As Consequências De Uma Armação escrita por Yas


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Menos de dois meses, estou evoluindo ~foge dos tijolos.
Me descuuuuulpem de verdade pela demora, mas eu não fazia ideia do que escrever, até que me veio a ideia. O capítulo não está muito bom, mas ele é essencial para o novo rumo que a história vai tomar, afinal aqui terá sim delena o/
Enfim...
Boa leitura!



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Capítulo 13

A manhã de domingo amanheceu fria, o céu coberto por nuvens que tapavam o possível lindo sol. Acordei mais tarde que o habitual, claro, estava tão cansada...

Damon e Lizzie haviam saído, e acabei discutindo com Elijah, foi terrível! Suas palavras me machucaram tanto. Ele disse que eu não deveria deixar Lizzie muito tempo com Damon, que ele merecia nada, retruquei dizendo que ele era pai dela também.

“Isso não dá direito à ele. Eu que criei ela, eu que sou o pai dela. E você deveria saber disso! Como mãe, sabe o que é melhor para ela”

“Como mãe, eu quero ver Lizzie feliz, e estar com Damon a deixa feliz. Deixa de ser idiota, e aceite que você não é mais o único homem na vida dela”

“Eu, idiota? O idiota que esteve e está ao seu lado em todos os momentos. Ok, Elena. Talvez você prefira um homem como o Damon, que te tratou como uma vadia. Por que não fica com ele então?“

Depois do que ele disse, eu simplesmente não consegui mais olhar para a cara dele. Peguei minha bolsa e sai do restaurante. Estávamos em uma parte afastada, e falávamos alto, chamando atenção de algumas pessoas. Quando pisei do lado de fora, as lágrimas começaram a cair e meu coração pesar.

Por que tudo estava tão difícil?

Deixei meu corpo cair novamente na cama, eu sentia apenas vontade de chorar e dormir. Me sentia uma fraca. Dez horas da manhã!

Levantei finalmente, e comecei a fazer o café da manhã. Lizzie não estava em casa, Caroline havia pegado ela de manhãzinha para leva-la a um passeio com Klaus. Já estava combinado, então deixei a mochila dela pronta a noite. Quando desbloqueei o celular, percebi uma mensagem de voz salva. Era Lizzie!

“Bom dia mamãe, o dia está lindo e a tia Caroline também. Sabia que ela me disse que é um menininho? Eu vou ter um priminho mamãe. Eu e ele vamos brincar muito! Sabia que o tio e a tia não decidiram o nome? Mas eu queria que fosse Matt. Sabe por quê? Porque tem um menino na minha salinha que o nome é Matt. Ele é o menino mais legal da sala. Então se o nome do meu priminho for Matt, ele também vai ser bem legal né mamãe? Mamãe, a tia disse que a gente vai chegar num lugar sem sinal, eu não o que é isso, mas eu sei que preciso desligar. Mamãe, eu te amo tá? Beijo”.

Depois de ouvir aquilo, meu coração se aqueceu e um sorriso enorme apareceu em meu rosto. Liguei o som, e comecei a limpar a casa, animada. Algo que eu não fazia há algum tempo, admito.

Eu ainda usava o pijama – uma calça e blusa de moletom – quando a campainha tocou. Amarrei meu cabelo em um coque frouxo, e fui atender, abaixando um pouco o som. Quando abri a porta, me queixo quase caiu por vem quem estava do outro lado.

Damon!

Vestido em calça preta, e jaqueta de couro, naquele momento ele parecia o adolescente de anos atrás, e eu não soube se isso era algo bom ou ruim.

– Posso entrar?

Sua voz estava rouca, e eu senti minhas pernas tremerem. Elena, esta não é a primeira vez que ele vem ao seu apartamento! Mas é a primeira que vem sozinho...

– Claro.

Lutei para não gaguejar, e me senti orgulhosa quando consegui. Damon entrou, e seus olhos azuis rodaram o lugar, provavelmente estranhando o silencio – a música tocava, mas o silencio ao qual eu me referia era a ausência dos barulhos que Lizzie sempre causava.

– Lizzie está? – eu percebi que ele estava tão tímido quanto eu.

– Não, ela saiu com Klaus e Caroline – respondi tentando soar firme.

– Ah é verdade, ela disse algo assim – ele sorriu, encostando-se a parede e colocando as mãos nos bolsos.

– Eu já volto, só vou trocar de roupa.

Corri para o quarto e deixei meu corpo escorregar pela porta, meu coração estava acelerado. Por Deus, Elena, vocês só trocaram algumas palavras!

Coloquei uma calça jeans folgadinha e uma blusa de mangas longas, e sai do quarto voltando para a sala. Ele olhava os quadros sobre a estante, de mim e Lizzie em várias fases. Damon não pareceu perceber que eu já estava ali. Ele segurou um quadro em mãos e eu vi que aquela era a primeira foto que eu tirei com Lizzie, ainda na maternidade. Eu usava as roupas do hospital e ela dormia sobre meus braços. Tão encantadora! Percebi um sorriso crescer nos lábios de Damon, estava tão... Diferente!

– Segundo dia de vida de Lizzie – eu disse. Damon se virou assustado, surpreso por me ver ali.

– Desculpe, não sabia que estava ai – ele colocou o quadro no lugar e me encarou – Lizzie não está... Então acho que eu deveria ir embora – ele já estava na porta quando eu o parei.

– Se quiser, pode ficar – não sei da onde veio isso, mas por um momento, eu queria esse momento a sós com Damon, eu precisava disso, depois de anos...

– Sério? Acho que Elijah não vai gostar disso – ele sorriu irônico, novamente parecendo um adolescente.

– Elijah não precisa gostar, esta é minha casa – respondi. Não queria pensar em Elijah no momento.

– Já que insiste, eu fico – ele sorriu de canto e se afastou novamente da porta.

Revirei os olhos, divertida, e ri com sua prepotência. Ele parecia mais relaxado do que quando chegou.

– O que aconteceu com aquela Elena que queria se manter distante de mim? – perguntou sentando-se no sofá, sentei-me na sua frente.

– Nunca disse que queria distancia de você, apenas que você me magoou demais e eu não queria que mantivesse contato com Lizzie, eu sempre achei que estava a preservando de um sofrimento, mas agora, vendo o sorriso dela... – suspirei.

– Tudo acontece em seu tempo Elena. Tudo seria diferente se você tivesse me contado naquela época, mas poderia muito bem ser um diferente ruim – ele sorriu, parecia se lembrar de algo – Eu só... Nunca esqueci daquela noite...

– Podemos mudar de assunto? – me mexi no sofá desconfortável – Não gosto de me lembrar daquela noite, Damon, acho que você pode compreender.

– Como ninguém – murmurou e novamente sorriu, ele parecia ser fácil demais para sorrir, como sempre foi. Pelo menos ele não perdeu isso! – Como foi criar ela sozinha?

– Eu não estava sozinha. Eu tinha Caroline, Klaus e eu tinha Elijah, ele me ajudou muito, e por mais que isso poça te magoar, ele foi o pai para ela durante anos – então eu me lembrei de todas as “primeiras” coisas de Lizzie, seu primeiro passo, sua primeira palavra...

– Eu sei. Lizzie nutre um amor enorme por ele, nunca vou conseguir isso.

– Você não ocupa o lugar de Elijah, Damon, você tem outro no coração dela – sorri amistosa – Lizzie ama os dois, apenas tem mais lembranças com Elijah.

– Eu realmente deveria ouvir a mãe – ele brincou, eu ri.

– Sim, eu sei tudo daquela garotinha.

– Você é uma mãe incrível Elena – Damon sorriu e não teve como não retribuir. Estava tudo tão calmo e sereno...

A campainha tocou e eu me levantei para atender. Abri a porta ainda sorrindo, mas meu sorriso morreu quando vi quem estava do outro lado. Elijah usava roupas casuais, seus cabelos estavam despenteados, e haviam olheiras embaixo de seus olhos. Eu já imaginava porque...

– Elena... – sua voz parecia desesperada – Me desculpe por ontem, eu...

Ele entrou no apartamento sem pedir licença e continuou falando, se desculpando, mas eu não ouvia. Damon estava na sala, Elijah na porta... Isso com certeza daria merda!

– Elena? – me chamou, e finalmente meus olhos caíram sobre meu noivo – Você está bem?

– Elijah, não acho que seja uma boa hora...

– Elena? – ótimo momento para você sair Damon, valeu!

Elijah se virou incrédulo quando ouviu a voz de Damon. Seus olhos se arregalaram e então rolaram para mim, acusatórios.

– O que ele faz aqui? – perguntou, sua voz cuspia veneno.

– Ele veio ver Lizzie – respondi automática.

– Ele viu ela ontem, aposto que ela contou que não estaria com você. Ele está aqui por você, Elena, será que você não percebe? – ele já gritava comigo e eu estava realmente assustada. Ciúmes é uma coisa, isso é outra completamente diferente...

– Não grita comigo Elijah, eu acho que já tivemos essa conversa ontem, e esse não é o momento – meus olhos arderam e eu segurei as lágrimas, mas Elijah não parecia perceber que cada vez mais me magoava.

– Não é o momento? Ele está na casa da minha mulher e esse não é o momento? E você, Damon, é melhor sair – ele novamente gritou, apontando o indicador na cara de Damon que estava encostado a parede de braços cruzados, observando nossa briga.

– Engraçado, você fala tanto, mas não percebe um palmo em frente ao nariz. Não sei se percebeu Elijah, mas o único que está fazendo mal a Elena aqui é você. E olha que são apenas noivos, imagine quando casarem – Damon transmitia a raiva que sentia de Elijah naquelas palavras – Deixa de ser idiota Elijah, e larga esse ciúme doentio. Elena não precisa de mais essa na vida, logo você, que supostamente deveria fazê-la feliz.

– Eu vou fazer, principalmente quando você não estiver mais em nossas vidas.

– Sério isso? – Damon riu irônico – Eu vou estar Elijah, porque você querendo ou não, eu sou o pai de Lizzie, e não vou me afastar, não vou desistir dela. Nunca!

– Pois deveria. Ela não merece um pai como você!

– E como você? Ela merece? Um “pai” que faz a mãe dela chorar? Eu já fiz isso, Elijah, e me arrependo a cada dia, mas eu aprendi com meus erros, você parece não enxergar. Agora, com licença.

Damon passou reto por Elijah e me dirigiu um olhar ameno, então ele saiu da minha casa e eu finalmente desabei. As lágrimas escorreram!

– Elena... – Elijah finalmente pareceu acordar.

– Sai daqui Elijah – eu disse, tentando manter a voz normal.

– Elena... – sua voz era um suplico.

– SAI DAQUI ELIJAH! – eu finalmente gritei, esmurrando seu peito, com raiva, mas ele não parecia sentir dor, e logo segurou meus pulsos – Você é um idiota! E antes de falar, pense um pouco!

Eu me larguei dele e corri para meu quarto, trancando-me lá. Minha cabeça e meu peito doíam como nunca. Eu sentia vontade de sumir e nunca mais aparecer. Mas eu tinha que ser forte, por Lizzie, tudo por Lizzie.

E foi com esse pensamento que eu adormeci, caída no chão do quarto, os olhos inchados de chorar e do outro lado da porta, Elijah gritando para eu abri-la e escutar o que ele tinha a dizer.


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Notas finais do capítulo

Eu espero os comentários, vou ter o maior prazer de responder todos ^^