Lágrimas de Amor escrita por XxLininhaxX


Capítulo 12
POV Carlisle


Notas iniciais do capítulo

Yooo pessoitas ^^/
Então... Eu fiquei muito na dúvida se fazia esse POV da Sophie ou do Carlisle, mas acabei decidindo pelo Carlisle, msm pq ainda preciso revelar algumas coisas da Sophie antes de fazer um POV dela. Então... Lá vai mais um cap ^^!! Espero q gostem XD!! Estou amando fazer essa fic, então de verdade espero que esteja agradando vcs ^^!!



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Alguma coisa estava errada. Como Sophie conhecia Jake? O que Jake sabia sobre ela que não podia falar? Ela estava escondendo alguma coisa. E isso me desagradava muito. Eu até compreendia sua dificuldade de confiar em nós, mas aquele comportamento que ela acabara de demonstrar não era de quem desconfiava. Ela estava com medo. E eu sabia muito bem do que ela tinha medo. Desde que a conheci ela ficava se escondendo dentro de si mesma. E a conversa que tivemos, só me fez ter certeza. Eu sabia que ela estava confusa, mas existia algo que ela sabia e que, pelo visto, era de suma importância para entendermos grande parte daquela tormenta que ela vivia. Se Jake sabia, não via porque eu também não poderia saber. Eu exigiria que ela me explicasse aquilo.

Ouvi um estrondo que me tirou dos meus devaneios. Vi uma nuvem de poeira subir da direção em que Sophie estava com Jake.

– Carlisle! – Esme me chamou a atenção, aflita.

Desesperei-me. O que poderia ter acontecido? Será que era um vampiro atacando Sophie? Desse jeito ela não conseguiria se segurar, ia acabar lutando. Ela já estava com a mão queimada, se usasse seu dom poderia causar danos maiores. Mesmo sendo uma vampira, poderia demorar dias para se curar. Corremos naquela direção e, qual não foi minha surpresa ao ver que, um vampiro estava agarrado no pescoço da MINHA filha.

– SOPHIE!! – gritei desesperado.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Jake se transformou no lobo gigante que estávamos acostumados a ver. Ele foi em direção do vampiro para atacá-lo, mas foi impedido por um grito.

– NÃO! – Sophie gritou.

Logo depois de gritar ela começou a forçar as mãos do vampiro e conseguiu se livrar dele. Ele tentou acertá-la, mas ela desviou e lhe deu um soco no rosto. Ele saiu voando, destruindo algumas árvores. Mas logo voltou, parando em cima de um galho de árvore.

– Pelo visto você é realmente tudo que a lenda diz, não é? – o vampiro falou debochado.

– Você não sabe onde está se metendo. – Sophie respondeu com aquela voz frívola.

– Sophie, venha pra cá. Eu já disse que não quero te ver lutando. – eu disse firme.

– Ora, ora, ora! Se não são os Cullen?! Os vampiros mais famosos do momento. E pensar que os Volturi decaíram ao ponto de se submeterem a essa ralé. – o vampiro deu uma gargalhada sonora.

– O QUE DISSE? – Bella se exaltou, rosnando.

– Bella, não! É isso que ele quer, não dê ouvidos. – segurei minha filha e me voltei para o vampiro. – O que você quer?

– Não me diga que você não sabe?! – ele voltou a rir. – Quer dizer que você não sabe quem essa garota é e ainda permite que ela viva com seu bando? Tem que ser muito idiota. – ele falava de um jeito tão debochado que até eu tive vontade de lhe dar um murro.

– Acho que isso não é da sua conta, não é? – respondi secamente.

– Tem razão. Até porque você ainda vai sentir as consequências dessa sua tolice. – ele falou, agora, sério.

– O que quer dizer com isso? – perguntei ansioso até demais.

– Por que não pergunta para ela? Ela não é nenhuma vítima nessa história toda. Afinal, ela é...

Ele não terminou de falar. Foi atacado por Sophie, que foi para cima dele, o derrubando da árvore. Ela começou a apertar a garganta dele e vi que sua mão começou a incendiar. O vampiro começou a gritar, mas ela não parava. Parecia usar mais força e o fogo em suas mãos apenas aumentava.

– Só assim para você não falar inutilidades, não é, seu traste?! – ela falava friamente.

Eu me assustei. Apesar de já ter visto Sophie lutar, ela estava diferente naquele momento. Seus olhos estavam negros e ela se demonstrava uma assassina frívola. Aquilo me surpreendeu. Era totalmente diferente daquela garota vulnerável, melancólica e doce que eu tinha presenciado naquela tarde. Não que isso mudasse meus sentimentos por ela, mas eu precisava entender o que era aquilo. Afinal, do que aquele vampiro estava falando? De algum modo eu senti que ele ia dizer exatamente a mesma coisa que Jake. Porém, novamente Sophie não permitiu que a verdade viesse à tona. O que ela estava escondendo? Será que era apenas medo que a impedia de dizer quem realmente era? Eu não queria desconfiar dela, mas tudo estava muito estranho.

Saí de meus devaneios ao ouvir o vampiro gritar mais alto. Ela largou seu pescoço e agora queimava seu rosto. Ela estava sorrindo? Sim, ela sorria sarcasticamente enquanto o via se debatendo para tentar sair daquela posição desvantajosa.

– O que foi? Você não estava cheio de energia para ficar falando merda? Cadê sua audácia agora, seu verme miserável? – ela gargalhou maldosamente.

– Sophie! Já chega! O que eu te falei sobre lutar? – tentei impedi-la.

– Não se meta! Isso não é assunto seu! – ela me respondeu friamente, sem nem sequer olhar para mim.

Aquilo fez meu veneno ferver. Ela tinha a ousadia de me responder daquela maneira enquanto estava me desobedecendo? Era muita vontade de apanhar, só podia.

Sophie, não me faça perder a paciência! – falei de maneira firme.

– Saco! Não posso nem ao menos deliciar-me com o desespero da minha vítima! De qualquer forma, a brincadeira já está chata. Acho melhor acabar logo com isso.

Ao dizer isso ela soltou o rosto do vampiro. Ele ficou rolando no chão, segurando seu rosto entre as mãos, imagino tamanha a dor. Mas ela não permitiu que isso continuasse por muito tempo. Voltou a atacá-lo com vários socos no peito. E para finalizar, juntou as duas mãos e golpeou o peitoral dele com tamanha força que o chão afundou. Ele estava inconsciente no chão, mas ela não parou por conta disso. Pegou a cabeça dele e, puxando, arrancou. Ficou segurando durante um tempo, apenas encarando.

– Não teve tanta graça. É isso que merece por me entediar desse jeito. – ela disse séria.

Ela estalou o dedo e queimou a cabeça em sua mão. Logo depois estalou o dedo mais uma vez, queimando o resto do corpo. Eu fiquei sem saber o que dizer. Aquela cena foi extremamente aterradora. Quem era aquela Sophie? De onde veio tamanha frieza ao ponto de rir da desgraça alheia? Era uma assassina que estava na minha frente. Não era minha filhinha carente, era uma matadora profissional. Olhei para o resto da minha família. Esme até colocou as mãos na boca, tamanho assombramento em que estava. Meus outros filhos também pareciam espantados, com exceção de Jasper. Fiquei intrigado, pois ele demonstrava absoluta calma.

– Jasper, o que tem a me dizer sobre isso? – perguntei, tentando entender sua calma.

– Aquela não é a Sophie, pai. Ela está em “modo de batalha”, se é que me entende. Eu sei o que é isso. É necessário quase que criar outra personalidade para que se possa matar, sendo ela tão sensível como aparenta. Não posso condená-la. Se eu tivesse feito o mesmo, talvez não lamentasse tanto o meu passado. Mas eu tinha plena consciência de que quem estava matando era eu. Mas também imagino o estado de loucura que ela passou para chegar a esse nível. Provavelmente foi algo extremamente doloroso e desagradável. Apesar de demonstrar frieza, no fundo de sua alma eu posso sentir uma tristeza tão grande que chega a ser desesperador.

Jasper falava aquilo com os olhos brilhando. Mas não era de admiração, era de compaixão. Ele entendia o que ela estava passando. Olhei para ela novamente, agora com outros olhos. Era uma situação tão complicada e tão delicada que eu precisava pensar muito antes de tomar qualquer atitude. Ela parecia estar mais calma, mas seus olhos ainda estavam negros. Do jeito que ela me olhava, parecia até que eu era a próxima vítima. De repente ela fez algo inesperado. Ela deu um soco na própria cabeça, na altura da testa. Eu fiquei boquiaberto, sem entender o motivo de tal ato. Ela cambaleou um pouco, fazendo o veneno pingar no chão. O golpe fora tão forte que havia aberto uma ferida. Ela levantou a cabeça, com o veneno escorrendo em seu rosto e então eu vi que seus olhos voltaram ao normal.

– Sinto muito, pai. – foi o que ela disse antes de cair no chão inconsciente.

– Sophie! – corri até ela e a peguei no colo.

– Carlisle, rápido! Vamos levá-la para dentro! – Esme veio até mim desesperada.

Seguimos com ela para dentro de casa às pressas. Eu tinha que agir rápido para que os danos não fossem piores do que já seriam. Coloquei ela em sua cama.

– Esme, vá até o escritório e traga minha maleta com meus instrumentos. – ela saiu em velocidade vampírica. – Alice, traga um pouco de água para mim e um pano. – Alice também saiu correndo. – O resto de vocês me aguarde na sala, por favor.

Todos saíram e, assim que tinha o precisava em minhas mãos, comecei a trabalhar. Limpei suas feridas, enfaixei suas queimaduras e dei alguns pontos em sua ferida na cabeça. Não foi um processo rápido, mas como ela estava inconsciente, foi mais fácil. Terminei o que fazia e a cobri. Quando ela acordasse teríamos uma longa conversa. Mas, enquanto isso, achei melhor informar seu estado ao resto da família. Desci para a sala onde todos esperavam, menos Rose. Suspirei ao fazer aquela constatação. Jake também estava lá, já em estado humano com outras roupas. Provavelmente pegou emprestado de algum de meus filhos.

– Como ela está? Vai ficar tudo bem, não é? – Jake me perguntou, desesperado.

– Calma aí, rapaz! Sabe muito bem que um vampiro não morre desse jeito. Vai ficar tudo bem, não se desespere. – disse calmamente.

– Está muito machucada, meu bem? – Esme perguntou com seu tom de preocupação materno.

– Não tem muitos machucados, mas os que tem são bastante sérios. Tanto as queimaduras em suas mãos quanto a ferida em sua cabeça vão demorar alguns dias para melhorar por completo.

– Paizinho, o que foi aquilo que vimos? Não era a Sophie. – Alice me perguntava em um tom assustado.

– Não sei, bonequinha. Eu não sei. – respondi em tom frustrado.

– Mas existe alguém que sabe. – disse Emmett, olhando para Jake.

– Não me olhem desse jeito! Não conseguirão nenhuma informação minha. Se quiserem saber terão que conquistar a confiança dela. – Jake respondeu.

– Jake, não vou insistir que me explique nada. Mas você, pelo menos, poderia me dizer como a conheceu? – perguntei.

– Foi há alguns dias atrás. Eu estava perseguindo um vampiro estranho que rondava a reserva. Ela apareceu do nada e o matou. Ela tinha esses mesmos olhos que você viu hoje e fez exatamente a mesma coisa. Eu a levei para a reserva e pedi para cuidarem dela.

– Espera um pouco aí! Pediu para cuidarem de uma vampira? E porque os outros lobos fariam isso? – Bella perguntou.

– É porque... – Jake hesitou um pouco, mas continuou. – Porque eu sofri um imprinting por ela. – todos se surpreenderam.

– I-isso é sério? Quer dizer que... –Bella nem conseguiu continuar.

– Isso mesmo. Estou destinado a passar a eternidade ao lado dela. – ele respondeu como se estivesse carregando uma imensa responsabilidade.

– Mas isso é ótimo! Não é, querido? – Esme me perguntou sorrindo e eu também sorri.

– Sim, meu bem. Finalmente Jake terá que fazer parte da família, mesmo que a contra gosto. – disse bem humorado.

– Não diria que é a contra gosto. Só não esperava que seria agora. – ele disse vermelho, o que me deixou surpreso e feliz ao mesmo tempo.

– Eu não entendo muito dessas coisas de lobo, mas, tendo sofrido um imprinting, você não deveria ficar ao lado dela sempre? – Jasper perguntou.

– Sim. Quando ela acordou conversamos com ela. Ela até passou alguns dias com a gente, mas do nada ela desapareceu. E eu não consegui encontrá-la. Por isso me assustei ao vê-la com vocês. Mas, acreditem, eu também não sei muita coisa. Parte do que sei foi contada por um dos anciãos da matilha.

– Mas ele a conhecia? – perguntou Bella.

– Não, mas conhecia a família dela.

Aquela resposta me deixou intrigado. Por que um lobo ancião conheceria a família de Sophie? Quer dizer que ela realmente não era uma humana qualquer. Mas que tipo de contato ela poderia ter com os lobos? E mesmo que Jake tenha sofrido um imprinting por ela, a matilha tinha aceitado aquilo bem demais, até ao ponto de cuidarem dela. Não é porque tinha acontecido aquilo com Jake que eles eram obrigados a serem gentis com uma vampira. Mesmo que eles não pudessem atacá-la, não tinham obrigação nenhuma de serem cortês com ela. Aquela história ainda tinha muito mistério. Depois de ouvir Jake dizendo aquilo, comecei a vasculhar minha mente. Realmente, aquele sobrenome que ela tinha não me era estranho. Mas eu não conseguia me lembrar de onde eu poderia conhecê-lo. Sophie teria que me explicar muita coisa. E depois de toda aquela história, eu não estava disposto a receber um não como resposta.

– Ela acordou. – Jake disse.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Nyah... Então pessoal, esse foi um cap mais curto XD!! Não quis continuar pq a conversa de Carlisle com a Sophie será longa e o cap acabaria ficando grande demais XD!! Mas tá aí ^^!!
Bom, era só isso q tinha pra falar ^^!! Obrigada mais uma vez por estarem acompanhando e...
Até o próximo cap o/



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