Lágrimas de Amor escrita por XxLininhaxX


Capítulo 9
POV Alice




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Eu puxava Sophie pelos corredores, muito entusiasmada. Até então eu era a caçula e, por mais que eu gostasse dos mimos da posição, sempre quis ter uma irmãzinha pra poder vestir, dar dicas de moda e fazer várias outras coisas juntas. Não sabia exatamente porque, mas sempre quis fazer esse papel de irmã mais velha, responsável, que cuida da irmãzinha. Seria uma experiência nova para mim e eu estava extremamente animada com isso. Mesmo não conseguindo ver o futuro, podia dizer que seríamos grandes amigas. Pra falar a verdade sentia-me um pouco insegura com isso. Como eu não podia ver como seríamos no futuro, me perguntava se ela realmente ia gostar de mim. Ela parecia não gostar de ninguém. Até mesmo de Carlisle, que é praticamente impossível não gostar, ela se mostrava arredia. Teria que contar com meu charme para conquistá-la. Não que eu não tivesse confiança em mim, mas tudo que é novo assusta um pouco.

– Você vai adorar nossa casa! A gente pode fazer tantas coisas legais quando se tem uma família! – eu falava tentando arrancar algum tipo de reação dela.

– Não quero criar expectativas sobre isso. – ela falava totalmente desinteressada.

Aquilo foi um banho de água fria pra mim, mas eu não ia desistir tão fácil.

– Não precisa criar, você vai ver por si só.

Entramos no meu quarto e por um momento vi os olhos dela se arregalarem. Não sei se era porque tudo no meu quarto era colorido e tinha várias coisas que muitas pessoas considerariam extravagante. Só sei que causei uma primeira impressão, digamos, marcante. Só não sabia se era boa ou ruim.

– Fique à vontade. Sente-se na minha cama, vou procurar uma roupa que te sirva. – disse me dirigindo ao closet.

Ela olhava tudo ao seu redor, parecia até tonta devido a tantas informações. Ri internamente daquilo, provavelmente era demais para alguém que não tinha uma casa. Ela sentou-se na cama e afundou na minha cama macia. Senti que ela tinha gostado da sensação, mas continuava com a expressão impassível. Fiquei me perguntando quanto tempo demoraria para que ela se soltasse mais. Não sabia dizer se estava assustada, se era introvertida ou se apenas estava sem graça. Com o tempo eu descobriria. Por hora tinha que me concentrar em achar uma roupa que coubesse nela e que não a deixasse desconfortável. Ela era pequena, um pouco menor que eu, porém bem mais magra. Tudo que eu podia pensar era em um vestido ou uma blusa comprida para usar com uma legging. Ela não parecia ser do tipo feminina o suficiente para se acomodar em um vestido, então optei por uma blusa preta com ombro caído e mangas compridas, uma legging vermelha e coturnos. Nessas horas era sempre bom ter uma diversidade tão grande de roupas. Ficaria perfeito nela.

Peguei tudo e saí contente do closet. Ela havia deitado na minha cama e fechado os olhos. Provavelmente estava bem cansada. Naquele momento sua expressão se tornou mais serena, como se estivesse tendo um sonho bom. Não queria tirá-la daquele momento, mas precisava vesti-la.

– Sophie, tente experimentar essas roupas. – joguei em cima da cama ao lado dela. – Tentei procurar algo menos fru-fru, afinal você não parece gostar dessas coisas. – disse sorrindo.

– Obrigada. – ela disse sorrindo.

Eu fiquei encantada com aquele sorriso. Era a primeira vez que a via sorrindo tão amavelmente e provavelmente tinha sido a única a ver. Conseguia entender o desejo quase desesperado do meu pai de adotá-la. Realmente era muito triste uma garota com um sorriso tão lindo viver de forma tão miserável.

– Deixa eu te ajudar a vestir. Você vai ficar linda! – disse animada ajudando-a a tirar a blusa que usava.

– Não tem problema usar suas roupas? – ela perguntou.

– Claro que não! Eu tenho tantas! E o papai provavelmente vai te lotar de roupas também. – eu falava sorrindo.

– Eu não preciso disso tudo.

– Claro que precisa! Talvez não precisasse antes, mas agora você verá que vai fazer falta. Pode não parecer, mas somos muito cotados na cidade. Meu pai é um médico renomado aqui, então vivem chamando a gente para participar de festas e tal.

– Não acho que vou me habituar a esse estilo de vida. – ela falava de maneira melancólica.

– Claro que vai! A gente te ajuda!

Ela tirou a roupa e ficou só de lingerie. Fiquei até com inveja.

– Caramba! Você é muito magrinha! Parece até uma modelo! – falei animada já com grandes ideias.

– Você fala como se isso fosse legal. – ela parecia um pouco espantada com minha reação.

– Bem, já que eu gosto muito de moda, não posso deixar de me sentir animada quando vejo alguém com corpo de modelo.

– Mas você também é magrinha. – ela parecia sem graça agora.

– Mas não o suficiente para ser modelo. Meu pai me mataria se eu tentasse emagrecer a esse ponto.

– Por quê?

– Por quê? Ah! Para emagrecer assim eu teria que fazer altas dietas e provavelmente ficaria sem comer e tal. Talvez até desenvolvesse algum distúrbio alimentar. E como ele é médico, você deve imaginar o quanto ele repudia esse tipo de atitude.

– Mas o que você faz com seu corpo não é da conta dele. – ela agora parecia revoltada.

– Claro que é, maninha! Ele é meu pai. Ele cuida da gente como se cuida do tesouro mais valioso da Terra. Vai por mim, é muito bom ter alguém mimando a gente desse jeito.

– Não parece bom não poder fazer o que tem vontade.

– Ah! A gente acaba fazendo, sabe?! Mas digamos que nossas ideias nunca dão resultados muito agradáveis. Aí ele interfere para que os danos não sejam tão catastróficos e o máximo de dano que a gente recebe é um traseiro ardendo. – falar aquilo era um pouco constrangedor, mas eu não via problemas já que ela faria parte da família.

– Não entendo. Por que permitem esse tipo de coisa? Não é como se vocês fossem mais fracos que ele, não é?

– Ah! Somos adolescentes eternos. Tudo que a gente quer é curtir! Mas não dá pra fazer isso sem ter alguém cuidando da gente. Todos nós já teríamos morrido a muito tempo se não fosse pelo Carlisle. A gente se sente seguro pra viver do lado dele, então não tem porque não nos submetermos às poucas regras que ele nos impõe. E além do mais, você se acostuma com essas coisas e no fim acaba dando razão para ele.

Ela ficou calada e voltou a ter uma expressão impassível. Eu não conseguia entender muito bem essa relutância em aceitar aquela vida. Quando eu conheci Carlisle eu já sabia que seria sua filha e que minha vida seria a mais perfeita possível ao lado dele. Então não tive problemas nenhum para aceitar suas regras. Claro que vez ou outra eu acabava quebrando, mas não fazia por mal. Jasper, porém, teve dificuldade de aceitar aquela vida. Não só por ter que mudar seus hábitos alimentares, mas também porque ele sempre tivera muito orgulho por ter sido um major tão jovem. E, venhamos e convenhamos, para alguém como ele ser obrigado a se debruçar sobre o colo do pai e levar palmadas no traseiro nu como uma criança de cinco aninhos, com certeza seria o cúmulo do absurdo. Mas até ele acabou se acostumando.

Ela terminou de vestir a roupa e Meu - Deus! Ficou lindo! Ela realmente parecia uma modelo. Era só dar uma ajeitada naquele cabelo e usar um pouquinho de maquiagem. Também teria que arrumar um jeito de esconder um pouco daquela cicatriz que ela tinha no olho, aí sim ficaria tudo perfeito.

– Você está linda! Agora vamos arrumar seu cabelo e passar um pouco de maquiagem. – disse já me dirigindo para a penteadeira, para pegar o que iria precisar.

– Maquiagem? – ela perguntou.

– É! Para realçar um pouco sua beleza e também para te dar um pouco de cor, afinal vamos andar em meio a humanos. Então temos que parecer mais vivos, se é que me entende. – pisquei para ela.

Sentei ela na cama e comecei a pentear seus cabelos. Surpreendi-me. Para alguém que não se preocupava nenhum pouco com a aparência e essas coisas, o cabelo dela estava até bem cuidado. Estava adorando aquilo! Rose nunca me deixava pentear seus cabelos. Mamãe deixava, mas ela era minha mãe, não era a mesma coisa. Tantas possibilidades surgiam em minha mente. Estava cada vez mais ansiosa com aquela história.

Achei melhor fazer um rabo-de-cavalo nela. Assim daria para ver seus belos e exóticos olhos. Deixei um pouco da franja solta, apenas para moldar seu rosto. Ok, agora era a hora da maquiagem. Não sabia qual seria sua reação, já que provavelmente ela nunca tinha usado maquiagem antes. Achei melhor não abusar da sorte, por isso resolvi passar uma maquiagem bem suave. Até porque ia combinar com seus leves traços.

– Feche os olhos. – pedi já com a maquiagem pronta para passar.

– O que você vai fazer? – ela perguntou desconfiada.

– Relaxa. É só um pouco de maquiagem. Não arde nem nada.

Ela ainda me olhou desconfiada, mas fechou os olhos. Comecei o processo e a cada finalização eu ficava ainda mais encantada. Pronto! Ela estava linda. Diria até que irreconhecível.

– Levante-se. – disse a ela.

Ela levantou e a olhei de cima a baixo, extremamente satisfeita. Eu tinha que ser estilista, eu sabia muito bem personalizar uma pessoa. Notei que ela ficou sem graça com meu olhar insistente. Comecei a rir. Queria mostrar para ela o quanto ela estava bonita.

– Vem comigo.

Levei ela ao meu closet, onde tinha um espelho enorme que ia do teto ao chão.

– Veja.

Deixei que ela se olhasse. Seus olhos brilharam e eu sorri. Ela olhou-se de cima a baixo, virou de costas, aproximou-se do espelho. Parecia não acreditar que era ela.

– Gostou?

– E-e-eu nunca pensei que poderia ficar assim. Obrigada. – ela sorriu abertamente, deixando-a ainda mais bonita.

Não me aguentei. Corri e a abracei. Senti que ela ficou meio sem reação, mas eu não estava me importando. Afastei-me um pouco e segurei em seu rosto.

– Você é linda. E a partir de agora só vai andar assim.

Ela olhava para mim como se eu fosse a sua deusa. Senti-me tão bem daquele jeito. Eu ia gostar muito de ser uma irmã mais velha.

Ouvi alguém bater à porta.

– Vocês já terminaram? – ouvi meu pai.

Adiantei-me e pedi para que Sophie ficasse no closet.

– Pai, você não vai acreditar. A Sophie fugiu! – eu disse alarmada.

O que? – meu pai perguntou bastante sério, já correndo para a porta.

– Espera pai! – ele parou e olhou para mim. – Ela falou que ia deixar a irmã gêmea dela em seu lugar.

– Do que está falando, Alice? – meu pai perguntou, agora confuso.

Voltei correndo para o closet e trouxe Sophie para fora. Ela estava tímida. Meu pai ficou boquiaberto. Comecei a gargalhar e ele se recompôs. Sophie parecia não saber onde esconder o rosto.

– Alice, isso não é brincadeira que se faça. – meu pai falava sério, mas sorria.

– Desculpa pai. É que eu queria muito ver a sua reação depois de tamanha transformação. – falei ainda rindo.

– Muito engraçadinha. – ele falou irônico. – Mas você realmente fez um bom trabalho. Sophie, você está linda.

Tenho certeza que Sophie ficaria roxa se pudesse. Era sempre constrangedor receber um elogio do meu pai, afinal, ele era muito bonito. E mesmo sendo pai, sei lá, ele tem uma coisa que ninguém consegue explicar. Costumo dizer que ele tem o dom de deixar qualquer mulher sem graça. Até mesmo Rose não resiste.

– Esme, venha ver sua florzinha. – meu pai chamou e minha mãe entrou no quarto logo em seguida.

– Ai –Meu – Deus! Florzinha, você está linda. – disse minha mãe a abraçando.

– Gente, já chega! Vocês estão deixando ela sem graça. – eu disse, recebendo um olhar de agradecimento de minha irmãzinha.

– Parece que vamos passar boas horas no shopping hoje. Quero muitas roupas para minha florzinha sempre andar linda assim. – disse minha mãe, fazendo Carlisle rir.

– Ok! Então vamos ou chegaremos muito tarde.

Saímos do meu quarto e encontramos todos na sala, esperando. Todos ficaram surpresos com a transformação de Sophie. Coitadinha, isso tudo só deixou ela ainda mais acuada. Acho que ela nunca recebeu tanta atenção assim. Até Rose ficou espantada, mas logo voltou a sua pose de “não estou interessada”. Aquela atitude ainda ia colocar ela em sérios problemas. Para azar dela, eu não conseguia ver nada relacionado ao futuro de Sophie enquanto ela vivesse somente por seus instintos. Só esperava que Rose não fizesse nada estúpido demais. Ela sempre fazia as coisas mais erradas quando estava de cabeça quente e no final acabava era com o traseiro quente.

– Muito bem! Eu, Esme, Jasper, Alice e Sophie vamos no meu carro. Vocês quatro escolham um carro e vão todos nele, entenderam? – disse Carlisle.

Eles afirmaram e nos dirigimos para a garagem. Pela cara que a Sophie fez, provavelmente nunca tinha andado de carro. Ela parecia querer se animar, mas continuava inexpressiva. Parecia se forçar a ser frívola. Não a culpava. Provavelmente passou anos sendo obrigada a matar. Se ela tivesse o mínimo de piedade ou sentimentalismo, com certeza passaria muitas dificuldades. Mas agora ela não precisava mais agir daquela maneira. Será que ela simplesmente não acreditava que Carlisle podia ajudá-la? Ou será que ela estava se forçando a recusar ajuda? Perguntava-me se isso era arrogância ou se simplesmente não queria nos envolver em seus problemas. Era difícil dizer. Uma hora ela agia como se fosse totalmente independente e segura de si, outras ela simplesmente falava em um tom melancólico como se pedisse ajuda. Era diferente de todos nós.

Entramos no carro e logo saímos. Sophie olhava para fora do carro com os olhos brilhando. Ela parecia uma criança, como se estivesse conhecendo um mundo novo. Será que nem quando humana ela tinha tido o mínimo de normalidade em sua vida? Que tipo de vida ela levou? Era muito mistério em uma pessoa só. Será que algum dia ela nos revelaria tudo? Ou será que teríamos que descobrir por conta própria? Definitivamente, não saber do futuro só me deixava curiosa.

Estava silêncio no carro, apenas a música tocava. Isso era muito raro. Normalmente todos iam tagarelando sobre alguma coisa. Talvez por conta da nova filha da família, ninguém sabia o que dizer exatamente. E ela com certeza não puxaria assunto. Até porque ela parecia mais interessada em curtir a viagem. Porém, à medida que íamos aproximando da civilização, senti que ela ficou tensa. Achei estranho, já que ela disse não se alimentar de humanos. Assim, não teria porque ela ficar preocupada com nada. Talvez fosse apenas ansiedade de poder voltar a ter contato com pessoas. Será que ela nunca tinha ido à cidade? Ela não tinha casa e não devia satisfações a ninguém. Então ela era livre para ir e vir aonde quisesse. E não se alimentando de humanos, ela poderia andar pela cidade sem problema nenhum. Será?

Chegamos ao Shopping e parecia estar bem cheio. Claro! Férias! Lógico que estaria cheio! Sophie pareceu mais apreensiva ainda. Fiquei curiosa e um pouco preocupada. Será que mesmo não se alimentando de humanos ela tinha problema em ficar perto deles? Por quê? Descemos do carro e minha mãe foi logo pegando na mão de Sophie.

– Espero que esteja animada, pois vamos ver muitas roupas para você. – ela falava sorrindo.

Sophie ficou calada e abaixou a cabeça. Vi que meu pai também achou aquele comportamento estranho, mas ele nada disse. Ficamos esperando até que nossos irmãos nos encontrassem e entramos no shopping. Claro que eu ia aproveitar a ocasião e dar uma olhada nas novidades de outono-inverno. Apesar de o Sol estar reinando naquele dia, o clima provavelmente ia esfriar. Pra gente não fazia a menor diferença, mas tínhamos que aparentar sentir frio. E eu adorava aquela estação. As roupas ficavam tão lindas, as pessoas mais estilosas, era tudo mais bonito. Com certeza não sairia de lá sem comprar alguma coisa para mim. Depois do bom trabalho que fiz com Sophie, tenho certeza que meu pai não me negaria um agrado.

Andamos algumas horas no shopping, passando de loja em loja. Bella e Rose pareciam estar de saco cheio. Minha mãe continuava super animada e meu pai sempre gostava de estar com a família, mesmo fazendo algo que não era muito de seu agrado. Emmett e Edward estavam indiferentes, como sempre. Eles acabavam olhando outras coisas. Jasper já estava acostumado a me acompanhar, por isso ele até opinava algumas vezes. Eu estava me esbaldando. Não só por poder ajudar minha nova irmãzinha a escolher as roupas, mas por experimentar também. Até minha mãe acabou entrando no clima e comprou uma ou duas peças para si. Sophie acatava tudo que a gente falava, o que era muito estranho. Ela parecia cada vez mais e mais apreensiva e preocupada com alguma coisa. Ela olhava de um lado para o outro, como se estivesse incomodada com tantas pessoas ao seu redor. Será que era só impressão minha?

– Jazz, vem aqui. – chamei Jasper para um canto. – Sou só eu ou você também está sentindo a Sophie meio estranha? – sussurrei.

– Não é só você. Consigo sentir que ela está alterada. – Jasper me respondeu baixinho.

– Alterada como?

– Não sei explicar. Ela parece assustada, triste e preocupada ao mesmo tempo.

– Não consegue fazer nada por ela?

– Não. Tentei mandar ondas de calma, mas ela bloqueou. Ela tem um controle mental muito forte. É quase impossível bloquear meus poderes desse jeito, ainda mais sendo tão instável emocionalmente como ela.

Fiquei preocupada. O que será que se passava na cabeça dela? Achei melhor comentar com meu pai. Aproximei dele e já ia falar, quando apareceu um amigo dele lá do hospital e seu filho. Já tinha visto aquele cara muitas vezes, parecia ser muito amigo do meu pai. Ele devia ter uns quarenta e poucos anos, era alto, moreno e de porte bastante atlético. Parecia esses galãs de filme. Seu filho seguia o mesmo padrão, porém era um pouco mais baixo. Era da minha idade e estudava na mesma sala que eu. Ele era um pé no saco, pra falar a verdade. Era metido, exibido, egocêntrico e tremendamente mimado, no mau sentido. Volta e meia ele batia de frente com Jasper e meus irmãos por ficar jogando cantadas em mim e nas minhas irmãs.

– Carlisle, que surpresa! – disse o amigo do meu pai, o cumprimentando.

– Ora, ora! Se não é o doutor Henry e seu filho John. – respondeu meu pai com um grande sorriso no rosto.

– Veio aproveitar o dia de folga para passear com a família? – perguntou.

– Também. Na verdade vim comprar roupas novas para minha nova filha. – meu pai falava aquilo com a boca cheia de orgulho.

– Nova filha? Essa belezinha aqui? – disse olhando para Sophie, que rapidamente fechou a cara.

– Isso mesmo. – meu pai trouxe Sophie para mais perto. – Sophie, esse é o doutro Henry. Ele é um grande amigo meu. – disse meu pai apresentando-o.

– E aí Sophie? Como você está? Prazer em conhecê-la. – Henry estendeu a mão para cumprimentá-la, mas ela apenas abaixou a cabeça.

Meu pai perdeu o sorriso na hora, provavelmente ficou sem graça com a reação de Sophie. Henry ficou sem reação também, mas continuou falando como se aquilo não tivesse o afetado.

– Esse aqui é meu filho, John. Vocês provavelmente vão se ver muito na escola.

Sophie continuava de cabeça baixa, ela nem sequer olhou para John. Eu achei aquilo um máximo, ela não precisava conhecer aquele idiota. Mas meu pai não pensava como eu.

– Sophie, está sendo indelicada. Responda. – meu pai falou sério, porém Sophie continuou de cabeça baixa. – Sophie.

– Tudo bem, Carlisle. É tudo muito novo para ela. Eu entendo. – disse Henry tentando amenizar a situação. – Mas francamente, Carlisle, onde você encontra tantos filhos bonitos assim? – ele falava com bom humor.

– É verdade, doutor Cullen. Não vejo pessoas tão bonitas assim aqui na cidade. – disse aquele serzinho insuportável. – Pai, precisamos comprar uma casa nas montanhas. Aposto que é lá que estão todas essas pessoas lindas. Não é gracinha? – ele falou se direcionando à Sophie.

Como ela não reagiu, ele se aproximou dela. Ele ergueu a mão para tocar-lhe o rosto, mas ela segurou sua mão antes que ele o fizesse.

– Não me toque. – ela falou sério.

– AAAAAAAAHHHHH!!! – de repente o garoto começou a gritar.

Sophie soltou a mão dele e se afastou.

– QUAL É O SEU PROBLEMA GAROTA? – ele gritava, chamando a atenção de todos da loja. Sophie olhava para ele com uma expressão aterrorizada no rosto.

– O que houve? – Henry perguntou alarmado.

– ESSA LOUCA DEVE TER QUEBRADO MINHA MÃO! – John continuava arrumando escândalo.

– O que? Deixe-me ver isso! – meu pai se adiantou, preocupado com o que poderia ter acontecido.

– E-e-eu... – Sophie ia se afastando cada vez mais. – Não posso!

Ela saiu correndo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Yooo pessoas ^^/

E aí? Como vão?
Amei fazer o POV da Alice XD!! Eu acho ela super fofa, enton consegui desenvolver do jeito q eu queria XD!! Espero q tenham gostado também.
Ai ai ai! E agora? O que será q o Carlisle vai fazer?
Até o próximo cap...
o/



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