Aquilo que os Sonhos dizem. escrita por Ana Áctile
Notas iniciais do capítulo
Queridos leitores-fantasmas, a mão não cai se vocês comentarem pelo menos dizendo o que acham da história! T.T Eu morro um pouco mais sempre que vejo o número de acompanhamentos crescendo sem aparecer gente nova por aqui!
Duas semanas depois.
Duas semanas se passaram desde que a coisa me atacou no meu sonho. Primeiro ela ultrapassa meu corpo e agora me ataca com garras. O que mais vai acontecer?
Sinto a chave batendo contra mim ao descer as escadas correndo. Na sexta-feira passada prometi que iria tentar de tudo pra não me atrasar mais pra ir a escola.
•••
Entrei na sala e encontrei Peter concentrado escrevendo num caderno. Me sentei no lugar em frente a ele e decidi falar apenas se ele percebesse que cheguei.
–Blackned? - Ouvi Peter falar num tom de espanto. - Chegou a muito tempo?
–Ah! Não! Acabei de chegar. - Respondi.
–Desculpe não ter falado contigo. Estava concentrado... - Disse.
–Não! Tá tudo bem! - E ri.
Ele olhou pro caderno que estava aberto e rapidamente o fechou e guardou na mochila.
–E ai, como foi o fim de semana? - Ele perguntou.
–Foi... normal.
–Aconteceu alguma coisa? - Perguntou, desconfiado.
–Não! - Falei rápido demais.
Peter arqueou uma das sobrancelhas. E eu, bem, meu rosto deve estar vermelho pela vergonha que sinto.
–Ok... - Disse. Mas dá pra perceber que não foi convencido.
Nisso o professor chegou e deu início a aula.
•••
Estamos no intervalo.
Desde que Lucy e Klaus começaram a namorar, a hora do intervalo virou uma bagunça. Eles gostam de passar os intervalos junto a mim e Peter. Mas eu e Lucy temos um impasse: Adam.
Pra não deixar Adam sozinho, chamamos ele pra passar o intervalo conosco. Óbvio que ele implicou com Peter, e este implicou um pouco também, mas convencemos os dois a ignorar a presença um do outro.
Os primeiros dias foram difíceis. Eles começavam a trocar olhares feios um pro outro até que isso transformasse numa troca de ofensas e eu, Lucy e Klaus tínhamos que dar um basta. E então, depois de alguns dias, Adam começou a sumir, ele ia até nós, ficava conversando conosco e depois usava uma desculpa pra ir embora do refeitório. Tinha dias que nem mesmo aparecia. Acabou que em nossa mesa ficava eu, Peter, Lucy e Klaus.
O casal, as vezes, engata numa conversa só entre os dois e assim eu e Peter ficamos olhando um pra cara do outro já que não sabemos o que fazer. E isso está acontecendo neste momento.
–Vou comprar refrigerante. Já volto. - Avisei.
Confesso que isso foi uma desculpa pra fugir do clima que está naquela mesa.
A fila da cantina não está pequena. Tá tão grande que é capaz do sinal tocar antes de chegar minha vez. Isso se deve ao fato de ainda estarmos no início do intervalo.
Estou desejando que algo aconteça e eu não tenha que voltar pra mesa.
Olho pra trás, pra onde está meus amigos e percebo que Peter não está lá.
E como se estivesse escutando minhas preces, sinto alguém tapando minha boca e pegando minha mão fazendo com que eu me virasse em sua direção.
Peter fez sinal para que eu não gritasse, visto que era ele. Em seguida, pegou minha mão e saiu andando.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Hoje não fui a última a acordar em casa '-'