Contratada para Amar escrita por Fabiih


Capítulo 10
Capítulo IX - That’s wonderful!


Notas iniciais do capítulo

Olá!!! Gente eu tinha excluído essa fanfic, mas a pedido de uma leitora muito especial eu decidi dar mais uma chance para a fanfic. Então esse capítulo é para você Filha de Hades, ou Vitória



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Capítulo IX – That’s wonderful!

Lana Walker

Assim que as portas do elevador se abriram eu fiquei estática. Aquele lugar era incrivelmente lindo... E alto! Mas isso era o que menos importava naquele momento.

Eu caminhei até a mureta devagar para observar melhor a vista... E que vista! Dava para ver Nova York inteira!

Já havia escurecido e isso significava que a cidade estava muito iluminada, e aquela vista era como um céu salpicados de estrelas e os carros que andavam lá em baixo, eram como estrelas cadentes. Aquela vista era incrível, era única e espetacular.

— E então? O que achou? – Marco indagou ao meu lado, e eu dei um pulo, pois já havia me esquecido de sua presença.

— É maravilhoso! – disse com um sorriso de “eu tenho 32 dentes”.

— Que bom que gostou. – riu – Nunca tive a oportunidade de vir até aqui.

Olhei para ele e notei que também sorria maravilhado. Seus olhos azuis brilhavam de um modo que eu nunca vira, e ele notou que eu o observava.

— O que foi? – perguntou.

— Nada. – sorri – É que eu nunca vi você assim. E... Está lindo. – disse voltando-me a paisagem a minha frente, mas podia ver pela minha visão periférica que ele ainda me observava.

— Lana, eu... – começou a dizer, eu o encarei curiosa para saber o que ele iria dizer – Eu, ér...

— Você...? – o incentivei.

E sem mais nem menos ele me beijou.

Um beijo que no início eu tentei recusar, mas logo me entreguei e joguei minhas mãos em seu pescoço acariciando seus cabelos macios, enquanto ele segurava-me na base de minhas costas. Um beijo urgente se tornou urgente e apaixonante.

Nunca havia sentido isso com nenhum outro cara que eu já havia beijado.

Porém, algo em minha mente disse-me que eu precisava me afastar, e assim eu fiz. O empurrei com força, porém educadamente.

Ele olhou-me com uma expressão que eu não pude identificar, e eu tive que desviar o olhar dando dois passos para trás, encontrando a mureta. Quando o olhei ele disse:

— O que foi? Não gostou?

— Eu... hã... – eu não sabia o que dizer – Eu quero ir embora.

— Mas acabamos de chegar! – protestou.

— Eu quero ir embora. – repeti.

— Alana, me diz o que eu fiz para fazê-la querer ir embora? Estava adorando isto. – disse indicando a vista.

— Sim. Eu queria ver o Empire State de cima e eu já vi. Agora eu quero ir embora. – disse firme.

— O que? – questionou sem entender – Tudo bem, vamos.

Descemos pelo elevador em silêncio total, totalmente desconfortável, mas em silêncio. Sei que foi idiotice o que eu fiz, e na realidade nem eu entendo o motivo de eu ter feito aquilo. Quer dizer, eu estava morando com ele há umas duas semanas então seria super normal nos beijarmos e sentir atração um pelo outro. Então porque raios eu havia me comportado daquele modo? Ele foi super gentil comigo, me levou para conhecer o Empire State e tudo mais e como eu havia retribuído? Sendo grossa.

Eu aposto que qualquer garota daria tudo para estar morando, convivendo e até beijando alguém tão lindo como o Marco, mas eu que tinha tudo isso estava recusando? Mas, qual era o meu problema?

— Se importa se eu passar na cafeteria antes de irmos para casa? – perguntou quando parando em frente a uma cafeteria.

— Não, sem problemas. – disse e ele ia saindo do carro – Na verdade... – continuei e ele parou para me ouvir. – Acho que eu vou dar uma volta, preciso comprar algumas roupas e outras coisas.

— Eu posso ir com você se quiser. – ofereceu.

— Não, que isso! Não sabe que nós mulheres demoramos muito nas lojas de roupas? Você não teria paciência. – tentei fazer piada, mas não obtive muito sucesso.

— Tudo bem, então me liga quando terminar que eu venho te buscar.

— Imagina! Eu sei me virar, eu chamo um taxi e tenho dinheiro aqui comigo.

— Tudo bem então, te vejo mais tarde. – disse saindo do carro.

Limitei-me a assentir com a cabeça e comecei a andar no sentido contrário que ele usaria para voltar ao nosso apartamento.

Não queria fazer compras, não queria comprar roupas ou sapatos. Eu só queria um tempo sozinha, ao ar livre. E também eu já estava cansada de ficar enfurnada naquele apartamento e não sair para lugar nenhum, eu saia mais quando estava no orfanato!

Eu estava andando totalmente sem rumo, afinal eu não conhecia quase nada em Nova York, só fazia duas semanas que eu havia me mudado para lá e nesse tempo eu não sai muito. Mas, então eu encontrei um barzinho, parei na frente dele e olhei para dentro. Não era lá aquelas coisas, mas serviria para que eu pudesse tomar alguma coisa, eu estava realmente com sede.

Eu poderia tomar vodka, ou quem sabe uma dose de tequila? É! Eu poderia me embebedar assim eu esqueceria essa zona que está dentro da minha cabeça!

Mas, o que eu estou falando? Eu estou tentando me embebedar por causa de um homem? Tudo bem que não é qualquer homem, é o Marco. Mas mesmo assim, eu vi a mulher que me adotou apanhando de um bêbado e eu estava escolhendo o mesmo caminho?

Ok. Agora eu exagerei. Uma dose de vodka não me tornaria uma bêbada.

— Olá, o que deseja? – perguntou um barman, tirando-me de meus devaneios, ou devo dizer delírios?

— Desejo um coração menos confuso. – disse sem pensar.

Ele apenas me olhou com certa confusão no olhar, virou um pouco a cabeça e gritou:

— Vi! Uma ajudinha aqui! – olhei para ele mais confuso do que ele me parecia – Acho melhor atender esta daqui.

Uma garota com cabelos dourados presos em um coque frouxo, olhos claros e vestida com o uniforme de garçonete aproximou-se de nós.

— Tudo bem Fred. – reclamou revirando os olhos – Olha, você precisa aprender a lidar com esses tipos de clientes.

— Que tipo de clientes? – questionei indignada.

— Mulheres confusas. – respondeu ela sorrindo para mim.

— Eu diria mulheres na TPM. – o tal Fred disse.

— Eu não estou na TPM! – retruquei.

— Sai daqui Frederico! – o expulsou – Não ligue para ele, é um homem insensível.

Dei de ombros e apoiei minha cabeça na mão.

— Me diz, o que lhe traz aqui? – indagou – E não estou me referindo a suas pernas, se é o que pensou em responder.

— Eu iria mesmo responder isto. – ri sem humor – Na verdade eu estou com uma vida muito confusa.

— Não é daqui, é? – perguntou com uma cara de “sei que não é, mas só quero ter certeza”.

— Não, por quê?

— Além de seu sotaque ser diferente, você está claramente deslocada aqui. – riu – Bom, eu aposto eu meu emprego que o seu problema tem a ver com algum cara.

— Sim. Mas, é totalmente complicada essa história.

— Bom – disse olhando em seu relógio de pulso -, agora está na hora da minha pausa. Então pode me dizer sobre essa sua história complicada.

— Tudo bem.

Ela passou por baixo do balcão e me levou até uma mesa reservada em um canto. Sentamos na cadeira e ela pediu ao Fred dois café expresso.

— Pode começar. – sorriu.

— Bom, eu conheci esse cara no aeroporto, no mesmo dia em que eu cheguei aqui em Nova York. E ele precisava arrumar uma namorada urgentemente, ou o pai dele o deserdaria...

— Então você e ele começaram a namorar?! – indagou atônita.

— Não, deixa eu falar menina. – pedi – Ele e eu conversamos e decidimos que como eu precisaria de um lugar para morar, dinheiro e ele precisava de uma namorada poderíamos fingir que eu era a namorada dele, e então o pai dele daria o apartamento para ele e teríamos um lugar para morar. – tomei folego para continuar – E cada um sairia com quem quisesse.

— Entendi... – disse meio cautelosa.

— Isso é loucura, eu sei. – sorri fraco.

— Se é. – riu comigo. – Mas, qual é o real problema?

— O problema é que ontem nós quase... Quase dormimos juntos. – disse por fim – O que de modo nenhum poderia acontecer. E então hoje ele me levou até o Empire State, até o último andar onde não havia ninguém e... Nos beijamos.

— Já entendi. – disse a Vi por fim. – Você está confusa. Não quer gostar dele, mas acha que está começando a gostar. É isso?

— Sim.

— Entendi... Bom, você pode tentar avaliar seus sentimentos primeiro antes de tomar qualquer decisão drástica. É o que eu tenho para lhe dizer. – lamentou.

— Tem razão, preciso mesmo. – concordei – Eu... Eu preciso ir agora. – disse tirando o dinheiro para pagar.

— Não precisa. Foi por conta da casa. – sorriu simpática.

— Muito obrigada... Vitória, não é?

— Sim, e você é...?

— Alana, mas pode me chamar só de Lana. – disse-lhe com um sorriso sincero.

— Tudo bem.

— Obrigada por tudo. – agradeci levantando-me.

— Não há de quê. Sempre que precisar pode vir aqui me encontrar.

Apenas assenti para ela e saí pela porta. Agora eu precisaria comprar alguma coisa para não chegar ao apartamento de mãos abanando.

Passei em uma lojinha e comprei uma jaqueta de couro e uma bota de cano alto. Depois peguei um taxi e voltei para o meu prédio.

— Boa noite senhorita Walker. – desejou o porteiro.

— Boa noite. – sorri.

Fui até o elevador e apertei o botão chamando-o para o térreo, e não demorou para que ele chegasse com um senhor de cabelos tão brancos e fofos quanto uma nuvem. Ele saiu e eu entrei apertando o botão do meu andar, e esperando até que chegasse lá.

Saí do elevador fuçando em minha bolsa a procura da chave, mas percebi que não havia pego antes de sair então fui até o extintor de incêndio e com muito sacrifício o levantei para poder pegar a chave reserva que Marco deixava embaixo dele. Abri a porta e voltei para coloca-la no lugar.

— Marco, cheguei! – anunciei-me indo para a sala.

Porém tive uma bela surpresa ao vê-lo se agarrando com uma garota no sofá, e assim que sentiram minha presença se afastaram. A garota com uma cara de puro pânico, provavelmente pensando que eu era a namorada dele e que ela estava em uma grande enrascada.

— Opa! – disse colocando a mão na boca, fingindo estar arrependida por interrompê-los – Não quis interromper.

— Eu... Não... – a garota começava a falar.

— Relaxa gata, eu não sou a namorada dele. – disse enquanto ia para a escada, depois parei virando para ele e dizendo – Sou apenas uma garota que mora com ele. – sem dizer mais nada encaminhei-me para o meu quarto com minhas sacolas.

Que maravilha! Ele estava com uma garota se pegando no sofá, e o pior de tudo era que eu nem podia reclamar já que o “dispensei”. Aposto que ele fez isso de propósito. Mas, deixa ele, porque se tem algo que eu sei fazer é me vingar.


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Notas finais do capítulo

E então mereço comentários? Favoritos? Recomendações?
Beijos