Acabamos de chegar no parque e são 19:40hrs. O Marine é enorme! A temática dele é fantasma. Tudo ao redor envolve fantasmas e monstros. Os funcionários do parque são caracterizados também, já passou por nós um fantasma, um vampiro e até um frankenstein.

–Me falaram que tem a mansão mau-assombrada aqui. - Peter contou.

–Onde? Onde? - Klaus perguntou encenando uma euforia exagerada. Todos rimos.

–Vamos procurar. - Falei.

Andamos pelo parque a procura da mansão mau-assombrada e achamos literalmente uma mansão. Ela fica nos fundos do parque.

Depois de enfrentarmos uma fila consideravelmente grande, entramos na mansão junto a alguns jovens que aparentam ter nossa idade.

•••

Depois do que pareceram vinte minutos no máximo, saímos da mansão.

–Olha isso. - Klaus mostrou seu braço. Havia uma marca vermelha.

–O que foi isso? - Perguntei.

–Sua amiga aqui que agarrou meu braço durante todo o passeio dentro da mansão.

Eu e Peter rimos.

Fomos até a lanchonete pra fazermos um lanche. Ficamos conversando para descansar um pouco e voltamos a explorar o parque.

Desde que chegamos, o parque está mais cheio. Depois de irmos a mais alguns brinquedos, nós quatro ficamos dando algumas voltas para ver algumas novidades.

–Blackned. - Peter me chamou atenção e ficou olhando ao meu redor. - Estou sentido a falta de duas pessoas aqui.

Olhei ao redor e descobri que Lucy e Klaus não estavam em lugar nenhum.

–Nos perdemos.

–Ah cara! Tá de sacanagem! - Peter reclamou.

–Vou ligar pra Lucy.

Depois de dois toques, Lucy atendeu.

–Diga Rose!

–Onde vocês estão? - Perguntei.

–Estamos namorando. - Respondeu.

–Deixaram a gente de propósito, é isso?

–Isso ai!

–Como pode Lucinda? - Reclamei.

–Ah fala sério Rose! Você não está sozinha. Peter está contigo e eu duvido que seja capaz de vocês se perderem, ele não tira o olho de você... já percebeu? Eu sempre pego ele te olhando cheio de admiração - Lucy falou com sinceridade.

–Cara de pau! Não tem vergonha na cara Lucinda?

–Ah Rose! Não me chama assim! Me desculpa! - Lucy falou isso já que ela sabe que quando eu a chamo de Lucinda é porque ela fez algo que não gostei.

–Você não presta! - Falei.

–Você também não. - Lucy retrucou e fez uma risada irônica.

Nos despedimos e desliguei a ligação.

–Não foi um acidente Peter. Eles foram namorar. - Expliquei.

–Brincadeira... - Ele falou.

–Vem. Vamos andar por ai. - Aconselhei.

Ficamos andando até que encontramos um conjunto de pedras e decidimos sentar lá pra descansar.

Fomos até as pedras. Subi e sentei numa pedra um pouco mais alta do que a que Peter escolheu, mas mesmo assim ele conseguiu ficar pelo menos dois centímetros mais alto que eu. Estava ventando um pouco e por isso estremeci.

–Tá com frio? - Peter perguntou.

–Um pouco.

–O garota! - Riu e tirou o casaco e me ofereceu.

–Obrigada. - Aceitei o casaco e o vesti.

Obviamente, o casaco ficou um pouco grande, ele engoliu meus braços.

O peguei me observando e fiquei corada. Ele riu.

–Não faz isso.

–Isso o que?

–Ficar me encarando com esses olhos. - Falei.

Ele riu.

–Por que? - Ele quis saber.

–Me dá nervoso. É como se eles me penetrassem.

–Uh! Meus olhos são penetrantes, Blackned?

Minha resposta foi olha-lo com insignificância.

–Seus olhos também são muito bonitos. Fique sabendo. - Ele falou depois de chegar mais perto e olhar direto nos meus olhos. Ele realmente sabe como me deixar sem-graça.

Ainda estamos com aquela pequena distância de milímetros que ele impôs quando chegou perto para ver meus olhos. O costumeiro sorrisinho estava presente.

–Você é terrível Sr. Strongland. - Acusei. - Terrível e inesperado.

–E você é petulante Srta. BlacknedRose. - Ele retrucou. - Petulante e respondona.

Ficamos nos olhando por breves segundos até que Peter decidiu eliminar qualquer resquício de distância que restava entre nós.

Tudo que estava ao nosso redor sumiu no momento em que os lábios de Peter colidiram com os meus. O beijo começou ansioso e exigente, e terminou de forma lenta e doce.