Rise of Lorien escrita por Sammy Martell


Capítulo 7
Capítulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei! Mentira. Ok, vou explicar. As minhas férias acabaram e provavelmente vou postar mais nos fins de semana e só...Eu ia falar outra coisa, mas eu esqueci, pois é. Talvez nas notas finais eu me lembre, vejo vocês lá embaixo, aproveitem o capítulo que ficou bem Fail, desculpe por isso, estou com um bloqueio há uma ou duas semanas.



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Não consigo dormir, por mais que eu tente, me vire e conte carneirinhos, eu não consigo dormir. Posso ouvir Scott dormindo na cama ao lado e fico com medo de acordá-lo enquanto me mexo tentando achar uma boa posição para dormir.

Depois de horas fazendo-o, finalmente eu me levanto cuidadosamente, saindo do quarto sem fazer barulho, em uma tentativa de não acordar Scott.

Caminho silenciosamente até a sala de estar me jogando no sofá e começando a encarar o teto. Talvez fosse um bom momento para treinar meu legado que estava se mostrando difícil de controlar.

Coloco os dedos nas têmporas para me concentrar, imagino a luz azul de meu legado se espalhando por todo meu corpo e sendo liberada, mas mesmo assim n consigo fazê-lo, algo está me distraindo, algo que eu gostaria de eliminar.

– Harley?

Pulo de susto ao ouvir essa voz, me sentando para descobrir o dono.

Lucy está parada me observando atentamente.

– Está tudo bem? – ela pergunta genuinamente preocupada – Algum pesadelo?

– Só não consigo dormir. – dou de ombros – E aparentemente também não consigo controlar meu legado.

Suspiro tristemente voltando a me jogar no sofá enquanto ouço as risadinhas de Lucy.

– Algo te distraindo?

– Mas, o que poderia ser? – me pergunto.

Lucy ri mais uma vez se sentando na poltrona ao lado do sofá.

– Querida, você não pode fingir que não tem sentimentos. – ela diz.

Déjà vu.

– O que você quer dizer? – me sento no sofá novamente me virando para ela, me interessando pela conversa – Você já me disse isso antes, o que isso quer dizer?

– Você vai saber. – a ruiva sorri gentilmente, como se não se importasse com meu legado – Quer chocolate quente?

– Por que não? – suspiro me levantando.

Após um bom chocolate quente, eu acabei caindo no sono no sofá mesmo.

***

Eu acordo na manhã seguinte apenas para perceber que há um cobertor em cima de mim, e um travesseiro debaixo de minha cabeça.

Me enrolo no cobertor levantado-me do sofá, nessas horas agradeço por ser pequena, pois eu caibo no sofá, quase não atingindo as duas pontas, portanto não me incomodo de dormir ali.

– Bom dia baixinha. – Scott aparece ao meu lado segurando duas canecas.

Eu pulo para o lado assustada e ele não consegue segurar o riso. Rapidamente me recomponho.

– Não me chame de baixinha. – murmuro.

– Você é baixinha.

– Não quer dizer que queira ser chamada de baixinha.

– Como quiser baixinha.

Reviro os olhos, a infantilidade típica do garotinho.

– Você continua uma criança. – rebato.

– Todos somos crianças de um certo modo.

Ele sorri me estendendo uma caneca de...Oh! Surpresa, chocolate quente.

– Obrigada. – sorrio.

Ambos sentamos no sofá tirando a coberta e o travesseiro, para esperar por Malcolm e Lucy que estão Deus-sabe-onde e ainda não voltaram.

Nós ligamos a TV, procurando algo para ver, mas aparentemente não há nada de bom, então acabamos assistindo Two and a Half Man. Observo que mesmo sentados no mesmo sofá, eu e Scott estamos a uma distância considerável, cada um em uma ponta, mergulhados em um silêncio extremamente vergonhoso.

Ao ter acordado eu também não pude deixar de perceber como a temperatura estava mais baixa do que nos outros dias. E uma vez ou outra, eu me encolhia em meu lugar, na tentativa de me aquecer. E é claro, Scott percebeu imediatamente.

– Está com frio? – ele pergunta.

– Não. - respondo odiando ser a pessoa que precisa de cuidados, mas o jeito que meus dentes batem diz o contrário.

Ele pega o cobertor, ignorando completamente meus protestos e colocando-o delicadamente sobre mim, como se eu fosse uma boneca de porcelana que poderia quebrar ao seu toque, eu simplesmente odeio ser tratada assim.

– Eu estou bem. – as palavras saem mais rígidas enquanto estou tentando parar de bater os dentes.

– Continue dizendo isso para si mesma. – ele murmura, mas eu ainda consigo ouvir.

Quando tem certeza de que estou confortável, Scott simplesmente volta para o seu lugar e nenhum dos dois ousa falar uma palavra.

Um tempo depois, Malcolm e Lucy entram na casa, ambos cheios de sacolas e rindo. Eu e Scott trocamos um olhar que só diz uma coisa: finja que está dormindo, e não sei como, ele entendeu e fechou os olhos apoiando-se no braço do sofá, discretamente sem chamar a atenção do casal, eu deslizo para seu lado me apoiando nele e fechando os olhos. Inconscientemente ele passa o braço por cima de meu ombro me puxando para mais perto e quase que de imediato, o frio que estava sentindo não é tanto.

Ouço-os rir e caminhar até o sofá, os passos param e provavelmente eles estão de frente para nós e isso é extremamente desconfortável, considerando nossa posição.

– Eu te disse. – Lucy ri.

– Você tem certeza? Eles não podem lembrar de nada.

– Isso é mais forte do que o controle, sabia?

– Eu não duvido, afinal "isso" começou tudo.

Eles estão em silêncio, mas ainda posso sentir sua presença no cômodo.

– Eu vou cozinhar o almoço. – Lucy finalmente quebra o silêncio se retirando para a cozinha.

Malcolm resolve ir para seu quarto continuar a procurar notícias relevantes para nós.

Scott é o primeiro a se levantar, tirando seu braço de meu ombro e não posso deixar de notar suas orelhas ficando vermelhas e naquele momento, mas eu tenho certeza que minhas bochechas fizeram o mesmo.

– Quer treinar? – consegue formar as palavras.

– Claro. – digo me levantando junto com ele.

***

Passamos horas treinando luta corpo-a-corpo e todas as vezes ele vencia o que, para mim, era uma certa decepção.

– Eu te odeio. – resmungo deitada na grama, ofegando.

– Não. – ele balança a cabeça sorrindo – Você não me odeia.

Scott se ajoelha ao meu lado tirando o cabelo de minha testa suada.

– Eu odeio ser baixa.

Ele sorri me levantando.

– Você está fazendo tudo completamente errado. – ele diz calmamente.

As seis palavras que mais odeio ouvir "Você está fazendo tudo completamente errado", quero dizer, eu preciso descobrir como fazer algo, odeio ficar na escuridão, sem ter certeza se minhas tentativas seguintes são ou não certas.

– Então o que devo fazer?

Scott se afasta de mim, sem tirar o sorriso do rosto.

– Imagine que eu sou um mog. Qual é a primeira coisa que você tem que fazer?

Penso por um instante, lembrando de nosso treinamento com Malcolm.

– Ter certeza de ter uma arma.

– Você está desarmada.

– Ataco o mog.

Ele suspira.

– Se você o fizer sem um plano, o mog vai se aproveitar de sua altura e você estará morta antes mesmo que perceba. O que você faz? – ele pergunta, a voz um pouco mais ríspida

Recuo ao ouvir a mudança em sua voz.

– Morro.

– Nós queremos evitar essa situação, seria uma grande perda.

Malditas bochechas não ousem corar agora.

– O seu erro é usar um grande quantidade de força própria, enquanto seu inimigo vai se aproveitar de suas desvantagens. – Scott simplesmente parece ignorar o fato de eu parecer um tomate, desviando o olhar.

Assinto.

– E o que eu faço? – pergunto.

– Me ataque.

Confusa, procuro em seus olhos um sinal que me diga que ele está apenas brincando comigo, mas eu me dou conta que de fato é verdade.

Lanço meu punho contra seu rosto, mas rapidamente ele o agarra torcendo-o, ele me lança para trás e eu tropeço.

– Novamente. – diz me segurando antes que caia.

Tentando uma nova tática, lanço um soco por baixo, mas ele agarra meu braço e o vira, torcendo-o novamente, mas não o bastante para me machucar. Por precaução, ele agarra o outro braço, obrigando-me a ficar de costas para ele.

Faço a primeira coisa que penso: jogo a cabeça para trás, ele cambaleia e eu tenho como me soltar, rapidamente livre. Dessa vez é ele quem joga um soco, faço exatamente o que ele havia feito antes: seguro seu pulso torcendo-o atrás de suas costas.

– Não é uma sensação muito boa, é? – sussurro em seu ouvido.

Posso ver um sorriso formar em seus lábios, mesmo que ele esteja de costas para mim.

– Não é tão ruim quanto parece. – dá de ombros.

Eu rio e ele me acompanha, mesmo que fracamente.

– Ahn...Harley? – ele indaga.

– O que?

– Eu acho que você quebrou meu nariz.

Imediatamente eu o solto colocando as mãos sobre a boca e correndo para verificar.

– Por Lorien, é verdade. – exclamo – Me desculpe. Não tinha a intenção. – repito cutucando seu nariz.

Ele solta uma exclamação de dor.

– Tudo bem. - sorri. – Vamos procurar Lucy e Malcolm.

E como se lesse nossa mente, Lucy aparece na porta.

– Os dois para dentro. – ela grita.

Nos olhamos uma última vez.

– Algo me diz que estamos em apuros. – Scott sorri, ainda segurando o nariz.

Juntos voltamos para dentro da casa, tentando não pensar muito na possibilidade de sermos mortos no exato momento que tocarmos o chão.


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Notas finais do capítulo

Ok...Eu não lembrei do que ia dizer. Provavelmente eu vou postar aos sábados se não acontecer, tenho ótimos motivos ou um bloqueio de criatividade.



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