamentações dos amigos. O máximo que ele conseguia fazer era ouvir os desabafos e apresentar uma perspectiva de futuro mais colorida, onde os três em breve estariam saindo juntos flanando pela noite novamente em busca de novas paixões.

– Cara... – Gale começou. – Você sabe que eu não sirvo para conselheiro, não sabe?

– Sei. – Peeta respondeu. – Mas você não vai precisar falar nada porque ele não está escutando ninguém. Na verdade, ele está trancado no quarto desde que ela terminou com ele, no caso ontem.

– Ele não foi pra faculdade hoje? – Gale perguntou, dessa vez seriamente preocupado. Finnick amava a UFRJ e seu maior motivo de orgulho era sua vaga como estudante de lá. Para ele deixar isso de lado, nem que fosse por um só dia, as coisas realmente haviam saído dos eixos.

– Não. – Peeta respondeu. – Quer dizer, eu saí hoje umas oito da manhã e ele estava trancado no quarto. Eu voltei às quatro da tarde e o encontrei fritando um ovo e levando um estoque de refresco de manga de volta pro quarto. Só Deus sabe o que ele está fazendo lá dentro.

– Puta merda. – Gale xingou. Ele não queria ir porque odiava se sentir inútil quando obviamente os amigos precisavam dele, mas ele se sentiria ainda mais inútil se nem desse as caras por lá. Além do mais, mesmo que tivesse decidido cortar contato com o mundo exterior para curtir sua fossa, Finnick precisava de companhia. – Eu estou saindo da UERJ agora. Vou comprar algo para comer no caminho e daqui a pouco estou aí.

– Beleza. Obrigado, cara.

– Nada. Já, já eu chego aí. – Gale disse, desligando o telefone logo em seguida.
~~

Gale chegou à casa dos amigos quarenta minutos depois, carregando um copo de refresco de maracujá e os restos de um salgado de frango da lanchonete da faculdade. Ele estava cansado e sentia que se sentisse o sabor de mais uma mordida daquele salgado, botaria tudo para fora. E ele sabia que o que ele estava prestes a encontrar não seria nada fácil de lidar, então, para ser bem sincero, o dia não poderia ficar pior. Mas ser amigo é isso. É ignorar todas as dores de cabeça que um dia ruim lhe traz quando alguém com quem você se importa precisa da sua vida, mesmo que Finnick nem fosse se dar ao trabalho de sair de seu transe de depressão para escutar qualquer conselho que Gale se aventurasse a dar.

Peeta abriu a porta e cumprimentou o amigo, que pediu um panorama do quadro sentimental de Finnick.

– A Annie foi para Búzios semana passada para o aniversário de um amigo da família dela. Obviamente, o cara é podre de rico, e convidou um monte de gente para passar o fim de semana na mansão de novela das oito dele. – Peeta começou a história do início, porque Gale estava meio distante dos amigos e perdera alguns detalhes importantes para o andamento daquela história. - Bom, ele chamou a família da Annie para passar esse fim de semana lá também e eis que ontem ela aparece aqui e termina tudo com ele.

– Mas por quê? Que justificativa ela deu para terminar com tudo? – Gale perguntou, tentando recolher o máximo de informação antes de lidar com o problema em si.

– Não sei. A única frase que ele me falou desde ontem foi “Ela terminou comigo.”. – Peeta disse, para logo depois abaixar o tom de voz e começar as especulações. – Mas eu acho que ela deve ter encontrado um ricaço lá por Búzios.

– Mas ela é cheia do dinheiro. – Gale rebateu. – Ela mora num puta prédio em Ipanema de frente para a praia. Até parece que ela precisa disso.

– Gale, você é tão ingênuo. – Peeta lamentou, sacudindo a cabeça. – Até parece que não conhece mulher. Ela pode ser a maior milionária do mundo, mas entre um cara rico e um cara pobre elas sempre vão escolher o rico. Elas acham muito mais divertido ganhar as joias de presente do que compra-las com o próprio dinheiro.

– Mas se elas gostam de verdade do cara, não vão ligar para isso. Principalmente se já têm dinheiro suficiente para comprar tudo que elas quiserem. – Gale argumentou e Peeta ficou calado, olhando sugestivamente para o amigo. Gale havia chegado à mesma conclusão que Peeta chegara algumas horas antes: Annie nunca gostara de Finnick verdadeiramente.

A atmosfera ficou pesada por um instante e Gale se perguntou se Finnick havia chegado à mesma conclusão que os dois e esse fosse o motivo de seu isolamento. Eles dois sabiam o quanto Annie havia mudado a perspectiva de Finnick e o quanto ela mexia com ele. Não havia como duvidar do amor dele por ela, mas o que fazer com todo esse amor quando o seu suposto destinatário mudara de endereço sem avisá-lo? Erro na entrega, e agora tudo que havia dentro de Finnick era um desconfortável acúmulo de amor não correspondido.

– E o que eu faço? – Gale perguntou. – Entro lá? O que eu vou falar para ele?

– Eu não sei. – Peeta disse, parecendo verdadeiramente derrotado. – Eu já disse a ele que estou aqui para o que ele precisar, sabe, para chorar, desabafar, xingar a Annie, xingar todas as mulheres do mundo... – Ele se interrompeu. – Eu até dormi na sala hoje, para dar mais privacidade, mas ele só fica trancado dentro daquele quarto, calado. Não dá nem pra ouvir barulho nenhum, nem de choro, nem grito, nem música de fossa, absolutamente nada. Acho que se ele morrer lá dentro, eu só vou reparar quando começar a feder.

Gale respirou fundo. Ele já era desajeitado quando se tratava de sentimentos, ter de lidar com a crise de alguém que ele não fazia ideia do que precisava só tornava tudo dez vezes pior.

– Eu vou entrar lá. – Gale disse, e o tom alarmado de sua voz dava a entender que ele estava prestes a invadir um tiroteio para resgatar um civil inocente.

– Boa sorte. – Peeta respondeu.

– Boa sorte nada. – Gale interrompeu. – Você vai entrar lá comigo.

– Mas ele não me escuta! – Peeta exclamou.

– Você vai entrar lá comigo mesmo assim. – Gale ordenou, levantando-se e agarrando o amigo pelo pulso.

Os dois caminharam pelo estreito corredor que dava acesso ao quarto, parando em frente à porta do cômodo. Gale hesitou, mas sabia que não tinha opção. Lançou um olhar impotente para Peeta e bateu na porta três vezes, três batidas curtas e rápidas.

Não obteve resposta, óbvio. Tentou mais uma vez, batendo mais forte na porta, mas não ouviu nada além do silêncio. Por fim, meteu a mão na maçaneta e empurrou-a para baixo, fazendo a porta se deslocar para frente e revelar o que acontecia dentro do quarto.

Finnick estava deitado de bruços na cama, usando apenas calças cinzas de pijama. A luz estava apagada e a única fonte de iluminação o quarto era a fraca luz do sol encoberto que banhava o centro da cidade naquele fim de tarde.

Peeta e Gale se entreolharam, um código para combinarem como começariam a abordagem.

– Vim ver se você está vivo. – Peeta começou.

Finnick virou o rosto na direção dos amigos, ainda de bruços. Soltou um suspiro ao notar a presença de Gale e enterrou a cara nos lençóis novamente.

– Chamou reforços? – Finnick perguntou ironicamente.

– Você não me deixou opção. – Peeta respondeu. – Queria ver se você ia ignorar o Gale também.

Finnick não respondeu e tudo que chegou ao ouvido dos três foi o silêncio. Gale andou, vacilante, até a cama do amigo e abaixou-se a seu lado até ficar na altura da cabeça de Finnick.

– Fecha isso aí, por favor, Peeta. – Ele pediu ao amigo, referindo-se a porta que os dois deixaram aberta após entrarem no cômodo. – Vim saber como você está. – Ele disse, agora olhando para Finnick.

– Estou bem. – Finnick respondeu, simplesmente.

– A vibe Drácula faz parte de estar bem? Ou é só para curtir melhor a fossa? – Gale perguntou, referindo-se à penumbra deliberadamente criada por Finnick para o ambiente.

Nenhum som. Nem um gemido, um suspiro, uma reclamação.

– Desculpa. – Gale disse, pensando que não havia começado bem se a intenção era confortar o amigo. – Eu só quero te ajudar, Finnick.

– E eu só quero ficar sozinho. – Finnick grunhiu.

– O Peeta me falou que você não foi para a faculdade hoje. – Gale comentou, tentando soar perfeitamente indiferente e eliminar da voz qualquer possível tom de reprovação.

– Não estava com cabeça.

– Finnick... – Gale começou. – Como você quer me dizer que está bem se nem para a faculdade você foi?

Finnick levantou-se abruptamente da cama, segurando o travesseiro e parecendo enfurecido.

– Puta que pariu. – Ele gritou, ferindo os ouvidos de todos os presentes, inclusive os próprios. – Eu já falei que quero ficar sozinho. Desde ontem vocês não param de me encher o saco. O Peeta já veio aqui umas dez mil vezes, fora quando você chega ali na porta para ver como eu estou e desiste de entrar. Eu não quero companhia. É assim tão ruim de entender que eu só quero ficar sozinho nesse quarto e morrer? Aí você – Ele apontou para Peeta. – vem e chama ele – Indicou Gale com as mãos. – que chega aqui e fica me perguntando se eu fui ou não para a faculdade como se fosse a minha mãe! Até agora eu estou lutando contra a vontade de me matar, mas desse jeito tudo que vocês vão conseguir é me fazer pular dessa janela de vez.

Peeta e Gale ficaram petrificados. Nenhum dos dois respondeu absolutamente nada durante alguns segundos, processando o que havia acabado de acontecer. Entretanto, tão rápido quanto o rompante de Finnick explodira, a reação veio. E veio de Peeta.

– Então tá, Finnick. – Peeta respondeu. – Se isso te incomoda, eu não venho mais aqui, nem venho tentar te impedir quando você resolver se jogar dessa merda dessa janela. Tomara que se jogue para, enquanto você estiver caindo, perceber que foi otário para caralho de desistir de tudo por causa de uma idiota que nunca faria isso por você. Eu vim aqui ver como você estava, tentar te ajudar, mas se tudo que você quer fazer é morrer, eu infelizmente não posso te ajudar. Se quiser falar alguma coisa agora, fale com o Gale, porque eu estou desistindo. – Ele desabafou e saiu, batendo a porta do quarto.

Para vocês, leitores, a reação de Peeta pode até parecer insensível, mas ela tinha sua razão de ser. Ele nunca se recusaria a ajudar seus amigos em uma necessidade, mas frequentemente perdia a paciência quando as pessoas não valorizavam sua solidariedade. E, por incrível que pareça, era depois de seus surtos que todos voltavam a si e as coisas voltavam a seus lugares; quem precisava de ajuda tornava-se mais receptivo e quem ajudava – no caso ele – voltava com paciência dobrada para lidar com os problemas alheios. Era quase como se os ataques de Peeta, inevitáveis nesse tipo de situação, fizessem todos agir com mais altruísmo, já que os sofredores percebiam que o mundo não girava ao redor de seus problemas. Ele tinha essa função no grupo.

Finnick olhou para Gale, parecendo levemente arrependido do que falara, porém orgulhoso demais para ir atrás de Peeta naquele momento.

– Deixa ele. – Gale disse.

Finnick pendeu a cabeça para trás e soltou o ar com força, sentindo-se impotente e exasperado.

– Não estou entendendo mais nada. – Ele disse a primeira coisa que remotamente lembrava um desabafo desde o momento que vira Annie andando para fora do prédio no dia anterior. – Desde ontem eu não estou entendendo mais nada do que está acontecendo.

Gale olhou penalizado para o amigo.

– Eu não sei o que aconteceu. – Ele continuou. – Ela chegou aqui ontem falando que não dava mais e que ela queria acordar numa king size num quarto com vista para o mar, mas que eu não podia dar isso a ela. E foi embora. Ela foi embora porque eu não posso dar a ela a vida de rainha que ela quer. Como se tudo que eu sentisse por ela não valesse nada.

Gale esperou o amigo continuar.

– Mas vale. É claro que vale. Se não eu não estaria aqui querendo morrer porque ela me falou que eu não sou capaz de fazê-la feliz.

– Ela disse isso? – Gale perguntou, parecendo surpreso.

– Disse. Ela disse que a culpa era dela, porque querer estar comigo, mas querer ter dinheiro ao mesmo tempo se eu não sou capaz de dar isso a ela. Ela disse que estar comigo a impedia de ir atrás de alguém que pudesse lhe dar o que ela realmente quer. Um carrão, bolsa da Louis Vuitton e cobertura no Leblon.

– Puta merda. – Gale disse, entre dentes, porque não havia outra reação cabível para expressar o quão surreal a atitude de Annie fora. Bom, agora ele entendia porque Finnick queria morrer. Se a mulher que ele amava atirasse em sua cara que ele nunca a faria feliz por ser pobre, ele provavelmente se sentiria tão no fundo do poço quanto Finnick estava se sentindo.

– E eu continuo sem entender nada porque estava tudo bem até ela ir para Búzios. A gente estava tão bem, Gale. Eu até agora não sei de onde tudo isso veio.

– Você acha que ela, hmm, pode ter conhecido alguém lá? – Gale perguntou, pisando em ovos.

– Não sei, cara. Não sei se ela conheceu um milionário gostoso e eles transaram loucamente lá até ela desistir de mim, não sei se ela simplesmente notou que gosta mais de estar em uma mansão do que estar comigo, não sei se ela passou esse tempo todo comigo só se divertindo e já planejando me dispensar assim que tivesse a chance de arrumar um marido rico, não sei se ela nunca sequer gostou de mim, não sei se ela ficou louca do nada... – Finnick se interrompeu. As possibilidades eram muitas e era justamente aquilo que o deixava louco. – O pior de tudo que apesar de eu saber que qualquer uma dessas coisas pode ser o que a levou a terminar tudo e que todas elas são igualmente cruéis, eu voltaria para ela nesse minuto se ela aparecesse nessa porta me pedindo desculpas. Aliás, eu não só voltaria se ela aparecesse, como eu quero que ela apareça. Essa desgraçada me deixou destruído e eu ainda tenho a esperança de ela se arrepender e querer ficar comigo. Eu só queria que ela me dissesse o que eu tenho que mudar, porque eu mudo se isso for convencê-la a ficar comigo. Ela pisou em cima de mim, mas eu ainda a quero de volta mais do que eu quero morrer por ela ter me deixado. – Finnick desandou a falar. Eu falei que os ataques de Peeta sempre melhoram a situação.

– Não se culpe por isso. – Gale disse, condescendente. – O amor deixa a gente meio idiota mesmo.

– Eu sinto como se essa sensação ruim nunca fosse passar. – Finnick disse, abaixando o tom de voz. A frase saiu doída, como se todo o sofrimento dentro dele houvesse se condensado e se entranhado nessas dez palavras.

– Mas vai, Finn. Você sabe que vai. – Gale fez uma pausa. – Você está melhor?

– Acho que sim.

– Viu? – Gale observou. – Já está melhorando. Você já começou o processo de recuperação. Desabafar é a primeira etapa. Aos poucos você vai ficar de pé de novo e aí... – Gale sorriu. – Aí você já sabe, não é? Nada melhor para esquecer um antigo amor do que um amor novo. – Finnick ia dizer algo, mas Gale o interrompeu. – E nem pense em dizer que você nunca vai se apaixonar de novo.

– Estava pensando em dizer que ia virar padre. – Finnick rebateu.

– Pior ainda. – Gale respondeu. – Aí. Já melhorou tanto que está até fazendo piadinha.

– Não é piada. – Finnick respondeu.

– É, sim. – Gale rebateu. – Porque eu nunca vou te deixar fazer uma besteira dessas.

Finnick forçou um sorriso de canto de boca e Gale sorriu de volta para o amigo.

– Tenho que pedir desculpas para o Peeta. – Finnick falou em voz alta, mas para si mesmo do que para Gale.

– Vamos lá. Mas vamos tomar um banhozinho primeiro, né? – Gale sugeriu. – Tirar essa remela da cara, essa inhaca do sovaco. – Gale enumerou, fazendo Finnick rir, mesmo que contra a vontade. – Vamos começar uma vida nova depois desse banho.

Os dois saíram do quarto juntos, mas Finnick tomou o caminho do banheiro e Gale foi pelo caminho oposto, na direção da sala. Peeta estava sentado no sofá, mexendo no celular. Ele ergueu os olhos quando o amigo entrou em seu campo de visão.

– E aí? – Peeta perguntou.

– Ele está um caco. – Gale deu o veredicto e Peeta revirou os olhos. Como se isso não estivesse suficientemente claro. – Mas vai se recuperar.

– E como você conseguiu fazê-lo falar alguma coisa?

– Enchi o saco até ele explodir. Automaticamente depois de dar um chilique, a pessoa desiste e acaba botando tudo para fora. – Peeta assentiu, parecendo impressionado com a técnica. – Aprendi com a minha mãe.

– E afinal, por que ela terminou com ele? – Peeta perguntou e Gale resumiu a história que Finnick havia lhe contado.

– Ela sacaneou ele legal, não é? – Gale comentou diante da incredulidade de Peeta após o fim da história.

– O que eu não entendo é como ela conseguiu ser tão baixa se eles estavam tão bem.

– Se você não entende, imagina eu. – A voz de Finnick surgiu do corredor e em alguns segundos foi possível ver sua sombra atravessando o corredor.

Um Finnick limpo e cheiroso surgiu na sala diante dos dois sentados no sofá.

– Me desculpa. – Ele disse, olhando diretamente para Peeta. – Eu...

Finnick ia continuar falando, mas Peeta ergueu um dedo indicando que o amigo deveria parar.

– Eu sei. Todo mundo estava meio estressado. Tá tudo em casa.

Finnick assentiu e sorriu para o amigo. Ele, então, andou até a mesinha ao lado do sofá e catou as chaves de casa, colocando-as no bolso.

– Vai sair? – Peeta perguntou, confuso, já que há meia hora ele nem queria sair de dentro do quarto!

– Vou dar uma voltinha. – Finnick disse, calmamente. – Daqui a pouco estou aí. – Ele completou, desaparecendo no corredor de entrada do apartamento. Alguns segundos depois, foi possível ouvir a porta batendo.

Peeta e Gale se entreolharam e ficaram mudos por alguns segundos.

– Pelo menos ele saiu de casa. – Gale disse, de forma nada convincente, tentando encontrar algum sentido na atitude do amigo.

Peeta ergueu as sobrancelhas.

– Eu só espero que ele não se jogue na frente de um ônibus. – O loiro desejou, recostando no sofá e voltando a mexer no celular.


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Notas finais do capítulo

E AÍ BICHAS ME CONTEM CONTEM TUDO CONTEM O QUE ACHARAM IODFUSOIUF
Eu tô super curiosa (e elétrica hoje, não sei se vocês repararam) para saber a opinião de vocês!
Muito, muito obrigada por lerem. Ah, já falei isso antes, mas não custa repetir, se quiserem me seguir no twitter pra gente conversar, se xingar, se abraçar, se beijar, sintam-se à vontade; eu sou a @ifimoonshine. Só me avisem que são do Nyah para eu poder seguir vocês de volta.
Muitos beijos. Amo e mamo vocês