E se Você não Lembrar? escrita por bellsanded


Capítulo 56
Capt 56- Voltando a superfície..Lucy Povs




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Tudo a minha volta parecia estar rodopiando, meu corpo inteiro queimava numa dor alucinante, eu estava presa em algum lugar escuro, e tudo que eu podia enxergar eram os pares aterrorizantes de olhos vermelhos rubis, que me encaravam, tudo estava confuso, eu ainda não sabia o que havia me atingido.
Vários flashs passavam em minha cabeça, me deixando ainda mais confusa, eu ouvia uma voz doce e suave me chamando, mas eu não conseguia voltar a superfície.
- Lucy... A voz doce me chamava
Mas eu continuava presa naquele pesadelo aonde a escuridão tomava conta de tudo a minha volta, então eu caminhava em direção aos olhos vermelhos, e por uma fração de segundos meu subconsciente me mostrara o que era aquela criatura incrivelmente bela a minha frente, mas que queria me matar.
Eu não sabia que a morte era tão bela, mas logo que me recobrei consegui me recordar da palavra que tanto me aterrorizava, e ela surgiu em minha mente como uma melodia de filme de terror.
- VAMPIRO...
Não concerteza eu estava enlouquecendo, mas o que acontecera na clareira parecia tão real que todo o meu corpo tremia como se tudo fosse acontecer novamente, como se eu estivesse morrendo.
De repente eu despertei do pesadelo como se levasse um súbito choque, foi quando percebi que
Vampiros realmente existiam, ao me deparar com aquela criatura que me encarava, tive certeza de que estava em perigo, então levantei da cama correndo pelo quarto, e me encolhi no canto do quarto esperando subitamente pela morte.
O Vampiro vinha se aproximando calmamente como se eu fosse uma presa já abatida, porém quando ele me tocou, todo o meu corpo pareceu entrar em colapso, pude sentir o choque percorrendo cada centímetro dele.

 - Lucy olhe para mim... A voz doce e sedutora do vampiro me pediu
- Não posso você me atacou!! Eu gritei desesperada sentindo o medo me dominar
- Não querida deixe-me te mostrar a diferença entre aquele que te atacou e nos.. O vampiro pediu docemente.
Ele se aproximou com os braços abertos em minha direção, eu me encolhi mais ainda pondo minha cabeça dentro do meu joelho como uma pequena concha, não que eu estivesse a salvo ali se ele quisesse me matar, tudo que me restaria seria me conformar com minha morte.
- Lucy se acalme... Ele pediu novamente
Agora ele estava tão próximo que eu podia sentir o frio de seu corpo emanando em minha direção, eu podia sentir seu hálito doce como hortelã soprando em meu rosto, e então ele me tocou com suas mãos gélidas, segurou meu rosto em suas mãos, eu pude sentir cada pelo do meu corpo se eriçando, era como um choque elétrico, como uma corrente que se dispersava por todo o meu corpo, ele me envolveu com em seus braços, por alguns minutos entrei em desespero, pensando que aquele podia ser o abraço mortal.
Mas então uma doce e conhecida melodia começou a invadir meus ouvidos, e naquele momento eu soube que estava a salva, era como se eu tivesse certeza que apesar de estar nos braços de um vampiro, aquele era o lugar, mas seguro que eu poderia estar.

Conforme ele ia cantando a canção, sensações completamente novas iam invadindo meu corpo e minha mente, então como um flash black, minha mente entrou numa viagem de lembranças, era como se houvessem aberto a pequena caixa aonde minhas lembranças haviam sido escondidas, e elas saíssem todas de uma só vez.
Naquele momento eu soube quem eu era, e o que os vampiros significavam na minha vida, e ao contrario do que seria normal, a palavra que me veio a mente fora outra, amor.
Então como uma cena de filme romântico, a canção na voz dele foi se tornando muito mas do que apenas um deja vu, agora eu sabia exatamente que canção era aquela, e quem era o vampiro me abraçando.
- Edward..... Seu nome saiu de meus lábios como uma doce e romântica melodia, muito mas bonita ate do que a que ele cantava para mim naquele segundo.
Quando ouviu seu nome, pude notar que alguns soluços saíram de sua garganta, no começo me assustei, mas logo me recordei de que era a maneira que eles, os vampiros, podiam chorar.
Ouvi doces e deliciosas gargalhadas a minha volta, eu ainda não havia recordado toda a minha memória, eu só conseguia me recordar de algumas coisas em flahs black, mas ainda sim, eu conhecia cada risada daquela, eu as conhecia porque eram a minha família, OS CULLENS.

Tudo a minha volta parecia estar voltando ao seu devido lugar, mas mesmo assim minha mente ainda tinha diversas lacunas, lugares vazios aonde eu ainda não me lembrava de nada.
Lucy você lembra de nos?? Edward perguntou com sua voz melódica enquanto segurava meu rosto entre suas mãos gélidas
Deixe-me examina-la... Um homem loiro e alto veio se aproximando, naquele momento seu nome veio a minha mente e fez meu coração bater, me senti completamente segura quando ele se aproximou de mim, não demorou muito para reconhece-lo
-Pai... Eu sussurrei... Indo em sua direção..
Não Lucy não sou seu pai, e sim o de Edward... Ele respondeu meio confuso
Não, disso eu sei, mas é como se você fosse meu pai, Carlisle... Finalmente seu nome me veio a mente.
Lucy é tão bom te-la de volta... Carlisle disse enquanto me abraçava ternamente.
Mas como você consegue se lembrar de tudo??? Uma voz irritante perguntou , logo que a olhei, a reconheci, era Rosalie.
Não eu so me lembro de vocês, e de algumas coisas, mas não com sigo me recordar de nada sobre o acidente. Eu a respondi
Edward se aproximou de mim, colocando seu braço em volta da minha cintura, e sorrindo para mim, nos ainda tínhamos muito o que conversar, mas eu agora tinha certeza de que Edward Cullen era extremamente importante para mim.

-Edward o que aconteceu na floresta??? Eu o indaguei
Bem, não sei se eu devo lhe contar agora, mas você quer assim, você foi atacada por um vampiro na floresta.. Ele me respondeu temendo pela minha reação, já que essa idéia de vampiros por mais que eu os amasse ainda era meio assustadora para mim.
Mas você também e um vampiro,porque você me salvou invez de me atacar?? Eu ainda estava completamente confusa em relação a tudo o que estava voltando a tona.
Primeiro Lucy, nos não nos alimentamos de sangue humano, segundo porque eu não poderia jamais me perdoar se o fizesse, você é a mortal mas importante do mundo para mim. Edward respondeu me encarando com seus olhos dourados.
Porque eu não posso me lembrar de tudo?? Eu indaguei
Talvez seja para te proteger, deixe do jeito que esta, talvez seja melhor assim, vamos recomeçar. Edward disse se levantando e se ajoelhando na minha frente
Deixe-me apresentar sou Edward Cullen... Ele disse enquanto sorria.
Hmm, Entedi.... Eu resmunguei
E eu sou Lucy Amber, prazer... Eu respondi
Edward vamos deixa-la descasar... Carlisle pediu enquanto me fazia deitar de volta na cama, me cobrindo com um cobertor, se aproximou e beijou-me a testa, exatamente como meu pai teria feito.
Edward ia saindo com seu pai, mas eu o puxei, estava completamente muito confusa e apavorada com tudo para ficar sozinha, ele logo compreendeu meu olhar, e se acomodou ao meu lado na imensa cama de casal, deite-me em seu peito gélido e duro como mármore, e mesmo sabendo que dormia nos braços de um vampiro, eu me sentia segura.

Durante a noite, os mesmo flashs começaram a invadir minha cabeça novamente, eu estava presa em algum lugar escuro, e ouvia gargalhadas, e os memos olhos vermelhos rubis que me aterrorizavam antes me encaravam no escuro, eu podia sentir o medo tomando conta de cada pedaço do meu corpo, quando automaticamente minha mente me recordou que eu estava nos braços de um vampiro, não demorou muito para que meu corpo reagisse, despertei gritando que nem uma louca em meio a todo o pavor, mas antes que eu pudesse pular da cama em meio ao desespero, os braços gélidos de Edward me envolveram num abraço terno..
- Acalma-se minha menina... Ele sussurrava em meus ouvidos...
- Não, nao.. Eu resmungava
- Estou aqui, nada pode te acontecer.. Ele respondeu
- Não, vampiros tudo isso é muita coisa para minha cabeça, eu preciso ir embora.... Eu respondi pegando meu casaco e me levantando em direção a porta.
E por mais que a dor em meu peito fosse quase que insuportável, eu precisava de alguma maneira sair dali, eu precisava de tempo para poder juntar todas as peças na minha cabeça, para poder acreditar em tudo o que estava acontecendo.
- Lucy não vá.. Edward pediu com a voz carregada de emoção.
- Não, eu não posso ficar aqui, preciso de um tempo, eu.... Tentei dizer mas alguma coisa mas minha voz falhou, e como sempre as lágrimas rolaram sem controle pelo meu rosto, e antes que alguém pudesse me impedir, sai correndo pelas escadas em direção a porta .
- Deixe-me pelo menos te levar em casa... Ele pediu
- Não acho que seja uma boa ideia. Eu respondi

- Deixa que eu a levo, Edward. Carlisle respondeu pegando as chaves do carro em cima da mesa.
-Vamos Lucy.. Ele me chamou
Seguimos a viagem toda em direção a minha casa em silêncio, nem eu e nem Carlisle ousamos dizer alguma coisa, eu sabia que o estava magoando com minha atitude, mas ele sabia que eu precisava daquele tempo.
Quando cheguei em casa, minha mãe já estava histérica me procurando, já tinha até ligado para polícia, o delegado esperava na sala com ela.
- Lucy Amber aonde você estava? Minha mãe gritou quando me viu entrar pela porta
- Eu posso explicar... Eu gaguejei....
- Então vamos diga logo... Ela gritava que nem uma louca..
- Calma Sra.Amber, eu posso lhe explicar aonde sua filha estava. Carlisle nos interrompeu
- Sr.Cullen, vocês não haviam se mudado. Minha mãe disse surpresa ao ve-lo
- Sim, mas é uma longa história, agora estamos de volta. Carlisle respondeu
- Mas agora aonde essa mocinha estava?? O Delegado perguntou
- Ela sofreu um pequeno acidente na clareira, e por acaso eu estava por perto, a socorri e a levamos para casa, agora ela está melhor, fora apenas um corte. Carlisle fora extremamente convicente editando a verdade.
- Entendo, como você está Lucy? O Delegado me perguntou
- Acho que melhor. Eu respondi
- Preciso ir. Carlisle respondeu saindo em direção ao carro.
- Eu também preciso voltar a delegacia. O Delegado saiu voltando a sua viatura.
Quando ficamos sozinhas , minha mãe ainda histérica começou a tagarelar, minha cabeça parecia que ia explodir com tantas perguntas.
- Mãe, estou bem... Eu gritei

-Nunca mas faça isso comigo.. Ela pediu..
- Posso por favor descansar. Eu respondi.
- Pode , desculpe Lucy.. Minha mãe finalmente parecia mas calma, e convencida de que eu estava bem.
Subi para o quarto pegando uma calça de moletom velha, e uma camiseta, entrei no banheiro, liguei o chuveiro deixando que a água quente caisse pelo meu corpo, e como uma criança me encolhi colocando a cabeça entre as pernas, enquanto a água fazia com que meus músculos se contraissem, as lágrimas começavam a rolar descontroladamente em meu rosto.
Após um longo banho, sai de dentro do banheiro, e me joguei na cama, todas aquelas lembranças, e todos os pesadelos estavam acabando comigo.
- Lucy... Eu ainda podia ouvir a voz de Edward sussurrando em meus ouvidos...
Me deitei afundando a cabeça no travesseiro, esperando por uma noite tranquila, sem pesadelos ou lembranças, mas assim que fechei meus olhos, eu estava de volta presa naquele sonho repleto de escuridão, aonde os olhos vermelhos me encaravam.

 


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