Contratada para Amar escrita por Fabiih


Capítulo 11
Capítulo X - What are you doing?


Notas iniciais do capítulo

Heey! Estou de volta com mais um capítulo para vocês!
Espero que gostem.... ;3



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Capítulo X – What are you doing?

Lana Walker

O tempo passava-se muito rápido em Nova York, tão rápido que quando dei por mim já fazia quase três meses em que eu estava lá. Claro, que nesse meio tempo muitas coisas aconteceram, como, por exemplo, diversas brigas entre Marco e mim. Acontece que ele achava que pela casa ser dele, ele tinha o direito de trazer quem bem entendesse para lá... Ok, ele tinha esse direito, mas ele poderia pelo menos respeitar a minha presença e não trazer aquelas vadias para lá enquanto eu estava por lá. Mas isso não ficaria assim, não mesmo!

Eu sei que na primeira vez que ele trouxera uma garota para dentro de casa eu jurara vingança, mas eu ainda não havia me vingado e não estava com tanta pressa. Agora me pergunta o motivo de tanta calma, na verdade são dois motivos: o primeiro é que se eu houvesse feito algo na mesma semana ele acharia que eu estaria com ciúmes dele e isso não iria adiantar de nada. Segundo é que como diz o ditado “Vingança é um prato que se come frio.”, e eu gostava de seguir esse ditado à risca.

Graças a Vitória, a garçonete que havia me ajudado naquele dia, eu conseguira ficar muito mais calma e paciente com Marco. Na verdade, eu e ela havíamos nos tornados grandes amigas e quase todos os dias eu ia visita-la no bar, claro que em sua hora de almoço para podermos conversar sossegadamente.

— Até mais Luana. – despedia-se da garota, fechou a porta e veio para a cozinha onde eu estava preparando um bolo de chocolate. – Isso parece estar uma delícia. – disse colocando o dedo na mistura do bolo, e levando um tapa em seguida. – Ai!

— Vai lavar essa sua mão imunda! – ralhei – Sabe-se lá onde ela passou.

— Bom... – começou dizer fazendo pirraça.

— Isso não foi uma pergunta. Agora vá logo!

Ele desapareceu atrás de mim, deixando-me em paz em seguida. Continuei a bater o meu bolo para que ele ficasse fofo e aerado, pois odiava bolos pesados. Depois de ter mexido um bom tempo e notando que ele estava no ponto certo, peguei a forma que já estava untada com manteiga e farinha e despejei a mistura ali, espalhando com a espátula para ficar uniforme na forma. Abri o forno e a coloquei ali.

Só faltava fazer a calda de brigadeiro para colocar por cima quando estivesse pronto, como ainda era muito cedo para fazer a calda resolvi apenas deixar os ingredientes tudo separado e descansar um pouco. Então abri o armário e peguei o chocolate em pó, em seguida procurei pelo leite condensado, mas não o encontrei em lugar algum.

— Marco! – gritei da cozinha.

— O que foi Alana! – gritou de volta.

— Você usou o último leite condensado que tinha no armário? – questionei já irritada.

— Usei!

Ótimo! Agora teria de sair para comprar mais, porque não faria um bolo sem calda, ainda mais sendo bolo de chocolate.

Já fui para a sala resmungando comigo mesma. Peguei minha bolsa que estava na mesinha no hall de entrada e gritei por cima do ombro:

— Eu vou ao mercado e já volto! Se meu bolo estiver queimado a hora que eu voltar se prepare, então sugiro que fique de olho. – e fechei a porta atrás de mim.

(...)

Como eu já estava no mercado aproveitei para comprar algumas coisas que estavam faltando, e quando percebi havia cinco sacolas para eu carregar até o apartamento, e um detalhe bem importante de tudo isso é que eu estava sem carro. Ou seja, me ferrei!

Tudo bem, eu era uma mulher forte e independente e iria dar um jeito.

Ok, eu estava me matando para segurar todas as sacolas, quando esbarrei sem querer em alguém e as derrubei no chão, minha sorte é que tudo continuou dentro delas.

— Droga! – reclamei da minha falta de atenção – Me desculpe!

— Sem problemas. – disse um homem moreno, que aparentava ser latino – Eu te ajudo. – sorriu pegando as sacolas – Qual é o seu carro? – perguntou olhando os carros estacionados perto da calçada.

— Oh, não. Eu estou a pé mesmo. – sorri.

— Você vai carregar isso tudo até a sua casa e não está de carro? – perguntou incrédulo.

— Sim, não morro longe daqui. – expliquei – Moro ali naquele prédio. – indiquei um prédio à dois quarteirões.

— Eu te ajudo a levar.

— Não. Não precisa se preocupar, eu consigo levar.

— Eu insisto. – sorriu simpático. – A proposito meu nome é Alejandro.

— Alana. – sorri – É mexicano?

— Sim, e você? Não é americana, não é?

— Não, sou inglesa. – ri.

Fomos até lá conversando sobre nossos países de origem e quando menos esperávamos já estávamos em frente ao meu prédio. Subimos de elevador e ele me ajudou com as sacolas até dentro do apartamento.

— Venha, entre. – convidei – Estou fazendo bolo de chocolate, fique e coma um pedaço.

— Será um prazer.

O levei até a cozinha e no caminho até lá, notei que a casa parecia totalmente deserta, então Marco deveria estar no seu quarto, pois a chave dele estava na mesinha.

Guardei tudo e comecei a fazer o brigadeiro.

Em menos de vinte minutos o bolo estava totalmente pronto e Alejandro e eu nos deliciávamos com o bolo conversando alegremente. Ele me contava sobre sua família que viera para os Estados Unidos clandestinamente antes de ele nascer, mas foram deportados de volta ao México, e isso umas duas ou três vezes segundo ele. Mas, quando ele completou sua maior idade resolvei vir para cá, porém, veio legalmente e até hoje estava morando aqui em Nova York.

— Não deixou ninguém no México? Alguma namorada, ou sei lá? – perguntei.

— Não, ninguém. Meus pais morreram antes de eu vir para cá, então não tenho mais ninguém lá.

— Mas aqui deve ter alguém, estou certa?

— Apenas um amigo com quem eu moro, o James. – sorriu – E você? Mora sozinha aqui nesse apartamento enorme?

— Na verdade não, eu moro com Marco. – ele pareceu por um instante decepcionado, mas logo mudou quando ouviu o resto – Ele é um amigo meu.

— Amigo é? – questionou desconfiado e rindo.

— Sim, amigo. Desconfio até que ele seja gay, já que nunca tentou absolutamente nada comigo.

— Deve ser gay mesmo, eu já teria tentando alguma coisa. Com todo respeito, é claro.

— Mas ele é bem ciumento, às vezes quando trago algum amigo aqui ele diz que é meu namorado. – ri e ele me acompanhou.

Levantei para colocar meu prato na pia e ele veio atrás de mim com o seu, colocou-o também e assim que me virei de costas me assustei com a proximidade entre nós, estávamos a praticamente cinco centímetros um do outro, se não menos. Ele olhava no fundo de meus olhos e então segurou meu rosto delicadamente afagando minha bochecha com o polegar e então me peguei observando sua boca e querendo sentir sua textura, querendo saber se era tão macia quanto me parecia.

Ele fechou os olhos e aproximou sua boca da minha, fechei os meus e esperei pelo beijo. Senti seus lábios roçarem nos meus e sua respiração tão acelerada quanto a minha, seu hálito quente de encontro com o meu e então seu lábio pressionou o meu delicadamente começando um beijo calmo que foi se aprofundando aos poucos. Minhas mãos que estavam apoiadas na bancada agora entrelaçavam em seu cabelo macio como seda. Sua mão que estava livre me puxou para si...

— O que você está fazendo?

Nos separamos assustados e abruptamente, olhando para trás e vendo um Marco com os olhos ardendo em brasa, de braços cruzados e cabelo desgrenhado dizendo que acabara de sair do banho.

— Marco. – disse fria.

— Alana. – respondeu igualmente frio.

— Olá Marco. – disse Alejandro inocentemente – Sou Ale...

— Não me importa quem você é, quero saber por que estava beijando minha namorada?

Alejandro olhou para mim, mas por sorte eu já havia dito que ele diria isto, então ele olhou novamente para Marco e disse:

— Sei que não namoram, sei que é o amigo dela. – disse calmamente – E sei também que você é... – ai não! – gay.

— Eu sou o que? – perguntou incrédulo Marco e tive que me segurar para não rir.

— Gay. – repetiu – Mas tudo bem, eu não tenho preconceito nenhum.

— Você vai ver quem é gay. – rosnou avançando para ele.

— Opa! – coloquei-me entre os dois – Pode parar com isso Marco. Alejandro já estava de saída, não é?

— Sim, estava.

Fui leva-lo até a porta, agradeci pela ajuda e desculpei-me pelo Marco.

— Tudo bem, nos vemos por ai. – sorriu.

Sorri em resposta e voltei para a cozinha onde havia deixado um Marco para lá de furioso.

— O que foi isso? – ralhou.

— Eu é que pergunto. – disse sem me exaltar.

— Não pode ficar trazendo qualquer um para cá. – praticamente gritou.

— Ah, claro. Esqueci que só você pode trazer as vadias que bem entender para cá e nem se importar com a minha presença, não é? Sem contar que eu não fico dizendo que sou sua namorada, fico?

— Não interessa! Acontece que não tem esse direito, e você tem que fingir que é minha namorada lembra? Ou se esqueceu do contrato?

— Não, eu não me esqueci de merda de contrato nenhum. Só que se for para ser assim você também não deveria trazer ninguém aqui, não é? – contra ataquei.

— Cada um sai com quem quiser.

— Exatamente!

— Não pode trazer homem nenhum para cá! – rosnou.

— Posso saber por quê? – indaguei cruzando os braços.

— Por que essa casa não é sua! Está aqui de favor. Essa casa é minha!


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram???