Vingardion High escrita por Patch, Luna Bizuquinha


Capítulo 13
Encontro Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Amores e amoras, espero que gostem. Desculpem-nos pela demora, mas está ficando difícil de postar agora que estamos viajando separados. Tentaremos escrever em breve.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/449863/chapter/13

No meio da noite, acordei sentindo algo estranho, como se tivesse ficando sem ar. Ao olhar em torno do círculo, notei que todos estavam dormindo, exceto Tábata. Fiquei preocupado, pois ela não estava na área de proteção. Resolvi sair em busca dela, pois ela poderia se encontrar em perigo. Meia hora de caminhada e nada de Tábata, onde será que ela se encontrava em meio àquela floresta. Ouvi um barulho atrás de mim. Quando olhei para trás, vi um vulto passando depressa.

–Quem está aí? – perguntei, numa tentativa de obter uma resposta.

O vulto veio em minha direção tão depressa que não consegui identificar. Senti-me sendo lançado para o chão antes mesmo de piscar os olhos.

–Quieto idiota! – Tábata me surpreendia falando em um tom baixo Quer ser encontrado?

–M-mas por quem? – indaguei.

–Vi um movimento estranho por perto do nosso acampamento. Eram três garotas, que ainda não consegui identificar a habilidade. Como sou rápida, passei por elas atraindo-as para cá, para que não queimem nossa bandeira!

–Olhe só, quem está pensando no grupo!? – impliquei soltando um sorriso preguiçoso.

Tábata me olhou torto – Não pensei no grupo, apenas pensei em minha nota caindo ao perdermos na atividade! – respondeu-me cochichando ainda mais baixo.

–Hey, onde você está querido? Está com medo de três meninas inocentes na floresta? – disse uma menina loira, com um corpo espetacularmente perfeito, que me deixou babando. Ela segurava uma bola de fogo em suas mãos.

–Vega, acho que ele escapou da gente, devíamos voltar para o nosso grupo, afinal, os meninos são poderosos, mas podem precisar de ajuda! – argumentou uma bela menina morena, um pouco acima do peso, de cabelos ondulados e olhos de um azul tão intenso que parecia brilhar no escuro da floresta.

–Gente, estou começando a achar que pode ser uma cilada! Vega, Lhandra, vamos sair daqui! – disse a terceira saindo do mato, para a área onde as outras duas estavam, que continha claridade pela luz da lua. A terceira era magra, com os cabelos cacheados e negros. Seus olhos eram cor de mel e pareciam assustadoramente impenetráveis.

–Clear, Lhandra, vocês parecem dois coelhos assustados! Se aquele indivíduo está aqui, vamos descobrir agora! – disse Vega levantando as duas mãos e soltando raios de fogo das duas mãos e incendiando as árvores ao redor de onde estavam.

Tábata me pegou pelo braço e saiu correndo me puxando com tamanha força e rapidez que eu não conseguia corresponder à fuga.

–Encontrei eles! Estão correndo para o norte! Vamos acabar com eles!!! – disse Lhandra erguendo os braços e levitando seu grupo, voando por cima de nós, dominando o vento.

–Tábata, o que faremos agora? – perguntei assustado.

–Lutaremos! – respondeu-me, soltando meu braço e pulando em meio à mata como um vulto.

Com uma mão, comecei a dominar a terra, fazendo com que as enormes raízes das árvores, junto aos cipós das mesmas, fossem em direção às três meninas, para impedi-las de se aproximarem mais. Com a outra, fiz com que a umidade do ar, se tornasse água e combati os raios de fogo que eram lançados por Vega, em minha direção.

–Acha que esses galhos vão me deter, queridinho? – perguntou Lhandra começando um vendaval, que quase retiravam as árvores do chão e que impedia que as raízes e cipós se aproximassem mais delas.

Um vulto negro saltou de cima de uma das árvores, numa velocidade incrível, chegando perto de onde as meninas estavam voando e puxou Clear pelos pés, caindo junto a ela no chão. Estava ocupado tentando deter as outras duas, mas não pude deixar de notar olhos vermelhos caindo junto a menina e desaparecendo no breu, dentre as árvores.

–Aaaaaaaah!!! – um grito de pavor saiu de dentro da mata. Parecia a voz de Clear.

Imediatamente as meninas pararam de me atacar e Lhandra passou a só defender com o vento, os meus ataques. Me preocupei também, afinal, o que Tábata estava fazendo com a menina?

–Ache ela Vega! – Lhandra falou em um tom preocupado.

–Deixe comigo! – disse Vega incendiando toda a volta da área onde a menina havia caído.

Um clarão saiu de repente daquela mesma área e uma explosão saiu. Juro ter ouvido um encantamento antes daquela explosão. Imediatamente Tábata apareceu como um vulto atrás de mim, numa área onde a explosão não afetava.

–O que fez com ela, Tábata? – perguntei.

Apenas derrubei e dei um soco, que deveria tê-la apagado. Depois subi em outra árvore para derrubar uma outra, mas a menina gritou e quando fui ver, jurava ter visto um cara, encapuzado com uma adaga nas mãos indo em direção a onde deixei a menina.

–Como foi que viu isso?! – perguntei estremecendo.

–Hey, lembra-se de que enxergo no escuro, imbecil?

Se o cara encapuzado estava ali, estávamos todos em perigo.

–Heeeey, vocês duas, não desçam! Fiquem onde estão! Sua amiga pode estar em perigo! – gritei.

–Calado! – respondeu-me Lhandra – Olhe Vega, tem um cara fugindo com Clear desmaiada nos ombros!

–Ele não vai fugir por muito tempo! Leve-nos para ele! – ordenou Vega.

–Vamos ajudá-las Tábata, este cara matou Herman! Precisamos ajudá-las!

–E porque eu faria isso? Elas perdendo, serão menos um grupo a nos atrapalhar!

–Se não for, eu vou! – disse correndo em direção para onde as meninas estavam voando. Tábata acabou me seguindo.

Chegando lá, Vega lançava raios de fogo que ao se aproximarem dele, desapareciam no ar como se o cara encapuzado estivesse sobre uma proteção. Lhandra puxou os braços para trás, como se tivesse sinalizando para alguém chegar mais perto e imediatamente um vendaval veio de nossa frente fazendo Clear sair dos braços do cara homem e parar levitando ao lado das duas meninas. Imediatamente o cara se virou, mas não conseguia enxergar sua face devido ao capuz e estendeu uma mão a frente, puxando o dedo indicador, como se estivesse chamando-nos em um gesto de desafio. Clear foi envolvida por uma fumaça roxa que se dissipou no ar e apareceu ao lado dele na mesma fumaça, revelando a mesma.

–Você está brincando! Devolva nossa amiga agora! – disse Vega lançando um raio de fogo, que foi contido com um simples abano de mãos do cara encapuzado.

–C-como você faz isso, desgraçado!? – indagou Vega.

–Você! Eu te deixei escapar uma vez, mas agora acabou! – disse em tom severo, lançando minhas duas mãos para frente e dominando a terra e os lençóis d'água do subsolo. Lancei meu poder para ele, junto a Vega e Lhandra que também lançavam os seus, mas nada parecia funcionar. O homem encapuzado estendia uma das mãos em um gesto de pare e nossa magia parecia obedecê-lo.

O homem encapuzado lançou a segunda mão para nós e fomos lançados em direção às árvores atrás de nós. A última coisa que me lembro daquela hora foi dele se envolvendo naquela fumaça roxa e desaparecendo no ar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem vocês acham que é? Estão gostando? Quero saber!!