Rise of Lorien escrita por Sammy Martell


Capítulo 2
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Eu...não gostei desse capítulo(voltei a ser Emo), mas eu acho que sei lá, poderia ser pior, né? Fazer o que. Aí vai.



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Eu me sento no cano, ouvindo o barulho irritante da goteira. A água cai uniformemente formando um ritmo irritante que atrai as memórias do último mês. Me lembro que eu sempre quis vir para Londres, mas Robertta dizia que iria atrair muita atenção, muita gente no mesmo lugar. Ela costumava ficar nervosa quando eu a acompanhava para a feira. Outra coisa que me trás memórias: a feira, o primeiro lugar em que senti o desespero de quase perder Sammy, mas agora esse sentimento já é maior e durante as noites fica mais e mais forte.

Londres começou a ser o inferno com outro nome para nós. No entanto, algo me fazia acreditar que não era apenas para nós dois e sim para a maior parte dos cidadãos ingleses.

Jake já tentara de tudo para sair da cidade, mas precisávamos de um disfarce, sendo quem éramos.

Mas de boas notícias, talvez, eu só tenha o novo legado. Jake não tem certeza de como posso desenvolvê-lo, ele continua dizendo que é muito perigoso e descontrolado, posso acabar explodindo Londres e blá blá blá. Quando ele se recusa a me levar em algum lugar para buscar comida, água e roupas, eu treino o legado silenciosamente, porém agora entendo por que Sammy achava controlar o fogo tão difícil: é uma coisa poderosa que se estendo por você, mas ao mesmo tempo feroz e controlado por seus instintos, o que deixava-o ainda mais difícil de controlar.

Ouço passos no chão molhado e me levanto rapidamente, recuando.

Quando o dono dos passos se aproxima, fico aliviada ao saber que é Jake.

– Graças aos anciões! Você está bem. – respiro fundo.

– Preocupada comigo, ruivinha? – ri jogando um pedaço de pão para mim.

– Obrigada e não, por que estaria?

– Vai saber. – ele dá de ombros, mas mantém um sorriso malicioso no rosto.

– Claro que não! – exclamo e dou um soco amigável no seu braço, rindo.

Nós rimos juntos enquanto desfrutamos de um bom "jantar" juntos.

Quando finalmente acabamos voltamos a nos mover, pelas águas do esgoto silenciosamente, quando finalmente percebo o hematoma em sua bochecha e os cortes em sua blusa.

– O que foi isso? – pergunto.

– Ah? Nada.

– Quantos eram?

– Seis, mas relaxa, todos mortos.

Sorrio para ele.

– Feliz que continue vivo.

Ele retribui o sorriso e passa um braço por meu ombro puxando-me mais perto.

– Tenho algo para você.

Meus olhos se acendem, faz muito tempo desde que ganhei um presente e o que quer que seja, sendo Jake quem ele é, deve ser algo bom.

Ele se concentra em sua mochila tirando de lá um objeto e me entregando-o.

Eu fico surpresa ao perceber que são uma arma, não é exatamente o que esperava, mas era algo que precisava: uma arma. Ao mesmo tempo estou surpresa por ser tudo uma arma só e ainda por cima: uma arma branca.

– Um arco? pergunto.

Ele ri.

– Eles estavam levando isso para algum lugar quando me encontraram, um deles tentou usar, mas aparentemente a mira dele era ruim e graças a Lorien ainda estou vivo. Mas basicamente é uma flecha automática, tecnologia mogadoriana. Tem que ser um gênio e tanto para criar algo assim, mas é inteligente, para mogs é bastante inteligente.

– Por que está me dando ele? – pergunto.

– Eu tenho cara de quem tem mira boa? Por favor, ruivinha, só aceite o maldito presente.

Assinto para ele e passo a corda por cima da cabeça apoiando como se fosse uma bolsa, cruzando meu peito e apoiado em meu ombro, quase como uma mochila.

– Para onde agora, capitão? – estendo a mão.

– Procurar um bom cano, cabo. – ele brinca, segurando minha mão e me puxando para por mais alguns caminhos até que achamos um lugar aconchegante para ficar.

Jake se deita para dormir, mas admito que não estou com o menor sono, na verdade estou animada para aprender a usar o arco, quero continuar a ser tão fraca como costumava a ser, quero ser forte.

Silenciosamente me levanto e me afasto de Jake, até está a uma distância razoável, onde esteja sozinha.

Tiro o arco de meu corpo fazendo o melhor que posso para puxar a corda, é dura e um pouco difícil de puxar e é isso que decido treinar, puxar a droga da corda dura.

Passo uma hora treinado isso, várias vezes eu fiz uma flecha acidentalmente e atirei, sorte minha que não havia ninguém por perto naquela hora se não, provavelmente todos estariam mortos. Mas a flecha se desfaz toda vez que atiro, lançando uma onda elétrica pela parede e entendo por que é tão genial.

Me preparo para atirar, levantando o arco, deixando a mão na altura da boca e mirando em um dos canos. Coloco a mão onde deve se posicionar a flecha e puxo-a até alcançar a corda, então começo a puxar o máximo que consigo, sinto as ondas de eletricidade darem leves choques em meus dedos até que solto.

A flecha voa rapidamente até atingir o cano, se desfazendo lançando suas ondas elétrica pelo cano molhado. O cano molhado, é estupidez da minha parte.

Jogo o arco no corpo novamente e volto silenciosamente para onde estamos acampando esperando que Jake esteja dormindo, mas o que vejo é muito pior. Dois mogs o seguram, apontando uma arma para sua cabeça e segurando-o pelo pescoço.

– Vai querer seu amiguinho vivo? Venha conosco.

Jake balança a cabeça, pedindo que eu corra e me esconda.

"Dê o fora, Caroline, agora.", ele pede.

"Não sem você.", protesto.

"Não é hora para isso agora, ruivinha."

"Só assista."

Tiro o arco lentamente do meu corpo, fazendo uma flecha discretamente. De uma vez levanto o arco, miro no mog que segura Jake e atiro.

Para minha sorte, a flecha atinge mog e não Jake, e ele não tem tempo de se defender quando a flecha o atinge, deixando-o em agonia antes de se desfazer em pó. Jake cai no chão, pega a arma do mog e atira em seu parceiro que se desfaz em pó.

Ele corre até mim e me abraça.

– Urgh! Me solta! – exclamo.

– Desculpe. – ele se recompõem.

Ouvimos um rugido e nós viramos na direção, voltando até a água apenas para ver um piken correndo em nossa direção.

– Corremos?

– É gostei da ideia. – digo recuando.

Ele pega minha mão e ambos corremos pela água suja e escura do esgoto, a fera na nossa cola, tropeço em algo na água caindo. Tudo a minha volta é água até que sinto uma ardência em minha perna, seguido por um rugido e o silêncio.

Jake levanta minha cabeça acima da superfície enquanto eu tusso, cuspindo a água suja. O loiro passa a mão por baixo de meu joelho e a outra me segurando, passo uma mão por seu pescoço enquanto ele continua a correr do piken que está mais lento por não conseguir nos ver, completamente desorientado, nos procurando pelo som e cheiro. Jake me segura perto do seu corpo enquanto tusso sem parar.

Ao estarmos a uma distância razoável do piken, Jake entra em um canto e me larga no chão cuidadosamente, tirando o arco de meu corpo e largando-o ao lado do meu corpo. Sinto sua preocupação quando olha para a minha perna. Não havia percebido até agora que tinha sido ferida.

Desesperado, Jake tira sua camisa e limpa o ferimento como pode antes de colocar o tecido da camisa por cima do tal.

– Tudo bem? – pergunta preocupado.

– Sim. – digo, mas minha expressão diz o contrário.

Ele se senta ao meu lado.

– Vamos passar a noite aqui.

– Não, precisamos continuar andando... – protesto.

– Shiu. – ele sorri, passando a mão por meu rosto – Só descanse, ok?

Sorrio para ele e fecho meus olhos, caindo em um sono profundo.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Espero que tenham
Kisses Sammy



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